𝙏𝙝𝙚 𝘽𝙚𝙜𝙞𝙣

O começo

Rhaenys III Velaryon, esse foi o nome dado a pequena garotinha, filha de Rhaenyra Targaryen e Laenor Velaryon. Ou pelo menos era oque todos queriam acreditar.

Diferente de seus dois irmãos Jacaerys e Lucerys que tinham seus cabelos escuros como a noite, e diferente de suas primas Rhaena e Baela que tinham a pele morena tipíca da casa dos mares, Rhaenys tinha a pele palída como o gelo e cabelos brancos como uma tipíca Valíriana, e seus olhos eram em um tom turquesa vivo. Características que foram o bastante para ela ser única dos até então dois filhos da princesa a não ser chamada de bastarda, por mais que todos sabiam que assim como os outros ela não havia sido consebida dentro do casamento.

Sua verdadeira paternidade no caso pertencia a Daemon Targaryen, o tio de sua mãe.

Que em um puro momento de depravação e bebedeira traiu sua tão amada esposa que com a sobrinha.

Mas isso havia passado "despercebido" pela corte e a vida da pequena princesa seguia feliz, cheia de alegria e sonhos, até mesmo mesmo Alicent Hightower a Rainha, havia afinidade com a pequena, sendo a única dentre os filhos de Rhaenyra que ela tratava bem.

Conforme os anos passavam e as crianças cresciam suas personalidades eram formadas, Rhaenys por crescer completamente cercada de garotos tinha o desejo de se tornar uma cavaleira e sempre insistia para Sir Criston a ensinar a lutar assim como seus tios e irmãos, desejo esse que nunca foi atendido. Assim como seu desejo de montar um dragão, já que seu ovo não eclodira assim como o de Aemond, seu tio que era apenas dois anos mais velho que ela.

Isso fez ambos se aproximarem, eles sentiam a frustração um do outro e canalizavam isso em lutas com espadas de madeira todas as noites após seus pais cairem no sono.

Eles não entendiam e não observavam o que acontecia ao redor deles, eram jovens demais para ver que aos poucos a casa do dragão se afundava em sí mesma por meio de intrigas e conspirações que mais tarde desencadearia uma grande guerra pelo trono apelidada de A Dança dos dragões.

[...]

Eu não sabia como reagir a morte.

Laena era minha tia, e por mais que eu não tivesse muito contato com ela eu sentia uma estranha tristeza dentro de mim, e quando vi seu caixão ser atirado ao mar foi o momento em que uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Foi um momento que durou pouco, mas foi marcante e significativo, logo toda nossa família já estava na parte de fora do castelo de Driftmark, lamentando cada um do seu jeito a morte da princesa dos mares.

— Detesto este lugar. — Aemond falou ficando ao meu lado.

— Não diga isso, tenha respeito a casa dos meus avós.

— Desculpe, é só que esse lugar é deprimente. — Falou olhando ao redor.

— Nem sempre foi assim... Mas, achei que estivesse conversando com Aegon.

— O Aegon é um bêbado, e minha irmã é uma maluca, não suporto ficar perto deles. — Disse bufando.

— Não fale assim de Haelena ela é legal você apenas não a entende, agora o Aegon, tenho que concordar que ele é um idiota. — Falei e nós dois demos risada, mas fomos interrompidos por minha mãe.

— Vai com Jace confortar suas primas, elas acabaram de perder a mãe... — Eu fiz o que a platinada mais velha pediu deixando Aemond para trás e indo até minhas primas que estavam desoladas.

Eu fiquei junto delas até o cair da noite, indo logo depois para os meus aposentos e me preparando para dormir, ficar com Baela e Rhaena me fez ficar ainda mais com aquele sentimento de tristeza estranho, acho que o dia de hoje misturado com a noticía de que quase toda a familía Strong fora queimada viva na noite anterior me fez ficar com embrulho no estômago, eu sabia que ele era pai dos meus irmãos, e talvez pudesse ser até mesmo meu próprio pai.

— Para de pensar nisso Rhaenys! — Falei para mim mesma me dando um tapinha no rosto.

E tentando me afastar desses pensamentos fui me deitar para dormir, mas antes que eu pudesse fechar os olhos a minha porta foi aberta com brutalidade por meus dois irmãos e primas.

— Alguém roubou a Vhagar! — Jace falou se referindo ao dragão da mãe das meninas.

— Vem Rhay vamos precisar da sua ajuda! — Rhaena falou me fazendo levantar da cama e ir junto com eles.

E assim que chegamos ne uma das entradas do castelo vimos o Targaryen mais novo vindo em nossa direção.

— É ele!

— Sim sou eu.

— A Vhagar é o dragão da minha mãe! — Falou Baela.

— Sua mãe está morta. Vhagar tem um novo montador agora.

— Ela era minha por direito! — Rhaena gritou.

— Então devia te-lá requirido! Talvez seus primos a arrumem um porco para montar, combina com você. — Com isso as irmas partiram para cima do garoto, mas por ele ser mais forte não durou muito e as duas já estavam no chão.

Meus dois irmãos também foram para cima do Targaryen e eu tentei apartar a briga, mas também fui derrubada no chão pelo garoto de cabelos brancos e pude ver que ele vacilou ao me olhar, pois esse descuido fez os outros quatro o derrubarem e começerem a desferir golpes no garoto, que logo conseguiu tirar todos de cima dele, e agarando meu irmão mais novo pelo pescoço.

— Vocês vão morrer no fogo como o pai de vocês, bastardos! — Essa foi a gota d'água para mim, eu me levantei e puxei meu irmão para trás acertando um soco no rosto do loiro fazendo com que sem querer ele acertasse a pedra que ele segurava no meu ombro, fazendo um corte profundo.

O que aconteceu depois foi muito rápido, quando me dei conta Luke havia cortado o rosto de Aemond com a adaga de Jace. Eu ainda estava meio avoada quando todos nós fomos levados ao grande salão, acho que ter caido no chão me fez ficar um pouco tonta, mas ao sentir a dor de uma agulha perfurar meu ombro eu recobrei a conciência.

Já estavam todos lá, a Rainha, o Rei, minha mãe e o tio Daemon, estavam todos descutindo sobre o acontecimento quando o rei deu um fim naquilo.

— Isso está encerrado!

Mas a Rainha o questionou, pegando a adaga de sua cintura e quase acertando minha mãe que nos defendia, mas por sorte a Rainha não conseguiu a retalhação que queria e minha mãe saiu apenas com um corte no braço.

— Não lamente por mim mãe, posso ter perdido um olho, mas ganhei um dragão. — Aemond falou e me olhou uma última vez antes de sair da sala.

Não era pra ser assim...

[...]

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