𝙉𝙤𝙩𝙝𝙞𝙣𝙜 𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙡𝙖𝙨𝙩𝙨 𝙛𝙤𝙧𝙚𝙫𝙚𝙧

Nada dura para sempre

— Já foi dito que os Targaryen estão mais perto dos deuses do que dos homens. O trono de ferro concerteza nos ajuda nisso, a governar os Sete Reinos. Então vocês vão ter que me prometer sob o olhar das sete divíndades que não entraram em nenhuma batalha e irão apenas como mensageiros não como guerreiros. —  Falou nossa mãe nos entregando os pergaminhos que contia as mensagens da Rainha. — Agora jurem para mim. —  Luke e Jace colocaram suas mãos sobre um livro antigo que um miestre segurava fazendo seus juramentos fiéis
para os deuses antigos.

— Rhaenys?

Eu apenas encarei a mais velha a dando um abraço, e logo fiz o mesmo com Jace.

— Estarei te esperando na praia Luke. — Falei saindo andando sem olhar para trás. Como prometer algo diante de deuses que nunca estiveram ao meu lado?

Caminhei até onde estavam os dragões e montei em Canibal, logo vendo Luke chegar e fazer o mesmo com Arrax. O futuro era algo assustador, poderiamos não conseguir nenhum aliado e acabarmos mortos por traição ou até pior... Eu tentei afastar esses sentimentos levantando voo junto dos outros três dragões que iam para direções diferentes, deixando Pedra do Dragão para trás.

O dia estava com um sol pálido e tinha algumas nuvens brancas parecidas com fumaça pelo ar que se desmanchavam em nossos rostos, era um clima agradável. Que mudou drásticamente ao chegarmos no território do Vale, que estava com os céus mais azuis e brilhantes com um ar abafado que fez eu e Luke nos encararmos e soltarmos uma risada.

Nós logo pousamos em frente a Fortaleza deixando nossos dragões perto dos grandes portões do Ninho da Águia sendo recebidos por guardas de fardas azuis com o brasão de uma lua e um pássaro.

— Somos Rhaenys e Lucerys Velaryon, nós trazemos uma mensagem da Rainha para a Lady Jeyne Arryn. — Falei vendo os cavaleiro assentirem, logo nos guiando pelo castelo até chegarmos em um grande salão que continha um circulo no centro que deveria ter vários metros de altura.

— Princesa Rhaenys. Principe Lucerys, filhos de minha prima. É um prazer recebê-los em minha casa. — Levei meu olhar a Lady do Vale que estava sentanda em um trono dourado no canto do grande salão e tinha seus cabelos dourados e olhos azuis que lembraram as águas oceano, e ao seu lado em pé com uma postura ereta e cara fechada, estava provavelmente seu filho, que assim como a mãe tinha cabelos louros e olhos claros, além de uma estátura alta e porte de guerreiro.

— Trazemos uma mensagem da Rainha, na qual sua Casa jurou fidelidade a alguns anos. — Eu levantei o pergaminho vendo um miestre pega-lo de minha mão e leva-lo até a mais velha que o leu atentamente.

— É uma proposta e tanto princesa. Minha Casa não muda de opinião tão fácilmente, e de bom grado eu aceito sua propósta de noivado com meu filho para fortaleçermos nossa linhagem famíliar, assim como juro servir sua mãe com uma única exigência de que haja um montador de dragão aqui para nos apoiar para caso formos atacados. —  Eu respirei aliviada ao ouvir as palavras da loira, e me senti ainda mais satisfeita ao ver todos ao nosso redor se ajoelharem perante a nós.

— Em nome da Rainha Rhaenyra Targaryen eu lhe agradeço Lady Jeyne, agora o Vale está sobre a proteção dos dragões, e dos negros. — A mais velha sorriu me analisando, logo se levantou vindo em minha direção.

— Eu preciso comentar que você tem a beleza da lua, eu sinto que você foi feita para esse lugar princesa. — A mulher passou as mãos por meus cabelos calmamente e logo depois alisou meu rosto com os dedos. — Por que não passam a noite aqui? Faremos um grande jantar, e vocês podem se acomodar até o amanhecer.

— Eu agradeço o convite minha Lady, mas nós já estamos de partida. — Ela concordou e eu olhei uma última vez para o rapaz encostado no trono, o vendo sorrir de canto enquanto caminhava até mim.

— Quero me apresentar formalmente princesa, sou Jon Arryn futuro protetor das terras do Vale e Lorde do Ninho da Águia e dos Portões da Lua, e será uma honra toma-la como minha noiva. — Ouvi sua voz rouca enquanto sentia sua mão tocar a minha, onde ele levou até os lábios deixando um selar sobre ela.

— É um grande prazer conhece-lo. —  Falei antes de me dirigir a saida os deixando para trás.

— Sabe... Foi mais fácil do eu achei que seria. — Luke falou enquanto saiamos do castelo que mais parecia uma grande torre de tão alta.

— Pois é.

— E aquele Jon Arryn? O que achou dele? Pra mim ele pareceu descente, na verdade eu tinha até achado que ele era um guarda e não um Lorde com aquela cara sem emoção. — Nós dois rimos e montamos novamente em nossos dragões.

— Aposto que ele nem deve saber levantar uma espada. — Falei para o garoto que novamente abriu um sorriso.

[...]

Alguns respingos de chuva já começavam a se chocar contra nossos rostos ao nos aproximarmos de Ponta Tempestade. Os trovões ribombavam em volta do castelo e de tempos grandes explosões de relâmpagos brancos-azulado iluminavam os ares como se fosse dia.

Fizemos assim como quando chegamos ao Ninho da Águia deixando nossos dragões na entrada da grande fortaleza e caminhando até os guardas, mas derrepente um som alto nos fez olhar para o céu chuvoso onde pudemos ver a silhueta sombria de Vhagar nos vigiando.

Eu e Luke nos entreolhamos sabendo o que aquilo significava, mas logo voltamos nossa atenção aos guardas com a insígnia do cervo em suas roupas.

— Sou o principe Lucerys Velaryon, e essa é a princesa Rhaenys, minha irmã, trazemos uma mensagem da Rainha para o Lorde Borros Baratheon.

Dessa vez era Luke que tinha o controle da situação, assim como nossa mãe o instruiu. Mas tudo aparentemente foi por água abaixo ao adentrarmos o grande salão e notarmos a presença de Aemond Targaryen, que fez meu irmão parar e me olhar com medo de relance mas logo continuar a andar sem perder a postura.

— Principe Lucerys Velaryon e princesa Rhaenys Velaryon, filhos de Rhaenyra Targaryen. — Um cavaleiro anúnciou nossa chegada e o moreno deu um passo a a frente.

— Lorde Borros, trago uma mensagem de minha mãe. A Rainha.

— Mas ainda hoje mais cedo eu recebi um emissário do Rei. Então o que é? Rei ou Rainha? Parece que a Casa do Dragão ainda não se decidiu. — O Lorde soltou um risada. — Mas então qual é? A mensagem de sua mãe?

Meu irmão levantou a mão com o pergaminho para entregar ao Baratheon, e nesse momento pude sentir o olhar de Aemond sobre mim, me fazendo o encarar de volta.

— Me relembrar do juramento de meu pai. O Rei Aegon teve uma prostosta melhor, de um pacto de casamento com uma de minhas filhas. Então eu te pergunto, o que sua mãe tem a me oferecer? Com qual de minhas filhas você vai se casar? Ou talvez você trouxe sua irmã aqui para oferece-lá ao meu filho. — Novamente eu e Aemond nos encaramos, obviamente ele não havia gostado nada de ouvir aquilo, assim como eu, ver que ele provavelmente se casaria com uma dama dos cabelos negros e olhos esmeralda tipícos da Casa Baratheon, me fez encarar o chão de modo cabisbaixo.

— Meu lorde, eu não estou livre para casamento, eu já estou noivo. Assim como minha irmã que já é prometida a Lorde Jon Arryn. — Novamente olhei para o Targaryen que trancou o maquicilar e ajeitou a postura ficando ainda mais ameaçador.

— Então vocês vieram de mãos vázias. Vão para casa crianças. E digam para sua mãe que o Lorde de Ponta Tempestade não é um cachorro que ela pode chamar para lutar contra seus inimigos.

— Entregarei sua mensagem a Rainha, meu Lorde. — Nós se viramos para sair do salão, mas fomos interrompidos pela voz séria do Targaryen, fazendo nós se virarmos para encara-lo.

— Esperem. Meu Lorde Strong, você realmente pensou que poderia voar por ai se opondo ao trono de meu irmão? E acha que vai sair empune? — Falou dando alguns passos a frente.

— Não irei lutar com você, vim apenas como um mensageiro, não como um guerreiro. — Disse Luke.

— Uma luta seria uma boa troca, mas não, quero que tire um de seus olhos. —  O Targaryen retirou o tapa-olho que ele sempre usava, revelando um gema azul brilhante no lugar do ferimento que Lucerys havia feito a anos atrás. Uma safíra reluzente. — Esse é o meu preço, apenas um já serve. — O platinado jogou uma adaga no chão em direção ao meu irmão que novamente me olhou sem saber o que fazer. — Vou dar o seu olho de presente a minha mãe.

— Não. — Meu irmão falou convicto.

— Então você é tão covarde quanto traidor.

— Aqui não! — O Lorde ordenou.

— Me de seu olho! Ou eu o arrancarei de você bastardo! — Puxei o meu irmão para trás de mim tirando minha espada de minha cintura apontando para o loiro que vinha ferozmente em nossa direção.

— Você é tão fraco que se esconde atrás da sua irmã Strong. — Falou me encarando com sua faca na mão.

— Na minha casa não! Eles vieram como mensageiros. Não quero um banho de sangue debaixo do meu teto! Levem o principe e a princesa devolta para seus dragões. Agora. — Abaixei minha espada a guardando devolta na bainha, assim como meu irmão. E logo voltamos nosso caminho até a saida tentando manter a calma.


— Temos que ir! Agora! — Falei andando em passos largos sendo seguida pelo moreno mais novo, e ao sair naquela tempestade olhei para os céus notando que Vhagar já não estava mais lá. Voe rápido Canibal! Nós não temos tempo! Vamos. Falei montando no na criatura escura que logo levantou voo sendo seguido pelo dragão menor.

A tempestade nos empedia de correr com velocidade e nos atrapalhava de ver as coisas claramente, mas mesmo assim voavamos cortando as nuvens cinzas que pareciam nos envolver em um abraço gélido e dolorido contra as grossas gotas de chuva que se chocavam contra nossos rostos.

O som de Vhagar logo invadiu meus ouvidos me fazendo olhar ao redor do nevoeiro podendo finalmente ver o dragão gigantesco sobrevoar por cima da gente. E olhando para o meu irmão pude notar seu rosto assustado, fazendo uma sensação de incapacidade tomar conta de mim, como eu poderia nos proteger dessa fera que era quase cinco vezes maior que nossos dragões? Como vou nos salvar sem que custe a vida de alguém?

Novamente Vhagar surgiu dessa vez vindo em nossa direção o que fez Arrax abaixar voo e ir para entre as pedras fazendo com que Aemond risse alto enquanto me perseguia.

Dracarys. — Falei em um momento de desespero, na tentativa de dar a Luke talvez uma chance de escapar, e Canibal assim como eu ordenei se virou lançando suas chamas esverdeadas contra o dragão gigantesco.

Vhagar não! Não. — A dragão começou a me caçar com ainda mais fúria sendo surpreendida por Arrax que subiu seu voo e também soltou uma rajada de fogo bem em seu rosto. Foi nesse momejto que eu percebi que haviamos cometido um erro imenso.

Com o ataque do dragãozinho, Canibal não hesitou e foi para cima de Vhagar dando mordidas e abocanhadas em seu pescoço, ato que não durou muito pois ela se livrou de nós fácilmente com uma patada fazendo com que quase despencassemos em direção ao mar. Mas não desisti e puxei as rédias do animal com toda a força que eu tinha fazendo ele levantar voo novamente finalmente saindo de dentro da tempestade que nos encharcava.

E então sem poder impedir vi a fera verde abocanhar Luke e Arrax. Destroçando o garoto e seu dragão pelos ares.

Um grito de sofrimento escapou dos meus pulmões ao ver os pedaços de meu irmão cairem do céu, fazendo com que meus olhos se enchessem de lágrimas e meu peito apertasse.

Eu desviei meu olhar para Aemond sentindo a fúria me consumir e novamente voei em sua direção fazendo Canibal bater de frente com Vhagar e começar a soltar fogo e mordidas contra a dragão mais velha que em um certo momento revidou nos fazendo cair em direção ao chão de Bronzegate, mas antes que se chocassemos contra o solo, Vhagar surgiu novamente segurando o meu dragão com as patas trazeiras nos deixando gentilmente sobre a grama. O que fez meu ódio crescer ainda mais ao ver que Luke havia sido morto por ordem de Aemond. E não por acidente.

Eu me arrastei pelo chão colocando a mão sobre minha barriga que agora tinha os pontos abertos, respirando fundo enquanto eu me levantava vendo Canibal abatido, com alguns ferimentos na região do pescoço, mas o animal por sorte continuava aparentemente sádio, ele apenas tinha levado uma pancada muito forte da dragão femêa que agora pousava a minha frente.

Eu novamente empulhei minha espada indo em direção ao loiro, sem me importar com mais nada a minha volta.

— Eu não queria mata-lo Rhaenys. —  Tentei golpea-lo diversar vezes ignorando sua fala, o vendo desviar facilmente dos meus movimentos. — Já chega! Você está ferida. — Ele tentou se aproximar, mas eu novamente o ataquei, dessa vez vendo o mais velho arrancar a espada da minha mão a jogando para longe.

— Você o matou! Você matou o meu irmão! Ele era só uma criança, e você o tirou de mim. — Nesse momento eu já estava completamente em prantos vendo meu corpo ir de joelhos ao chão sentindo todo o meu mundo desmoronar e a dor me consumir, mas não era a dor do machucado que começava a sangrar, era a dor da perda e da culpa por não ter conseguido salvar uma das pessoas que eu mais amava no mundo.


Eu senti os braços do Targaryen me rodiarem e sem mais forças para reagir eu desmoronei em seu peito.

— Eu vou matar você Aemond.





"Depois disso, a tempestade irrompeu, e os dragões dançaram."

[...]

Apartir dos próximos episódios terão spoilers e alterações dos futuros acontecimentos de House of the dragon.

[...]

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top