𝙈𝙞𝙨𝙩𝙖𝙠𝙚𝙨 𝙡𝙞𝙠𝙚 𝙩𝙝𝙞𝙨
Erros como esse
Abri os meus olhos lentamente recobrando minha consciência aos poucos. Observando que eu estava em um lugar totalmente desconhecido. Em um quarto onde a luz da lua se misturava com as tochas, e os ventos balançavam as cortinas as fazendo rodopiar pelo ar enquanto uma brisa úmida entrava pelas janelas.
— Você desmaiou. — Me virei olhando o dono da voz. Era um miestre que lavava suas mãos sujas de vermelho ne um jarro com água.
— Onde estou? Cadê o meu dragão?
— Você está em Bronzegate, no castelo da Casa Buckler. E seu dragão, bom fiquei sabendo que o principe Aemond apriosionou aquela besta fúriosa fora da fortaleza. — Me levantei com difículdade vendo o senhor colocar a mão no meu ombro e me encarar. — Nunca vi alguém como você minha jovem, o seu ferimento estava inflamado por você não parar quieta e por conta disso eu tentei cauteriza-lo mas sua pele nem reagiu ao fogo. Então tive que costura-la novamente com pontos ainda mais fortes. — Eu abaixei meu olhar para meu vestido vendo um rasgo que dava a visão de uma linha rigída e grossa na minha barriga.
— Preciso sair daqui. — Me levantei depressa na tentativa de chegar até a porta, que foi aberta revelando o loiro alto que me encarou com a cara fechada.
— Saia agora. — Falou para o senhor curandeiro que obdeceu saindo do quarto deixando apenas eu e Aemond frente a frente. — Quem diria que você tem uma resistência tão grande ao fogo, uma tipíca Targaryen de linhagem de sangue.
— Diferente do meu irmão que você adorava chamar de bastardo não é? Do meu irmão que você matou bem na minha frente, sabe, eu me pergunto por que não deixou a Vhagar me devorar também? Seria mais digno do que ter ver você novamente. — Eu estava tentando me manter forte, manter a postura. Mas a cena do Luke sendo despedaçado entre os dentes do dragão ficava se repetindo na minha cabeça fazendo meus olhos se enchessem de lágrimas.
— Aquilo foi um acidente Rhaenys, eu não queria mata-lo, acha mesmo que eu queria acender o estopim para uma guerra que pode resultar em todos os Sete Reinos em chamas?
— Um acidente? Você até pode dizer que só queria nos assustar, mas foi você quem criou aquela situação, você colocou um prato de comida na frente da Vhagar e depois queria que ela não nos devorasse! Agora está tudo perdido, minha mãe não vai suportar ter que receber a noticia da morte de mais um filho. Ela vai querer vingança e não tem como ninguém impedir sua fúria. — Gritei para ele sentindo minha face já toda molhada pelas águas salgadas que insistiam em cair dos meus olhos.
— Eu sinto muito. Sinto por sua mãe. — Falou colocando as mãos no meu rosto e limpando minhas lágrimas delicadamente.
— Se sente muito então me deixe ir pra casa.
— Sabe que eu não posso, você é a única garantia que temos de que Daemon e Rhaenyra não vão destruir tudo. Amanhã nós iremos voltar para King's Landing, onde você será mantida em seu quarto até toda essa situação se acalmar. — Eu o empurrei para longe de mim o olhando indignada.
— Acha mesmo que serei sua prisioneira? Ou melhor, um escudo de proteção para os verdes não serem retalhados? Não. Acho que vai ter que me matar Aemond por que enquanto eu viver nunca deixarei que aquele bêbado traidor do Aegon governar em paz. — Ele novamente se aproximou segurando meu rosto.
— Acha mesmo que eu conseguiria te matar? Você nunca vai saber o quanto eu realmente te amo Rhaenys, por que eu nunca consegui demonstrar o suficiente. E eu tentei muito. Desde quando eramos apenas eu e você lutando contra o mundo com espadas de madeira. Eu não vou tirar a sua razão de me odiar e querer vingança, mas quero que saiba que enquanto eu estiver aqui, não vou deixar ninguém te machucar.
Sua fala junto de um beijo necessitado me fez dar um passo para trás por conta da proximidade do Targaryen.
E por mais que eu quisesse não conseguia me afastar, por mais que meu coração já estivesse tão quebrado quanto fragmentos de um cristal e minha mente me martirizasse a todo momento. Talvez eu apenas precisasse sentir alguma coisa. Sentir qualquer coisa que preenchesse o vázio que eu sentia em meu peito.
— Se entregue a mim princesa, e então eu queimarei todo o Vale se for preciso para que nenhum Arryn a toque. — Falou deixando uma trilha de beijos em meu pescoço.
— Apenas me faça sentir alguma coisa tio, me ame violentamente, me abandone e me machuque, eu só preciso...
Em um ato talvez de desespero eu novamente o puxei selando nossos lábios, sentindo suas mãos começarem a vagar lentamente pelo meu corpo. Ele começou a dar passos para frente me empurrando calmamente até a cama onde o senti me prender entre seus braços ao tocarmos os lençois de cetim, começando a descer novamente selares por todo o meu pescoço, me fazendo arfar e virar minha cabeça em direção a janela.
Os céus sabem como eu me sinto miserável agora.
Pude sentir suas mãos geladas irem até a barra do meu vestido onde uma delas rastejou até minha coxa e a outra subiu até minha cintura fazendo com que todo o meu corpo flamejasse e minha respiração ofegasse.
Talvez eu pudesse ter te salvado.
Eu retirei o casaco do mais velho logo o vendo retirar a última peça de roupa que cobria seu abdomén magro e definido que era marcado por cicatrizes de combate por toda sua pele. Minha mão deslizava em cada traço seu, cada ferida, cada detalhe, até chegar em seu rosto onde eu acariciei gentilmente retirando a venda de couro de cobria seu olho de sáfira que reluzia com a luz da noite que insistia em invadir o quarto.
Em seguida foi o meu vestido que foi retirado pelo mais velho que me analisou por alguns segundos me fazendo se encolher em vergonha.
— Você é perfeita. — Sussurou de forma rouca em meu ouvido.
E então ele mesmo retirou sua calça fazendo dessa vez eu observa-lo, ato que não durou muito pois ele logo voltou a ficar por cima de mim se posicionando entre minhas pernas. E sem avisos eu o senti se forçar contra mim me fazendo soltar um gemido sôfrego que foi cortado por um beijo do mais velho que tentava falhamente me distrair da dor. Ele voltou a se mecher de forma levemente bruta que fazia eu soltar diversos sons involuntários e minhas costas se arquearem sem eu saber se era de prazer ou de sofrimento.
Você me odeia agora Luke?
Pude sentir sua mão subir da minha cintura por todo o meu corpo até senti-la apertar meu pescoço me fazendo o olhar profundamente.
— Você pertence a mim. — O mesmo falou encostando sua testa na minha, me fazendo fechar os olhos enquanto o sentia retirar sua mão da minha garganta e voltar a segurar forte o meu quadril que ele puxava fazendo movimento de vai e vem.
E assim aquela sensação me consumiu, como um fulgão em erupção, me fazendo segurar forte a nuca do Targaryen e deixando um gemido um pouco mais alto escapar dos meus lábios, e logo o sentindo se desmanchar dentro de mim quando apertava com força minha cintura e deixar um som rouco escapar de seus lábios ofegantes.
Nós vamos nos reencontrar em breve não é?
Ele lentamente saiu de cima de mim se deitando ao meu lado logo me puxando para deitar em seu peito.
— Você vai sentir minha falta quando eu se for? — Perguntei baixinho com o rosto escondido entre as cobertas.
— Eu nunca vou permitir que você se vá.
[...]
Os raios de sol entrando pelas janelas me fizeram despertar. Vendo Aemond já trocado me observando enquanto passava as mãos por meus cabelos.
— Nós temos que ir. — Falou acariciando meu rosto.
— Não acho que consigo levantar daqui. — Respondi baixo o fazendo sorrir de canto.
— Consegue sim. Agora se troque já estamos atrasados. — O loiro disse com uma voz calma e se levantou saindo do comôdo me deixando olhando para o teto por alguns minutos.
Eu me sentei colocando meus pés no chão sentindo um gelo subir pela minha espinha, finalmente se levantando e recebendo uma pontada em meu ventre e junto de algumas outras dores no corpo. Fazendo meu olhar se desviar brevemente para a cama onde tinha uma pequena mancha de sangue sobre os lençois.
— Você precisa ser forte... — Disse para mim mesma, dessa vez vendo um vestido que provavelmente o mais velho havia deixado para mim em cima da uma mesa, que tinha a cor vermelho e prata.
Me vesti rapidamente, fazendo um simples penteado em meus cabelos enquanto pensava ne uma forma de fugir desse lugar. Mas o som da porta ser aberta novamente por um guarda que tinha uma corda em mãos, me fez ter uma brilhante ideia.
— Ordem do principe para que você não haja de forma imprudente princesa. — Eu olhei o cavaleiro de cima a baixo, pensando na besteira que eu estava prestes a fazer.
— Me desculpe Sir, eu não sou uma pessoa ruim, mas não tenho escolha. — Falei puxando sua espada de sua cintura a cravando em seu peito, fazendo o homem me olhar assustado enquanto cuspia sangue bem em meu rosto.
Sai do quarto deixando o corpo sem vida para trás, andando pelos corredores que por sorte só tinha alguns serventes que me encaravam com espanto, me fazendo ter um Deja vú do dia em que fui atacada em King's Landing.
— Você só arruma problemas Rhaenys... — Resmunguei, começando a prestar atenção nos detalhes a minha volta.
O castelo era um tanto quanto pitoresco, com tons fríos espalhados por todos os cantos, que combinavam perfeitamente com o brasão da Casa Buckler que tinha a imagem de três pedaços de latão dourado com um azul marinho de fundo.
Na verdade eu me lembrava claramente de ver o corpo do Lorde dessa Casa pendurado dentro da Fortaleza Vermelha. Ele provavelmente havia se negado a se ajoelhar a Aegon.
Quando finalmente cheguei na saida do lugar a primeira coisa que vi foi Canibal tentando se livrar loucamente de correntes grossas e pesadas que o prendiam de modo cruel, fazendo minha raiva aumentasse a cada investida sua de se libertar.
— Foi difícil, conseguir conte-lo, na verdade custou a vida de seis homens e precisou da ajuda da Vhagar. — Vi Aemond me encarar junto de diversos outros soldados Baratheon. — Ela precisou colocar seu peso contra ele pra que conseguissemos passar as correntes em volta de seu pescoço.
Eu apontei a espada pesada na direção do loiro começando a ver os soldados me cercarem.
— Avise a eles que se encostarem em mim mandarei Canibal queimar todo esse lugar. Ele pode até estar presso mais ainda consegue usar a boca.
O Targaryen me encarou por alguns minutos e eu desviei o meu olhar para os céus tentando encontrar o dragão verde que ontem quase me matou. Mas Vhagar não estava aqui.
— Não se lembra do que eu te disse? "Eu nunca vou permitir que você se vá", você pode até conseguir fugir agora, mas eu vou te encontrar.
— Tenho isso em mente.
Nesse momento senti os guardas me segurarem, fazendo com o meu dragão começasse a se debater com ainda mais força até finalmente estourar as correntes de ferro. Ele rugiu alto fazendo com que os cavaleiros se assustassem e se afastassem, fazendo novamente eu olhar para Aemond.
— Agora, devolve a porra minha espada! — Falei o vendo sorrir e pegar a Rainha Escarlate de sua cintura, começando a caminhar até mim calmamente me entregando a lâmina, ele não me falou mais nenhuma palavra, apenas analisou meu rosto uma última vez, antes de voltar para trás e eu o dar as costas indo até Canibal.
— Eu sou filha de Rhaenyra Targaryen, primeira de seu nome, Rainha dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos e legítima protetora do território. A verdadeira Rainha. E Todos vocês são traidores da coroa. — Eu levantei voo com o dragão observando todo o pequeno exercicíto que recuava. Mas a bela vista do castelo desviou minha atenção me fazendo sorrir de canto.
— Dracarys. — Canibal abriu sua boa jogando labaredas de fogo contra a Fortaleza Buckler que começava a desmoronar em ruinas enquanto o queimavamos até não existir mais nenhuma pedra em pé.
Meu ato havia sido apenas um aviso. Um primeiro ato de uma serenata que estava prestes a entrar em seu solo principal.
— Nos veremos em breve tio.
Falei em Alto Valíriano para apenas uma pessoa naquela pequena multidão me ouvir.
Finalmente partindo as pressas para Pedra do Dragão.
[...]
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