୧ ‧₊˚ 🥃 CAPITULO 01

Ao encerrar da chamada Internacional, o CEO concentrou seus pensamentos na tela do laptop, observando de soslaio como os pingos de chuva faziam a vidraça das janelas embasarem, tornando o vidro naturalmente escuro ainda mais negro.

Por mais jovem que fosse, Jeon Jungkook havia se tornado CEO do Grupo Jeon, grupo que possuía em seu nome, uma rede de Shoppings, não só no país, mas em algumas partes do do mundo, incluindo Europa e América Latina, além de cobrir uma grande parte de países da Ásia.

Com seus vinte e nove anos completos, era dono de uma beleza estonteante, com cabelos pretos, olhos da mesma cor e pele branca, levemente bronzeada. Ele ostentava um porte físico invejável, conquistado em suas frequentes aulas de boxe e uma alimentação regrada. Jeon Jungkook tinha lábios finos, nariz pequeno e arrebitado, com sobrancelhas grossas, naturalmente arqueadas, cílios espessos e mãos com veias sobressaltantes que seu marido adorava tocá-las. Como na maior parte do tempo, ele estava vestido com roupas formais, especificamente um conjunto Armani composto por uma calça social preta, uma camisa branca de botões, um blazer cinza e um cinto de couro com as iniciais de uma marca italiana. No passado, ele quase foi convencido a ingressar em uma carreira de modelo, segundo um olheiro que o abordou em uma cafeteria, o homem dispunha de uma beleza hercúlea e estonteante.

Não muito diferente de outros alfas, Jungkook era controlador e egocêntrico por natureza. No passado ele arrumou sérios problemas por se comportar de forma hostil e sua intransigência desmedida. Entrar em lutas verbais e físicas tornou- se um hábito perigoso que foi controlado com a chegada de Lisa. Com a ômega, pela primeira vez, Jungkook pensou em construir uma família e sossegar. No passado a ideia de casamento lhe deixava com urticária, mas bastou pousar os olhos em Lisa e ele soube que era a ômega predestinada. Ele ouviu o tinlintar de sinos em sua mente e tudo
que podia pensar era que morreria se não tivesse aquela ômega linda ao seu lado.

A sala de trabalho do alfa era opulenta, com móveis em um padrão de tons cinza, uma janela larga de vidro com uma visão panorâmica do centro da cidade, uma mesa de trabalho com tampo de vidro preto, um sofá de couro marrom na lateral esquerda, uma poltrona em formativo de U cinza e subindo um batente de madeira pequeno, depois do limiar, havia uma pequena mesa de vidro com algumas bebidas. As paredes estavam pintadas com um tom de branco, com alguns quadros pendurados em sua extensão.

Descendo os olhos pelo próprio corpo, o CEO abriu os primeiros botões do paletó azul-marinho, logo deixando a peça de roupa em uma poltrona. Estava tenso; seu corpo inteiro estava rígido, de acordo com as últimas informações. Sobre sua mesa estavam alguns objetos pessoais, como uma escultura em um formato abstrato, uma pilha de papéis, um laptop aberto, um recipiente de metal para abrigar canetas e seu celular.

Jeon se sentia em um redoma que ele mesmo criava em volta de si.

Distraindo o CEO de seus pensamentos, ele sentiu as mãos pequenas da esposa envoltas em sua cintura. Mesmo que não a visse, sabia que era Lisa, era seu toque, a respiração, o cheiro inconfundível de morangos que despertava seus instintos de alfa mais intrínsecos. Sorrindo, o alfa segurou as mãos da mais nova, beijando a aliança em seu anelar canhoto, logo invertendo as posições.

Distraindo o alfa de seus pensamentos, sentiu as mãos pequenas do marido envoltas em sua cintura. Mesmo que não o visse, sabia que era Lalisa, era seu toque, a respiração, o cheiro inconfundível de morangos. Segurou as mãos da mais nova, beijando a aliança em seu anelar canhoto, logo invertendo as posições.

— Veio me ver no trabalho, uh! — Beijou levemente o pescoço alvo, concentrando um toque mais ousado na silhueta fina da loira.

— Senti saudade e queria te ver. — Enlaçou as mãos no pescoço do marido, mordiscando o lábio inferior do maior. — Ainda falta muito pra terminar o trabalho, amor? — Perguntou, deitando a cabeça no ombro de Jeon, fazendo círculos no peitoral malhado, ainda encoberto pela camisa social.

— Senta um pouco ou pode conhecer a empresa com a Dyun. — Sugeriu, se sentando na poltrona, trazendo a ômega para seu colo.

— Fico com a segunda opção, você sabe como eu odeio esperar. — Iniciou uma série de beijos no pescoço do alfa, enquanto os dedos passeavam pelo cabelo negro.

— Sempre impaciente com tudo, vida. — Estava prestes a beijar a menor, no entanto, precisou sair de onde estava para contactar sua secretária. — Srta. Nam, venha até minha sala, por favor. — Solicitou, mordendo o canto do lábio, sentindo uma pontada aguda em seu membro, quando Lalisa sentou em seu colo, de frente para si.

— Não posso te beijar? — Perguntou confusa, após Jeon interromper sua tentativa de beijá-lo.

— Estamos no meu local de trabalho, meu bem e só te beijar é um limite muito difícil pra mim. — Explicou, afastando a mão maliciosa de seu membro.

Quando ouviu batidas na porta, anunciando sua secretária, sinalizou para que Lalisa saísse do seu colo.

Jeon Lalisa era uma ômega de vinte e cinco anos, com cabelos em um tom de dourado raro, com curvas chamativas; Jungkook amava dedilhar ao redor da cintura fina da esposa, sentindo a pele macia ao redor de seus dígitos, olhos cor de mel, lábios naturalmente vermelhos e macios e uma suavidade na voz
encantadora. Como a maioria das ômegas, ela não tinha grande quantidade de pelos no corpo e seu cheiro de morangos quando estava excitado o deixava louco. Ela possuía cílios incrivelmente longos, com sobrancelhas finas e delicadas e maçãs faciais com uma coloração natural de cor carmesim.

Naquele final de tarde, Lisa vestia um vestido solto florido. O cabelo bagunçado fez o alfa sorrir. Ela não era adepto a deixar seus fios capilares organizados e, talvez, tenha sido uma das peculiaridades que chamou sua atenção, em primeiro lugar, quando se conheceram em um hotel, durante uma viagem de negócios do alfa.

Emburrado, a ômega obedeceu.

— Srta. Nam, leve a minha esposa para um tour na empresa e o distraía um pouco. — Pediu, se levantando para dar um selinho na mais nova.

— Srta. Nam, leve o meu marido para um tour na empresa e o distraia um pouco. — Pediu, se levantando para dar um selinho na mais nova.

— Não quero sair.

— Por favor, querida. — Insistiu, tocando a ponta do nariz empinado com o indicador.

— Vai ser divertido, Sra. Jeon Lalisa. — A secretaria prometeu, sorrindo para a loira, que continuava emburrada.

— Vou querer uma recompensa. — Enlaçando os braços ao redor do marido, Lisa o beijou longa e demoradamente.

— Esteja ciente disso, querida. — Não hesitou em golpear a bunda da esposa, sorrindo sapeca.

Sorrindo, o alfa pairou sobre a ômega, cobrindo-o com seu cheiro, em seguida os levou até a porta da sala e se enclausurou outra vez, voltando a concentração em afazeres corporativos. Ele tinha um relatório para entregar ao Conselho do Grupo Jeon e sua conversa com o CFO da empresa o deixou sem ânimo.

Mesmo com todos os seus esforços para voltar ao topo do mercado, ele sentia que estava falhando. Relendo a primeira parte do relatório do chefe do setor financeiro do Grupo Jeon, o alfa torceu o nariz ao sentir um cheiro conhecido preenchendo o cômodo. Ele conhecia aquele cheiro e não estava feliz por isso. Sua esposa não suportava sua ex-namorada e não seria uma situação agradável se eles se encontrassem.

Os levou até a porta da sala, voltando a concentração em afazeres, algo que não demorou tanto, já que outra vez alguém batia à porta. Levemente irritado com a série de interrupções, ele ordenou que quem quer que fosse, entrasse ali.

Sem nenhuma surpresa, ele ouviu duas batidas na porta, em seguida, Lexa apareceu.

— Posso entrar?! — A ômega continuava parada ao pé da porta.

— Claro. — Jungkook sorriu minimalista. — Sente-se. — Ofereceu a cadeira em sua frente, sinalizando com os olhos.

Min Seo Lexa era uma ômega de vinte e cinco anos, extremamente bonita e rica; com 1,67 de altura, a loira exibia seu corpo curvilíneo, durante o instante em que desfilava para dentro da sala com seu par de louboutins brancos e um vestido preto justo que ia até abaixo dos joelhos, com uma barra de renda. O cabelo longo estava preso em um rabo de cavalo e seus lábios cobertos por uma camada de batom cor pêssego. Ela usava um perfume artificial com aroma de lírios, já que na empresa todos os funcionários eram orientados a usar bloqueador de cheiro para evitar situações constrangedoras.
Lexa foi a primeira namorada oficial de Jungkook, mas também a primeira decepção amorosa. Ambos eram imaturos o suficiente para sobrecarregar o relacionamento com inseguranças e após algum tempo juntos, uma separação foi inevitável.
Sem pressa, a ômega puxou a cadeira para se sentar e cruzou suas pernas. Antes de falar, a loira alternou a atenção entre o iPad e o rosto curioso do moreno em sua frente.

— Precisava conversar com você sobre uma nova rede de shoppings em Madrid e Budapeste. — Começou a falar, se sentando à mesa de acrílico preta. — Após uma breve leitura sobre os relatórios finais do CFO do Grupo Jeon, tentei buscar alternativas para expandir nossos lucros e para isso eu preciso consultá-lo acerca.

— Era exatamente sobre isso que eu queria falar. — Mostrou a tela do iPad para o alfa, onde exibia uma janela com um das negociações em andamento. Sabe que negociações comerciais com europeus são bem complicadas e, se me permite, gostaria de ficar à frente. — A firmeza da voz se sobressaiu.

— Sempre tomando iniciativas, Lexa. — Um dos talentos da mais nova, talvez o que ele mais gostava. — Pois bem, acho que pode ficar à frente dessa vez e se precisar de ajuda, estou aqui para lhe ajudar em tudo que precisar, não hesite em me contactar. — Decidiu dar o voto de confiança, embora sentisse que ela não estava preparada para algo tão importante. — Se era só isso, já pode sair, estou ocupado. — Pronunciou, não se importando em parecer ranzinza.

— Obrigada Jeon. — Esticou a mão para o companheiro de trabalho. — Sabe, às vezes eu penso sobre o quanto evoluímos. — Comentou com certo saudosismo. — Você se tornou um grande alfa e eu estou tentando me transformar em uma ômega melhor. O sorriso de flerte da loira não passou despercebido pelo alfa.

— Eu era bem babaca, não é? — Agora conseguia enxergar seus erros com mais clareza, algo que o envergonhava.

— E eu, uma dondoca mimada. — Admitiu, se juntando ao moreno no ataque de risos nostálgicos. — Gosto de pensar que melhoramos. — Ergueu o cabelo em coque frouxo, saindo da cadeira.

— Eu também. — Se ergueu também, ansioso pela saída da ex-namorada de sua sala. — Se não se importa, agora eu realmente preciso ficar sozinho. — Apressando ainda mais a ex-namorada, o alfa a acompanhou até a porta, onde se separou com o marido e seu rosto perdeu toda a cor.

— Amor, eu... — Lalisa parou de falar, ao perceber que o marido tinha companhia na sala.

— Srta. Min, esse é a minha...

— Jeon Lalisa, sua esposa. — A ômega deduziu, sorrindo minimalista. — É um prazer conhecê-la, senhora. — Estendeu a mão para a mais nova. — Jeon, viajo amanhã mesmo para a Espanha e darei início as negociações, me deseje sorte. — Se aproximou para cumprimentá-lo.

— Você não precisa de sorte, só dê o seu melhor. — A acompanhou até a porta da sala.

— Aquela era a Lexa, sua ex-namorada? — O tom de Lalisa se tornou sombrio.

— Namoramos no colegial, amor, há muito tempo. — Fez questão de salientar.

— Quero ir embora. — Disse fria, com uma mudança brusca de humor.

— Tudo bem, eu só vou terminar de assinar uns papéis e-

— Eu quero ir, agora. — Vociferou, com uma mudança nítida no tom da voz, batendo a porta da sala com força.

Frustrado com o comportamento da esposa, Jungkook pegou o celular em cima da mesa e informou ao chefe de sua segurança pessoal que sairia mais cedo, deixando-os a postos.
Antigamente, o alfa dispensava a presença de pessoas cuidando de sua integridade, entretanto, agora sabia que não podia vacilar, ainda mais quando Lisa estava por perto e tinha tanto em jogo a ser considerado. Ele, por mais que quisesse, não era um alfa comum, mas um milionário que estava a frente de um dos Grupos responsável por uma boa parte do PIB do país. Haviam pessoas que queriam prejudicá-lo e não poupariam esforços para tirá-lo do caminho.

Se sentindo idiota por correr, literalmente, atrás da esposa, Jungkook o encarou com desapontamento em suas feições, após alcançá-la no elevador. As portas fechadas davam um ar de intimidade e fez um leque de opções surgir em sua mente. Uma parte, a racional, de Jeon Jungkook sabia que o comportamento de Lisa era justificável.

Ele não reagiria bem se a esposa convivesse com um ex-namorado, enquanto a outra parte estava repetindo em seu consciente que Lexa não era uma ameaça e Lisa estava preocupada à toa. Segurando suas mãos para si mesmo, ele encarou a ômega e sentiu através de seus feromônios que ela estava irritado, mas também estava excitado com a proximidade. Sorrindo, Jungkook pressionou sua perna esquerda entre as pernas da menor e moeu contra seu quadril, cerrando os dentes quando uma fisgada intensa tocou sua virilha. Os olhos de Lisa brilhavam, à medida em que outra onda de feromônios preenchiam as narinas do alfa.

— Vamos conversar e vamos esclarecer o que quer que esteja perturbando você. — Seu tom de barítono deixou o ômega paralisado. — Ainda estamos no meu lugar de trabalho, pode deixar os assuntos pessoais para a privacidade do nosso quarto?

— Foi um erro vir aqui. — Ronronou baixinho, escondendo o rosto no ombro do marido.

— Eu amei receber sua visita, não duvide. — Beijou os cabelos da menor, acariciando os fios com zelo. —  Na verdade, foi um erro não contar que Lexa está trabalhando na empresa. — Meditou um pouco, não permitindo que a ômega se afastasse. — Prometo explicar quando chegarmos em casa.

— Só quero sair daqui e pensar um pouco. — Subiu a visão para encarar a esposa. — Por que está me olhando assim? — Indagou, de repente tímida.

— Como se fosse meu norte? A ômega mais bonita do mundo? Ou como se eu não pudesse respirar se você não está perto de mim? — A voz rouca e o olhar intenso foram o bastante para tudo ao redor da ômega desvanecer.

Ele queria tocá-lo, beijá-lo até que seus pensamentos ruins se dissipassem, no entanto, a mágoa nos olhos de Lisa lhe obrigou a manter suas mãos para si mesmo.

— Você só está galanteador. — Meneou a cabeça em negação, apertando o lábio inferior entre os dentes para não sorrir.

— Eu amo você, querida. — Deslizou as mãos pelos ombros e braços da menor, beijando suas têmporas.

No momento que as portas metálicas deslizaram, Jungkook pensou que a esposa iria correr para longe dele outra vez, mas tudo que a ômega fez foi segurar sua mão, encaixando os dedos nos dele, sem olhá-lo.

Sorrindo para a ação, o alfa caminhou com a esposa até o estacionamento da empresa, cumprimentando alguns homens de sua segurança pessoal, antes de subir no SUV e se sentar ao lado da esposa.

— Boa tarde. — Cumprimentou cordialmente o homem sentado no banco do motorista. — Podemos ir para casa, Sehun. — Ditou para o motorista.

Kim Schun era um motorista experiente e ágil. Antes de trabalhar para Jungkook , o beta já havia trabalhado para o presidente da Coreia do Sul, além de trabalhos sazonais. Com trinta e um anos, Sehun era alto, com ombros largos e construído por uma camada de músculos imponente. Ele possuía olhos castanhos escuros e estava vestido com terno de três peças preto, calça social da mesma cor e sapatos de couro. Em seu ouvido estava fones de ouvido bluetooth para manter contato com o pessoal da segurança de seu chefe.

— Rota alternativa ou a habitual, senhor?

— A mais rápida. — Respondeu, segurando a mão da esposa sobre sua perna esquerda. — Ou você quer passar em algum lugar antes, amor?

— Estou bem. — Pronunciou, acariciando os dedos do marido com carinho.

Sem esperar um novo comando, Sehun saiu com o carro do estacionamento do prédio onde estava localizada a sede do Grupo Jeon e entrou no tráfego caótico da cidade. Era final de tarde e sempre havia pessoas querendo chegar em algum lugar. Seguido por um comboio de quatro SUVs, duas à frente e dois atrás, o motorista guiou o veículo com primazia.

Jeon adorava o fato de Sehun ser muito discreto e nunca questionar sua autoridade. Sem nenhuma interferência, chegaram com tranquilidade na mansão onde o milionário passou a viver após o casamento. Uma casa enorme, com todo o luxo que o dinheiro pode oferecer, mas o alfa sentia que nada daquilo era capaz de fazer os olhos de Lisa brilhar tanto quanto pequenas coisas, como comida caseira cozinhada pelos dois em finais de semana, ou tardes sentados na grama do jardim, fazendo planos para o futuro.

Após se despedir do motorista com uma nova saudação cordial, Jungkook seguiu a esposa por um longo caminho de degraus pela escada dupla e o seguiu em silêncio até o quarto. A casa estava silenciosa, como na maior parte do tempo. Cada empregado empenhado em sua função designada. Com a decoração organizada por Lisa e uma decorada particular, na mansão haviam móveis planejados, uma mobília exclusiva importada de alguns países do mundo, além de outros vindos de cidades próximas. Por mais que não se importasse com objetos de luxo, foi emocionante para Lisa participar da decoração de sua casa e Jungkook se sentia muito bem por isso.

Quando a porta do quarto do casal foi aberta e fechada, o alfa sentiu que era a hora perfeita para conversar com o marido e esclarecer suas dúvidas. Era insuportável vê-lo com o semblante triste. Segurando as mãos da menor, Jeon o guiou até a cama e se sentou ao lado da esposa.

— Você está chateada comigo e eu quero esclarecer tudo, antes que sua cabeça criativa imagine coisas que não são reais. — Explicou, paralisando quando a outra virou o rosto na direção oposta.

— Até porque, você só contratou sua ex-namorada para trabalhar em uma das suas empresas. — Disparou sarcástico. — Sei que sou ciumenta, mas admita que isso é estranho, Jungkook. — Proferiu, repelindo o toque do marido.

— Ela é filha de um dos principais acionistas do Grupo Jeon, está trabalhando a pedido do pai, e também por ser ótima em gerir negócios. — Se apressou em justificar suas decisões atuais, por considerar algo necessário. — Você é a minha esposa, precisa confiar um pouco mais no seu alfa, amor. — Se inclinou para fungar no pescoço da ômega, recebendo um ronronado baixo em resposta.

— Tudo bem. — Pronunciou com cautela. — Só foi estranho encontrar aquela ômega na sua sala. — Você deveria ter me contado.

— Sim, eu admito que errei, mas em minha defesa, ela só está detalhando há uma semana. — Ouvir isso só serviu para deixar a ômega mais apreensivo e o maior percebeu. — Esperava que ela falhasse e eu tivesse a chance de tirá-la da sede do Grupo Jeon, mas isso não aconteceu e eu não posso ser injusto porque ela é minha ex-namorada.

— Não quero que seja injusto, só não me deixe de fora dos seus assuntos. — Ela tentou se levantar da cama, mas foi puxado de volta pelo marido. — Só vou tomar um banho.

— Resolvemos esse assunto, ou você quer que eu explique outra vez?

— Já foi o suficiente. — Garantiu, comprimindo os lábios.

— Lalisa. — Admoestou, acariciando as costas da esposa em movimentos suaves.

— Para provar que eu não estou mais chateada, vou deixar você tomar banho comigo. — Ofertou, descendo beijos pela garganta do marido até encontrar seus lábios, castigando-os com mordidas pequenas.

— Acho que é uma prova suficiente de que já não está mais irritada comigo. — Respondeu, inebriado pelo cheiro delicioso que a esposa exalava, enquanto uma onda de prazer crepitava seu corpo, cobrindo-o com luxúria.

Às cegas, o casal conseguiu encontrar o banheiro da suíte. Nenhum dos dois queria perder o alcance dos lábios do outro e a discussão morna de mais cedo aguçou a libido da ômega, deixando-o com tesão até a borda e estava prestes a transbordar.

[...]

Após um banho cheio de carícias trocadas e um banho longo, Jungkook ajudou a esposa a se vestir e se deitou ao seu lado na cama para um cochilo antes do jantar, que aconteceu horas mais tarde. No meio da noite, o alfa sentiu falta da esposa ao seu lado.

As cegas, em meio ao breu, ele tateou pelo colchão em busca da pessoa mais preciosa de sua vida. Com as pálpebras pesadas, ele pestanejou algumas vezes e após se levantar da cama, ele olhou ao redor e encontrou Lisa sentada em uma poltrona, próxima à cama, encolhida, imersa em seus pensamentos. Com cuidado para não assustá-la, o alfa caminhou para perto da esposa e se agachou em sua frente.

— Algum problema, amor? — Jungkook perguntou baixinho, acendendo a luz do abajur, esfregando os olhos outra vez para ajustá-los a recente claridade. — Vamos para a cama, está frio. — Sem respostas. — Amor. — Ainda bêbado de sono, segurou a mão da esposa, acariciando-as com cuidado.

— Estou cansada. — Confessou, encolhendo os ombros. — Estou cansada de todos os seus segredos, porque eu sei que você esconde algo, Jungkook . — Pronunciou com a voz cada vez mais embargada, entre soluços. — Não quero mais continuar à margem da sua vida, eu não consigo mais. —  Se encolheu mais na poltrona, deitando a cabeça sobre os joelhos.

— Lisa..

— Você sempre foi demais pra mim. — Expôs como se sentia de verdade, pela primeira vez. — Um alfa milionário e uma ômega feia, pobre e sem família, sabíamos que não ia funcionar. — O choro de Lisa se agudizou.

— Você é a ômega mais linda que eu conheço, a mais incrível e eu nunca julguei seu passado ou o trouxe à tona. — Seu tom era pacificador,
carinhoso. — Odeio quando você se torna autodepreciativa, amor, não faça isso com você, por favor.

— Eu te amo, me casei com você porque te amo, amo mais do que amo a mim mesmo. — Voltou a se aproximar, devagar. — Então confie em mim e me diga se há algo errado. — Pediu, mas o alfa continuou em silêncio. — Nem sei por que eu pensei que você falaria comigo e me contava seus segredos. — A sensação de insuficiência estava lhe consumindo outra vez. — Jungkook, talvez nos separar será o melhor pra nós dois. — Lisa não queria isso, entretanto tudo o levava para esse desfecho em seu casamento.

— Não repete isso, nem brincando, amor. — O outro seguiu em silêncio, olhando-o com mágoa. — Lisa, por que do nada quer se separar? — Perguntou estarrecido.

— Há meses eu te pergunto sobre suas saídas noturnas e todas as ligações misteriosas e você sempre diz que são negócios, que não quer que eu participe. — Disparou contra o marido, com seu tom mais acusador.

— Para sua segurança, meu amor. — Tentou justificar.

— Mas deixou sua ex participar dos seus negócios. — Soava tão contraditório para Lisa. — Ouero me separar. — Expôs o desejo, mesmo que isso lhe partisse ao meio.

— Não! — Jungkook repetiu, meneando a cabeça em negação. — Lexa só está na sede do Grupo Jeon por causa do pai, eu já expliquei, ela não tem nada a ver com meus assuntos pessoais.

— Não quero conversar se você não me contar a verdade. — Choramingou baixinho, limpando as lágrimas do rosto. — Talvez eu não seja tão merecedora de sua confiança. — Desferiu, claramente magoada.

— Amor, só me dê um tempo e eu juro que vou explicar tudo. — Ele estava enlouquecendo por ser responsável pelas lágrimas da esposa. Jungkook poderia contar a verdade e tirar o peso de sua consciência, mas isso poderia colocar Lisa em perigo e ele nunca se perdoaria se acontecesse algo com o marido. — Imploro por um voto de confiança. Prometo que não é nada do que você está pensando. —
Voltou a ficar de joelhos na
frente de Lisa, implorando por um pouco de atenção. — Você é minha ômega e eu te amo, Jeon Lalisa. — Agora, a voz de Jungkook também estava embargada.

— Sou seu ômega, mas nunca quis me marcar. — O lembrou, amargurada.

— Já conversamos sobre isso. — Tantas vezes que não conseguia contar nos dedos.

— Seu pai marcou sua mãe à força e ela se matou depois do seu nascimento. — Lisa pensou alto, se sentindo horrível quando seu olhar se juntou ao do marido. Ele parecia nocauteado naquele instante.

— Me lembrar sobre isso é golpe baixo. — Começou a se afastar, desnorteado. - Você sabe o quanto isso me machuca, Lisa. —  Ficou de costas, limpando as lágrimas de sua face quente.

— Desculpa, Jungkook , eu não quis te atacar com esse assunto. — Fez o hiato sumir, atravessando na frente do alfa. — Só estou magoado com sua falta de confiança. — O maior engoliu suas palavras, se impedindo de falar bobagens. — Como acha que eu me sinto por não saber o que o meu marido faz em suas saídas noturnas? — Confrontou-lhe abertamente.

— Lisa, estamos de cabeça quente e eu acho melhor pararmos, antes de nos magoarmos mais. — Propôs a trégua momentânea.

— Se não me contar sobre seus negócios ocultos agora, eu vou entrar com um pedido de divórcio amanhã mesmo. — Ameaçou categórico, colocando o marido contra a parede, literalmente.

— Você pode. — Pronunciou, externando um conformismo que assustou a outra. — Não posso te prender a mim e se você não está feliz ao meu lado, eu vou assinar os papéis da separação e você será livre para ir embora. — Seu olhar tornou-se lúrido.

— Você concordou bem rápido. — A ômega retrucou, em choque.

— Não sou estúpido, Lisa, eu amo você demais para te prender a mim, sabendo que você não quer estar ao meu lado. — Desferiu, se esforçando para se manter controlado. — Você odeia minha vida nababesca, nunca escondeu isso. — A loiro desviou o olhar para longe. — Te deixar sair de uma vida que não quer, é tudo que eu posso te dar agora e eu prometo que sair sair desse matrimônio com tudo que tem direito.

— Não me importo com seu dinheiro. — O alfa sabia sobre isso. — Na verdade, uma separação nem é o que eu realmente quero. — A acompanhou até a cama, se sentando ao seu lado. — Só estou exaurido emocionalmente.

— Sei que tudo soa estranho, mas eu não sou um alfa desleal, eu nunca trairia você. — Afirmou, segurando a mão da esposa, encaixando seus dedos. — Apenas confie em mim e vamos conseguir superar esse momento ruim. — Lhe assegurou, lutando para não desabar na frente da esposa. Nunca se sentiu tão desesperado antes.

— Tudo bem... — murmurou hesitante. — Eu confio em você e vou esperar seu tempo para que conte o que está escondendo. — Sentenciou, deitando a cabeça no ombro do marido. — Te amo e você sempre confiar em mim, Jungkook, não esqueça isso.

— No momento certo você saberá sobre toda a verdade, eu prometo. — Cansado, ele se arrastou para o meio da cama e a ômega se deitou ao seu lado. — Vou honrar sua confiança, eu prometo.

[...]

Ao acordar e encontrar a cama vazia, ele soube que o marido já havia saído para o trabalho, em compensação, havia uma rosa branco na mesa de cabeceira e um bilhete escrito: "bom dia, te amo.' A brevidade do bilhete não diminuiu o fascínio da ômega. Após um banho e um par de roupas limpas, ele sentiu sua barriga roncar e correr em busca de comida foi inevitável.

O cheiro de café fresco pairava sobre a cozinha da mansão.

A ômega encontrou a governanta da casa, Kim Jia, no cômodo. Ela era uma beta de meia idade e gênio tão forte quanto o de um alfa.

Alta, com cabelos castanhos, geralmente presos em um coque apertado e um uniforme que Lisa odiava. Ela gostava de manter a casa organizada e vivia lembrando Lisa que ela era sua chefe, ao invés de uma amiga.

— Bom dia, senhor Jeon Lalisa. — Sorriu, lhe cumprimentando.

— Bom dia, Jia. — Sorriu minimamente, puxando uma cadeira para se sentar.

— O senhor Jeon Jungkook saiu muito cedo hoje. — Comentou, servindo um pouco de suco em um copo médio.

— Ele me deixou um bilhete. — Contou, sorrindo por ver as bochechas da beta ficarem vermelhas. — Não fique constrangida, eu não tenho pra quem contar as coisas, você já deveria está acostumada, Jia. — Disse
tranquilamente, bebericando seu suco em pequenos goles.

— Está tudo bem, senhora? — Interrogou, se aproximando de forma sorrateira.

— Não. — Confessou, suspirando. — As coisas não andam bem entre nós, mas eu confio nele e isso é o mais importante.

— Quer conversar? — Indagou, se sentando ao lado da mais nova.

— Em um outro momento, Jia. — Terminou de beber o seu suco. - Mas obrigado por se preocupar comigo. — Segurou a mão da beta sobre a mesa, lhe dando um sorriso largo.

— Por nada, senhor Jeon Lalisa. — Exibiu um sorriso largo. — Espero que tudo melhore entre vocês.

Para a ômega, o dia passou de forma tediosa. Ele assistiu TV, tentou cozinhar, sem sucesso, voltou a assistir TV e dormiu um pouco pela
tarde, se impedindo de ir até o trabalho do marido e pedir alguma atribuição simples, desde que pudesse estar ao seu lado e ter mais horas do dia para aproveitar ao lado de seu alfa. Ela não tinha uma formação, por escolha, já que Jungkook sempre o incentivou a se matricular em uma universidade.
Pela noite, Lisa se arrumou após um banho de espuma, enquanto assistia vídeos engraçados no iPad. Ela tinha planos de esperar o marido sem roupas, mas estava tão frio que ela precisou se cobrir com um robe de seda vermelho. Frustrando os planos quentes da ômega, Jeon Jungkook demorou um pouco mais para retornar, mas assim que entrou no quarto, o alfa foi recepcionado por um beijo apaixonado, seguido de um abraço sufocante.

— Você demorou. — Reclamou, exibindo um beicinho fofo.

— Prometo te recompensar. — Livre do paletó e com os primeiros botões da camisa social abertos, ele largou sua maleta longe e tomou a esposa em seus braços, devorando seus lábios com fome e só levou alguns segundos para que surgissem uma ereção sútil no meio de suas pernas. — Cacete, eu amo quando você me recebe assim. — Deu um impulso para que a ômega enlaçasse as pernas ao redor de seu quadril. — Você está me provocando de propósito, Sr. Jeon Lalisa?

— Claro. — Confessou, chupando o lábio inferior do marido.

— Só preciso de um banho rápido. — Caminhou com a esposa agarrado ao seu corpo para a cama, onde o deitou com cuidado.

— Vou te esperar aqui. — Sorriu lascivamente, abrindo o laço do robe para expor o corpo nu.

Massageando a própria ereção, o alfa saiu rosnando para o banheiro da suíte.

[...]

Na manhã seguinte, Lisa acordou bem mais cedo que de costume e foi para debaixo do chuveiro, demorando um pouco mais que o necessário, tomando o cuidado de deixar a porta aberta, propositalmente e para sua sorte, não demorou até que Jungkook estivesse parado em frente à pia, lavando o rosto e ao girar o pescoço em direção ao vidro transparente do box, fingiu não vê-lo, continuou a se ensaboar como de costume, observando ele pressionar os dedos contra a pia, mordendo com certa força o inferior.

Permaneceu lhe observando pelos minutos seguintes, como se fosse incapaz de fazê-lo diferente.

Chegava a ser excitante, podia enxergar desejo em suas orbes escuras e se ele não tivesse que ir para o trabalho, sabia que ele não hesitaria em ir para debaixo do chuveiro com a esposa, lhe fazendo seu, reivindicando seu corpo igualmente a noite anterior. Ainda provocando, Lisa passou nua em frente ao marido, se inclinando ao seu lado para pegar um roupão no armário.

— Sem beijo de bom dia? — A ômega, ainda sorrindo, mostrou o creme dental e o maior revirou os olhos. — Um dos sócios da empresa nos convidou para jantar em sua casa, mas se não estiver com vontade de sair, aviso que não iremos. — Sua voz era contida, tão baixa que mal caracterizava um sussurro.

— Por mim, tudo bem. — Respondeu sem preâmbulos, caminhando em direção ao quarto. — Preciso estar pronto a que horas?

— Já disse que não precisa ir, se não não quiser, seu como você odeia esse tipo de festa. — Pronunciou com cautela, assim que chegaram ao quarto, se posicionado em sua
frente.

— Faz tanta questão que eu não vá? — Indagou e um O se formou em sua boca pequena.

— Do jeito que você fala, parece que estou te obrigando a fazer algo que não quer e eu odeio esse tipo de coisa, ainda mais, quando estamos nos entendendo, amor. — Proferiu em tom de voz suave e se sentou na borda da cama.

— Irei ao jantar com você. — Afirmou,
durante o momento em que escolhia algo para se vestir, ignorando aquele maldito olhar perturbador sobre seu corpo. — Gosta do que ver? — Provocou, cruzando as pernas com
força.

— Você sabe que sim. — E se ele não saísse dali naquele momento, acabaria perdendo uma reunião importante. — O jantar é às 21h.

Ele ouviu Jungkook murmurar antes de sair do quarto, para entrar no banheiro do casal.

"Estarei pronto, sr. Jeon Jungkook", disse para si mesmo, encarando seu reflexo no espelho com um sorriso malicioso. Seu marido o amava e desejava seu corpo, isso era inegável.

[...]

Às 21h em ponto, Lisa estava pronto e sempre pontual, Jungkook lhe aguardava na sala, sentado no sofá e rindo como um idiota para a tela do celular. Se impedindo de causar uma cena desnecessária, a ômega respirou fundo e caminhou até o marido, parando em sua frente, esperando que notasse sua presença.

— Você está maravilhosa. — O fato do alfa prestar atenção em sua arrumação a deixou feliz. Ela passou horas em frente ao espelho, trocando de roupas até se decidir por um vestido preto longo e um salto preto de uma marca francesa. O cabelo estava preso com alguns fios soltos na frente e a franja bem alinhada. — Podemos ir? — Perguntou ao se levantar do sofá.

— Sim. — Respondeu, admirando-o.

Às vezes limin se achava incrível por ser dono do afeto de alguém como Jungkook . Ele era um milionário, lindo, charmoso e poderia ter qualquer ômega, mas decidiu se casar com ela, que não tinha família e recebia um salário miserável em um hotel onde era tratado como
lixo. Ele estava vestido com uma calça social cinza, uma camisa social branca, um cinto de couro ao redor da cintura e sapatos da mesma marca que Lisa usava. O blazer estava sobre os ombros do alfa e, como na maioria das vezes, ele não usava uma gravata. Jeon Jungkook odiava gravatas.

O trajeto até a casa do sócio de Jungkook, foi curto, já que moravam em condomínios vizinhos e durante todo o percurso o alfa perguntou sobre a rotina da esposa e se queixou de seu trabalho, prometendo um mês de férias quando chegasse o final do ano, o que seria em alguns meses.

Assim que pararam em frente à mansão, ele tomou o cuidado de abrir a porta para Lisa e guiou o marido para dentro da mansão. Eles caminharam por uma escada branca com uma dezena de degraus, de mãos dadas e posaram para algumas fotos. Em todas, Jungkook fez questão de segurar a mão da esposa e exibir sua aliança de casamento.

Após entrarem e serem recebidos pela promoter da festa, foram orientados a seguir para a mesa reservada ao casal. A sala era no estilo nababesca mais elitista; espaçosa e estava repleta de pessoas que Lisa não conhecia.

Tirando a esposa de suas divagações, o alfa puxou uma cadeira para que ela se sentasse primeiro e se sentou ao seu lado, segurando sua mão para tranquilizá-la.

— Está tudo bem, amor?

— Sim, só estou com medo de cometer algum erro. — Confessou, encolhendo os ombros.

— Não se preocupe tanto, tudo bem?
Pediu, acariciando as bochechas da ômega com os polegares, beijando suas têmporas.

— Vou tentar. — Pronunciou timidamente, de repente arrependido por ter saído de casa.

Quando um casal se aproximou, Jeon Jungkook se levantou da cadeira com rapidez e a Ômega o imitou.

— Sr. Min Seo, essa é minha esposa, Jeon Lalisa. — Lhe apresentou, então o senhor de cabelos grisalhos e rosto de quem já viveu mais do que gostaria, se curvou para Lisa.

A ômega olhou com nervosismo para seu marido e no mesmo instante foi puxado para os domínios de Jungkook , que segurou sua mão, acariciando suas costas com uma das mãos.

— Uma ômega esplêndida, Jeon, só não é mais do que minha amada esposa. Sully, querida. — Sr. Min Seo acenou em direção a uma loira que conversava com mais duas mulheres e com um sorriso largo no rosto, ela caminhou até onde estavam e de perto era ainda mais bonita.

— Querida, esses são os Srs. Jeon.

— Um casal lindo. — A ômega sorria ao falar.

— Lembra nós dois no início do casamento, até lembrei dos seus fetiches malucos e de como você parecia insaciável na cama.

Comentou com um semblante nostálgico e as bochechas de Lisa ficaram vermelhas.

— Não seja indiscreta, querida. — Sr. Min Seo a puxou para sua frente e enlaçou os braços ao redor de sua cintura, apoiando o queixo em sua clavícula.

— Ser sincera é um luxo que nossa idade já nos permite, amor. — Murmurou piscando na direção do casal. — Há quanto tempo estão casados? — Ela perguntou, alternando a atenção entre os dois.

Lisa esperou que Jungkook respondesse, embora soubesse que o marido era péssimo com datas. Ao perceber que o alfa não conseguia se lembrar, ele respondeu:

— Estamos casados há quatro anos. — As palavras arranharam sua garganta e a forma como ela o olhou, foi como um soco no estômago, parecia sentir pena, ou até mesmo constrangimento.

— Sintam-se como em casa e aproveitem a festa. — Sr. Min Seo, que havia notado o clima pesar, pronunciou com um entusiasmo fingido, alternando a atenção entre os três, se afastando com a esposa para cumprimentar outros convidados.

— Desculpa, eu não consegui lembrar. — Em resposta, ele recebeu um bufo da menor. — Se tivesse me dado mais um minuto, eu teria lembrado.

— Teria mesmo? — O alfa anuiu a cabeça. — Então responda o mês em que nos casamos. — Desafiou o outro.

— Fácil, foi em maio. — Cantarolou, sorrindo da carranca que a esposa exibia. — Vamos nos sentar, suportar essa festa chata por mais algumas horas e vamos para casa, o que acha.

— Uma hora. — Sentenciou, se sentando ao lado do marido. — O que está fazendo? — Perguntou, afastando a mão do marido de sua perna, mas não demorou e ele estava lhe provocando outra vez.

— Ainda somos um casal jovem, cheio de tesão. — Afirmou com entusiasmo. — Além do mais, somos o casal mais bonito dessa festa de merda, tenho certeza que todos esses alfas gostariam de estar com você. — Declarou, aguçando o ego de Lisa.

— Mas eu sou apenas sua. — Sussurrou ao pé do ouvido do marido e dessa vez, ela começou a provocá-lo, deslizando uma das mãos na parte interna de sua coxa esquerda. — Tem certeza que não podemos ir agora.

— Só mais um pouco. — Assobiou, apertando os olhos quando sentiu a mão da esposa em seu membro. —
Se controle ou vai me deixar
louco.

— Gosto disso. — Afirmou, mordendo o lábio inferior com força. - Mas apenas no nosso quarto. - Afastou sua mão da perna do alfa e sorriu provocantemente.

— Eu-

— Jungkook ! — O estômago de Lisa se embrulhou ao ouvir a voz da ômega. Lexa estava ali, sorrindo para seu alfa como se ele fosse invisível. — Achei que não viria ao jantar do papai. — Ela sorria de modo maroto, ainda ignorando Lisa por completo.

— Seu pai foi convincente. — Segurou a mão de Lisa, lhe trazendo para perto de si.

— Garen, lembra do Jungkook — - Chamou a amiga para a conversa.

— Seu namorado do ensino médio, como esquecer do casal mais popular, eu achava que acabariam casados. — Comentou, bebericando a bebida.

— Não fale bobagens na frente da esposa do Jungkook. — Disse encarando Lisa pela primeira vez. — Jeon Lalisa, essa é a Nam Garen. — Fez a apresentação, forçando um sorriso.

— É um prazer conhecer as amigas do meu marido. — Pronunciou, enfatizando as últimas palavras. — E Lexa tem razão, não é legal falar sobre o passado amoroso do meu marido na minha frente. — Proferiu, aumentando algumas oitavas da voz. — Mesmo que eu saiba que ele me ama e não pensa em mais ninguém além de mim.

— Vamos falar com outras pessoas. - Lexa falou, o rosto mais pálido do que o normal. — Aproveitem a festa. —
Sem nenhuma palavra a mais, ela saiu puxando a amiga para longe.

— Eu achei que você ia pular no pescoço da sem noção da Garen. — Comentou, sorrindo.

— E você rir. — Lisa deu um tapa na mão do marido, escondendo um sorriso atrás dos lábios. — Pare de rir. — Ordenou, estreitando os olhos para o marido, que continuava sorrindo de sua bravata.

— Só estou orgulhoso, você mostrou que confia em mim e isso me deixa muito feliz, amor. — Segurou a mão da menor e beijou o dedo que carregava a aliança. — Eu te amo. —Sussurrou contra os lábios da ômega, selando brevemente.

— Também te amo. — Declarou e sem nenhum pudor, aprofundou o beijo, alongando-o até que o ar se fez necessário. — E nenhuma ex-namorada vai me assustar. —
Assegurou e dessa vez, ela beijou o dedo que carregava a aliança de seu alfa.

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