010
CAPÍTULO DEZ:
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Praia e sentimentos conflitantes,
parte dois.
Helena observava Embry e Kiara de longe, com um leve sorriso nos lábios.
─ Eles até que são um casal fofinho. ─ Murmurou consigo mesma, satisfeita em sua posição de observadora.
─ Tenho certeza que nós dois seríamos muito mais. ─ Disse uma voz bem conhecida perto do seu ouvido.
Helena quase saltou de susto, seu coração disparando.
─ Seu filho da pu- ! ─ Ela parou antes de completar, sua respiração ofegante ao ver Paul ali, com aquele sorriso arrogante no rosto.
─ O que foi? Não vai me oferecer um cookie?─ Ele perguntou, ignorando o olhar mortal de Helena enquanto tentava alcançar a cesta.
Ela rapidamente a puxou para o colo.
─ Tira a mão! ─ Ela retrucou, sua voz cheia de irritação.
Paul riu, claramente se divertindo.
─ Nossa, não me lembro de você ser tão egoísta, pirralha.
─ Ah, é? Aposto que também não se lembra de como eu posso socar sua cara. ─ Helena levantou o punho, sorrindo sarcástica.
─ Eu não faria isso se fosse você. ─ Paul a alertou, ainda sorrindo.
─ Que bom que você não sou eu. ─ Helena tentou acertá-lo, mas ele segurou seu punho com delicadeza, deixando um beijo suave na palma de sua mão.
Ela puxou a mão de volta, sentindo o rosto queimar. Paul sorriu vitorioso.
─ Disso eu me lembro, ─ Ele sorriu de canto. ─ Você ainda fica linda corada.
Helena olhou ao redor, desesperada, procurando uma saída. Talvez um buraco na areia onde pudesse se esconder. Será que ainda dá tempo de cavar uma cova aqui?, ela se questionou em pensamentos.
No mar, Embry parou de repente, seu sorriso se esvaindo à medida que seus olhos fixavam em uma cena mais adiante. Paul e Helena estavam juntos, próximos demais para seu gosto. O sorriso despreocupado de Kiara ao seu lado também diminuiu, enquanto ela seguia o olhar tenso de Embry.
─ O que ele tá fazendo aqui? ─ Embry murmurou mais para si mesmo do que para Kiara.
─ Eles são um casal bonito. ─ Kiara comentou, distraidamente.
Embry sentiu o impulso de corrigir. "Eles não são um casal," ele queria dizer, mas as palavras ficaram presas na garganta. Antes que pudesse reagir de qualquer maneira, seus olhos captaram o movimento rápido de Paul, pegando Helena no colo com facilidade. O grito de protesto dela ecoou pela praia.
─ Paul, me solta! ─ Helena gritava, batendo nos braços dele, mas Paul só ria, correndo em direção ao mar com ela nos braços.
O Call sentiu um impulso quase incontrolável de intervir. Estava prestes a dar uma braçada quando sentiu a mão de Kiara em seu braço, segurando-o suavemente.
─ Deixa eles, Embry. Eles parecem estar se divertindo. ─ Ela sorriu, tentando acalmar o amigo.
Embry hesitou, ainda dividido entre seguir seu instinto protetor e a razão. Ele sabia que, se Helena quisesse sua ajuda, ela pediria. O grito dela não tinha sido de medo ou dor, mas de exasperação. Ele suspirou, deixando os ombros relaxarem.
─ Me solta, Lahote! Eu não tô brincando! ─ Helena ainda se debatia, mas parecia que seu peso não era nada nos braços de Paul. Ele ria alto, como se a provocação fosse parte do jogo. Por que ele tinha que ser tão... ele?
Paul chegou ao mar com Helena ainda nos braços, e, com um sorriso travesso, disse:
─ Seu desejo é uma ordem. ─ Disse ele entre risos, finalmente soltando-a na água. Helena desapareceu por um momento sob as ondas antes de emergir, os cabelos loiros grudados em seu rosto, os olhos faiscando de raiva.
─ Você me paga, Lahote! ─ Ela gritou, nadando com força na direção de Paul, que continuava rindo.
Quando Helena chegou até ele, lançou-se para cima de Paul, tentando empurrá-lo para debaixo d'água. Mas, como sempre, Paul era mais forte. Com facilidade, ele a segurou firme, os braços prendendo-a contra seu corpo.
A respiração de Helena ficou mais curta quando percebeu o quão perto estavam, o peito quente de Paul contrastando violentamente com a água fria que os cercava. A pele de Helena se arrepiou, não apenas pelo contato da água, mas pela proximidade com ele. Ela sentiu o peito largo e musculoso de Paul contra o seu, e por um momento, sua mente ficou em branco.
Helena olhou para cima, os olhos encontrando os de Paul, ainda escuros de provocação, mas com algo mais ali que ela não queria identificar. Ela tentou se soltar, mas ele a segurou com firmeza, porém sem machucá-la. O sorriso dele era quase predatório, mas havia algo reconfortante naquela proximidade, o calor emanando do corpo dele combatendo o frio da água do oceano.
─ Me solta, Paul! ─ Ela exigiu, finalmente voltando a raciocinar, os olhos faiscando de raiva e constrangimento.
O sorriso dele, no entanto, era tudo menos ameaçador. Havia uma diversão descarada em seus olhos, como se ele estivesse completamente ciente do efeito que tinha sobre ela ─ e estava gostando disso.
─ Não até você admitir. ─ Paul respondeu com um sorriso largo, as gotas de água escorrendo por seus cabelos curtos e pele morena.
─ Admitir o quê? ─ Ela bufou, revirando os olhos.
─ Que você ainda gosta de mim.
O coração de Helena deu um salto involuntário. Ela odiava o quanto Paul tinha essa habilidade de mexer com ela, e odiava ainda mais que ele soubesse disso.
A Uley tentou desviar o olhar, mas estava presa, tanto física quanto mentalmente. Ela sentia o coração bater forte no peito, e o calor do corpo de Paul a deixava confusa. Por um segundo, ela pensou em empurrá-lo mas algo a deteve. Talvez fosse o olhar dele, ou o calor de suas mãos segurando sua cintura.
─ Eu te odeio. ─ Helena finalmente respondeu, mordendo o lábio inferior, um lampejo de verdade brilhando em suas palavras, mas eles dois sabiam que isso não era tudo.
Paul riu baixo, aproximando o rosto do dela, e Helena sentiu seu coração disparar.
─ Se me odeia tanto, por que tá ficando vermelha?
Helena tentou afastá-lo, suas mãos pressionando o peito dele, mas foi como empurrar uma parede. Ele estava incrivelmente quente, como se sua pele queimasse contra a dela, e ela podia sentir cada músculo sob seus dedos. Isso a fez perder o foco por um momento, o que foi o suficiente para ele se inclinar ainda mais.
─ Eu vou te afogar, Lahote! ─ A Uley ameaçou, sua voz mais alta agora, o rubor em seu rosto crescendo.
─ Duvido. ─ Ele sussurou contra o ouvido dela, e antes que pudesse responder, Paul a soltou abruptamente, deixando-a cair de volta na água.
Helena emergiu rapidamente, cuspindo água e o encarando com um olhar mortal.
─ Você quer me matar de raiva, né? ─ A Uley grunhiu, resistindo a vontade de voar no pescoço do Lahote e afogá-lo de verdade.
O Lahote se inclinou para mais perto, os olhos brincando com os dela.
─ Eu só queria ver até onde você iria para me afogar. ─ Provocou, rindo baixinho.
─ Você é insuportável! ─ Helena retrucou, tentando nada para longe dele, tentando afastar todas aquelas sensações que reacenderam como um incêndio em seu peito.
Paul a seguiu, mantendo uma distância segura, mas sua expressão ainda era de puro divertimento.
─ E mesmo assim você ainda não desistiu de mim. ─ Ele respondeu, desafiador.
A Uley parou, abruptamente, virando-se para encará-lo, como se algo tivesse dado um estalo em sua mente. O sorriso de Paul desapareceu quando ele percebeu a seriedade nos olhos dela.
Ela riu. Um riso seco e sarcástico, que lhe enviou um arrepio a espinha.
─ Eu desisti de você há muito tempo, Paul. ─ Helena disse, sua voz mais baixa, mas cheia de algo que ele não esperava.
Mágoa. De repente a dor nos olhos dela era evidente e ele não fazia a mínima idéia de onde àquilo havia surgido.
─ Você faz tudo parecer uma piada, mas não é. ─ Ela disse por fim e começou a nada de volta para a praia, com sua mente confusa e coração pesado.
Paul ficou parado por um instante, observando-a se afastar cada vez mais. A brincadeira tinha ido longe demais, e por um momento ele se perguntou o que de tão terrível ele havia feito para que ela tivesse tanta mágoa guardada.
Antes que pudesse refletir mais sobre o assunto, o Lahote sentiu uma mão sobre seu ombro.
─ Deixa ela ir. ─ Disse Embry, que havia se aproximado sem que Paul percebesse. ─ Você sempre a machuca.
Paul sentiu seu corpo treme levemente, uma mistura de raiva e confusão. Do que ele estava falando, afinal?
O Lahote encarou Embry, seu rosto endurecendo.
─ Isso não é da sua conta, Call!
Embry bufou um riso.
─ É sim. Eu sou o melhor amigo dela. ─ O Call respondeu com firmeza. Embora tenha se afastado um pouco ao perceber a forma como Paul tremia. ─ Pare de piorar as coisas e deixa ela em paz, cara. ─ Ele terminou de falar e se apressou em nadar para longe.
Paul franziu o cenho, mas não fez nada. De alguma forma, ele sabia que Embry Call estava certo. O que vira hoje no olhar de Helena o deixou sem reação, confuso e sem saída. Como se aproximaria dela dessa forma?
Ele admitia, nunca fora um cara centrado. Mal podia contar as inúmeras besteiras que já fizera na vida, ou quantas vezes havia feito brincadeiras irritantes com a Uley, mas ainda assim, ele não conseguia pensar em uma só que justificasse a reação que Helena tivera.
─ Merda! ─ Paul xingou, frustrado, socando a água.
Sem revisão.
Relevem os erros ortográficos.
Oioi, amores!
Não disse que voltava logo?
Começamos muito bem.
Terminamos muito mal.
Aiai, homens... não sabe mesmo o que você fez, Lahote??? Pois dê seus pulos para descobrir ksksks.
Enfim, espero que tenham gostado dos capítulos.
Xoxo e até o próximo!😚👋🏼💖
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