Uma visita desejável
Eu estou mesmo fazendo isso? O que eu tenho na cabeça? -- Respirei fundo saindo do meu quarto vestindo o pijama que Fuyumi disponibilizou ou seja um conjunto com calça e camisa de manga em tom de pêssego, meio trêmula fui até o quarto que ele ficava, sei onde é porque fiz Kugumi descobrir e é claro que tive que subornar meu corvo com comida pra ele falar baixo, agora me encontro diante da porta do Hashira e não sei se bato ou se entro direto, respirei fundo e abri divagar entrando na ponta dos pés, fechei lentamente e soltei todo o ar que prendi.
-- Pirralha está tentando me espionar? -- A voz dele estava perto demais e meu coração disparou, que vergonha, é hoje que ele vai me chamar de pervertida até amanhã. -- Pode se virar Sn eu estou vestido. -- Respirei pesado o observando com os fios úmidos e sentado na cama, me aproximei e sentei ao seu lado.
-- Eu não vim aqui te espionar, só quero conversar com você.
-- Ah claro, quer falar a respeito de quê? Ou melhor o que você faz fora da cama?
Ele Ironizou e me rebateu sem nem me olhar pelo visto as coisas estão piores do que imaginei.
-- Estou bem, quero falar sobre você. O que aconteceu na sua missão está tão nervoso... -- Ia tocar em seu ombro, mas não temos intimidade para isso, mesmo depois do que aconteceu, foi tudo pelo trabalho.
-- Não sou um filhote ou uma criança para que se preocupem comigo Sn.
Revirei meus olhos, esse homem parece que tem uma trava no lugar de bom senso.
-- E ainda assim, querendo ou não tem sentimentos como qualquer um. Então abre logo essa boca e para de me enrolar. -- Percebi que as coisas só funcionam assim, parece que ele vive na defensiva.
-- Pirralha volta pro seu quarto agora.
-- Não.
-- Então saio eu. -- Se levantou.
-- Quer saber eu vou, que você se lasque seu Hashira bruto e grosso! Eu só queria te ajudar a se sentir bem e você me trata desse jeito, pois, saiba que eu não vou te aturar com esse gênio na viagem!
-- Levantei da cama e fui em direção a porta passando por ele e batendo com força pouco me importando com o barulho mesmo sendo terrível da minha parte já que as meninas também estão dormindo.
Na manhã seguinte minha despedida com Fuyumi foi uma sofrência só, ela me abraçava esfregando seu rosto no meu como se tivesse perdendo uma filha, Sayu segurava a risada acalmando a mestra e dizendo que iriam me visitar, as outras pessoas do esquadrão não estavam e as meninas da casa se despediram com um sorriso e óbvio que me desculpei pelo barulho. Sanemi também foi abraçado por Fuyumi que quase o matou quando ele a chamou de velha, Sayu me entregou mantimentos, venenos e principalmente material para duas trocas de curativo que seriam feitos a noite e assim partirmos. Kugumi foi na frente, pois, pedi para avisar ao forjador que preciso de mais lâminas e agora estamos caminhando pela floresta em silêncio, Sanemi me informou que durante o dia iríamos pela floresta por ser mais fresco e eu não poder me esforçar e a noite pela estrada de terra por eu, segundo ele, ser estupidamente impulsiva. Nossa viagem ocorria no silêncio e quando anoiteceu paramos para descansar em uma casa para caçadores, ao entrarmos, fomos recebidos por duas moças e dois senhores.
-- Sejam bem vindos, senhor Hashira é uma honra recebê-lo, preciso informar que só temos um quarto disponível, devido a demanda. Se incomodam em dividir?
-- Não. -- Sanemi respondeu e concordei, afinal de contas já dividimos a cama.
-- Então prepararemos os seus banhos e se importam de nos dar seus pertences? Assim poderiam repousar enquanto limparmos. -- Tiramos as espadas e facas e seguimos para nossos respectivos banhos, eu precisava muito de um e de usar o banheiro também e quando fiquei sozinha finalmente pude acabar com esses problemas, por fim tomei um banho bem demorado vestindo um kimono branco que eles sempre nos entregam, sei que nossos uniforme será lavado e se necessário costurado então tomei a liberdade de pegar a bolseta antes de levarem, assim que deixei o local fui informada que nossas refeições estavam no quarto e segui para lá, ao abrir a porta me deparei com Sanemi sentado com seus hashis na mão, e será que esse Hashira sabe usar um kimono de verdade? O peitoral tá todo exposto, não é possível!
Me sentei ao seu lado e degustei minha comida, depois perguntei se podia comer mais e repeti duas vezes. No fim eles levaram os pratos enquanto eu fiquei sozinha na cama, já que Sanemi se levantou e saiu, sinceramente eu desisto de entender esse Hashira e está na hora de fazer meu curativo.
Por Sanemi,
Eu estou perdendo a linha, sempre que Sn resolve ficar comigo as coisas se perdem e não quero entender o por que de tanta gentileza e docilidade a única que me tratava assim era Kanae. Mas tenho que assumir que vê-la machucada me dá vontade de ressuscitar aquele desgraçado para eu mesmo o matar com minhas minhas mãos já que Fuyumi me tirou esse direito e por falar nela, me passou informações interessantes sobre essa garota. Segundo Fuyumi, Sn não consegue usar a espada por algum tipo de bloqueio ao qual ela julgou ser emocional, Fuyumi também especulou que Sn tem algum tipo de mecanismo que a faz deixar de lado lembranças que julga como vaga e só absorve aquilo que é importante em um modo de sobrevivência, eu não consegui concordar com tudo o que ela mencionou, mas de fato, Sn como a maioria de nós tem algum bloqueio, pois, desde que se tornou Tsuguko que Mitsuri, Rengoku e Obanai treinam com ela, e de certa forma pensar sobre isso tira um pouco a minha cabeça do último trabalho. Respirei fundo antes de retornar para o quarto, preciso me manter centrado e descansado, no entanto, deveria ter batido na porta:
Ali estava Sn sentada nas próprias coxas de costas para mim, seus ombros e costas nuas e a mesma se concentrava em algo, foi então que senti o cheiro de ervas.
-- Por que não chamou um médico? -- Ao se assustar cobriu os seios sem subir as vestes.
-- É só um curativo e já terminei a parte da frente, fora que há outras pessoas que realmente precisam de ajuda. -- Me aproximei mais me ajoelhando atrás dela e deixei que minha mão tocasse suas costas e senti sua pele se arrepiar.
-- Deixa que eu faço. -- Comentei sendo encarado.
-- E vai saber fazer isso? -- Debochou, arrancando um riso de lado meu.
Essa garota adoro me provocar.
-- Me dê o material. -- Ela sorriu antes de virar o rosto para frente e descer o kimono ao limite das costas e se curvar levemente, primeiro passei o tecido molhado com o medicamento, depois coloquei a aquela pequena pasta de erva e por cima a gaze e por fim passei a faixa de apoio tendo que rodear sua cintura.
-- Quer me contar o que aconteceu? -- Perguntou, parece que não vai me deixar em paz enquanto não abrir minha boca, ela subiu o kimono acabando com minha visão privilegiada de suas costas. -- Olha Sanemi eu sei que envolve crianças.
Se virou de frente olhando pra mim.
-- Então não deveria perguntar. -- Ela Afagou meu rosto e fui obrigado a segurar seu pulso conforme senti a ponta de seus dedos em meus cabelos.
-- Sabe Hashira, eu fui até o seu quarto ontem justamente para conversarmos e lhe oferecer meu ombro e você recusou, hoje veio ao meu auxílio e não foi recusado. Será possível que não vê o quão bem isso pode te fazer?
Essa pirralha, passei minha mão por sua cintura e descansei na lateral afagando.
-- Está com dores?
-- Não, estou bem.
-- E sobre sua pergunta, o oni devorou muitas delas até que alguém fosse a auxílio, apesar de ter as salvado, os traumas que essas crianças sofreram é irrecuperável. -- Explanei o que estava em minha mente, só eu sei o que vi, crianças sendo tratadas como gado em um cativeiro sujo por talvez anos...? Sendo manipuladas por um kekejutsu ilusório de falsa felicidade e de certa forma quando envolve crianças, meu passado é praticamente esfregado na minha cara e é por isso que estou tão puto, quantos mais precisarão morrer para que esse inferno acabe? Quantas vidas que nem se iniciaram ainda serão perdidas?
No fim eu enterrei o que sobrou de seus esqueletos, libertei as que estavam vivas e dei uma surra colossal em cada envolvido humano pra não dizer que quebrei mais do que alguns ossos no processo e agora me sinto aliviado por falar.
-- Viu não se sente melhor? -- Ela riu de leve e continuou com as mãos em mim, me aproximei mais e num momento oportuno puxei-a para meu colo, os olhos de Sn se prenderam ao meus e droga, isso não deveria estar acontecendo, umedeci meu lábio inferior observando que os olhos dela estavam fixos ali e no fim das contas fui eu quem tomou a inciativa beijando sua boca sem receio, minha destra deslizou por suas costas enquanto seus braços se prenderam em meus ombros, intensifiquei o beijo e tombei seu corpo para trás encostando no futton, desci minha mão até o laço do kimono o desfazendo, minha boca desceu por seu pescoço enquanto minha destra desceu por sua coxa a apertando e ela gemeu me trazendo de volta a realidade. Merda ela não está cem por cento curada e estamos na casa de repouso, qualquer um poderia entrar e presenciar essa cena. Rapidamente arrumei seu kimono o fechando e deixando-a confusa.
-- Vá dormir pirralha, sairemos cedo.
-- Hashira você é muito confuso, mas agradeço por isso. -- Aponto para o curativo antes de deitar no futton e fechar os olhos, já eu, bem... Não dormirei tão cedo.
Ai Ai. Sanemi você esta perdendo a sua pose aos pouquinhos...
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