Um curto aviso
Minha manhã começou agitada, Sanemi parecia estar de pé a mais tempo e ainda de kimono branco. O traje em si não tampava suas coxas grossas enquanto ele terminava seu café da manhã.
-- Por que não me acordou? -- Indaguei esfregando meu rosto com força.
-- Você dorme muito mal, tive que te agarra para parar de me chutar. -- Senti meu rosto se alarmar. -- Não pense besteiras sua pervertida, não fiz isso por escolha.
E assim revirei meus olhos.
-- Ah claro, oh grande Hashira do vento. Da próxima vez use as cordas e o cérebro e me amarre, que tal? -- Eu tenho certeza que vi um sorriso de canto nos lábios dele enquanto o escondia com a xícara, só não entendo o por quê. Esse homem me deixa confusa e ainda por cima é lindo. Nossa provável discussão foi interrompida por Fuyumi duas membros do esquadrão e só e tão me dei conta de que devo estar completamente descabelada e ajeitei meus cabelos passando as mãos.
-- Que bom que estão de pé e já se alimentaram pois, temos muito a tratar. -- Olhei para ela descrente.
-- Auto lá ainda não tomei meu café, mas posso fazer isso até na rua então prossiga. -- Deixei um sorriso.
-- Vocês serão apresentados hoje a noite e não poderão ir com as roupas do esquadrão, precisam de trajes decentes e alianças também já que se passaram por um casal com seis meses de casamento. -- Ela se aproximou de Sanemi e eu me levantei fui até a mesa e bebi um café, ainda nem cuidei dos meus dentes e detesto isso parece que sou uma porquinha.
-- A pirralha tem os dedos finos então vai ser fácil de arrumar um anel. -- Esse Hashira...
--Ah não se preocupe quanto a isso trouxemos uma seleção de quinze tamanhos, agora vamos ao que interessa: vocês serão apresentados por um representante direto do governo um homem de cabelos brancos e olhos castanhos em seu pescoço precisamente na gravata haverá um broche de glicínia e ele é o único que estará usando. Sn seu vestido será de acordo com a festa, o engenheiro é estrangeiro então essa peça possui três camadas e um suporte ao qual adaptamos para você colocar sua espada. Já a sua roupa Sanemi será um terno e deixará sua Nichirin em evidência então espero que não se importe de Laila o carregar.
Me aproximei pegando um bolinho.
-- Quem é Laila? -- Minha curiosidade falou mais alto.
-- Ah Sim, Laila é o nome da minha cadela. -- Meus olhos brilharam, a última vez que tive contato com um cachorro foi quando minha família morava nas montanhas. -- Agora mantenham o foco. Sn você vai vestir isso durante o dia, não dá pra sair por aí com trajes tão destoantes. -- Me entregou um kimono florido. -- Para o Sanemi uma roupa cotidiana composto por wagi e hakama e a noite trarei os convites.
Sanemi desviou o olhar para mim como se me mandasse não fazer besteiras, mal sabe ele que só estou pensando em comer por enquanto.
-- Veja a aliança de uma vez Sn. -- Terminei meu bolinho e me aproximei tentando achar a peça perfeita, até que uma delas finalmente entrou em meu dedo e ficou perfeita. Me afastei um pouco e voltei a comer até me sentir satisfeita e assim segui para o banheiro fazendo minhas higienes e me vestindo com o uniforme.
-- Sn eu não falei pra você usar o kimono? -- A senhora Fuyumi parecia estar com raiva.
-- E vou só que por cima dessas vestes, não me leve a mal, mas não acho kimono confortável para correr pela floresta. -- Sanemi concordou com a cabeça, essa a primeira vez que ele calado consegue ser mais confortável. Fui até ela e peguei a peça tão bela que em um corpo com cicatrizes como o meu não será reparável, vesti por cima e passei a amarra, meu cabelo preso, com um tecido médio que ela havia deixado para nós fiz uma bolsa e ali dentro coloquei uma máscara de tecido assim não estragaria o meu disfarce.
Sanemi pôs a aliança e se retirou do local para se trocar.
-- Escuta senhora Fuyumi não há uma forma de matar esse homem ainda hoje? -- Perguntei sem poupar palavras e ela suspirou.
-- É tudo o que mais quero, não aguento mais ver o desespero das famílias quando são notificadas da perda de seu ente querido quando na verdade não posso lhes revelar que foram mortos da pior forma possível. -- Toquei em suas mãos por cima da mesa e ela puxou minhas mãos até seu rosto as analisando.
-- Eu entendo o que sente, é muito difícil fazer isso, mas acabamos nos acostumando a dar tais notícias não que elas fiquem mais fáceis ou diminuam a carga, somente que entendemos que se não for por nós as famílias continuaram a esperar o retorno que jamais virá.
-- És muito sábia para alguém tão jovem. -- Ela me deu um belo sorriso e ali entendi que como qualquer um nesse ramo apresentado pela vida, deve ter uma dor bem grande dentro de si. Olhei para suas mãos ainda segurando as minhas e notei a marca de um anel inexistente em seu dedo, ela percebeu que eu estava olhando e se adiantou em puxar a mão.
-- Tenha em mente que ele está em paz agora. -- Sussurrei.
-- Não diga isso garota. A paz só virá quando arrancar a cabeça daquele maldito filho da puta. -- Me espantei por tais palavras, não esperava que alguém como ela fosse se desequilibrar por uma memória dolorida.
-- E arrancaremos. -- Não dei um sorriso sequer minha seriedade a respeito desse assunto vai além do que eu apresento. Assim como todos que fazem parte dessa organização também tenho meus entes queridos a honrar e um certo demônio a matar.
-- Já terminaram? -- Sanemi apertava a espada em suas mãos e percebi pelos seu olhar analítico que ele estava nos escutando. Fuyumi se despediu com um tomem cuidado/ se estragar a missão eu passo a nichirin em vocês, saímos do quarto e no pequeno saguão pude ouvir alguns elogios a nosso respeito.
"Como fazem um casal bonito."
'É tão bom ver um casal jovem e apaixonado no nosso vilarejo.'
Ah se soubessem a verdade. Seguimos pelas ruas nos afastando ao máximo.
-- Escuta Sanemi nós...
-- Você vai pela esquerda e vai patrulhar a floresta toda do seu lado eu vou pelo outro, se encontrar um Oni forte demais para esse seus bracinhos me chama.
-- Não me subestima hashira ou pode quebrar essa sua cara... -- Respirei pesado enquanto sussurrei notando o sorriso de canto, ele estava se divertindo em me irritar e eu estou a ponto de rebatê-lo.
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