Sensações adversas

Não sei se cabe um gatilho aqui, mas por via das dúvidas: contém menções de violência e tortura física.

Ainda hoje volto para corrigir os erros, então se o capítulo aparecer nas suas notificações mais de uma vez já sabem o motivo. Boa leitura ♡

Sensações adversas

Anteriormente:

Por Ayla,

Estar diante do mestre é sempre uma pressão absurda, Muzan não me diz nada apenas sinto seus olhos sobre mim enquanto permaneço ajoelhada.

-- Te darei apenas uma chance pra se explicar. -- Ele sentou em seu 'trono' cruzando as pernas e senti quando uma mão gigantesca parecendo um pedaço de carne viva agarrou meu pescoço. -- Agora me diga por que cortou e matou um lua inferior?

Além da pressão aterradora no meu pescoço, meu mestre está matando minhas células e isso dói tanto que é difícil manter-se consciente.

-- Ele era um inútil. -- Meu sussurro cada vez mais dificultoso e então o barulho de algo se quebrar enquanto minha garganta era esmagada e meu corpo caía no chão, eu estou morrendo, minha respiração sumiu, meu corpo está todo dormente enquanto o rei dos Onis simplesmente me tortura.

-- O seu mau é querer me enganar e assim sua mão entrou em minha cabeça, eu consigo sentir seus dedos em meu cérebro o perfurando enquanto minha consciência se esvai. -- Deixou uma caçadora viva, matou uma orda de e Onis e tudo isso pra quê? Ainda ousou separar sua consciência. Vamos ver como vai lidar com essa quantidade massiva de sangue. -- E assim eu senti como se estivesse mergulhando em um rio, me retorcendo no chão de maneira desesperada conforme ele me analisava, uma nova forma se apossava do meu ser e com isso o rei me trouxe para o seu colo travando meus braços e pernas com o que pareciam ser cordas vivas.

-- Mestre eu não lhe traí. -- Sussurrei tendo seus olhos em mim, conforme sua mão apertava meu pescoço.

-- Acalme essa respiração e sinta o meu sangue fluir dentro de você. -- Fechei meus olhos e fiz como ele mandou até sentir meu corpo estabilizando, aos poucos e repousei minha cabeça em seu peito.

-- Separei minha consciência para que não visse o que fiz com Kokushibou, sobre a caçadora é apenas um experimento. -- Agora o mestre Muzan me encarava.

-- E se...

-- Fale de uma vez, sua resposta definirá se vai ou não continuar vivendo.

-- E se o lírio aranha só puder ser visto pela manhã? -- Encarei seus olhos penetrantes que agora suavizavam a expressão. -- Mestre estou com o senhor a tanto tempo e sempre procuramos a noite e não encontramos, então me ocorreu que talvez seja uma flor diurna. -- Agora a mão dele repousava em minhas costas.

-- Hum. -- Muzan sorriu. -- Você é realmente valiosa Ayla, mesmo que não esteja com a razão deixarei que tente e pretende usar essa caçadora para fazer o seu trabalho?

-- Exatamente. Por isso a salvei e deixei uma pista sobre a planta, ela é diferente dos outros e quando o momento certo chegar e se ela encontrar o que o senhor quer aí eu...

-- Você a trará viva para mim. Farei questão de pegar o lírio pessoalmente e transformá-la contra a vontade. -- Concordei de imediato e tentei levantar, porém, ele me segurou com mais força.

-- Nunca mais separe sua consciência e se não quer ser vista, não se deite com meu lua novamente. -- Desviei o olhar, como vou explicar para o mestre que eu sinto vontade, como se fizesse parte do meus ser assim como os vasos de Gyokko? Claro que a comparação é terrível, mas entendível. -- Nesse caso venha até mim.

Pisquei diversas vezes entendendo que ele havia escutado meus pensamentos.

-- Mestre...

-- Apenas seja uma boa serva Ayla, agora vá para o seu quarto e me espere. -- Assenti sumindo de suas visão, que situação terrível. Separei minha consciência de forma imperceptível, sei que ele percebeu da vez anterior por estar com aquele lua inferior e o Kokushibou, mas agora estou sozinha e mais aliviada por meu mestre ter caído na mentira que contei a respeito da garota sem respiração e talvez eu deva tomar mais cuidado. Sem pensar em mais nada fui em direção ao meu quarto tirei a roupa e segui para o ofurô, já que meu mestre virá e sinceramente esperava que não se oferecesse, pois, Muzan não tem ar de quem sabe lidar com isso ou como eu tivesse a oportunidade de recusar.


Atualmente:

Por Sn,

Desde as palavras de Sanemi que me mantive quieta, não demoramos a chegar em uma mansão Wistéria e depois dos devidos cuidados me permiti analisar o ocorrido: aquela oni me salvou de novo, mas isso não é possível. Esses seres repugnantes só sabem devorar e desgraçar vidas humanas, então por que eu sinto que ela é diferente? Não estava completamente consciente mais senti quando meu corpo foi posto na jaula e os outros foram mortos, respirei pesado tentando buscar auxílio em minha própria mente até recobrar os momentos que passei naquele hotel e assoviei, sei que Kugumi está por perto e tenho cem por cento de certeza que ele viu tudo o que aconteceu.

-- Kugumi, precisamos conversar! -- Informei assim que meu corvo pousou na janela aberta. -- Me conte tudo  oque você viu enquanto eu apaguei. -- Exigi.

-- CROC! ONI MATANDO ONI, CROC! VOCÊ MATOU MAIS DE SETENTA! -- Segurei seu bico.

-- Para de berrar, tem outros caçadores descansando nos quartos ao lado sabia? 

-- Humumuhmuum... !! -- Não entendi uma palavra do que ele disse e assim soltei seu bico.

-- Hashira estressado está com suas armas, tenho que ir, gente se aproximando CROC!

-- Espera ai Kugumi desde quando isso é um empecilho pra você? 

-- Desde que o seu namorado ameaçou me matar CROC! -- Esse meu corvo está muito abusado, Kugumi saiu pela janela no mesmo momento que a porta foi aberta e parando para pensar ele acabou de sugerir que eu tenho um namorado? Eu vou arrancar as penas dessa maldito bocudo casamenteiro! 

Sanemi se aproximou e colocou minhas armas ao lado do futon.

-- Você é muito descuidada e que cara é essa? Parece que está com dor de barriga!

-- Shinazugawa, você não tem outra coisa pra fazer não ao invés de me perturbar?  -- Ele cruzou os braços.

-- Pelo visto já está bem, visto que essa língua continua afiada! -- Ironizou.

-- Eu machuquei a perna idiota e não a boca! -- Ele sorriu de maneira cínica e preferi intervir antes que dissesse algo:

-- Escuta obrigada por ceder o seu haori, assim que me devolverem eu te entrego. -- Ele ficou levemente vermelho, estou começando a achar que toda vez que baixo a guarda na frente desse hashira ele surta discretamente, porém são momentos curtos.

-- E vai pra casa como idiota, mostrando esses peitos? -- A seriedade dele me fazia questionar se eu deveria ou não respondê-lo com educação, no fim preferi me fazer de sonsa.

-- Olha você vive mostrando os seus e não vejo problema algum em fazer o mesmo. -- Tentei não sorrir precisava manter minha pose séria do contrário Sanemi provavelmente me diria algo bem sacana, havia uma veia em evidência em sua têmpora esquerda e um sorriso quase maníaco em seus lábios. Buda por favor me proteja.

-- Não me provoca com suas perguntas Sn, você pode não gostar ou saber lidar com as respostas. -- E assim o hashira saiu do quarto, mas o que foi que deu nele? 

Respirei calmamente antes de esperar uma das damas responsáveis pela casa e ouvi alguns cochichos perto da porta, esse local costuma ser muito discreto, mas algumas novatas parecem agir de forma indiferente as regras:

"Ouvi dizer que ele está aqui!"

"Vamos meninas se apressem."

Mas o que está acontecendo? Mais vozes ecoaram.

"Há boatos de que ele não está mais com aquela garota esquisita da feira, se Kyojuro esta de passagem devemos atendê-lo com o melhor, é claro, sem esquecer os outros caçadores."

Que porcaria, meu mestre não tem um minuto de paz. A porta foi aberta e só pela sensação sei de quem se tratava, seus passos confiantes vieram até mim e se sentou ao meu lado.

-- Sn! Como você está? -- Ah deus eu amo meu mestre, ele sorriu para mim que apenas retribui.

-- Prontinha para outra! -- Seu semblante pesou, como se fosse me dar um esporro e eu vou matar Kugumi, pra quem mais esse corvo bocudo explanou?

-- Você se feriu, não foi?

-- Nada grave, apenas uma escoriação leve na perna e não precisava vir até aqui para isso, sei que seu tempo é precioso. -- Meus fios foram afagados em um carinho mínimo.

-- Eu estava retornando, não me atrapalhou em nada se é essa a sua preocupação. -- Ele me olhava daquela maneira angelical de sempre com um sorriso simplista nos lábios e eu pisquei.

-- Espera, a missão foi em conjunto com o Shinazugawa? -- Ele assentiu -- E já terminaram?

-- Na verdade acabamos na madrugada. O kekejutsu do Oni até que foi bem executado, mas não tínhamos tempo para isso, já que estávamos atrás de informações sobre o líder deles.

-- E conseguiram algo? -- Fiquei curiosa.

-- Praticamente nada, apenas um rastro de destruição massiva e muitos onis concentrados em um mesmo local. -- Quanto mais ele fala mais empolgada eu fico.

-- Mestre o senhor e o Shinazugawa são absurdamente fortes, aposto que varreram os onis feito lixo, me diz que dessa vez você contou. -- Ele balançou a cabeça negativamente.

-- Sabe que não gosto disso. Apenas cumpro com o meu dever. -- Suspirei enquanto ele voltou a afagar meus fios. -- E quando terá alta?

-- Tecnicamente eu já posso ir, só estou esperando o Haori do Sanemi, meio que meu uniforme foi avariado. -- Confessei e ele riu de leve.

-- Sn, você precisa tomar mais cuidado e se o problema são suas roupas faço questão que fique com a minha. -- Kyojuro desprendeu o Haori do uniforme e levou os dedos até os botões do uniforme mas eu o impedi, deixando-o confuso.

-- Mestre se tirar esse uniforme aqui é capaz de metade das mulheres que trabalham nessa casa infartar ou tentar pegar nesse corpo definido então evite, mas agradeço de coração pelo seu gesto.

O semblante dele estava rubro.

--- Sn, você precisa parar de falar essas coisas!

-- Ah qual é mestre, seu parceiro de luta foi o Shinazugawa, o Hashira mais desbocado e tarado que eu já conheci e você ficou com vergonha por que eu falei a verdade? -- Apoiei minha mão na cintura.

-- Sn!

-- Ok-ok. Não está mais aqui quem falou. -- Fiz um bico de indignação enquanto ele suspirava.

-- HA! Antes que eu me esqueça. -- Kyojuro começou a tatear a própria farda atrás de algo. -- Em um dos vilarejos que eu passei vi algo que lembrava totalmente a você, espero que goste. Achei! -- Ele puxou do bolso superior direito localizado próximo ao peito e preso em seu punho havia uma corrente fina e dourada com pingente de uma flor vermelha. -- Amarílis, pena que não tinha a dourada sei que gosta muito delas. -- Sorriu e eu toquei no colar, segurei meus cabelos enquanto ele colocou em meu pescoço.

-- É lindo. Obrigada mestre. -- O abraçei sentindo seus braços de forma desajeitada passando por meus braços e depois um carinho na minha cabeça.

-- Vamos aproveitar que você ficará em casa para treinar, em dois dias, tudo bem para você?

O encarei descrente já sentada na posição anterior.

-- É sério isso mestre Rengoku?

-- Você precisa ficar mais forte e comer muito também! VAMOS TREINAR NA MINHA CASA, SENJURO VAI COZINHAR PRA VOCÊ!

-- E depois vão me enterrar! -- Dramatizei. -- Não esqueça quero uma lápide branca aí no epitáfio você põe: aqui jaz Sn, amada discípula, falecida após exaustão no treino das chamas!  E não esqueça das flores pode colocar amarílis amarelas e agora vermelha pois, passei a amá-las e dálias também.

Ele riu.

-- Sn pare de brincadeira. Você é forte demais só precisa aprender a não apanhar tanto.

O encarei incrédula.

-- Nossa mestre, você está andando demais com o Hashira do vento.

E assim rimos mais um pouco e não demorou para trazerem o Haori de Sanemi seco e com botões, espero que ele não reclame muito, se bem que quando chegar em casa eu mesmo tiro esses botões da peça, Kyojuro ficou me fazendo companhia por um bom tempo até que me recordei do que eu havia planejado para ele.

-- Mestre você vai estar livre amanhã ou estará com o pequeno Rengoku junior?

-- Na verdade levarei Senjuro para ver os outros devemos compartilhar bons sentimentos em tempos difíceis. -- Quando eu digo que esse homem merece ser endeusado pensam que estou exagerando, mas não estou.

-- Então podemos almoçar juntos?

-- Claro Sn! Adoro comer com vocês! -- Ele comentou. -- Vou deixá-la se trocar e vou indo na frente, te vejo amanhã.

Nos despedimos e toda vez que fico perto dele me sinto muito feliz, Rengoku possui uma luz tão pura dentro de si que erradia ao redor ofuscando aquela que nos cansam e até mesmo nossos pensamentos ruins só com sua presença e assim fui trocar de roupa afinal já estava na hora de ir embora.

Por Sanemi,

Eu estou muito puto. Tão puto que não sei explicar, estou dez vezes mais puto que de costume.
Uzui parou ao meu lado e precisei contar até vinte, porra o corvo de Sn é um fofoqueiro do caralho! Tudo bem que ele achou que ela estava em risco, mas bastava ter vindo até mim, mas não ele simplesmente avisou ao Hahsira do som, Kyojuro não conta por que estava comigo e cuidou dos vinte restante enquanto eu fui ao encontro dela.

-- E aí entregou as armas? -- Ele sabe muito bem que eu estou aqui esperando a maldita Pirralha. -- Ou estava ouvindo a conversa? -- Continuei o ignorando e obviamente que estava escutando tudo.

-- Sabe, competir com Kyojuro é difícil, eu no seu lugar também estaria preocupado principalmente se fosse solteiro, mas, parece que ele e Sn se amam profundamente. -- Parece que meus neurônios vão arrebentar se esse arrombado não calar a boca.

-- Ei se acalma Sanemi, dar uma ataque não seria extravagante e sim ridículo. -- Ironizou. -- Como eu ia dizendo, é um amor tão profundo com laços tão incríveis que...

-- Uzui dá pra você calar essa boca?

-- Deixa de ser mal educado Sanemi, continuando. Laços tão incríveis que até mesmo um cego conseguiria ver que não há intenções românticas ali. -- Eu estava pronto para mandá-lo se foder, mas agora quero ouvir.

-- Ah ficou interessado não é?

-- Vai se foder Uzui!

-- Quanta extravagância, saiba que já fiz isso três vezes hoje. -- Ironizou. -- Agora que tal você tomar uma atitude bem extravagante ao invés de ficar tendo ataques por ai ou bancando o fofoqueiro? -- O platinado uniu as mãos atrás do pescoço e se afastou. Tenho certeza de que veio até aqui apenas para me provocar e não duvido nada que Shinobu esteja envolvida nisso.


Por Sn,

Terminei de me vestir e arrumei meus cabelos me olhando no espelho, até que o Haori dele fechado desse jeito ficou muito bonito em mim, parece até que agora sou uma Shinazugawa. Deixei meu sorriso escapar balançando minha cabeça e voltando a ficar séria, não posso pensar nessas besteiras, arrumei minhas armas e andei até a saída da mansão agradecendo a todos que me ajudaram pelo caminho, não me surpreendi por encontrar o Shinazugawa na porta e sim por ele estar tão calmo e me olhando fixamente.

-- Vamos? -- Preferi encurtar as palavras visto que Sanemi está estranho demais comigo e pelo resto do percurso viemos em silêncio, porém, notei cada olhar do mais velho direcionado a mim principalmente quando chegamos perto do vilarejo que costumo atravessar para chegar na casa da minha mestra.

-- Se incomoda de pararmos rapidinho? -- Ele me olhou desconfiado.

-- Não me diga que você quer comer? É sério Sn? 

-- Deixa de ser ranzinza Sanemi! Eu já volto. -- Ele murmurou algo e eu não liguei indo em direção ao restaurante que minha mestra costuma tomar café com Rengoku depois de sugar até a última gota da minha vida, geralmente eles comprar e levam para casa já que eu geralmente fico sem condições de levantar. 

-- Bom dia Kymi! -- Saldei ao entrar no restaurante e a japonesa de olhos escuros e cabelos presos pelo lenço retribuiu. 

-- Sn! Faz alguns dias que não te vejo o que deseja? Um café da manhã completo? -- Ela se preparou para ir até a cozinha mas, a impedi. 

-- Não é isso, tenho um pedido especial a lhe fazer ser á que... -- Olhei para os lados e quando tive a certeza de que não havia nenhum outro membro do kisatsutai aqui cochichei o meu pedido notando-a ficar constrangida. -- Por hora pode embalar cinquenta mochi's de chá verde para viagem e me ver um dango para agora.

-- Tudo bem, acho que consigo dar conta do seu pedido ainda hoje então não se preocupe.

-- Não! Preciso que fique pronto para amanhã, a Mitsuri-sama aprova essa ideia então já sabe, eles comem muito!  -- Kymi riu de leve preparando meu pedido e me entregando um bento cheio de doce e um dango, sai da loja olhando para frente crente que Shinazugawa havia ido embora, mas ele ficou. Estava parado com os braços cruzados e a leve luz do sol batia em seu rosto exaltando seu semblante claramente pensativo, ele fica tão bonito assim. 

Balancei minha cabeça indo até ele, não é hora para isso Sn. 

-- Desculpa a demora podemos ir e -- Ele não falou nada apenas pegou o bento da minha mão e saiu andando. -- Não precisa levar e eu trouxe um dangos para dividirmos.

-- Doce pela manhã Sn? -- Ele levantou o olhar incrédulo.

-- Ah qual é Sanemi, deixa de ser chato, um docinho não vai estragar esse monte de músculo fora que já tomamos café na mansão Wistéria, agora dai a... -- Brinquei com ele levando o doce em direção a sua boca pronta para receber seus xingamentos e reclamações, no entanto, ele mordeu um pedaço e mastigou em silêncio e por dentro estou me tremendo toda, esse hashira não faz a menor ideia do que me causa, eu mordi a outra bolinha do doce mastigando bem devagar para não ter um troço enquanto andávamos em direção a mansão do amor, não demorou muito até vermos as pontas do telhado alto da mansão tradicional e em pouco tempo o cheiro das rosas invadiu minhas vias nasais até que notei a porta fechada.

-- Pelo visto a mestra ainda não retornou. -- Abri a porta e tirei meus sapatos assim como Sanemi e entramos seguindo para a cozinha onde ele deixou o bento sobre a mesa e me olhou.

-- Já está entregue, agora tenho mais o que fazer. -- Segurei em seu braço antes que se afastasse.

-- Pode esperar um pouco, só para que eu tire o seu haori e lhe entregue ou prefere que eu lave.

-- Não quero, fique com ele, mesmo que lave esse cheiro doce insuportável que você tem penetrou na peça e não vai sair. -- Sanemi começou a andar em direção a porta assim que o soltei e fiz o mesmo, ele colocou o calçado rapidamente e o encarei. -- Ficou aceitável com ele.

Pisquei diversas vezes, isso vindo de Sanemi é praticamente um elogio.

-- Nesse caso Hashira do vento, obrigada. -- Me aproximei mesmo descalça e Inclinei meu rosto em direção ao dele tocando o canto de sua boca com meus lábios. Tá que a intenção era um beijo na bochecha, mas ele virou e não é como se eu não tivesse o beijado antes.
Sanemi me olhou intensamente com um sorriso de canto e num movimento rápido me desequilibrou de propósito fazendo assim com que eu caísse para frente me apoiando em seus ombros, senti suas mãos em minha cintura apertando de leve e depois sua boca invadiu a minha sem receio algum, deixei que meus dedos se embrenhassem em seus fios sentindo uma leve mordida em meu lábio inferior, antes de me dominar mais uma vez até que o ar nos faltasse eu deixei seu corpo ao sentir as mãos soltarem minha cintura, ele estalou a língua no céu da boca e sorriu com malícia

-- Até breve pirralha, quando menos esperar receberá uma mensagem através do meu corvo. -- E assim saiu, quando o perdi do meu campo de vista levei minha destra ao meu lábio que ainda formigava, meu Buda estou morrendo de calor.

Vai sair mais uma imagine com o Douma no livro Imagination.

Reativei a fanfic do Gyutaro caso queiram ler se chama Até o mundo esfriar.

O jeito que a Sn quebra o pose de marrento dele tão sutil... hehehe 

O Sanemi nesse capítulo só consegui pensar nessa imagem:

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