Sendeia
ALERTA: Cenário de luta e menção violência física.
Sendeia
-- Já vou corvinho. -- Coloquei minhas armas no lugar e uma bolseta com alguns venenos além de remédios, calcei minhas botas, vesti minha capa e fui em direção a mais uma missão...
乡
Aquilo estava um caos, eram pedaços de onis voando para um lado, humanos correndo com medo e eu tentando acabar com isso o mais rápido possível, eu e um esquadrão de quinze exterminadores estamos passando sufoco, simplesmente pela quantidade massiva de humanos que não conseguem se conter por conta do medo, já havíamos perdido dois exterminadores quando resolvei traçar uma rota olhei para homem ao meu lado que fazia parte do esquadrão, já havíamos nos apresentado e apenas alguns nomes permaneceram em minha mente.
-- Kimi você lidera o esquadrão pega os sete membros mais capazes e vai escoltar o pessoal pra dentro de uma das casas pequenas, se dispersar com esse onis por perto é uma péssima ideia, não iremos conseguir proteger ninguém e ainda vamos morrer. -- Olhei para o lado e vi uma caçadora tremendo.
-- Pare de tremer agora! Ninguém te obrigou a estar aqui e a covardia só vai te matar e deixar seus companheiros na mão. -- Ela engoliu a saliva com dificuldade baixando o olhar. -- Muito bem os três restantes virão comigo, você pela esquerda, você pela direita e eu pelo meio isso é um abatedouro humano e sei que não posso exigir nada de vocês, mas a nossa melhor chance de sobreviver é recuar com os humanos enquanto atacamos.
Expliquei a tática e os caçadores concordaram, meu corvo ficou de pairar sobre eles para me dizer o que acontecia e eu bem, partir para minha empreitada. Com as lâminas em minhas mãos devidamente envenenadas e fui pelo meio notando o oni que parecia uma centopeia de seis braços atacar a gente, quanto mais cortávamos mais rápido cresciam exceto aqueles que provaram da minha lâmina.
O oni grunhiu me xingando conforme avancei e para a minha desgraça ele não estava sozinho, isso colocava todo o meu plano a baixo então pedi aos caçadores para recuar e se defender para reorganizarmos já que não teria como fugir, ambos os caçadores se colocaram atrás de mim colamos nossas costas e tentamos evitar ao máximo sermos feridos mortalmente.
-- Hei Sn como vamos parar ele? -- Não sei, quantos humanos você disse que ele já devorou?
Ele desviou de mais um golpe cortando e afastando um dos braços.
-- Pelo relato ele está aqui há três anos então...
-- Sabaru seu idiota! Era pra ter mais um esquadrão aqui! -- O outro mencionou, desviei meu olhar rapidamente notando que Kugumi havia sumido, ou seja, os reforços viriam em breve, só precisamos segurar, respirei fundo, teria que apelar para o meu último recurso e assim mandei ambos correrem para a entrada da casa.
-- Assim que eu atirar vamos ficar desguarnecidos, mas o veneno deve segurar por mais ou menos duas horas, eu vou ficar do lado de fora impedindo que o oni quebre as árvores assim a cabana vai ficar segura.
-- Sn as pessoas estão agitadas demais e parecem estar sufocando por estarem amontoadas -- Respire fundo.
-- Então vai lá e manda elas se acalmarem ou coloca aqui fora e manda rezar pra não morrer enquanto tomam um ar. Que tal? -- Sabaru engoliu a saliva revoltado. Sinceramente não temos tempo pra esse tipo de coisa! E pensando dessa forma nos aproximei da cabana, Sabaru ficou do lado de dentro passando as instruções enquanto o outro seguiu minhas instruções espalhando o meu veneno por todos os lados da casa e com isso só temos um problema, sem veneno eu não consigo matar, não com o que me sobrou para um ataque á distância, mandei que ele espalhasse o resto do líquido em seu corpo e passei minha mão no chão da cabana recolhendo um pouco do fluído e espalhando em meu peito e pescoço, peguei dentro da minha bolseta minhas bombas caseiras de pouco efeito e atirei no oni que vinha em nossa direção e parou a poucos metros por conta do cheiro de forte de glicínia com seu corpo úmido peguei minha lâmina e amarrei no que usaria para acender e atirei o fogo em seu corpo se espalhou rapidamente e pelo rasgo o veneno penetrava me fazendo relaxar.
-- Hei você -- Apontei por caçador que espalhava o veneno. -- Qual o seu nome?
-- Haku senhorita.
-- Prazer. Eu preciso que me dê cobertura, minhas duas lâminas estão enfiadas no corpo daquele monstro desprezível então preciso recuperar. -- É eu sei que não foi uma ideia muito genial, mas foi a única que eu tive.
-- Precisamos matá-lo em duas horas ou então torcer pro grupo de esquadrão restante chegar, do contrário vai todo mundo virar comida. -- Deixei meu sorriso desagradável escapar e ele se empertigou em medo.
-- Você tem um humor muito peculiar.
Respirei fundo prendendo meus cabelos e pegando o florete que não me servia de nada apenas era uma distração para que os onis ficassem com medo e nunca funcionou.
-- Você ainda não viu nada e não me chame de senhorita só Sn está bom. Agora me cobre. -- E assim sai correndo, minha rapidez é a equivalente a de um animal pequeno e rápido fugindo de um predador já que fui criada em um ambiente pouco comum, consigo me mover muito rápido, porém canso fácil com isso. O caçador já havia me perdido e eu estava bem próxima ao oni, subi lentamente por um de seus braços e puxei a primeira lâmina ao qual ele reclamou e me notou querendo me derrubar no chão, que oni desgraçado. Fui jogada no chão e passei a desviar de seus golpes passando minha lâmina em sua pele cortando, notei que a outra estava presa em suas costas e tentei mudar de tática, mas o desgraçado consegui ferir um de meus braços, rolei mais uma vez e peguei a outra lâmina quando ele se abaixou, coloquei o cabo na boca e corri para longe, quando percebi que ele vinha com tudo pra cima de mim ignorei totalmente meu ferimento.
-- Ah merda... Cruzei meus braços e lâminas na frente do meu corpo sendo jogada longe a uma distância absurda, meu corpo se chocou contra a árvore e antes de ir ao chão virei meu braço em um movimento péssimo mas que me ajudou a cravar a lâmina no tronco. -- Escuta aqui oni eu vou ai e vou arrancar esse sorrisinho da sua cara! -- Apontei para ele que desatou a rir e Haku que ainda não havia entrado estava abismado.
-- Você e mais quantos? -- Ah esse filha da mãe. -- Assim que o veneno sair do meu corpo eu vou devorar todos bem na sua frente e você vai ser aa última vou fazer questão de arrancar cada parte do seu corpo bem devagar enquanto te consumo viva e deixo aqueles que estão atrás de mim para comer o que sobrar.
Deixei meu sorriso escapar espantando Haku. Desci da árvore e parei em frente a cabana me sentando no chão.
-- Temos menos de duas horas. -- Abri minha bolseta e peguei meu bolinho de arroz o degustando calmamente. -- cara com eu queria aqueles dangos... -- Sussurrei o deixando incrédulo.
--Sn estamos prestes a morrer e você está comendo! Que tipo de tsuguko é você? -- Acabei por gargalhar.
-- É melhor ir pro inferno de barriga cheia do que amargar na miséria garoto. -- Terminei de comer e peguei a trouxa pequena com as ervas amassadas, passei só um toque no meu braço para que parasse de sangrar e entreguei para ele, assim como o restante da comida. -- Leva isso lá pra dentro e cuide e acalme os feridos, pois se eu caí vocês vão ter que se virar pra manter todo mundo que está lá dentro inteiro entendeu? Então poupe energia. -- Me espreguicei tirei o restante dos itens da bolsa os conferindo: eu tenho apenas uma frasco de veneno e uma bomba e vai ter que ser o suficiente para dar jeito nesse monstro enorme. Rasguei o tecido da bolsa para enfaixar meu braço enquanto o oni continuava a tentar retirar o veneno de seu corpo o cortando em partes, isso claro aceleraria o processo, mas não o limparia por completo, me alonguei planejando minha melhor estratégia, se eu perder essa essas lâminas de novo o senhor Sumaru vai me matar, me pus em posição de ataque e fui com tudo pra cima dele.
-- Isso presinha suculenta vem! -- Que oni bem humorado, vamos ver se isso vai dar certo ou se vou perder a porcaria do meu braço.
Fui com tudo pra cima dele e utilizei a lâmina para cravar em sua garganta, mas um de seus braços já regenerados feriu minha barriga me jogando longe, me levantei e mais uma vez fui pra cima dessa vez manobrando por baixo de seu corpo onde poderia haver um ponto cego, decepei um de seus braços facilitando minha subida e agora em suas costas ele ameaçava se jogar no chão e rolar comigo. Que droga! Cravei a faca em sua coluna e como se estivesse em uma montanha comecei a tirar e a enfiar novamente até conseguir ficar de frente, ele gritava de dor me xingando e sua destra conseguiu se fechar em meu corpo, começando a me apertar, senti a pressão em meus ossos mas já estava acabando mesmo então dane-se se ele me quebrar. Utilizei a bomba caseira para abrir um buraco em sua boca o que ocasionou em parte do meu braço queimado e surdez momentânea, com meus dentes desamarrei o veneno e enfiei meu braço machucado goela abaixo pouco me importando se seus dentes se fechariam em mim.
-- Sua filha da puta! -- O oni bradou e comecei a sentir meu sangue escorrer enquanto suas garras restantes arranharam minhas cotas e fazendo eu prender minha cabeça pra frente devido a dor. -- Eu vou te levar comigo.
-- Sinto muito grandão, mas não vai ser possível. -- Deixei meu sorriso escapar conforme puxei a lâmina de seu pescoço e ele me manteve pressa a si, quando percebeu o que eu ia fazer já era tarde demais sem pensar muito utilizei a pouca força que ainda tinha para atravessar sua garganta decepando de uma vez a sua cabeça que devido aos seus dentes presos em meu braço não foi parar longe, porém seu corpo havia me libertado, empurrei sua cabeça com força arranhando meu braço e caindo no chão cansada.
-- Como uma fraca consegui...
-- Parece que eu não sou tão fraca assim idiota... -- O problema de eliminar o grandão é que todos aqueles que se escondiam e dependiam de suas sobras ficaram libertos. -- EI CAÇADORES AGORA É UMA BOA HORA PRA VIR AJUDAR! -- Berrei observando que haviam onis demais a espera do veneno da cabana acabar e meu corpo também está envenenado por isso ainda estão distantes, ou seja, estou lascada. Levantei respirando fundo e ignorando a dor afinal de contas o instinto de sobrevivência sempre vai prevalecer e pronta pra mais um combate sentindo minhas costas arderem e meu braço ferido ressoar peguei minhas lâminas e fui pra cima com tudo...
Eu matei três, Haku e mais seis caçadores saíram da cabana para ajudar, porém o nosso tempo estava acabando dava pra sentir o cheiro da glicínia se dissipando e os caçadores se colocando ao redor da casa para protegê-la e eu bem estava distante lidando com o restante que insistia em tentar me ferir e quando o veneno finalmente dissipou eu já não tinha mais como matá-los com tanta facilidade dois deles vieram pra cima de mim e me desviei, atirei a lâmina na garganta de um que tentou tirá-la em vão sentindo as mãos queimarem, essa foi minha deixa para cortar sua cabeça porém o outro puxou meus cabelos, desferi um chute em seu peito seguido de um soco me soltando sentindo muito dos meus fios serem arrancados e assim corri até o oni que estava desnorteado cortando sua cabeça, essa droga não parecia ter fim, mais dois se aproximaram e assim eu fui encurralada e em instantes seguintes meu corpo estava livre.
-- Você nunca aprende garota. -- Lá estava o Hashira do vento com a espada apoiada no ombro.
-- Respiração do vento primeira forma Redemoinho de Poeira Cortante (Ichi no kata: Jin Senpū・Sogi) -- Como um vento cortante em forma circular Sanemi varreu tudo que estava ao seu redor e os outros caçadores estavam dando conta do restante eu me levantei e olhei para ele sorrindo.
-- Você demorou demais, me virei bem sozinha. -- E assim passei por ele na intenção de ir verificar os feridos, mas Sanemi segurou em minha cintura totalmente doída e tentei esboçar um sorriso para disfarçar a dor.
-- Inconsequente e ainda por cima estúpida. -- Ele parecia com raiva e eu bem não gostei do que ouvi.
-- Escuta aqui seu hashira estressadinho, não me culpe por sua demora fiz o meu trabalho, então sua opinião é irrelevante. -- Alguns caçadores nos olhavam enquanto os outros prestavam auxílio ao restante do povo e Sanemi segurou com força em meu braço. -- Que tal afrouxar isso ai hein? -- Indiquei sua mão com minha cabeça.
E ele me ignorou apenas me puxou junto a si e começou a andar.
-- Você vem comigo.
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