Sanemi, o comerciante
Capítulo na visão do Sanemi.
Vendaval
Essas roupas são péssimas eu me sinto desconfortável e só de olhar para Sn sei que está no mesmo barco.
-- Fuyumi essa roupa não tem nada haver com o que você me falou. -- reclamou puxando a roupa tentando tapar as coxas, já que os rasgos nas laterais deixavam igual a saia de Mitsuri.
-- Ah sobre isso, eu fiz uma pesquisa de campo. Sn esperam que a mulher do contrabandista seja fatal então você vai ter que se vestir desse jeito. -- O vestido da garota não possuía decote porém, deixava as costas todas nuas e ambas as pernas em evidência, Fuyumi entregou tiras de apoiou para que Sn prendesse suas facas acima acho que esse rasgo vai dois palmos abaixo da bunda dela, não que eu fique olhando. -- Você vai usar esse casaco de peles e uma das meninas do esquadrão vai te maquiar.
-- Ah não, eu já estou parecendo uma prostituta assim! Tá demais. -- Fuyumi riu.
-- É um disfarce e na verdade você está muito sensual, tanto que vai chamar muita atenção. -- Comentou. -- Agora Sanemi, você precisa colocar esse colar e me entregar sua espada, Sn e você saíram pela janela dos fundos todos devem achar que vocês estão aqui, por isso deixem os cabelos de vocês dessa cor. -- Ela nos entregou tinta preta.
-- Isso não vai pintar o meu cabelo todo Fuyumi e nem precisa. Eu vou arrumar o seu então será ótimo.
Revirei os olhos e por mais meia hora ficamos ali ajeitando os últimos trâmites da missão.
乡
Já passava das nove quando estávamos em frente a mansão que sediaria a festa.
Sn precisou aprender a se equilibrar em um salto e como tínhamos tempo sobrando praticou bastante, mesmo que esse quadril esteja se mexendo demais e como sei disso.
Segundo Fuyumi eu deveria andar com a mão na cintura dela quando chegássemos e cá estou eu.
-- Está me apertando Sanemi. -- Relaxei meus dedos e ela suspirou. -- Tente não ficar tão nervoso.
-- É só você ficar calada Sn.
Ela riu
-- Estou começando a achar que você ama a minha presença. -- Ironizou e eu olhei-a incrédulo. -- Tudo bem, não está mais aqui quem falou, agora vamos.
Só de lembrar que estou sem minha espada penso se terei que resolver algo na base do soco, mas Sn apenas sorriu para mim e se ajeitou melhor encostando no meu corpo antes de seguirmos para a festa, na recepção entreguei os convites que Fuyumi havia me dado e quando chegamos no salão notei alguns olhares sobre nós, principalmente em Sn que respirava pesado para não demonstrar que estava constrangida, não demorei muito na localizar Fuyumi e seu gente com o broxe de glicínia e me curvei em direção a Sn que apoiou esquerda em meu peito conforme meus lábios pareciam tocar o seu ouvido:
-- Já vi os nossos, agora sorria discretamente. -- Ela olhou em meus olhos antes de sorrir, ofereci meu braço e resolvemos dar uma volta pelo lugar com bastante gente do dinheiro, Sn olhou para alguns enquanto muitas mulheres a reprovavam, já os homens pareciam que nunca viram uma mulher na vida.
-- Com licença Senhor Mazaki? -- Assenti. Por segurança não usamos nosso sobrenomes afinal, somos pagos pelo governo então deve haver uma relação direta com a folha de pagamento dos Hashiras, Tsuguko e demais caçadores. -- Que bom vê-los, pode me acompanhar para a nossa conversa? Garanto que sua bela esposa estará em boas companhias. -- Foi então que notei uma mulher ao lado dele que se aproximou de Sn que continuava a sorri de leve como se nada a incomodasse, como se suas coxas de fora e as tiras de apoio não estivessem lhe dando um vondade absurda de tirar essa roupa. -- E a propósito sou Smith, Oliver Smith, o engenheiro responsável pelo projeto.
Novamente meneei com a cabeça.
-- É um homem de poucas palavras pelo visto.
-- Sou mais de ação. Sei que conhece o meu trabalho. -- Subimos as escadas até o segundo andar viramos a primeira direita em um corredor bem iluminado onde ele destrancou a segunda porta e abriu a Janela, pegou um cigarro e se sentou na cadeira e eu fiz o mesmo.
-- Diga-me senhor Mazaki, quantos trabalhadores conseguirá contratar até amanhã. Nosso prazo está muito apertado e estamos sendo pressionados.
Aceitei o cigarro mesmo detestando fumar.
Ao tragar e dispersar a fumaça avaliei quantos membros do esquadrão Fuyumi tinha consigo.
-- Uns dezoito. Imagino que será você a me pagar. -- Fui direto e ele riu.
-- Oh não, sou só o intermediário o seu pagamento será feito através de correspondência e...
-- Nada feito. Quero em mãos e até amanhã pela manhã ou mandarei todos os meus trabalhadores de volta para suas casas. -- Menti.
-- Não se preocupe com isso Senhor Mazaki, terá seu dinheiro amanhã mesmo. -- Ele sorriu e fiz o mesmo. -- Que tal brindarmos a essa parceria?
Concordei e esperei pelo saquê, no lugar recebi whisky e bebi do mesmo jeito, de qualquer forma álcool e cigarro não fazem o meu tipo.
-- Creio que agora possamos aproveitar melhor a festa. -- Comentei, assim que descemos fui até a garota que sorria envolta de alguns homens e mulheres. Que merda! Ela não deveria chamar tanta atenção, me aproximei passando minha mão por sua cintura surpreendendo-a e ela demonstrou tal emoção o que para o nosso disfarce pode ser um problema.
-- Creio que já conheçam o meu marido o senhor Mazaki. -- Ambos assentiram, algumas mulheres me olharam horrorizadas e acredito que sejam pelas marcas da minha face.
-- Sua bela esposa estava nos contando sobre suas viagens. -- Apertei de leve a cintura de Sn ela tem que aprender a ficar quieta, ela alisou a parte detrás do meu pescoço aproximou seus lábios do meu ouvido me forçando a curvar meu corpo para frente.
--Sei que gostou do papel, mas acho que está se deixando levar. -- sussurrou, afrouxei meus dedos e ela retomou a postura, deixei meu sorriso aberto aparecer aquele que sei que amedronta os desconhecidos.
-- Minha mulher adora contar sobre minhas aventuras. -- E assim voltei ao personagem contando sobre muitos os lugares em que estive para caçar Onis, porém deixando de lado toda a parte realmente importante.
Quando voltamos a ficar a sós, olhei em seus olhos coloridos e sorri.
-- Continue no personagem -- ela assentiu -- Há uma janela que dá no escritório do segundo andar a esquerda, ficou aberta entra lá e vasculhe, preciso saber quem é o mandante, te encontrei no corredor ao fundo desse andar para não levantar suspeitas.
-- Tudo bem. -- Ela sorriu e se despediu passando a mão em meu peito antes de sorrir de lado e se afastar essa garota está começando a gostar de me provocar...
Dei mais algumas voltas pelo local e acabei por desviar atenção, até que cheguei em uma roda de jogos onde homens velhos e fedendo a álcool, charuto e perfume jogavam.
-- Então senhor Mazaki, consegue arrumar umas garotas pra gente até amanhã? -- um velho decrépito sorriu soltando a fumaça do charuto, por mim eu daria tantos socos na cara dele que o mesmo ficaria desfigurado, porém com esse papal de merda sou obrigado a lhe responder cordialmente.
-- Depende de quanto está disposto a pagar. -- Comentei.
-- Se forem tão bonitas quanto a sua mulher, pode levar todo o meu dinheiro. -- Ironizou e gargalhei antes de pegar uma das facas que serviam para passar o creme nós canapés e afinda-la na madeira deixando a todos assustados.
-- Terá as suas garotas de acordo com a minha disponibilidade, então abra bem essa carteira. -- puxei a faca devolvendo ao servente notando a tensão que se formou e sinceramente prefiro assim, esses porcos.
-- Então senhor Mazaki torceremos para que hajam bastante. -- Apenas fechei meu traje, peguei um copo de whisky e segui para longe, dei algumas voltas e ao perceber que ninguém estava de olho em mim subi as escadas pegando o mesmo caminho até o escritório, fiquei encostado na parede já que Sn não estava ali, até sentir a porta se mechendo e a garota sai de lá de dentro cautelosamente.
-- Senemi Sama vamos descer, acho que consigo identificar o nosso homem. -- Sussurrou e passos vieram pela escada, puxei seu braço em direção ao meu e andei pelo corredor até virar a direita e ali ficarmos, diferente do corredor anterior esse parecia mais precário, porém com uma porta nova demais para estar ali, levei minha mão ao local tentando abrir e nada. Não arrombaria, ainda não.
-- Tem gente vindo.
-- Eu percebi garota. -- Meu estresse já está alto devido a essa merda de plano, porém temos tudo sobre controle, Sn respirou fundo guardando as anotações que parecia ter feito em um papel dentro do vestido e subitamente apoiou ambas as mãos em meu ombros.
-- Nosso disfarce serve pra isso. -- A princípio fiquei confuso, até que o corpo macio dessa garota encostou nos meu assim como seus lábios em minha boca. Não reagi, porém fiquei tentado a ver até onde iria e respirei pesado notando o olhar analítico dela se conectando aos meus, como se me desafiasse, como se tentasse me fazer entender que essa era a melhor ideia e em dado momento eu deixei minha sanidade de lado.
Os lábios de Sn deslizavam pelos meus e prendi seu corpo na parede, depois do choque que foi receber tal audácia, estamos disfarçados e não posso deixá-la com toda a carga, aprofundei o beijo apertando sua cintura a observando fechar os olhos e quando ouvimos passos cada vez mais altos separamos nossas bocas.
-- Sanemi desculpa mais vou ter que fazer isso direito. -- A garota enfiou as mãos pelo tecido do paletó e deslizou os lábios pelo meu pescoço de maneira gentil e por um minuto perdi minha compostura pois, voltei a tomar seus lábios prendendo sua nuca e descendo minha mão por seu quadril subindo sua coxa e prendendo-a ao meu quadril me encaixando entre suas pernas ouvindo-a gemer em minha boca.
Maldita garota, que praga de missão!
-- Hei essa área é restrita e ... -- Oh Senhor e senhora Mazaki, queiram me desculpar não imaginei que estivessem... Ocupados, mas aqui é um lugar apenas para os membros do governo.
Sn fingiu ajeitar as roupas enquanto eu arrumei meus cabelos e limpei o canto da boca, me sentindo excitado e ao mesmo tempo com raiva, não planejei estar com ela dessa forma.
-- Queira nos desculpar, acho que deixei a bebida falar mais alto. -- A garota mexeu o quadril de forma sensual enquanto passava por mim e deixei meu sorriso cafajeste escapar olhando para o corpo dela, afinal de contas ainda estamos em missão e pelo visto cada vez mais perigoso...
Sn não olhava pra mim, pelo contrário tentou evitar o máximo de contato possível enquanto andava pelos arredores e se entrosava com as pessoas, em dado momento ela ria com Fuyumi e quando a morena olhou em minha direção soube estava na hora de irmos embora. Fui até ela e passei o braço por seu ombro.
-- Vamos querida? -- Senti que Sn ficou tensa.
-- Claro querido. -- Se despediu de Fuyumi que deixou claro que nos encontraria pela manhã do dia seguinte, nos despedimos calmamente avisando que estamos hospedados no único hotel de luxo do pequeno local, já que fazia parte dos planos de Fuyumi nos hospedar em locais diferentes e dessa vez teremos que ficar em alerta, afinal de contas precisamos conversar a respeito do que Sn descobriu e deixar de lado os lábios delicados e corpo macio dessa maldita garota.
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