O festival das flores parte.2

Por Sanemi,

Eu respirei fundo, ficar aqui com a Kocho está fora de cogitação.

-- Eu não sabia que Sanemi e Sn estavam juntos, formam um belo casal. -- Gyomei comentou.

-- Desde quando viraram uns fofoqueiros? -- Acabei me irritando com essa falta de senso e vi que Sn e Kyojuro estavam na barraca seguinte.

-- Ara-ara não fique assim, mas, pelo menos dessa vez você não negou. -- Sorrindo a pilar do inseto saiu e vi quando o loiro acenou para nós.

-- QUE BOM QUE VEIO MEU AMIGO! -- Kyojuro pronunciou e olhei para Sn ao seu lado carregando um monte de bichinhos.

-- Kyojuro você exagerou, era pra ter ganho um só, acho que zeramos a barraca. -- Sn sorria.

-- Bobagem, você disse que queria uma pelúcia só me empolguei um pouquinho. -- Fez carinho no topo da cabeça dela e admito que não gostei disso. -- Bom Himejima venha comigo ainda quero ver mais sobre o festival. -- Ambos saíram, um carregando alguns gatos e Rengoku que levou boa parte das pelúcias.

-- Não sabia que vinha. - A voz de Sn me tirou de meus pensamentos, ainda havia alguns ursinhos em seu colo e respirei pesado antes de os tomar da mão dela, essa pirralha.

-- Eu não ia vim, mas o desgraçado do seu corvo mal educado foi até a minha casa para insinuar o que não devia.

Ela Arqueou a sobrancelha.

-- Espera aí Shinazugawa, está me dizendo que veio até aqui para reclamar de Kugumi, quando poderia simplesmente esperar que eu retornasse para a mansão da mestra? -- Ouvindo-a falar desse jeito soa muito idiota.

-- Claro que não, vim para comer também. -- Menti.

-- Tudo bem, que bom que está aqui de qualquer forma. Digo tanto faz se veio ou não, o problema é seu. -- Sn não muda, ela desviou o olhar e a observei melhor, diferente daquela missão, ela está linda nesse traje e isso me fez querer sorrir.
-- Shinazugawa você está bem? -- Ela me olhava intensamente.

-- Claro que sim Pirralha, agora vamos logo! -- Nem eu mesmo sabia para onde a estava levando, porém, já que estou aqui vou ficar para ver os fogos.

-- Onde vamos? -- Segurou em meu braço. -- Vai devagar Hashira do vento seja um cavalheiro. -- Piscou, essa pirralha está me tirando do sério. Esperei que estivéssemos longe o suficiente e transpassei minha mão por suas coxas a erguendo e ouvindo um gritinho.

-- Sanemi o que pensa que está fazendo?

-- Sendo um cavalheiro pirralha, agora fica quieta. -- Sorri de lado, sentindo seus cabelos pinicarem de leve meu rosto, Sn não falou mais nada, até que Adentrei um ponto alta da floresta que pertence a esse vilarejo e nos daria uma boa visão dos fogos.

-- Você não disse que queria comer? -- Eu poderia provoca-la facilmente por essas palavras, mas não vem ao caso.

-- Desisti. -- Coloquei-a no chão e me encostei em uma árvore. -- A primeira queima de fogos começa daqui a pouco e a segunda ocorrerá a meia noite.

-- E você me trouxe aqui para ver? Muito amável da sua parte. -- Sn se aproximou e pegou as pelúcias fazendo carinho. -- Mas eu acho que não quer estar perto de alguém que anda com onis não é mesmo? Por isso eu vou embora. 

-- Sn pare.

-- Olha só você conseguiu dizer meu nome, parabéns. -- Piscou, essa pirralha está me deixando puto.

-- Pirralha depois de ter esfaqueado a minha mão eu acredito em você. Agora da pra sentar essa bunda naquele banco e ficar quieta!

-- Nossa Sanemi você é tão educado. -- Ela realmente perdeu o amor a vida. -- Saiba que eu só vou sentar porque não quero andar tudo isso de volta. -- E assim virou o rosto em direção oposta, Sn só pode estar de gracinha e eu não vou entrar nesse joguinho.

Por Sn,

Sanemi não conseguia olhar na minha cara e se eu disser que esqueci o que ele insinuou é mentira, mas não estou mais com raiva afinal eu sei a verdade e isso me basta, porém é bom que ele veja o quanto é ruim tratar alguém desse jeito, olhei para ele discretamente quando não me viu e como ele está bonito, diferente de ver a beleza dos outros Hashiras a de Sanemi me deixa constrangida, seus fios estão levemente úmidos, seu kimono em tom azul escuro com listras leves e seu semblante sério, seu peito cheio de cicatrizes não tão a mostras e ele está usando perfume, esse Hashira não pode ter se preparado para vir aqui, a não ser que tenha um encontro. Se bem que é comigo que ele está...
Isso deixa minha cabeça tão confusa. Meus pensamentos foram interrompidos pela destra dela que passou pelo meu rosto colocando uns fios para trás, depois seu polegar pressionou os meus lábios e seu olhar se prendeu ali, um estouro me assustou e só então me dei conta de que os fogos começaram, me levantei e fui mais para a ponta assistir constatando algo: Sanemi ia me beijar e eu quero muito isso, não deveria já que esse Hashira ainda estar a desconfiar dos meus métodos, porém me preocuparei com isso depois. Resolvi deixar as pelúcias no banco e me aproximar, da primeira vez foi por uma missão e agora estamos sozinhos, mas sinto que devo agir e assim segurei em sua mão o fazendo levantar, ele me olhou seriamente.

-- Vai me deixar tomar a iniciativa de novo Hahsira do Vento? -- Dessa vez ele sorriu pra mim, com uma malícia fora do comum antes de segurar em minha cintura me puxando com força em direção ao seu corpo, os lábios dele invadiram os meus, parecia sentir saudade e eu estou do mesmo jeito, cada vez mais intensos esquecíamos que não estávamos em um lugar fechado, Sanemi encostou meu corpo em um tronco largo e ali suas mãos deslizaram pela minha cintura e afundei meus dedos em seus cabelos macios, sentindo meu corpo esquentar me entregando completamente ao momento, arfei de leve pela falta de ar conforme seus lábios foram para em meu pescoço e após retornaram para os meus lábios, senti um aperto na minha cintura e o obi ser folgado, meu ar pareceu acabar conforme cessamos o beijo e senti seus dedos deslizarem pela minha clavícula agora mais exposta.

-- Droga Sanemi não podemos fazer isso, os outros podem ver. -- Segurei em seu kimono roçando meus lábios nos seus.

-- Sn a que se refere? Não estamos fazendo nada além de um beijo. -- Esse cretino sabe que me refiro a forma como ele me toca. -- Ah não ser que esteja falando de sexo...

Minha voz pareceu sumir e ele riu.

-- Sua pervertida é disso que está falando não é?  -- Beijou mais abaixo deslizando seus dedos pelo tecido e o desalinhando ao ponto de expor a superfície do meu torso dando-lhe uma visão do início das minhas mamas. (Imaginem uma blusa decote U assim compreenderam a visão que ele está tendo.)

-- N-não. -- Respirei fundo. -- Eu me refiro a forma como estamos, no meio da floresta qualquer um pode nos ver Sanemi.-- Estou quase perdendo a minha calma e ele riu, descendo sua boca por minha pele deixando beijos que mais pareciam incendiar a cada toque até sugar a parte exposta e um gemido baixo saiu dos meus lábios e assim se afastou.

-- Não se preocupe com isso, vamos voltar antes que venham atrás de nós. -- Sanemi estendeu a mão para mim que aceitei. -- Mas antes, acho melhor arrumar seu kimono. -- Sorriu com malícia.

-- Depois eu que sou a pervertida não é mesmo Hashira?

-- Você não pareceu reclamar muito há minutos atrás.

Tudo não passava de uma simples provocação para esse homem. Sanemi Shinazugawa é um baita de um cretino, um safado que parece gostar de me deixar sem palavras. Respirei fundo depois de me organizar e por os tamancos.

-- Droga Sanemi ajeita aqui. -- Ele estava com meus ursinhos no colo e os colocou no chão se aproximou puxando a peça e a ajeitando.

-- Essa roupa de menina combina com você.  -- Eu tenho certeza que esse é o mais próximo de um você está bonita que ele vai conseguir dizer hoje. -- Se bem que... As roupas que usou naquela missão eram mais fáceis. -- E assim se afastou, senti até mesmo a ponta das minhas orelhas queimarem só de lembrar dele apertando minha coxa enquanto se encaixava entre minhas pernas. Droga esse Hashira vai me fazer perder a cabeça com todas essas provocações.

Os Hashiras que vieram estavam reunidos em um topo elevado e afastado dos outros moradores e é tão raro ver a maioria interagir sem ser na frente do mestre, eu fui até eles seguido por Sanemi que parou ao lado do hashira da pedra.

-- Himejima-sensei seus gatinhos são lindos. -- Me aproximei dele que estava com um total de quatro gatos no colo.

-- São sim e o pelo tão macio que aposto que são bem brilhosos. -- Ele comentou contido e eu sorri, minha mestra costuma dizer que quando se perde um sentido outro aguça e parando para pensar imagino que o Gyomei-sama deva ter seu jeitinho de sentir as coisas como se as enxergasse, ou posso estar apenas tentando entender.

-- O pelo deles é belíssimo! -- Comentei e ele sorriu.

-- Não dê corda pirralha ou ele via levar todos para casa.

-- Deixe disso Shinazugawa, o Himejima sabe que tem umas crianças que estão de olho nesses gatos desde que ele os pegou. -- Kyojuro riu de leve e notei que havia um monte de urso em seus braços além de um no topo de seus cabelos e balancei a cabeça tendo a melhor ideia de todas.

-- Você me deu a melhor de todas as ideias sensei! Vem comigo. -- Segurei na borda do kimono dele já que suas mãos estão ocupadas. -- Você também Shinazugawa. -- Sanemi arqueou a sobrancelha antes de me olhar descrente pelo pedido e mesmo assim nos afastamos, começamos a andar pela vila e ambos chamavam atenção fosse das crianças pelo local ou das moças solteiras que cochichavam, deus isso que dar ser bonito né. -- Pronto, vamos dar os ursinhos para as crianças, só espera eu separar esse aqui e aqueles ali. -- Peguei ao todo seis: um pequeno em formato de peixinho azul para Kugumi, um leão para o Rengoku Junior Junior, uma borboleta para Shinobu, um Panda para mim, uma morsa para Mitsuri e um lobo.

-- Meu deus Sn depois desses ursinhos eu não vou ter paz. -- Kyojuro sussurrou.

-- Sem problemas ainda devem achar que você está comigo, visto que esse vilarejo é pequeno e a fofoca deve correr. -- Sanemi emitiu um tesc com a boca e o olhei. -- Por favor Sanemi tente não assustar as crianças com essa sua cara de maníaco.

-- Sn apenas fique quieta. -- Revirei meus olhos parece que está a ponto de espumar de ódio, eu esperei que as crianças se aproximassem e passei a pegar as pelúcias e estender, com o tempo elas foram se soltando e vinham sozinhas atrás de um ursinho quando sobrou somente os que eu escolhi começamos a retornar.

-- Você não gostou dos bichinhos -- Kyojuro me olhou levemente desapontado.

-- Mestre eu amei tudo, só que você exagerou era pra pegar um e não quinze ursos. -- Ele coçou a cabeça com um leve rubor nas bochechas o que deixava ainda mais bonito.

-- É que eu exagero, por hora me deem esses ai e achem um lugar para assistir os fogos. Shinazugawa deve conhecer algo. -- Olhei confusa de um para o outro e ao olhar para frente notei que todos os Hashiras sumiram.

O que está acontecendo aqui?

Momentos antes:
Por Shinobu,

Eu estava atrás de alguns espécimes novos para compor o meu veneno, já que as plantas que Sn deixou na mansão são tóxicas a ingestão humana pelo menos de forma pura, uma das senhoras da barraca de flores exóticas me explicou que a flor da noite foi chamada dessa forma por que mata durante o amanhecer, como se o tempo de vida daquele que a consumisse fosse apenas enquanto a lua está no céu, então resolvi procurar por mais informações e foi quando os vi: Sn e Sanemi se beijando na floresta, ara-ara, pelo visto todas as minhas brincadeiras no fim são verdade e sei que minha irmã de algum lugar está feliz por ver o Shinazugawa se apaixonando de novo, se bem que... Isso está ficando fora de ordem. Saí dali rapidamente e ao retornar para as barracas encontrei com Kanroji, Obanai e Kaburamaru.

-- Shinobu-chan você viu a...

-- Está com o Sanemi não se preocupe Kanroji. -- Cortei a conversa. -- Depois falamos sobre isso. -- De imediato um rubor surgiu no rosto dela como se me compreendesse e depois de um tempo quando Gyomei precisou conversar com Obanai finalmente arrastei a Kanroji para longe: -- A SN mentiu de todas as coisas que ela já inventou para ver o Sanemi inclusive se passar por uma kakushi essa sem dúvida foi a melhor, pois foi ele quem tomou a iniciativa.

-- Shinobu-chan do que você está falando?

-- Mitsuri eles estão tendo um caso! -- A Kanroji só faltou pular de tanto que vibrava. -- Que tal se dermos um empurrãozinho? -- Pisquei de maneira divertida no fundo esses pequenos momentos são os que eu quero guardar na minha memória ao lado dos da Minha querida irmã.

-- Qual a sua ideia? -- A Hashira do amor parece gostar de bancar a casamenteira.

-- Apenas vamos deixá-los sozinhos, já que pelo visto o impiedoso Shinazugawa se mostrou competente e inapropriado. -- Mitsuri me olhou descrente antes de concordar e assim pedi para que me acompanhasse para pesquisar sobre as flores enquanto Gyomei estava com Obanai e Rengoku.

Atualmente:
Por Sn,

Eu olhei para todos os lados e nada então dei de ombros, não vou procurar por ninguém com esses tamancos.

-- Escuta Sanemi o que acha de me ajudar enquanto os fogos não começam? -- Ele arqueou a sobrancelha.

-- Estou começando a achar que você quer me fazer de empregado pirralha.

Revirei meus olhos.

-- Para de ser azedo e se não quiser ir eu vou sozinha, só não reclama depois. -- Virei na intenção de sair e senti seus passos atrás de mim em uma distância mínima, o olhei por cima dos ombros discretamente e notei seu olhar fixo nas minhas costas e não é possível, esse Hashira está olhando pra minha bunda!

-- Shinazugawa que tal ser um cavalheiro e me oferecer o braço ao invés de praticamente desintegrar o meu vestido com esse olhar? Minhas costas chegam a estar pesadas. -- Buda me ajuda a viver mais um dia depois de provocar tanto o Sanemi e lhe faltar com respeito, eu prometo que amanhã finjo que nada disso aconteceu. -- Sussurrei.

-- Sn vou secar o que não existe, pirralha é melhor baixar essa bola. -- E assim segurou meu braço essa ogro.

-- Preciso lembrar que você agarrou bem quando estávamos na missão ou esqueceu? -- Notei uma veia saltar em sua têmpora e eu preciso desesperadamente calar a minha boca.

-- Em missão pirralha, agora me diz o que você quer antes que eu te deixe aqui.

Tão amável...

-- Preciso encontrar uma flor chamada Dama da noite.

-- E pra que dessa merda? -- revirei meus olhos.

-- Aquela oni...

-- Você vai mesmo acreditar em algo que sai da boca daqueles seres imundos?

-- Da pra parar de me cortar seu Hashira mal educado? Enfim, quando ela estava brincando conosco pôs algo em minha mão e só depois entendi que se travava dessa planta, mas se isso te desconfortável eu faço sozinha.

-- Francamente pirralha! -- Sanemi pegou em meu pulso me puxando para andar mais rápido e essa atitude inesperada me deixou bem confusa.

-- Da pra ir devagar? -- Reclamei e ele parou.

-- Quer colinho Sn? -- Desdenhou e eu senti meu rosto aquecer.

-- Aposto que está doido para me por no seu colo né? Por isso está oferecendo, que Hashira mais safado você é Shinazugawa. -- Senhor é hoje que eu morro, mas tive uma vida boa. -- Sanemi parou de me arrastar e só faltei da graças a todos os deuses por ele finalmente tomar vergonha na cara e me largar,porém ele fez com que meu corpo batesse contra o seu.

-- Eu vou fazer exatamente isso Sn, te colocar no meu como e dar umas palmadas nessa sua bunda, quem sabe assim você não cala essa boca e obedece um superior?

Eu não consegui retrucar estou muito envergonhada me imaginando em seu colo com essa mão larga batendo na minha bunda, esse desgraçado! Sanemi riu satisfeito.

-- Se eu soubesse que era tão fácil sanar sua petulância tinha feito isso antes.

Respirei intensamente.

-- Quer saber vá para o raio que o parta Sanemi! -- Mesmo com os tamanhos comecei a andar mais rápido o deixando sozinho e indo até a próxima barraquinha,  andei por cerca de dez barraquinhas até achar alguém que tivesse a informação que preciso. Aparentemente uma senhora chamada Sumyra saberia me dizer exatamente o que eu precisava respondendo minhas dúvidas como se não fossem nada:

-- Essa flor só dá frutos a noite? -- Comecei com minha perguntas.

-- Não são frutos, são esporos venenosos para qualquer espécie, menos os humanos, porém não podem ser usados como medicamentos, pois, ai sim se tornam um problema. -- Olhei para ela sem entender direito. -- Veja bem criança se por exemplo um curandeiro utilizasse essa flor para tentar fazer uma compressa se ervas estaria envenenando o corpo do próprio paciente. 

--  E a senhora teria uma amostra? -- Ela sorriu e apontou para um vasinho.

-- Elas estão á venda?

-- Apenas as sementes. -- Por um minuto fiquei triste eu queria muito essa planta já que aquelas que recebi da oni estavam sem vaso.

-- Então eu vou comprar algumas. -- Minha voz saiu um pouco baixa, minha curiosidade e mente maquinando algo que nem eu mesmo sei de onde tirei.

-- Quanto você quer nessa planta feia? -- A voz do prateado me deixou descrente, fora que parecia mais estar intimidando a pobre idosa.

-- Ela não está a -- antes de terminar Sanemi colocou uma quantidade gorda sobre o balcão da barraca. -- Se quer tanto assim meu jovem pode levar, mas isso aqui vale todas as semente também.

-- Dê o que a pirralha quer e pronto. -- Ele se afastou e pisquei diversas vezes.

-- Olha o seu noivo é muito agradável, escolha o que quiser criança. -- Senti meu rosto aquecer, por que raios sempre pensam que somos um casal? Não que isso me incomode muito, quer dizer. Eu não sei nem o que eu quero da minha vida profissional da Demon corp quem dirá resolver essas questões do coração como diria minha mestra, tá que eu gosto de estar com ele e quando ele me beija é tão... -- Criança desistiu? -- Balancei minha cabeça saindo dos meus pensamentos.

-- Não, quero o equivalente a um saco de semente e a planta. -- Ela sorriu cumprindo com meu pedido e depois me afastei agradecendo e a ouvindo dizer que esse jovens apaixonados são uma graça.

Sanemi estava mais a frente em uma barraquinha comprando doces.

-- Ei Hashira -- Me aproximei -- Obrigada -- Dei o sorriso mais sincero que pude, afinal não tenho porque mentir.

-- Tanto faz. Prefere dangos ou vou ter que comprar a barraca toda de novo?  -- Ironizou, pelo visto está de bom humor.

-- Que tal mochi de chá verde? -- Ele simplesmente se levantou com um embrulho de papel e me esperou segui-lo e eu percebi que grande parte das pessoas estava acumulada no centro e pequenos grupos pela extremidade. -- Parece que os fogos vão começar -- sussurrei. -- Escuta Sanemi não é melhor voltarmos para aquele local?

Ele parou de andar e me olhou com a sobrancelha arqueada.

-- Não pense besteiras seu hashira safado, só que eu quero ver os fogos. -- Com você né de preferência bem juntinho, claro que esse pensamento eu omiti.

-- Que tal ficarmos acima daquela casa? Não daria tempo de retornarmos -- concordei e ele deu a volta pelo vilarejo se preparando para subir no teto e fiz o mesmo sentamos no telhado e deixei a planta e o saco de sementes apoiado em uma das telhas firmes e retas do canto antes de olhar para o céu e apoiar minhas mãos no telhado e relaxando meus ombros. Não nos olhamos e permanecemos em silêncio e quando o primeiro fogos eclodiu no céu fiquei deslumbrada as cores eram tão vivas, com o tempo os estouros parecia uma aquarela pintando a escuridão e tendo como plateia a lua.

-- Que lindo. -- Sussurrei sem desviar meu olhar e nem notei que meus dedos se mexeram tanto ao ponto de tocar os de Sanemi, ele não desviou porém, não se moveu e assim passamos o restante dos evento assistindo os fogos e as vezes eu apertava a mão grossa desse hashira que me respondia minimamente.

No fim descemos do telhado e eu estou tão feliz que não sei o que dizer. 

-- Ei pirralha pra mim já deu vou te acompanhar até a casa da Kanroji ou quer ficar?

-- Não- não. Podemos ir. -- Ele pegou o saco de sementes da minha mão e continuamos a nos distanciar em um silêncio confortável que me fez perceber que o Shinazugawa está pensando em alguma coisa.

...

A viagem acabou sendo rápido por não conversarmos muito e agora em frente a casa da minha mestra Sanemi me olhava seriamente, coloquei minhas coisas no chão e me aproximei dele.

-- Obrigada por hoje Shinazugawa, até que a sua presença é bem agradável quando você quer. -- Pisquei para ele antes de rir de sua cara que praticamente gritava: "como ousa pirralha insolente? "

-- Minha presença é sempre agradável pirralha insolente.

-- Claro hashira do pavio curto. -- Rir de leve enquanto ele se preparava para praguejar e me aproximei apoiando minha destra em seu braço e encostando minha boca em sua bochecha. -- Até a próxima Sanemi.

Ele não disse nada, mas notei um rubor em suas bochechas, pelo visto eu consigo arrancar reações realmente interessantes dele.

Sanemi criando um clima involuntariamente 🤝 Sn quebrando o Hashira do vento sem perceber.
Vocês estavam achando a Shinobu explanadora, imagina agora, que venha senhora brabuleta fofoqueira! 😈

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top