Missão

Alteração de cenário e idade dos personagens (exceto Tanjiro e afins)para um ano á mais e se passa no universo original.

Lembrando Sn = seu nome

Vendaval


  Descrente, desacreditada e totalmente confusa. Essas são as palavras para me descrever no momento, minha mestra cruzava os braços com um sorriso enquanto suas tranças caiam seu lado direito.

-- Não pode ser outra pessoa Mitsuri-sama? -- Questionei e ela sorriu envergonhada.

-- Seu corvo não te deu a instrução? -- As palavras dela fizeram meu corpo travar e assim confirmei. Sou a tsuguko da pilar do amor há pouco mais de seis meses e nunca, veja bem, nunca passei por isso antes. Todas as missões que faço são acompanhadas dela ou de caçadores com ranking menor, mas, meu Kugumi nome que dei ao meu corvo não parava de falar a mesma coisa e agora estou aqui encolhida torcendo pra ser mentira.

-- Sn sabe que não temos tempo pra isso. -- Shinobu-sama comentou, sim estamos na casa da pilar do inseto já que Kanroji veio entregar a ela uma cesta de bolinhos.

-- Isso não é justo. Vai ser praticamente uma missão das meninas e eu vou c-com ele? -- Tentei não gaguejar, eu estava animada pela missão delas e queria muito participar, mas infelizmente fui designada para outra. A Kocho riu de leve.

-- Quem a escuta, nem imagina que o espionou no banho semana passada. -- Revelou o que deveria ser o meu maior segredo.

-- Shinobu-san! Não foi bem assim! -- Tentei me justificar observando Mitsuri conter o sorriso.

-- Não precisa se justificar Sn...

-- Foi um acidente! -- Nem deixei que ela terminasse.

-- Acidente? Só se for no primeiro momento né? Por que depois você travou ali que nem mesmo Aoi conseguiu te tirar. -- Ai que merda... -- O pior foi que ele viu e pra disfarçar a pobre Sn fingiu estar treinando e no fim caiu na fonte.

Esse é o real motivo de eu estar tão envergonhada, vou fazer a missão com ninguém mais, ninguém menos que Sanemi Shinazugawa depois de tê-lo visto descamisado e cuidando dos machucados de seu abdômen, como vou olhar na cara dele agora se naquele dia me olhou de cima e me chamou de pervertida?

-- Olha não costumo dar esse tipo de conselho, mas você vai estar com ele então por que não aproveita para tirar essa impressão que deixou? -- Shinobu arqueou a sobrancelha e senti meu rosto esquentar, antes que a conversa pudesse continuar Kugumi apareceu:

-- CASA DE CHÁ, VÁ PARA CASA DE CHÁ IMEDIATAMNTE! O PILAR DO VENTO VAI TE MATAR SE CONTINUAR ATRAZANDO, VÁ PARA CASA DE CHÁ!

-- Já ouvi Kugumi! Peguei meu florete e me despedi, ouvindo minhas mestras rirem da minha cara. É só o que me faltava!

Demorou cerca de duas horas até chegar no ponto de partida onde Sanemi me esperava, seu olhar pouco amigável de quem iria me matar só pela minha existência. Ele não queira essa missão, não comigo e posso dizer o mesmo.

-- Desculpa o atraso. -- Ele me olhou com desprezo antes de se afastar e ir na frente, tão...Grosso e pelo restante do caminho o silêncio foi meu companheiro.

  Trabalhar com Sanemi é a coisa mais difícil que já fiz, por ele ser um pilar devo responder as suas ordens, mas custava me escutar?

  Chegamos na casa de chá indicada pelos corvos na noite do dia seguinte e durante todo esse tempo só fizemos uma pausa para dormir e comer, o restante das nossas refeições e idas ao banheiro foram rápidas e agora estou aqui revoltada por esse cabeça dura não me dá ouvidos. Eu propus uma emboscada, eu trocaria de roupa e iria atrair a atenção do oni tranquilamente assim ele seria eliminado sem que os outros seres humanos soubessem de sua existência e ele literalmente desprezou minha ideia, então estamos aqui assistindo o que deveria uma reunião se transformar em uma algazarra de Onis. Deve ter o que uns quinze?
Desde quando eles e reúnem assim? Apertei meu florete em minhas mãos e soltei a adaga da outra. Eu sou uma caçadora a moda antiga descendente de assassinos primitivos praticamente nômades que moldaram a minha mente de tal forma que mesmo com ensinamentos e os treinamentos da Kanroji não consegui desenvolver o potencial para uma respiração forte e infelizmente lâminas extensas não são a minha praia, por isso minha verdadeira "nichirin" consiste em duas adagas de trinta centímetros curvadas e apelidadas de mão da morte, a lâmina consegue se retrair então fica do tamanho de uma adaga comum e é com ela que faço meu trabalho, dessa vez uma está presa na minha canela direita e há outra no meu braço também já que eu pedi por dias lâminas, em sua ponta há quatro buracos ovalados por onde posso prender em meus dedos e pela primeira vez na minha vida não vi problema em usar o traje parecido com o de Kanao e Mitsuri e até hoje me recordo do porque a pilar do amor concordou em me treinar e quis me manter como sua tsuguko.

  A movimentação parou e com isso dei alguns passos para o lado me esgueirando melhor, os onis faziam um barulho estranho como se os dentes estivessem rangendo alto e depois um cântico.
Mas que droga é essa? Foi então que notei quatro seres encapuzados carregando em uma maca um homem amarrado e claramente desacordado.

-- Sanemi-sama devemos fazer algo! -- Sussurrei notando que o pilar do vento já estava a frente daqueles que pareciam organizar um sacrifício e tive de correr, observei o pilar guardar a espada me deixando confusa e só então entendi que eles eram como nós... Humanos.
O primeiro soco do Hashira fez com que a maca fosse largada e as outras três figuras encapuzada fossem pra cima e num ímpeto de querer me juntar aquela luta deslizei por baixo de suas pernas puxando aquilo que iria o atacar, derrubei no chão e subi sobre seu quadril pronta para socar sua cara e ao fechar meu punho levando em direção ao rosto me surpreendi novamente por estar batendo em uma mulher.

-- Não se engane garota, elas sabem se defender. -- E assim o Hashira desferiu mais um golpe na boca do estômago ele as estava pondo pra dormir, fiz o mesmo com a que estava abaixo de mim e restou uma que puxou uma faca das mãos e eu tive de suspirar.

-- Deixa essa comigo. -- Ele apenas virou de costas e eu encarei a porta da casa de chá, ele não vai entrar lá com uma pesada na porta não é? O pilar do vento não pode ser tão irresponsável... Minhas palavras se perderam enquanto a garota veio com vontade para me golpear, chutei-a para longe ouvindo suas costas bater na árvore e fui pra cima com tudo arrancando a faca de suas mãos depois de uma sequência de golpes e cravando a lâmina na árvore próxima ao seu rosto. -- Que merda vocês estão fazendo? -- Ela não me respondeu, ao invés disso me deu uma cabeça me deixando um pouco tonta e revoltada, ah essa filha da mãe não vai fugir. Enquanto ela corria puxei a faca da árvore segurei entre os dedos e respirei fundo como se não houvesse mais nada no meu caminho, ao atirar mirei em sua panturrilha esquerda acertando com precisão, ela grunhiu de dor antes de ir ao chão e eu suspirei. Detesto machucar gente sem necessidade, fui até ela e retirei a faca de uma vez pisando sobre o ferimento para o pressionar.

-- Vai ficar feio se não tratar. -- Comentei.

-- Sua desgraçada, você é tão má quanto eles. -- Respirei pesado me abaixando e tirando do bolsinho de meu traje um punhado de ervas amaçadas presas em um tecido amarrado com corda de bambu fina, coloquei sobre a pele dela e utilizei a corda para amarrar estancando assim o ferimento e ela me olhou confusa.

-- Não somos os demônios aqui. -- Sussurrei, agora me diga o que pretendiam fazer com ele? -- Apontei para o homem que se debatia sobre a maca e ajudei a levantar, olhamos para a casa de chá ouvindo gritos e merda eu esqueci completamente disso. -- Fique aqui.

  Saí correndo pelo meio daquela confusão adentrando a casa e tudo o que vi foram corpos desaparecendo em meio a escuridão, havia uma luz peculiar no fundo que chamou minha atenção.

-- Isso ainda não acabou garota pela quantidade de Onis nesse local há no mínimo um lua inferior aqui. -- O cheiro pútrido se fez presente e tapei meu nariz, sai da casa notando que tal fumaça esverdeada estava no ar.

-- Parece que ele já está aqui Sanemi-sama. -- Sei que ele detesta esse tratamento, mas simplesmente me acostumei a chamá-lo assim.

O Pilar mandou que eu fizesse silêncio e estendeu o braço o cortando as gotas de seu sangue pingavam pelo tablado de madeira que escorriam entre as frestas e não demorou muito até sentirmos o chão tremer e ceder.

-- Como eu suspeitava. -- Em um movimento rápido Sanemi pegou em minha cintura se atirando pra fora da casa caindo por cima de meu corpo enquanto a casa simplesmente era engolida e quando dei por mim os tentáculos nojentos vinham até nós como raízes saindo do chão, Sanemi me arremessou pra longe se colocando em posição de luta. -- Ei pirralha pervertida vê se consegue fazer alguma coisa e não me atrapalha.

  Meu rosto aqueceu, como ele ousa? Eu sou a tsuguko da pilar mais forte que tem e sou muito boa no que eu faço.

-- Seu Hashira babaca! -- Tapei meus lábios notando um sorriso cruel nascer em seus lábios.





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● 𝐀𝐭𝐞́ 𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐞𝐬𝐟𝐫𝐢𝐚𝐫 - 𝐆𝐲𝐮𝐭𝐚𝐫𝐨;
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