━━ Bakugo Katsuki

ꜥꜤ ❛ EXPLOSION ▍𝄒𓏲࣪ !
⩇⩇. ╲ 𝐚 𝐛𝐨𝐤𝐮 𝐧𝐨 𝐡𝐞𝐫𝐨 𝘰𝘯𝘦 𝘴𝘩𝘰𝘵
𝗕𝗔𝗞𝗨𝗚𝗢𝗨 𝗞𝗔𝗧𝗦𝗨𝗞𝗜 × fem!oc
💥 𓄹 escrito por 𝖞𝖆𝖗𝖆𝖍


A sua cabeça doía, não pelo que aconteceu, mas onde bateu ela, em um momento você estava no topo de um prédio e no outro simplesmente no chão, como chegou ali? Não se lembrava exatamente de nada, só que estava passeando com Todoroki e do nada se teletransportou para algum lugar, ou mais de um, e a acabou parando ali.

Olhou de relance para baixo e viu que sua perna estava sangrando, não sabia como e quando machucou só que precisava de ajuda. Olhou para todos os lados em busca de alguém que pudesse ajudá-la, mas nada, ninguém.

Respirou fundo e com dificuldades se levantou sentindo uma leve pontada de dor na cabeça e lombar, andou mancando até um lugar próximo, só que no meio do caminho quase foi atingida por uma forte explosão, que veio do além. Seus olhos se arregalaram ao ver que por pouco não havia perdido sua vida, você riu, riu de como quase morreu duas vezes ao aparecer nesse lugar misterioso.

Olhou em direção a explosão e viu cabelos loiros e espetados para cima, você os reconhecia de algum lugar, mas não se lembrava da onde exatamente. Forçou sua memória a lembrar-se e por fim conseguiu, era Katsuki Bakugou, um dos alunos do colégio da UA, o colégio onde você começaria a estudar daqui uns dois dias.

Ele parecia meio irritado, seus olhos demonstravam ódio, ele estava pronto para matar alguém ali, seus ossos se arrepiaram, só de pensar que passaria mais tempo que o necessário com esse maluco, durante o tempo que ficasse na U.A. Você havia se mudado há pouco tempo e já estava sendo bem recepcionada.

[...]

Você o olhou feio e arqueou as sobrancelhas,  como sempre fazia quando estava com raiva ou debochando.

Vamos voltar dois dias atrás, quando você quase morreu duas vezes.

Ninguém aparecia para ajudá-la e para sua infelicidade, o loiro acabou passando por onde estava e te viu, toda machucada precisando de ajuda.

A primeira coisa que ele fez foi olhá-la de cima a baixo com um olhar de superioridade e segundo, ele deve ter pensando umas vinte vezes antes de caminhar em sua direção a contra gosto.

— Levanta daí, vou te levar a um hospital e o resto você se vira — Ele disse, estendendo a mão para mim.

Você arqueou uma sobrancelha ao ouvir o loiro falando isso, como se você tivesse culpa de estar machucada, pensou consigo mesma.

— Eu não preciso de ajuda, mas muito obrigada — Falou, tentando ser o mais gentil possível e não retrucar seu mau humor

Tentei me levantar sozinha, o que foi uma falha. Ele riu de como quase cai ao tentar me levantar sem sua ajuda.

— Estou percebendo que você consegue se virar sem ajuda — disse com sarcasmo — Você mal está carregando seu próprio peso — exclamou.

— A única razão pela qual não te mando para aquele lugar é porque, na verdade, vou precisar da sua ajuda — digo, relutante.

Sem muita paciência, Bakugou me pegou no colo como se eu fosse uma noiva e caminhou até o hospital mais próximo. Todos os olhares se voltaram para ele, um jovem heroi carregando uma donzela, mas, na verdade, a situação parecia mais complicada  do que eles pensavam. Ele me deixou em um banco da recepção ao entrar no hospital e saiu sem dar explicações em direção a outra porta, parecia que ele estava com pressa, enquanto isso as enfermeiras me observavam e eu tentava ignorar seus olhares para cima de mim.

Você teria que lidar com o loiro; sua jornada como heroína dependia disso, da sua capacidade de ter paciência. E trabalhar com Endeavor seria um desafio ainda maior.

...

Presente.

Ignorei sua presença, indo até um velho amigo que encontrei ali e que também me esperava para conversarmos sobre coisas banais, eu o conheci a algum tempo vagando por aí. Foi meio louco como nós conhecemos e viramos amigos e disse que a primeira coisa que chamou sua atenção foram meus olhos diferentes dos quais ele estava acostumado a ver, e meus cabelos. Sorri sem graça com o elogio.

Sentei-me na cadeira ao lado da sua no grande escritório do heroi número um do Japão inteiro. Começamos a conversar, ora ou outra via que Katsuki me encarava de relance, olhando bem para ele, percebi que Katsuki Bakugou não era um homem que não chamasse atenção, ele chamava e muito, sua beleza era incrível e seus olhos vermelhos vibrantes era o que mais destacava em todo o seu ser. De longe não conseguia ver seus olhos, mas reparando agora que estava a menos de dois metros dele, seus olhos haviam chamado minha atenção.

Katsuki percebeu que encarava ele e se virou para trás, com a sobrancelha arqueada e pela sua cara percebi que o que estava escrito "perdeu alguma coisa aqui?", revirei meus olhos e voltei a prestar atenção no que o rapaz a minha frente falava alegremente e bem baixinho sobre All might e de como ele era incrível, não, esse rapaz que falava comigo não era o Deku.

Endeavor nos interrogava sobre os nossos poderes, em específico sobre o meu e como deveríamos usá-los e melhorar. Os dois garotos se viraram para mim quando o heroi falou, olhando bem para mim.

— E você, sr. Hashimoto, qual é seu poder? Poderia nos mostrar ele? — Endeavor  perguntou sem muita paciência, te colocando numa posição nada favorável.

Levantou-se do seu lugar e olhou para os rapazes e todos naquele escritório, seus olhos estavam atentos a cada palavra que sairia de sua boca, até Bakugou que não estava fazendo nada, parou para prestar atenção em você.

Não sabia o que dizer a eles, e nem tinha ideia de como falaria, teria que inventar qualquer coisa, ninguém ali sabia de você, e como parou sendo transferida como responsabilidade do herói número um, sem rastros antepassados. Endeavor sabia muito bem o que estava fazendo, ele estava tentando investigar o paradeiro da sua nova "heroína" que treinaria com ele a partir daquele momento.

Ele queria informações suas e o único jeito era pressioná-la a falar sobre isso, mas você já sabia que uma hora isso viria à tona.

— Bom, eu não faço a mínima ideia de como ele funciona e quando isso acontece normalmente — Digo, coçando a cabeça ao reparar na feição do ruivo ali, era de desapontamento.

A cara que o loiro fez era incrível, ele te julgou e duvidou de você estar falando a verdade, só não demonstrou isso aos amigos.

Após a apresentação de merda sua e as suas interrogações acabarem, vocês três finalmente ficam livres para descansar. Mancando pelos corredores do prédio, você trombou em algo e quase foi de cara pro chão se duas mãos não a tivessem segurado, era Katsuki Bakugou de novo, quantas vezes você já havia visto o loiro só hoje, umas cinco ou seis vezes?

— Cuidado por onde anda  — Ele disse olhando sua perna, que estava enfaixada — Deve ter sido feio o que aconteceu aí — Apontou para a perna machucada querendo puxar assunto.

— Não faço ideia de como fiz — Deu de ombros e ia andar, até se lembrar de algo — Valeu pela ajuda outro dia, não vou me esquecer — Disse ao loiro e saiu andando, ignorando totalmente a reação dele ao ouvir aquilo.

[...]

Dia após dia passavam e já estava me perdendo nas contas, desde que chegou ali, você não aguentava mais ouvir o loiro reclamar em sua cabeça de coisas aleatórias que aconteciam a cada vinte minutos, só faltava um pouco e você pularia no pescoço dele e o enforcaria até ele calar a boca. Todoroki mal apareceu no prédio do pai, ele estava cheio de missões, o que foi ótimo para você. Deku também estava cheio de coisas para fazer que mal o via ali, seu outro amigo sumiu de uma hora pra outra, ou seja, só sobrava você e o loiro ali.

Ainda estava machucada daquele dia e para piorar a sua situação que já não era nada boa, o estado da perna piorou de uma hora pra outra e desde então não consegui mexer ela direito. Quando houve um pequeno incidente com vilões, precisou ser salva por Bakugou, o que te deixou com um gosto amargo na boca, pois sabia que o loiro jogaria isso na sua cara até sua morte, mas você manteve sua dignidade intacta.

Bakugou havia te salvado mais de três vezes e não sentia uma vergonha por não fazer nada, bufou em descontentamento por sempre ser salva por ele, como é que diabos o loiro sempre estava quando precisava. Descansando na cadeira viu Katsuki vir em sua direção com dois copos de refrigerante nas mãos, ele lhe entregou um e sentou-se ao seu lado, observando a paisagem de Tóquio naquele momento.

— Me fala Erika, porque quis se tornar uma heroína? — A pergunta a pegou desprevenida, a fazendo quase jogar todo o refri fora da boca.

— Como? — Perguntou para que ele repetisse a frase.

— Além de ser lerda, você ainda é surda — comentou, debochando de sua expressão. Levantou o dedo do meio e se endireitou — Eu te perguntei por que você decidiu se tornar uma heroína — ele afirmou.

— Acho que não tive muita opção quanto a isso  — respondi —. O você acha que apenas pensei: "quero aparecer magicamente em um outro universo e ser uma heroína"? — Minha resposta não pareceu deixá-lo muito convencido. — Sabe de uma coisa, Katsuki, seus olhos são realmente muito bonitos — disse ela. — Esse vermelho vibrante é a coisa mais extraordinária que eu vi — Digo sem receio algum.

Katsuki te olhou nos olhos e viu o rosto do loiro ganhar uma tonalidade rosada, ele estava envergonhado por você ter admitido achar os olhos dele atraentes. Bakugou nunca falou, mas ele te achava extremamente atraente e muito ainda, só não tinha coragem para admitir isso para si mesmo e para ninguém.

Ele levaria esse segredo pro seu túmulo e jamais admitiria isso a você, ele sabe o quanto você zombaria dele por meses, em pouco tempo que passavam juntos, o loiro conseguiu te conhecer melhor do que outras pessoas apenas te observando de longe. Katsuki não entendia o porquê disso e como aconteceu.

Passar os últimos dias te atormentando era como uma nicotina diária para ele, era como se carregasse sua bateria com você. O homem sabia que teria que falar pra você uma hora ou outra o quanto te achava bonita e como gostava das pequenas intenções que tinham ao longo do dia.

Você estava o observando enquanto ele viajava entre seus pensamentos e como ele era bonito até demais para sua visão, o olhando nesse momento, nem parecia aquele cara irritante e insensível com as pessoas, ele apenas parecia um adolescente normal como você.

Sabia que uma hora ou outra iria acabar começando a gostar do loiro e das atormentações que ele fazia para irritá-la ao máximo.

Continuo o observando sem saber que ele fazia o mesmo com você, dois adolescentes que estavam descobrindo que o amor não era só provocação infantis das duas partes. Sua mão coçava para poder mexer naquele cabelo loiro e espetado dele e assim fez.

Deixou o copo no chão e o levou até a cabeça de Katsuki, no mesmo momento ele agarrou seu pulso, impedindo-a de tocar em seu cabelo, seu rosto ainda estava corado. Respirou fundo e soltou seu pulso e deixou que fizesse carinho no cabelo dele

Bakugou odiava contato físico das pessoas, mas não achou ruim quando você tocou os cabelos dele, ele apenas se deixou levar e acabou deixando a cabeça em seu colo por puro impulso, o rapaz nem se tocou do que estava fazendo, pois o cafuné era mais gostoso do que qualquer outra coisa. Você sorriu ao ver que ele estava relaxado sobre sua presença e pediu mentalmente para que vocês dois tivessem mais momentos assim, de carinho, não de matança.

Alguns segundos se passaram nessa zona de conforto, até que, em um movimento rápido e inesperado, você sentiu o toque leve do rapaz logo acima do joelho, como se mostrasse que também estava ali. Sua respiração trancou em surpresa, não esperando receber um gesto de carinho, o que fez com que uma onda de agitação se curvasse em seu peito, aquela que tanto conhecia. Você iria se teletransportar sem aviso prévio.

Não houve tempo o suficiente para preparar o Bakugou do baque repentino, e você torcia para que ele não batesse a cabeça muito forte, assim que o apoio de suas pernas desaparecessem magicamente.

Em um segundo não estava mais lá, ao menos não precisaria explicar aquela sensação desconhecida que surgiu em seu peito.

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