━━ 𝐒𝐞𝐛𝐚𝐬𝐭𝐢𝐚𝐧 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥𝐢𝐬
ꜥꜤ ❛ I WAS MADE FOR LOVIN' YOU ▍𝄒𓏲࣪ !
⩇⩇. ╲ 𝘢 𝙠𝙪𝙧𝙤𝙨𝙝𝙞𝙩𝙨𝙪𝙟𝙞 𝘰𝘯𝘦 𝘴𝘩𝘰𝘵
𝗦𝗘𝗕𝗔𝗦𝗧𝗜𝗔𝗡 𝗠𝗜𝗖𝗛𝗔𝗘𝗟𝗜𝗦 × fem!reader
🥀 𓄹 escrito por 𝖆𝖑𝖊𝖝
Em toda a minha experiência de vida, jamais me imaginei onde estou agora: o longo e brilhante salão de baile espelha os candelabros altos e reluzentes, o barulho levemente irritante dos vestidos farfalhando, vários cavalheiros tentando convidar as damas para dançar, o cheiro de vinho, rosas e casamento.
Não me leve a mal quando digo que jamais me vi onde estou agora; estou falando exclusivamente da situação em que [Nome], minha lindíssima acompanhante, me colocou. Estamos na festa de casamento do ex namorado dela, que casou-se com a melhor amiga dela e a convidou para ser madrinha. Em primeiro plano, [Nome] me pediu para acompanhá-la e nada mais. Porém, eu, que costumo me deliciar com os pequenos detalhes, propus um namoro falso.
Ela riu um pouco quando falei de minha proposta, mas então pensou que poderia ser divertido fazer um ciúme bobo em seu ex babaca. Então, cá estamos nós, fingindo que nos amamos como se o mundo fosse acabar, nos tocando como se o toque fosse o mesmo que oxigênio, sussurrando juras de paixão mais fortes que correntes.
Descanso minha mão na cintura dela, meus dedos gentilmente apertando a carne e a trazendo para mais perto de mim. Acaricio o tecido aveludado de seu vestido vermelho carmesim e suspirei fundo, olhando para ela como se fosse uma joia rara, algo totalmente e estritamente meu. Simulo meu melhor olhar apaixonado e a observo analisar os convidados espalhados no salão, analisar o mais novo casal feliz na mesa ao lado.
[Nome] suspira fundo, suas mãos trêmulas formadas em punho e sua respiração um pouco superficial, e sei que ela está tentando disfarçar o nervosismo. Atuar como se aquilo não fosse um pouco constrangedor e fingir que não é decepcionante pode ser, na mais simples das definições, desafiador. Observo o papel dobrado contendo o brinde que ela dará e a faço olhar pra mim, seus olhos brilhantes e tensos presos aos meus.
— Você é magnífica. — Minha voz suave viaja até as orelhas dela, e tento passar o máximo de segurança e conforto em meu tom. Meus dedos enluvados deslizam pelo seu queixo, meu toque sutil e atencioso. — Eu cometeria insanidades apenas para ter o prazer de te olhar novamente.
Aquele sorriso fantástico surgiu nos lábios dela, aquele sorriso típico de alguém que conseguiria qualquer coisa. E, bem, para ser sincero, não preciso fingir que se ela me pedir qualquer coisa, eu o faria sem hesitar.
— Ele está olhando, não é? — perguntou [Nome], referindo-se a Connor. O olho de relance e aqueles olhos mortos e feios encaram nossa ceninha de amor com repúdio. Uma sugestão de sorriso puxou um canto da minha boca.
— Oh, sim — murmurei contra os lábios dela, minha mente se revirando com a indagação de qual seria seu sabor. — É o casamento dele, mas até parece que é o funeral.
[Nome] deu uma risada baixa, uma melodia tão doce, tão hipnótica, tão inebriante. Minha alma errática e maquiavélica implora para beber mais da pureza desse som.
— Perfeito. — ela sussurrou docemente e sorriu. — Me beije.
Pisquei uma, duas, três vezes e mal consegui digerir as informações.
— Perdão?
— Você não beijou sua namorada a noite inteira e, aliás, seria muito bom um beijinho de boa sorte para o meu brinde. — disse ela, seu timbre meigo e divertido. Desci meu olhar involuntariamente para os lábios dela, imaginando muito mais do que apenas um beijo.
Um sorriso pequeno e diabólico estampou o meu rosto, minha mão esquerda ainda acariciando seu rosto com delicadeza. Me deleito com a textura suave de sua pele e me inclino, semeando uma trilha gentil de beijos em sua mandíbula.
Observo o peito dela subir e descer um pouco mais rápido, as batidas de seu coração ecoando com força dentro de minhas orelhas. Deslizo meus dedos cuidadosamente até o pescoço dela, o envolvendo com sutileza antes de pressionar um pouco. Colei minha boca na dela em um beijo gentil e terno, um lembrete sutil de meu falso carinho por ela — que de falso não tem nada.
Me distancio após alguns segundos, meus lábios formigando com o calor e a doçura que tocou minha pele. Guardo uma mecha do cabelo dela atrás de sua orelha e abro um sorriso encorajador.
— Boa sorte, meu doce. — ela rouba mais um selinho de meus lábios em agradecimento e se levantou, erguendo sua taça e dando leves batidas no vidro com um garfo de prata. Assim que ela conseguiu a atenção de todos os convidados e, inclusive, dos recém casados, ela abriu um sorriso amigável.
— Oi, boa noite. — [Nome] os cumprimenta com seu habitual tom gentil. — Sou a [Nome], uma das madrinhas de Miriam. Bem, eu… Eu conheci Miriam quando éramos muito jovens e a vi crescer muito ao longo desses anos. Ela é um exemplo de força, determinação, coragem e confiança… — sua voz quebra um pouco e sinto uma parte do meu coração despedaçar junto. — Ela sempre foi tão doce, tão gentil comigo. Sempre estava lá por mim, e é uma felicidade enorme saber que ela encontrou o amor de sua vida…
— E você perdeu o seu! — uma voz masculina interrompe a fala de [Nome], as palavras venenosas causando algumas risadas naqueles que conhecem a história, incluindo Miriam e Connor. Cerrei meus punhos embaixo da mesa para não matá-los aqui e agora.
Ela limpou a garganta, olhou para as palavras escritas em seu brinde e amassou o papel com força, sua expressão inabalável enquanto erguia a taça e sorria.
— Proponho um brinde para vocês, meus amigos — disse [Nome] enquanto encarava aquelas duas serpentes de branco. — Um brinde para comemorar os belíssimos e longos anos que passarão juntos. Estou torcendo por vocês.
— Torcendo para que ele te queira novamente, você quis dizer? — outra voz masculina zomba sarcasticamente, e me pergunto se ele faria essas mesmas gracinhas quando eu arrancasse sua língua.
[Nome] ignorou a provocação rapidamente.
— Saúde. — disse ela antes de virar o líquido da taça na boca, distribuindo falsos sorrisos felizes quando terminou.
A atenção nela sumiu na mesma intensidade que surgiu e a única coisa que ela me disse foi:
— Vou ao toalete retocar minha maquiagem, está bem? — e desapareceu no meio da multidão, tentando se misturar entre as demais, o que é infinitamente difícil quando sua beleza ofusca todas as outras.
Por uma das um milhão de janelas altas do salão de baile, consegui vê-la entrando no vasto labirinto do castelo Caestshire, seu vestido brilhando com a luz da lua e seus cabelos voando suavemente com a brisa noturna. Lancei um último olhar de escárnio para Connor e Miriam ao me levantar e saí do ninho de cobras, caminhando em direção a minha doce acompanhante.
[...]
Não foi necessário tanto esforço para encontrá-la. Me esgueirei entre as altas paredes de arbusto enfeitadas com rosas vermelhas, uma essência delicada e sedutora me guiando através das muralhas verdes e me levando até ela. [Nome] estava sentada na beira da fonte central, seus dedos mergulhados na água cristalina e sua cabeça baixa enquanto assistia o reflexo da lua balançar naquele espelho natural.
Fiquei em silêncio por alguns instantes, mas certamente ela notou minha presença.
— Como descobriu o caminho até aqui tão rápido? — perguntou ela ao levantar seu olhar para mim, suas alegres íris brilhantes apagadas em um sopro.
— Segui seu cheiro. — eu a respondi sinceramente e ela riu.
— Você era um lobisomem na outra vida ou algo assim? — a risada dela é tão boa que a minha vontade é transformá-la em meu santuário particular.
— Seu cheiro é inesquecível, [Nome]. — me aproximo aos poucos e paro em frente a ela, meus dedos acariciando sua bochecha. — E, respondendo sua pergunta, acho que fui um demônio na vida passada.
[Nome] abriu um daqueles sorrisos novamente, mas seus olhos exalavam vulnerabilidade e uma centelha de humilhação.
— Isso foi um erro, não foi? Eu não deveria ter vindo, não deveria sequer te colocar nessa situação inteira. Certamente vão falar coisas terríveis de você e…
— Ei, shh… — tento transmitir calmaria em meu tom de voz assim que me ajoelhei e apertei minhas mãos as dela. — Erro foi o que fizeram com você, minha querida. Erro foi quando Connor te traiu para ficar com sua amiga. Erro foram aqueles insultos frívolos que berraram em seu brinde. Você não errou quando a única coisa que fez foi ser você mesma. O que você veio fazer aqui, mesmo com toda a história por trás, demonstra que você é amor. — dei um beijo leve no dorso da mão dela, meus lábios se demorando na pele para catalogar mais de sua essência em minha memória. — [Nome], você veio no casamento do seu ex namorado com sua melhor amiga e acha que foi um erro? Não, meu amor. Foi coragem. Foi determinação. Foi amor. Totalmente amor. Porque você é assim. Você é empática até com quem não merece esse seu lindo coração.
Ela me observou enquanto absorvia minhas palavras, seu corpo respondendo com um suspiro profundo.
— Obrigada. — seu timbre era ligeiramente choroso, porém grato. — Obrigada por ter vindo hoje comigo, Sebastian. Ter feito isso sozinha teria sido uma tortura.
— Eu nunca te deixaria sozinha. Me peça o que for e farei por você. É só pedir. — eu a digo com um tom determinado e sincero, meu coração se agitando quando ela aproximou o rosto do meu e tocou a ponta do nariz dela contra o meu suavemente.
Quando nossos olhos se encontram, perco o controle de minha respiração com a visão extraordinária que tenho de sua beleza. Me deleito com a imagem de seu corpo chegando mais perto do meu, sua boca macia sobre a minha em um beijo gentil e terno.
Dessa vez, eu não a solto.
Aprofundo o beijo com gentileza e derreti em seus lábios mais uma vez ao sentir sua maciez, textura, cheiro e sabor. A escuto arfar baixinho, suas mãos se enroscando em meu pescoço para me manter perto. Um lampejo de lascívia se mistura com meu sangue quando [Nome] dá uma mordida sutil em meu lábio inferior, meu corpo ansiando por mais. Ansiando por ela.
Eu quero devorá-la aqui mesmo.
Quando ela quebrou o beijo para recuperar a respiração, abri um sorriso gentil ao olhar para os olhos mais lindos que já vi em toda minha vida.
— Estamos sozinhos. Por que me beijou? — eu a pergunto, minha voz meramente um sussurro rouco.
— Porque você é o meu namorado. — murmura ela com o timbre doce, amável. Como se fosse a verdade mais óbvia existente. — Mesmo que seja de mentirinha.
Ela abre mais um daqueles sorrisos maravilhosos e algo passa em minha mente: não sei se de fato algum Deus decide para o que ou para quem fomos criados, mas acredito que, entre todos esses objetivos e funções, a minha função foi, certamente, amá-la.
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