𝑽𝑰𝑵𝑻𝑬 𝑬 𝑸𝑼𝑨𝑻𝑹𝑶
•••—•••
O sentimento angustiante talvez fosse a pior coisa que sentia naquele momento em que lutava com todas as suas forças para se manter acordada. Não fazia a mínima noção do porque aquele rapaz ao qual estava acompanhado de sua cunhada, ao invadir sua "casa" naquele dia, dirigia o carro as pressas a determinado lugar enquanto falava palavras um tanto tranquilizantes para você.
— Oque está......espere..a-ah minha filha, onde está a Sasaki?_ Grunhi de dor assim que tentei me sentar no banco, mas parecia que eu tinha levado uma facada de tamanha dor que sentia em minha barriga, até que notei que algo em meu rosto ardia.
— Estamos chegando em um dos armazéns da Brahman, a sua filha está com o Benkei que provavelmente já deve estar aqui._ Disse o rapaz ao qual eu não lembrava o nome, tentando me tranquilizar.
— Porque um lado do meu rosto arde tanto? E qual o seu nome mesmo?_ Deitei minha cabeça no banco enquanto tentava ao máximo controlar minha respiração para evitar que a dor se expandisse, era um dos métodos que o haru me ensinou......
— Meu nome é Wakasa, e digamos que uma pequena guerra está acontecendo com a Brahman, Bonten e o rival do seu marido. Algo histórico eu diria, duas gangues cooperando em prol de algo que as beneficiara._ Ele falou após parar o carro a frente de um grande armazém que parecia mais abandonado...
— Espere.....guerra? então o Haruchiyo está....
— Não só ele como os superiores da Bonten._ Explicou após descer do carro, abrindo a porta do passageiro para me ajudar a sair.
— Para onde eu vou? Quero ver a minha filha e....
— Você vai ver, mas antes o Benkei ira te tratar pois sua situação não é nada boa._ Ele aumentou o tom de voz após me interromper, pela cara que fazia parecia estar entediado....esse cara não é normal.....
Retomou a consciência após alguns minutos em que Wakasa a tinha conseguido por no carro, que seguiria caminho ao armazém. Enquanto isso, Sanzu seguia descontando sua raiva em todos que passavam pela sua frente, com a katana, mas algo em si o fez parar assim que notou uma garota de tamanho parentesco a ele, perseguindo sua presa com tamanha persistência e força de vontade.
O local em si, estava completamente banhado de sangue, gritos, murmúrios, grunhidos entre tamanhas palavras, corriam pelo ambiente em que aquela batalha ocorria.
Yakuzi seguia com seus guarda-costas para o local mais próximo que poderia ser considerado seguro, andar com antigos soldados armados do exército era oque facilitava sua fuga, e dificultava tudo para Senju.
Não tão distante dali, estava Mikey junto a seus subordinados lidando com a maioria dos soldados daquela pequena "máfia". Os Haitani's permaneciam surpresos do porque seu chefe ainda estar ali, ou melhor, do porque ele mesmo ter pisado ali para ajudar em algo que não seria do seu próprio interesse.
Ao notar seu antigo amigo de infância, algo em si retomou toda aquela raiva e ódio que não sentia a algum tempo. Avançar pra cima deles talvez não fosse a melhor ideia no momento, afinal de contas estava sozinho.
Senju apenas observava ao canto seu irmão mirar aqueles tiros direcionados aos capangas daquele cara, sem ao menos poder fazer nada. Não estava em um bom lugar, e sua mira não era das melhores, mas ao mirar a arma corretamente na direção do Yakuzi, o conseguiu acertar um tiro no braço.
Enquanto isso [Nome] apenas tentava não gritar de dor enquanto o rapaz ao qual se identificava como Benkei, tratava suas feridas naquele momento no armazém.
— Acabei de ligar para o Takeomi, parece que o tal do Yakuzi conseguiu fugir, mas a Senju acertou um tiro nele, e estão vindo pra cá._ Wakasa falou após adentrar a sala, sem ao menos bater.
— Waka ao menos pode bater antes de entrar?_ Benkei pediu após me entregar alguns comprimidos.
— Ursinho dodoi de mamain?_ Sasaki o questionou após erguer seu pequeno dedinho para meus machucados.
Sua reação foi um tanto confusa assim que adentrou a sala e notou que sua filha brincava com o rapaz ao qual a mais nova chamava de "ursinho", de uma maneira tão calma como se o conhecesse a algum tempo.
— Ela é bem inteligente pra quem tem apenas um ano e alguns meses de vida né?
— Oque? como você sabe a idade da Sasaki?_ Engoli os comprimidos notando ele ficar vermelho em segundos.
— O Benkei fez questão de estudar sobre sua filha, ele adora crianças e sempre quis interagir com elas, então só uniu o útil ao agradável quando a Senju pediu dicas a ele._ Wakasa explicou tomando a frente da situação.
— Mamain papain?_ Sasaki falou após apontar para o meu rosto, assim que jogou sua cabecinha para o lado confusa, talvez ela ainda não estivesse assimilado o fato dessa grande cicatriz em meu rosto...
— Oque o Haruchiyo vai achar disso.....será que oque aquele homem disse é verdade?_ Questionei a mim mesma em um baixo tom assim que passei meus dedos de leve sentindo o pequeno inchaço sobre o local, apesar do corte não ter sido profundo, essa cicatriz seria permanente....
— O corte em seu rosto não necessitou de pontos, apliquei uma pomada para que ajudasse na cicatrização, mas sinto em informar que a cicatriz ficara permanentemente._ Exclamou Benkei em um tom pouco baixo, após pegar a Sasaki nos braços, assim que ela os estendeu a ele.
Não conseguia assimilar direito toda aquela informação, sua vida em certa parte estava arruinada, o homem ao qual possuí um eterno ódio ao seu marido, tinha conseguido tirar aquilo em que mais gostava de fazer, aquilo em que dedicou grande parte de sua vida, a sua carreira de modelo.
Corpo gracioso, rosto gracioso e pele graciosa. Era o mais requisitado pelo seu empresário do ramo da moda. Não sabia como seria sua vida dali depois desse acontecimento, mas tinha a plena certeza de que não seria mais a mesma.
— Está tudo arruinado._ Mordi os lábios com uma certa força sentindo as lágrimas inundarem meus olhos assim que me toquei da real situação, ele tinha feito isso para me destruir.
O Imaushi não sabia muito oque fazer para consolar a mulher ao qual estava entregue ao choro, apenas deu dois tapinhas em suas costas enquanto a encarava seriamente tentando transmitir que tudo ficaria bem, apenas a deixando mais confusa ainda.
— Chegamos, e com visitas._ Afirmou Takeomi após abrir a porta com tudo, revelando algumas pessoas junto a ele.
— Sobrinha linda da tia!
— Ran...rindou....Haruchiyo?_ Levei minha mão a parte de minha cicatriz tentando a esconder, mas parece que não deu muito certo pela a cara que o Haru fez assim que a viu....
— Aquele filho da puta fez isso com você?
— Papain!
— Uffa, a pequena gozada ta bem Rindou! Eu disse ta vendo!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top