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CAPÍTULO SEIS:
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Penhasco.
Tenho uma boa e uma péssima notícia.
A péssima é que sim, Jacob Black se juntou a matilha e para o meu martírio, temos que conviver todos os dias e ainda por cima tenho que compartilhar um elo psíquico com esse idiota e ver o quanto ele sente falta não só da Bella como de mim também.
Ao que parece, poliamor seria o sonho de consumo do Black.
Já a boa notícia é que Jacob se recusou a aceitar seu posto como alfa legítimo da matilha. Pelo menos não tenho que fingir que o respeito.
Foi um grande alívio olhá-lo nos olhos e perceber que nada aconteceu. Uma parte de mim tinha medo de que por uma ironia do destino, ou um castigo divino, Jacob Black fosse meu imprinting. Por outro lado, eu sabia que isso não poderia acontecer. Ninguém merece um castigo tão grande assim.
─ Robin, por favor. ─ Jacob implorou pela milionésima vez.
Estava se tornando insuportável conviver com Jacob no meu pé toda vez que tínhamos que estar no mesmo ambiente.
─ Aí, pelo amor de Deus, Black! ─ Choraminguei, me jogando no sofá do Sam. Ele vai me xingar se vê isso. ─ Você literalmente sabe o que penso sobre você e que não me interessa nada que você tenha para falar. Acabou. Segue em frente. Eu segui. ─ Gesticulei com os braços enquanto falava.
Jacob me encarou parecendo confuso.
─ Como assim seguiu?
Bufei um riso.
─ O que você esperava? Me encontrar aos prantos depois que você ferrou com o nosso relacionamento de dois anos por algo que só existe na sua cabeça? ─ Ri em escárnio. ─ Não, não mesmo. Eu nem sei porque você insiste tanto. O que foi? Ham? Agora que não pode mais ver a Bella eu sirvo pra você? ─ Sorri venenosa.
Jacob pareceu magoado com as minhas palavras, mas honestamente? Tudo o que eu disser para ele vai ser pouco comparado ao que ele me fez passar.
─ Meu único arrependimento foi não ter te mandado pro inferno no seu primeiro vacilo! ─ Cuspi as palavras.
─ Robin... ─ Ele murmurou meu nome como se doesse pronunciá-lo. ─ Eu am-
O cortei.
─ Não termine essa frase. ─ Falei, me levantando para encará-lo nos olhos. ─ Esquece que um dia já namoramos. Nunca fui eu e nunca foi você. Agora eu sei disso. Somos obrigados a conviver por toda essa loucura de lobos, mas eu não sou obrigada a te desculpar. ─ Apontei, séria. ─ Olha, tá tudo bem, eu estou bem. Volta a correr atrás da Isabella como um cachorrinho. Aproveita que isso nunca fez tanto sentido como agora. Quem sabe ela é o seu imprinting. ─ Dei alguns tapinhas no seu ombro antes de sair do cômodo.
Ao entrar na cozinha dei de cara com os garotos tentando disfarçar que estavam todos prestando atenção na nossa conversa.
─ Fofoqueiros. ─ Rolei os olhos, balançando a cabeça em negação e tentando não rir da cara de paisagem que eles fizeram.
. . .
As semanas se passavam e as coisas pareciam estar melhorando, apesar do convívio com o Jacob ainda não ser exatamente confortável, eu já conseguia ficar no mesmo cômodo em que o Black sem querer socar a cara dele.
Claro, também não foi nada confortável quando Bella acabou descobrindo sobre o segredo do lobo ao bater na cara do Paul e quase ser estraçalhada por seu lobo. Mas é claro que o Jacob não deixaria que isso acontecesse e, qual não foi a minha surpresa quando os garotos a levaram para a casa do Sam e nos contaram tudo o que havia acontecido?
A garota se desculpou mais uma vez e honestamente? Todos os seus pedidos de desculpas me irritavam mais do que o que havia acontecido. Eu só queria virar essa página da minha vida de uma vez por todas, seguir em frente e escrever uma nova temporada.
É pedir muito?
Paul e eu continuamos com nossa amizade colorida, ele tem sido um apoio muito importante pra mim no meio de toda a bagunça que a minha vida se tornou de uma hora para outra. Não digo isso apenas pelo sexo, mas sim pela amizade do garoto.
Acho que também me tornei um apoio para ele, considerando suas brigas constantes com seu pai. Perdi as contas de quantas vezes o Lahote foi me pedir abrigo em casa depois de uma discussão com o Sr. Lahote. Felizmente minha mãe tem sido bem gentil e compreensiva com a situação dele.
De certa forma, eu me identifico com ele, meu pai também não era dos melhores, ele nunca foi presente, nunca demonstrou amor, nunca ajudou a minha mãe com a minha criação. Enfim, nunca realmente se importou com a gente.
Mesmo depois desse tempo, acho que ainda não consegui assimilar tudo o que aconteceu comigo e nem processar que nada mais vai ser como antes.
Decidi ir caminhar na praia depois da minha ronda. Os últimos dias tem sido puxados, tive que administrar meu tempo entre a escola e a matilha. Principalmente porque encontramos rastros de uma vampira ruiva que vem rondando nosso território, e é claro que ela está a procura de Isabella Swan.
Chuto a areia úmida debaixo dos meus pés. Parece que tudo e todos giram em torno dela e agora temos que caçar a vadia ruiva para proteger não só ela como os moradores da reserva, de Forks e seus arredores.
A vaca é incrivelmente escorregadia, mas pelo menos se a pegarmos eu vou poder descontar toda a minha raiva reprimida em cima dela.
O vento sopra contra o meu rosto, trazendo junto com a brisa um cheiro familiar: Isabella Swan. Olho em volta, até que meus olhos fixam-se no penhasco que os garotos e eu costumanos pular, vejo o corpo magro da garota no topo, franzo o cenho. O que ela está fazendo lá?
O mar está agitado demais para um humano comum mergulhar.
Tudo aconteceu em segundos, de repente eu vi a garota pular.
─ NÃO! ─ O grito saiu automaticamente da minha garganta e no instante seguinte eu já havia pulado na água e estava nadando a direção em que ela havia caído na água.
Graças as minhas habilidades e sentindos aprimorados não foi difícil chegar até lá. Para o meu desespero a garota não havia emergido ainda, então mergulhei procurando por ela, até que a encontrei quase desacordada afundando.
A peguei e puxei-a comigo para superfície, nadando o mais rápido que consegui com ela até a praia novamente. Quando saímos do mar a garota estava inconsciente e eu não sabia bem como fazer os primeiros socorros na garota.
─ Robin! Bella? ─ Jacob veio até nós correndo, ele encarou o corpo da garota desesperado. ─ O que aconteceu?
─ Ela se jogou do penhasco. ─ Expliquei. ─ Faz alguma coisa, Jacob! ─ Exclamei dessesperada.
─ Faz massagem no peito dela enquanto eu faço respiração boca a boca. ─ Ele instrutiu. Apenas acenei em confirmação e começamos. ─ Vamos, Bella, respira. ─ Ele pediu, tentando a respiração novamente.
Para o nosso alívio a garota finalmente retomou a consciência, cuspindo a água que havia ingerido.
Respirei aliviada, sentando para trás na areia mesmo.
─ Bella? Tá me ouvindo?
─ Jake? ─ Pude ver o alívio dele.
─ Vem cá. ─ Ele a puxou para mais perto. Não podia negar que aquilo me fez sentir um certo imcomodo. ─ O que você tava pensando?
─ Só queria ver uma coisa. ─ Ela murmurou.
Bufei um riso, essa garota só pode ser louca.
─ Leve ela pra casa. Vou dar uma força na casa do Harry! ─ A voz de Sam desviou minha atenção.
Me levantei em um pulo.
─ O que aconteceu na casa do Harry? ─ Perguntei confusa.
─ Você não soube? ─ Ele questionou. Minha vontade era de respondê-lo ironicamente, mas a situação parecia séria, então apenas continuei encarando-o. ─ Harry Clearwater teve um infarto.
─ O quê? Mas, ele... morreu? ─ Engoli a seco.
Jacob confirmou.
─ Merda. ─ Murmurei mais para mim mesma. ─ Leva ela pra casa, eu vou trocar de roupa e vou até lá também.
Não esperei por uma resposta, apenas saí correndo em direção a minha casa.
Sem revisão.
Relevem os erros ortográficos.
Oioi, olha quem finalmente aparaceu?
Quem aí tá preparado pra volta do Eduardo?
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