Você soltou um grunhido irritado quando percebeu que não tinham mais roupas no seu armário. Todas elas, literalmente, estavam espalhadas pelo seu quarto, em uma tentativa desesperada de achar uma minimamente descente para a festa de Mitsuya.

Isso era um mal costume seu. Toda vez que você ia sair ou se encontrar com pessoas que não fossem o Kazutora, escolher uma roupa era sempre um problema. Era como se sua insegurança gritasse e, de repente, nada ficassem bom o suficiente. Você tinha plena consciência de que isso era tudo fruto da sua própria cabeça, mas nunca conseguiu evitar.

Então, do mesmo jeito que estava, com uma lingerie preta, você se sentou na cama, vendo a bagunça que estava no seu quarto. De repente, os seus olhos umedeceram e uma vontade de chorar começou a assolar o seu peito. A ideia de ter que mandar mensagem para Baji avisando que não poderia ir era terrível. Além disso, você teria que arrumar uma desculpa esfarrapada, já que nunca admitiria para ele que não queria ir por causa da sua insegurança.

Quando você esticou o braço para pegar o celular em cima da cabeceira, quase deu um pulo de onde estava quando a porta do seu quarto abriu repentinamente.

— Nem pense nisso — Kazutora disse, entrando no quarto, não se importando nem um pouco com o fato de você estar de lingerie.

O garoto de olhos amarelos mal olhava na sua direção, entrando com uma caixa em mãos e a deixando em cima da sua bancada, sem muito esforço.

— Isso é 'pra você — Ele disse, com um sorriso inocente no rosto, obviamente de quem tinha aprontado alguma — Agora, nem pense em chorar e vem logo abrir isso aqui.

— O.. o que? — Você gaguejou, ainda sem entender completamente nada — O que é isso? — Depois, olhou para o próprio corpo e percebeu que estava quase nua — E será que dá 'pra bater na porta antes de entrar?

— Isso aqui é um presente — O Hanemiya começou a falar, em um tom totalmente despreocupado, como se não tivesse feito nada de errado — E, não, não dá 'pra bater antes de entrar quando minha melhor amiga 'tá quase mandando mensagem 'pro cara que ela gosta, avisando que não vai poder ir 'pra uma festa que ele convidou ela, só porque, na cabeça dela, não tem nenhuma roupa que sirva minimamente bem 'pra ela usar.

Suas sobrancelhas se arquearam, mas sua expressão continuou levemente irritada. Você estava cansada de tanto procurar uma roupa para ir e, sinceramente, sua autoestima já estava no chão de tanto se esforçar. Agora, você só queria desmarcar com Baji, desejar boa festa para Kazutora, deitar na sua cama e, provavelmente, chorar até pegar no sono.

— Kazu, eu te amo — Você começou a falar, em um suspiro, pegando um blusão velho que estava jogado na sua cama e o vestindo — Mas eu não 'tô no clima agora e, sim, eu já provei todas as minhas roupas e não gostei de nenhuma delas. Além disso...

— Cala a boca e vem logo abrir essa merda — Ele lhe interrompeu, revisando os olhos e apontando para a caixa novamente.

Você estava irritada e exausta, só queria mandar o amigo se foder. Mas, mesmo assim, principalmente por estar morando no teto dele, você se levantou e foi até a bancada, abrindo rapidamente a caixa, querendo acabar logo com isso.

Por mais que você só quisesse que o Hanemiya fosse logo embora para você poder começar a chorar, os seus olhos se arregalaram quando viram uma calça de pano vermelha e um body preto rendado. O conjunto era simplesmente perfeito e você não conseguia parar de se imaginar vestindo ele.

— Isso é...

— 'Pra você — Mais uma vez no dia, Kazutora lhe interrompeu — Quando Baji me disse que tinha chamado você 'pra ir com ele na festa do Mitsuya, eu imaginei que você pudesse acabar cancelando por causa da roupa, aí eu fui com ele no shopping e escolhemos essa aí 'pra você.

— Keisuke também participou disso? — Você perguntou, mas os seus olhos ainda estavam fixos nas roupas, enquanto você passava a mão por cima da calça e sentia o tecido gostoso passar pelos seus dedos.

— 'Pra ser justo, a ideia foi dele — O Hanemiya respondeu, dando de ombros, levemente envergonhado — Eu só acompanhei ele no shopping.

Antes, a vontade de chorar era apenas uma ameaça e as lágrimas tinham sido controladas. Mas, agora, você não conseguiu se segurar. Acabou largando as roupas e se virou para o amigo, o abraçando antes que ele conseguisse ter qualquer reação.

— O..obrigada — Você tentou falar, enquanto chorava, deixando que suas lágrimas encharcassem o ombro do Hanemiya.

— Que nada, mana.

Kazutora abriu o que seria o sorriso mais sincero em muito tempo e te abraçou de volta, fazendo questão de lhe apertar um pouco, como se não quisesse deixar você sair. Durante um tempo, vocês ficaram assim, juntos, enquanto você tentava, desesperadamente, controlar as lágrimas, que agora eram de felicidade.

Somente quando não tinham mais lágrimas para serem derramadas, você se afastou levemente do Hanemiya, que ainda tinha aquele sorriso enorme estampado no rosto.

Ele usou o dedão da mão direita para enxugar uma última lágrima que escorria pela sua bochecha, suspirando logo em seguida.

— Você vai lá tomar banho e se arrumar — Ele começou a falar, mais animado do que antes — Baji vai passar 'pra te buscar aqui daqui a uma hora.

— E você?

— Eu vou me arrumar também, mas não vou com vocês — Enquanto falava, ele pegou o celular do bolso e o desbloqueou, conferindo no WhatsApp dele— Eu preciso resolver uma coisa com o Mikey antes, mas eu chego lá na festa depois e a gente se encontra.

— Certo — Você tentou não falhar a voz, mas Kazutora percebeu o seu nervosismo.

A verdade é que você tinha achado que poderia ficar perto do Hanemiya e tentar se sentir um pouco mais confortável lá. Ultimamente, você já se sentia bem mais confortável junto de Baji. Até porque, depois que vocês foram no parque de diversões, ele foi, literalmente, todos os dias da semana no petshop e, diferente de antes, ele passava muito tempo lá, conversando com você.

Algumas vezes, ele até lhe ajudou em algumas tarefas, enquanto esperava o seu expediente acabar para te levar até em casa. Não foram poucas as vezes em que ele jantou com você e com Kazutora durante a semana.

E, por mais que você estivesse assustada em se aproximar tanto assim de alguém de novo, não tinha como negar que você estava se sentindo extraordinária quando Keisuke estava ao seu lado.

— Não precisa ficar nervosa nem nada — A voz do Hanemiya lhe arrancou de seus pensamentos, fazendo você voltar à realidade de novo — Eu já falei com o Baji e ele não vai te deixar sozinha nenhuma hora. Além disso, você já conhece alguns dos meninos e vai conhecer outras pessoas agora também.

— Mas...

— Isso é uma ótima oportunidade, [Nome] — Pela terceira vez, ele lhe interrompeu — Você pode acabar se soltando e conhecendo pessoas novas sem depender de mim. Mas, não se preocupa, 'tá? Eu não vou chegar muito depois de vocês — Ele concluiu com aquele sorriso divertido e inocente no rosto, o que acabou fazendo você ficar um pouco aliviada.

Tudo o que ele falou era verdade. Você precisava, urgentemente, aprender a se virar sem depender muito do seu melhor amigo. E, já que estava indo para a festa com Baji, uma pessoa que você já tem confiança, seria até mais fácil.

— Você sabe se a Emma vai também? — Você perguntou, se lembrando do relacionamento dela com um dos meninos.

— A garota do Draken? — Ele esperou você confirmar com a cabeça antes de continuar — Ela é irmã do Mikey, então deve ir. Vocês se conhecem?

— Trabalhamos juntas.

— É verdade — Ele desviou levemente o olhar, como se estivesse pensando — Draken já tinha me dito uma vez que ela trabalhava em um petshop — Depois disso, as íris amarelas voltaram a lhe encarar — Você devia mandar mensagem 'pra ela.

— Tem certeza? — Você perguntou, obviamente insegura.

— Tenho, mas vai tomar banho antes — Kazutora segurou nos seus ombros e lhe virou de costas, lhe empurrando na direção do banheiro — Baji vai chegar já já e você ainda não vai 'tá pronta.

Você soltou uma risada alta quando percebeu que ele estava parecendo um pai falando com uma filha. Era impressionante a faculdade que o Hanemiya tinha de mudar o seu humor 100%. E era exatamente por isso, entre outras coisas, que ele era o seu melhor amigo.

Você resolveu escutar ele e foi direto para o chuveiro, sentindo o seu corpo todo ser renovado com o banho. Depois de fazer todas as higienes possíveis, você se apressou para começar a fazer a maquiagem, se impressionando com o fato de que, ao olhar no espelho, se achou bonita mesmo sem maquiagem.

Esse era um efeito não raro que Kazutora tinha na sua vida. Durante muitas crises, ele era o que conseguia elevar sua autoestima do zero para cem.

Mas, acabou balançando a cabeça para afastar os pensamentos e se concentrou em ser o mais rápida possível, já que Baji chegaria em meia hora e você não queria o deixar esperando. Por isso, assim que acabou de se maquiar, foi logo secar o cabelo, tentando, e falando miseramente, modelar ele com a escova e o secador. Mas, mesmo que o resultado não fosse o esperado, você acabou gostando e decidiu deixar ele assim.

Um leve embrulho percorreu todo o seu estômago quando você foi abrir novamente a caixa do presente de Kazutora e de Keisuke. Não existiam palavras suficientes para expressar o quão grata você estava por aqueles dois terem pensado em você com tanto carinho e cuidado.

Isso já era esperado do Hanemiya, que, mesmo que mantivesse uma pose de cara mau, era uma das melhores pessoas que você já tinha conhecido e sempre fez questão de demonstrar o quanto se preocupava com você.

Mas, por outro lado, você não esperava isso nunca de Baji. Mesmo ele já tendo demonstrado que era um amor de pessoa, você sabia que não era do feitio dele fazer gestos românticos para as garotas com quem ele sai, palavras de Kazutora. E, ainda que seu melhor amigo já tivesse deixado claro que o moreno se importava mais com você do que com as garotas que ele ficava normalmente, a insegurança não deixava você acreditar que era especial.

O que era uma pena. Porque, para Keisuke, você era a mais especial de todas.

Colocar aquela roupa, no início, causou uma sensação estranha. Você iria para uma festa como convidada de Baji, usando uma roupa que ele tinha comprado para você. Só a ideia já fazia suas bochechas queimarem de vergonha. Mas, assim que viu o seu próprio reflexo pelo espelho, qualquer pensamentão de insegurança ou vergonha irem embora, porque, caralho, você estava maravilhosa.

Não sabia dizer se era o seu cérebro querendo aceitar a todo custo o presente do cara que você gosta, mas nenhuma roupa tinha caído tão bem no seu corpo quanto essa. Você nunca tinha se sentido tão linda e sexy como agora.

Você não sabia como, mas Kazutora e Keisuke conseguiram fazer você se sentir desejável pela primeira vez.

— Uau — A voz rouca, baixa e repentina fez você dar um salto de onde estava, mas, pelo menos, você conseguiu não gritar antes de se virar.

Baji estava encostado na porta do seu quarto, que o Hanemiya provavelmente tinha deixado aberta de propósito. O olhar dele estava preso em você, mais especificamente, no seu corpo.

O vão dos seus seios, que era levemente exposto pelo decote do body rendado, estava sendo praticamente engolido pelo moreno. E, mesmo vendo que suas bochechas estavam começando a ficarem vermelhas, ele não parou de lhe comer com os olhos.

Você conseguiu encarar pouco as íris douradas, mas, pelo pouco que viu, percebeu que elas exalavam desejo e você começou a temer que, no final da noite, ele não se segurasse tanto quanto no dia em que transaram.

— A roupa ficou perfeita em você — Ele disse, rouco, quebrando o silêncio que tinha se estabelecido no seu quarto.

Devagar, ele se desencostou da porta e foi caminhando na sua direção, sem pressa. O olhar penetrante e repleto de segundas intenções ainda preenchia o rosto dele, destoando do usual ar inocente e divertido que ele tinha.

Era como se a energia dele tivesse mudado. O Keisuke bonzinho não estava mais lá, dando a vez para um homem estupidamente sexy e com milhões de segundas intenções. Até a voz dele estava mais grossa e seca, fazendo todo o seu corpo se arrepiar a cada palavra que saia dos lábios dele. Baji estava estranho, mas você não conseguia reclamar disso.

— Eu também gostei — Você respondeu, quando percebeu que ele já estava próximo demais do seu corpo e você ainda não tinha falado nada. Keisuke parou a poucos passos de você, ainda lhe analisando por completo, como se estivesse tentando decorar cada detalhe, para nunca mais esquecer — Hm... Obrigada, inclusive — Continuou a falar, tentando não vacilar com a voz — Kazu me disse que a ideia foi sua.

— É — Ele disse, dando de ombros, sem olhar nos seus olhos — Eu sempre quis saber como você ficava de renda.

Instantaneamente, suas bochechas coraram e seus olhos se arregalaram um pouco. Finalmente, Baji levantou o olhar para as suas íris de novo e, ao fazer isso, percebeu o quão desconcertada você ficou.

Isso foi o suficiente para diminuir o traço pretensioso que tinha no rosto dele e fazer com que a expressão comum dele desse as cara de novo. Ele arqueou as sobrancelhas, como se tivesse saído de um transe, e limpou a garganta antes de falar.

— Você já 'tá pronta? — Aquele sorriso encantador estava presente nos lábios dele de novo. Não o sorriso que falava "quero te comer", mas o que dizia "eu gosto de você".

Sinceramente, você não sabia qual dos dois preferia mais. Claro que você ainda era muito tímida e insegura para acompanhar as provocações mais intensas de Keisuke, mas você adorava a sensação que essas provocações causavam em você. Era uma parte sua que Kisaki nunca conseguiu explorar.

— Eu só preciso pegar uma bolsa e colocar uns anéis — Você respondeu, ainda sem entender muito o que estava acontecendo. 

— Beleza, eu te espero aqui.

Antes de você responder, ele se inclinou para a frente e depositou um selinho casto em seus lábios.

A um minuto atrás você tinha certeza de que Baji lhe atacaria ali mesmo e arrancaria suas roupas. Agora, ele lhe deu o beijo mais suave que você já tinha recebido.

Com as sobrancelhas franzidas, você assentiu com a cabeça e simplesmente se virou para ir na direção do banheiro. Tentou se concentrar em ir depressa para afastar os pensamentos confusos que estava tendo.

Enquanto ouvia você mexer nas suas bijuterias, Keisuke soltou um suspiro fundo e tomou a liberdade de se sentar na sua cama, suspirando fundo assim que fez isso. Com a cabeça nas nuvens, ele olhou para o lado de fora da janela e percebeu que esse quarto de hóspedes de Kazutora realmente tinha uma vista muito linda. Ao mesmo tempo, ele juntou as mãos e apertou uma na outra com força, se condenando por quase não ter conseguido se segurar.

— Acabei — Sua voz quase o assustou, mas o moreno conseguiu disfarçar isso muito bem.

— Então, vamos? — Ele perguntou, animado, se levantando da sua cama.

Assim que você assentiu com a cabeça, parecendo mais animada do que realmente estava, Keisuke segurou na sua mão e saiu do seu quarto, com você atrás dele.

Enquanto passavam pelo corredor do apartamento, você percebeu que Kazutora não estava mais lá. Provavelmente já tinha saído com o Mikey. Você não se apegou muito a esse pensamento, porque sabia que ia acabar tendo uma crise de ansiedade ao se lembrar que seu melhor amigo não estaria lá na festa com você. Por isso, tentou se concentrar no fato de que estava agora com Baji, mesmo que ele tivesse agido estranho logo quando encontrou com você. Pelo menos, ele parecia estar normal agora, pelo menos aos seus olhos.

— Como foi que você entrou aqui? — Você perguntou, enquanto entravam no carro dele.

— Kazutora 'tava saindo quando eu cheguei — Ele explicou, ligando o carro e arrancando o veículo dali, sem nenhuma dificuldade em sair da baliza que tinha feito perfeitamente — Ele me disse 'pra entrar e te procurar no quarto. Aí sua porta 'tava aberta e eu te vi — Só então, ele percebeu a invasão de probidade que tinha cometido. Por isso, acabou ficando com um semblante levemente envergonhado — Eu devia ter batido, me desculpa.

— Não tem problema — Você se apressou em responder, enquanto soltava uma risada divertida pelo leve desconcerto dele — Provavelmente o Kazu deixou minha porta aberta de propósito 'pra você me ver.

— Isso é bem a cara dele mesmo.

O carro acabou sendo preenchido pelas risadas de vocês dois, o que acabou fazendo você esquecer totalmente da insegurança em ir para aquela festa.

Durante o curto trajeto, você conversavam como vinham fazendo ultimamente, sem mais toda aquela vergonha e timidez do início. Baji parecia ele mesmo de novo, sem o olhar necessitado e repleto de segundas intenções.

Você acabou se perguntando o que tinha acontecido mais cedo, mas sabia que não iria perguntar isso diretamente para ele, então nem se deu o trabalho de encucar com isso.

— Chegamos — Ele disse, parando o carro na frente de uma casa bem grande, com uma arquitetura meio rústica, mas impecavelmente linda — Essa é a casa dos pais de Mitsuya.

— Eles 'tão em casa?

— Não — Keisuke respondeu, enquanto saia do carro, só voltando a falar depois que deu a volta no veículo e abriu a porta para você — Eles 'tão viajando, por isso a festa vai ser aqui.

Você assentiu com a cabeça, entendendo que, se os pais do platinado estivessem na cidade, provavelmente a festa seria na casa de Baji, onde não tinham pais para barrar nada.

— Preparada? — A pergunta dele fez você encarar as íris douradas de novo, mas você não respondeu, apenas suspirou fundo — Não precisa ficar nervosa. Eu vou ficar do seu lado o tempo todo e, se você não se sentir bem, eu te levo 'pra casa.

— Certo — Mesmo sabendo disso, seu plano era conseguir ficar até o final da festa.

Já fazia um tempo desde que você queria tentar se soltar mais e conhecer pessoas novas, sem ter que depender de Kazutora. E, como o próprio havia dito, essa era uma ótima oportunidade.

Por isso, depois de entrelaçar os seus dedos com os de Keisuke, vocês caminharam até a casa, não precisando tocar a campainha antes do moreno simplesmente girar a maçaneta e abrir a porta.

Depois de um suspiro fundo, você entrou na casa, seguindo o mais alto. Não demorou mais do que segundos até que um grupo de pessoas que você nunca tinha visto na vida virem falar com Baji.

Com aquele mesmo jeitinho extrovertido de sempre, ele cumprimentou todos eles, que, no final, olharam para você com uma grande interrogação no rosto. Você já esperava isso, até porque, como Kazutora já tinha lhe dito vários meses atrás, não era nem um pouco comum Keisuke aparecer com uma garota assim.

Por isso, você imaginou que ele apenas diria que você é uma amiga ou alguma ficante do tipo.

— Essa daqui é a, [Nome] — Mas, suas sobrancelhas se arquearam muito quando ele lhe apresentou para os amigos — Minha namorada.