𝚜𝚒𝚡𝚝𝚎𝚎𝚗
Sua cabeça já estava doendo de repassar todas as coisas que você tinha colocado na pequena mala de mão. O medo de acabar esquecendo alguma coisa fez você ter que repassar duzentas vezes o que tinha que levar para o feriadão na casa de Mikey. Uma pessoa normal levaria no máximo uma hora para acabar de arrumar a mala. Você estava nessa brincadeira faziam três.
Sabia que já já Kazutora viria bater no seu quarto, dizendo que já era hora de vocês irem, por isso acordou muito mais cedo do que deveria. Sempre foi difícil fazer malas para viagem. Toda vez você ficava pensando e pensando mais do que devia. Se perguntava se as roupas eram boas o suficiente; se estava levando coisa de mais ou de menos; se acabaria esquecendo algo importante; se estava levando algo que acabaria não usando. Era um mal hábito seu.
O Hanemiya até se ofereceu para ajudar, mas na última vez que ele fez isso acabou atrapalhando mais do que ajudando. Ele só falava coisas do tipo "vai levar isso tudo de roupa?" ou "é só uma viagem simples, não precisa se preocupar tanto". Só que você sempre se preocupava. Pelo menos, ter concordado em ir sem fazer um grande alarde antes já foi uma vitória e tanto. E você estava na fase de comemorar as pequenas vitórias.
Ainda era muito cedo para dizer que você não tinha mais inseguranças, mas era inegável que elas diminuíram e muito. Você poderia até atribuir parte do mérito a Kazutora e Keisuke, que foram os que mais lhe ajudaram no processo, mas não podia tirar o seu próprio mérito. Ah, claro. Também tinha que agradecer a Kisaki por isso. Depois que vocês terminaram, uma grande parte das suas inseguranças ficou para trás com ele.
Ter o loiro nos seus pensamentos fez todo o seu corpo se arrepiar, e não de um jeito bom. A lembrança dele na calçada ainda assolava os seus pensamentos de vez em quando. Você só queria poder esquecer ele de vez. Já estava grata o suficiente por não ter se encontrado com ele desde aquele dia fatídico, mas nem sabia o que faria se um dia realmente se encontrassem.
Você esperava, do fundo do coração, que ele estivesse bem, já que assim ele não lhe aperrearia de novo. Mas, conhecendo ele, provavelmente o loiro ficaria puto quando soubesse que você começou a ficar com Keisuke logo depois de vocês terminarem. Isso se ele não associar o moreno ao homem com quem você tinha o traído. Isso sim seria catastrófico.
— Acabou a mala, mana? — A voz de Kazutora fez você, literalmente, soltar um grito levemente contido e deixar o carregador que tinha em mãos cair — Desculpa, não quis te assustar — Ele completou, rindo da sua expressão de assustada.
— Custa bater?
— A porta 'tava aberta, besta — Sem pedir permissão, ele entrou no seu quarto e se jogou na sua cama, que ainda estava repleta de algumas roupas que você decidiu não levar para a viagem — Acabou a mala ou não?
— Acho que acabei — Respondeu, pegando o carregador que estava agora no chão e o jogando dentro da sua mochila — Eu 'tava só relembrando se coloquei tudo que eu vou precisar.
— Você sempre se preocupa com essas coisas — Kazutora revirou os olhos e deu uma espiada por dentro da sua mala — Só precisa se lembrar de levar biquíni e provavelmente camisinha — Seu rosto ficou vermelho na mesma hora — O resto a gente resolve lá — Ele fez uma expressão pensativa antes de continuar — Se bem que a parte da camisinha Baji já deve ter organizado.
— Vai se foder — Você disse, ainda corada, jogando um casaco moletom em cima dele, que apenas pegou a peça de roupa com facilidade e começou a rir alto.
— Baji já 'tá chegando pra buscar a gente — Kazu disse, se sentando na cama — Quer ajuda com alguma coisa antes de a gente descer?
— Não precisa, mas obrigada — Só agora você percebeu que realmente já estava muito perto da hora que vocês tinham combinado de sair — Já 'tá tudo pronto.
Sem dar espaço para sua mente vacilar mais uma vez no dia, você se apressou em fechar a mala e a tirar de cima da sua cama. Colocou a mochila em cima dela e pegou o seu celular em uma da cabeceira. O Hanemiya foi até o próprio quarto pegar a mala dele e, antes que você pudesse desistir, já saiu do quarto e andou em direção à porta, bem a tempo de a mesma ser aberta sem nenhuma cerimônia, fazendo você tomar um pequeno susto (o segundo do dia).
— Bom dia, gatinha — Keisuke disse, com aquele sorriso galanteador nos lábios, ao mesmo tempo em que se aproximava de você — Tudo pronto?
Você murmurou um "uhum" enquanto sentia os lábios do moreno colidindo com os seus, em um selinho rápido.
— Deixa que eu levo isso pra você.
Você nem tentou impedir quando ele pegou sua mala de mão, com a mochila em cima, e começou a levar para fora da casa. Não demorou nem um minuto até que Kazutora também aparecesse e vocês saíssem de lá, colocando tudo na mala do carro de Baji e se preparando para, finalmente, saírem da cidade.
Era difícil se concentrar na música que estava tocando pelo som do carro, principalmente com Keisuke e Kazutora conversando alto, sem parar, sobre o que fariam quando estivessem na casa de praia. Como de costume, Baji estava dirigindo, com você ao lado e o Hanemiya atrás. Os dois não pararam de falar desde que chegaram no carro, mas você até agradecia por isso. Lhe impedia de pensar demais. Agora, a última coisa que você precisava era deixar que sua mente vacilasse com você mais uma vez. Precisava relaxar. Urgentemente.
— Mais alguém vai aparecer na casa durante o feriado? — A pergunta de Kazutora foi despretenciosa, mas deixou você levemente nervosa. Um dos motivos para você ter topado ir era porque conhecia todas as pessoas que estariam lá. Durante o tempo que passou convivendo com aquele grupo, criou uma certa segurança ao redor deles. Draken, Mikey e Mitsuya já eram pessoas com quem você se sentia confortável conversando. Sem falar que Emma agora era, de fato, uma amiga próxima sua.
— Parece que um pessoal vai pra lá no último dia — Keisuke respondeu, ainda com os olhos fixos na estrada — Mikey 'tava querendo dar uma festa, então deve aparecer uma galera.
Você não virou para trás, mas sabia que o Hanemiya estava olhando preocupado na sua direção. Não usou devolver o olhar, mas tentava se acalmar. Você já tinha ido para festas com eles antes. Tudo iria ficar bem.
A música que tocava no som do carro acabou preenchendo o pequeno silêncio que se formou logo em seguida. Você estava bem. Ou, pelo menos, era nisso que queria acreditar. Mas, mesmo com o nervosismo de sempre, estava feliz em sair da sua bolha de conforto cada vez mais.
— Draken acabou de mandar mensagem avisando que eles já chegaram — A voz de Kazutora quebrou o silêncio que tinha sido preenchido com a música que você não reconheceu — Eles disseram que 'tão indo pra praia.
— A gente se encontra com eles lá — Baji respondeu, tirando a mão direita do volante e colocando ela sobre a sua cocha, descoberta por causa do short curto que você usava, enquanto fazia um carinho leve por cima da sua pele exposta — Só acho melhor a gente deixar as malas na casa antes.
— Beleza. Vou pedir pra eles deixarem a casa aberta.
Você tinha um sorriso no rosto. Tentava se concentrar no carinho que o moreno fazia na sua coxa. Além disso, você sempre gostou muito de praia. Quando eram mais novos, você e Kazutora iam lá sempre que tinham um tempo livre. Quando o ensino médio começou, vocês pararam de ir por causa dos vestibulares, mas era bom poder finalmente aproveitar um dia no mar de novo.
— Vai querer surfar, maninha?
— Não trouxe minha prancha — Você respondeu, olhando para trás e encarando o Hanemiya, que tinha um sorriso divertido nos lábios. Tinha alguma coisa aí.
— Você surfa? — A pergunta de Keisuke fez você se virar agora na direção dele. Fazia tanto tempo que você não surfava que provavelmente acabou se esquecendo de contar essa parte para ele.
— Eu surfava quando era mais nova — Respondeu, levemente corada — Mas já faz muito tempo e eu nem era tão boa assim.
— Mentira — Kazutora lhe interrompeu, fazendo você olhar feio na direção dele — [Nome] era uma monstra em cima de uma prancha. Uma pena que a gente nunca mais foi surfar.
— Se eu não me engano, Mikey tem umas pranchas lá na casa — Baji falou, tirando a mão de cima da sua coxa para fazer uma curva mais fechada — A gente pode pegar de você quiser,
— Não não — Suas mãos se levantaram e abanaram quase que involuntariamente — A prancha não é minha e faz muito tempo que eu não subo em uma...
— Já mandei mensagem pro Mikey — Mais uma vez no dia, o Hanemiya lhe interrompeu — Ele disse que as pranchas tão na área de serviço e que era tranquilo a gente pegar.
— Falando nisso, chegamos no condomínio.
A fala de Keisuke fez você olhar para a frente do carro de novo. Os portões eram enormes e bastou apenas que o moreno baixasse o vidro do carro para o porteiro abrir, cumprimentando ele. Aparentemente, eles costumavam ir muito ali.
Não tinham tantas casas, mas as que tinham eram consideravelmente enormes, provavelmente com mais de cinco quartos cada uma. Você evitou arquear as sobrancelhas, mas era difícil. Cada uma delas era mais linda do que a outra. E foi mais difícil ainda conter a expressão de surpresa quando Baji estacionou em frente à casa de Mikey.
Ela era surreal de fantástica. A parte de trás (onde ficavam os carros estacionados) tinha um amplo espaço aberto para que os carros pudessem ficar lá. Além do que vocês vieram, tinham mais dois veículos estacionados lá. Logo em frente, tinha a entrada da casa.
Nem se tocou quanto tempo passou admirando a arquitetura do lugar, até que uma risada gostosa ao seu lado fez você virar na direção dela.
— Vai ficar só encarando? — Keisuke perguntou, já fora do veículo, enquanto abria a porta para você sair — É melhor a gente ir entrando, ou vai ficar escuro e não vamos mais pra praia.
— Verdade, a praia — Você fez um reforço mentalmente.
Aceitou a mão do moreno para lhe ajudar a descer e pegou sua mochila, deixando que Kazutora levasse sua mala pequena para dentro, junto com as coisas dele. Como já tinham dito antes, a porta de trás da casa estava aberta, pronta para receberem vocês. Isso significava que os outros já estavam na praia esperando vocês chegarem. Por isso, não demoraram muito em subir as escadas que davam para o corredor com os quartos.
— Eu vou ficar no quarto de sempre — O Hanemiya disse, entrando na segunda porta à direita — Mikey disse que você podia pegar a suíte do lado do quarto dele — Completou, olhando para o moreno ao seu lado — A não ser que [Nome] se sinta mais confortável dividindo um quarto comigo.
Inicialmente, você achou que ele estivesse falando sério, mas a risada que ele soltou, logo depois de Keisuke falar um "vai tomar no cu, porra", foi o suficiente para fazer você perceber que era uma brincadeira. Só depois disso, você se deixou relaxar e um sorriso divertido tomou conta dos seus lábios.
Lhe puxando pela mão, Baji guiou você até o quarto que Kazutora tinha dito, que ficava bem no final do corredor, antes somente do quarto que supostamente era de Mikey.
Quando o moreno abriu a porta, você deixou que suas sobrancelhas se arqueassem um pouco. O cômodo era uma graça. Não tão grande, mas extremamente aconchegante. Provavelmente era do mesmo tamanho que o seu quarto na casa do Hanemiya. E, sinceramente, você não ficou surpresa ao ver uma cama de casal no meio do quarto.
Baji pareceu não ligar também, então você apenas arrumou um lugar para a sua malinha e a abriu. Já que iam para a praia, você tirou um biquíni preto de dentro da bolsa, juntamente com um conjunto de short e cropped moletom bem finos. Também aproveitou para colocar seus itens de higiene pessoal logo no banheiro.
Por um momento, pensou em fechar e trancar a porta, mas Keisuke já tinha trancado a porta do quarto e, quando se virou para encara-lo, viu que ele estava se trocando no meio do cômodo. Suas bochechas esquentaram por um breve momento. Isso deveria ser algo natural, não? Vocês dois já se viram sem roupas várias vezes. Mas, por que você continuava envergonhada todas as vezes?
Respirou.
Tinha que afastar esses pensamentos. Além disso, também tinha que se distrair e desviar os olhos do corpo, agora nu, do moreno. Você já até conseguia sentir sua intimidade pulsando levemente, apenas imaginando tudo o que ele faria com você se tivessem mais tempo. No final, se forçou a prestar atenção no que deveria fazer e começou a se despir no banheiro, sem fechar a porta.
Sabia que precisavam se apressar. Já tinham saído da cidade mais tarde do que todo mundo. Daqui a pouco o sol iria se por e, se demorassem muito, não iam conseguir aproveitar nada do dia.
Foi com esses pensamentos em mente que você colocou o biquíni o mais rápido possível, mas, seu corpo inteiro paralisou quando você, enquanto dava um laço na parte de cima do biquíni, pelas costas, sentiu duas mãos cobrirem as suas, lhe impedindo de continuar.
Baji olhava fixamente para você através do espelho. Nessa posição em que ele estava, atrás de você, dava para perceber claramente a diferença de altura entre vocês dois. Devagar, você tirou as mãos do biquíni, deixando que Keisuke segurasse as duas faixas atrás da sua costa.
Os olhos felinos ainda lhe encaram por muito tempo e você usou todo o esforço da sua alma para não desviar, mesmo que tivesse total consciência de que suas bochechas estavam muito coradas. Somente depois de alguns longos segundos, ele desviou as íris dos seus olhos para a lateral do seu pescoço. Antes que você pudesse raciocinar, ele levou os lábios até sua pele exposta. Você só teve tempo de soltar um gemido contido quando sentiu os caninos pontudos dele entrando em contato com seu ombro, enquanto uma mordida não tão gentil era depositada ali.
Com os dentes ainda meio cravados na sua pele, o moreno deu o laço na parte de cima do seu biquíni, fazendo questão de que as mãos dele tocassem completamente a pele das suas costas, lhe causando calafrios.
Ele não falou nada quando soltou o seu ombro e, ao subir o rosto, deixou uma outra mordida, dessa vez leve, no lóbulo da sua orelha. Também não falou nada quando saiu do banheiro, como se nada tivesse acontecido.
Você franziu as sobrancelhas, mas não teve tempo de reclamar, porque, logo quando levantou o olhar e viu seu reflexo no espelho, reparou na marca. Dava claramente para ver que alguém tinha lhe mordido. E não precisava ser um gênio para saber quem tinha sido.
— Puta que pariu — Você sussurrou, antes de pegar a blusa que estava em cima do balcão da pia e vesti-la. Também aproveitou para colocar o short moletom e saiu do banheiro.
Keisuke estava sentado na cama, olhando para canto nenhum em especial, aparentemente perdido nos próprios pensamentos. Você balançou a cabeça e ignorou. Foi até sua mala e pegou uma bolsa de praia tamanho médio, colocando tudo o que precisariam ali dentro: óculos de sol, protetor solar, caixinha de som, toalhas...
— Me desculpa — Você parou de colocar coisas na bolsa quando ouviu o sussurro do moreno, se virando na direção dele.
— O que?
— Eu não queria ter mordido tão forte.
Ah.
— Foi por isso que você saiu do banheiro sem falar nada? — Você perguntou, voltando a colocar o resto das coisas na bolsa.
— Não sei o que deu em mim — Baji suspirou e passou uma das mãos pelos cabelos longos e negros — Você 'tava trocando de roupa de porta aberta, aí eu só enlouqueci.
— Achei que seria tranquilo, já que a gente já se viu sem roupa várias vezes — Você fechou a bola e a colocou de baixo do ombro, finalmente pronta para ir para a praia — E não se preocupa, não 'tá doendo.
— Eu sei que você vai ficar envergonhada se o pessoal ver.
— É só eu ficar de camisa.
Você tinha um sorriso divertido no rosto, enquanto via a expressão séria dele se desmanchar aos poucos. Keisuke pegou suas mãos, entrelaçando os seus dedos nos deles e levando uma delas até a boca dele, onde depositou um beijo demorado. Seus corpos estavam juntos e suas respirações se misturavam. Os olhos felinos dele estavam fixos nos seus, fazendo todos os pelos da sua nuca se arrepiarem.
— Sabe que eu não vou conseguir me controlar por muito mais tempo, né? — Ele disse, em uma mistura de cautela e medo.
— Sabe que eu nunca pedi que você se controlasse, né? — Respondeu, descendo as mãos levemente, apenas para ser espaço para selar os lábios de vocês em um selinho leve, mas demorado. Por mais que quisesse pedir passagem com a língua, sabia que Keisuke estava a um passo de ceder. Não provocaria ele nesse ponto — Precisamos ir — Você disse, quando se separaram — Mas, quando voltarmos...
— Vou te foder até sua alma sair do seu corpo, aí eu fodo ela também — Ele sussurrou, antes de capturar seu lábio inferior entre os dentes, mas, dessa vez sem muita força. A mordida no seu ombro era algo fácil de esconder, mas seria um problema se você chegasse na praia com o lábio inchado.
Você não soube o que responder, e nem precisou. Assim que Baji soltou seu lábio inferior, uma leve risada escapou dos lábios dele e aquele olhar carinhoso voltou a tomar conta dos olhos dele. Ótimo. Ele tinha sido domado de novo.
Continuou sem falar nada quando ele segurou uma de suas mãos e guiou vocês para fora do quarto, já encontrando com Kazutora no andar de baixo da casa.
Por ser uma das últimas do condomínio, a casa de Mikey era uma das mais perto da praia. E justamente por isso vocês não demoraram nem cinco minutos para chegar lá. Já conseguiram ouvir o som da playlist de Mitsuya antes mesmo de passaram dos portões. E, antes mesmo que conseguissem anunciar sua presença, ouviram um grito.
— Amigaa!
Emma estava bêbada. Você gargalhava enquanto sua amiga tentava atravessar a areia fofa e ir até vocês lhe abraçar. Quando você deixou de ser malvada e foi até o encontro dela, a loira envolveu você com os braços finos, lhe apertando mais do que você imaginou que ela teria força para isso.
— Cerveja? — Draken perguntou, chegando perto de vocês duas, enquanto você tentava, ao mesmo tempo retribuir o abraço de Emma, e ao mesmo tempo se virar do aperto dela.
— Eu aceito — Você falou, conseguindo liberar um braço e pegar a garrafa de vidro que o loiro tinha estendido na sua direção. Ele brindou a garrafa dele com a sua e isso seria o máximo de cumprimento que vocês teriam.
Draken era uma ótima pessoa e você gostava muito dele, sempre tendo conversas ótimas com o loiro e raramente ficando desconfortável junto dele. Mas Ken era uma pessoa de poucas palavras e quase nenhum contato. Você mal via ele e Emma fisicamente juntos. Por isso, evitava qualquer situação que fosse deixar ele desconfortável.
— Oi, [Nome] — Já Mikey, gostava muito de um abraço — Colocaram as coisas no quarto de vocês já?
— Colocamos antes de vir pra cá — Respondeu, depois que vocês quebraram o contato — Sua casa é muito linda, falando nisso.
— Obrigado. Espero que você goste de ficar aqui.
Seria impossível não gostar.
Aquela praia era surreal. Não tinham muitas pessoas por perto. A arraia parecia limpa; o mar era muito azul, sem sinal de lixo ou sargaço; as ondas eram fracas, mas longas o suficiente para manter uma prancha em cima por um tempo. O cheiro da maresia já invadia suas narinas quando Kazutora lhe puxou para sentar em uma das cadeiras que o grupo tinha levado consigo.
Nem viu as horas se passando, enquanto bebiam, conversavam e comiam alguns petiscos que eles tinham trazido. Você ouvia mais do que falava e, quando falava, geralmente era em uma conversa paralela com Emma, que tinha parado de beber por ordens de Mikey e já estava ficando sóbria de novo.
Por sorte, ninguém deu a ideia de entrar no mar, assim, você não teria que pensar em alguma desculpa par não tirar a camisa. Ainda ficariam mais alguns dias por lá. Teriam tempo suficiente de mergulhar sempre que quisessem.
As cores do céu começaram a mudar depois de algumas horas de conversa. Você não queria olhar o relógio e ver que já estava na hora de vocês voltarem e tomarem banho para jantar. A vista estava tão linda que você queria poder memorizar aquela junção de cores para sempre. Nenhuma foto no celular chegaria aos pés de o quão bonito aquele cenário era.
Estava tão distraída observando o O pôr do sol que nem reparou que Baji estava com os olhos fixos em você, mas, depois que percebeu a sensação de alguém lhe encarando e encontrou com as íris do moreno, viu que elas não encaravam os seus olhos, mais especificamente, encaravam seu ombro. A mordida de mais cedo ainda latejava um pouco, mas nada que fosse lhe incomodar. Na verdade, era só um lembrete, de que a viagem tinha só começado.
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