𝚜𝚎𝚟𝚎𝚗𝚝𝚎𝚎𝚗
Seus lábios foram atacados, sem nenhum pudor. Nem percebeu quando as mãos de Keisuke foram parar no seu corpo, explorando cada uma de suas curvas, o contato sendo atrapalhado pelas camadas de roupas que você usava. Não fosse por isso. Assim que teve uma oportunidade, Baji separou os seus lábios apenas para arrancar o cropped que você usava por cima de sua cabeça, enfiando a língua na sua boca novamente.
Ele estava sedento. Essa era a versão do moreno que você mais temia, mas também a que mais lhe dava tesão. Sabia que ele pararia se você pedisse, mas o problema era que você não queria parar.
Enterrou as unhas nas costas dele, não se importando com a possibilidade de machucar a pele nua dele, deixando os rastros dos seus arranhões por onde seus dedos passavam.
Você se deixou gemer baixo contra a boca dele quando Keisuke usou uma das mãos para agarrar seu seio esquerdo, pouco depois de sorrateiramente deslizar a mão por de baixo do biquíni. Porra... Você queria gemer mais alto quando os dedos dele começaram a estimular o ponto mais sensível do seu peito, mas se esforçou ao máximo para controlá-los. Baji pareceu perceber, já que grudou suas bocas com mais intensidade ainda, tentando abafar os seus quase gemidos.
Ele chupava sua boca como se fosse a coisa mais gostosa do mundo, ao mesmo tempo em que massageava um de seus seios e puxava, não tão levemente, seu cabelo para trás. Somente quando conseguiu fazer com que você deixasse todo o seu pescoço à mostra, os lábios do moreno largaram a sua boca e foram imediatamente de encontro com sua pele exposta.
Baji não media esforços em chupar e morder a sua pele, sem se importar se deixaria marcas depois. Você levantava desesperadamente o quadril, tentando criar qualquer tipo de contato. Precisava sentir ele. Precisava dele dentro de você. Mas, quando suas intimidades finalmente se encontraram, Keisuke levantou mais ainda o quadril, quebrando o contato. Você já estava prestes a reclamar, quando sentiu uma risada quente no seu pescoço, seguida de um sussurro:
— Calma, gatinha — Era a voz do Baji que você conhecia, mas sabia que aquela versão dele estava querendo sair. Ele provavelmente estava tentando se controlar na sua frente de novo, não querendo lhe mostrar o lado mais sedento dele, com medo de lhe machucar.
Chega de ser tratada como se fosse feita de vidro.
Você enterrou a mão nos fios longos e soltos do cabelo de Keisuke, o puxando para cima e, antes que ele pudesse arregalar os olhos, você tomou os lábios deles junto aos seus. Não esperou ele conceder passagem para enfiar a língua na boca dele, explorando cada um dos cantos. Sua investida pareceu funcionar, já que o moreno desceu a mão que estava no seu seio e usou as duas mãos para segurar a sua cintura com força, juntando os seus corpos ao máximo.
Um gemido contido seu foi abafado pelos lábios de Baji, que juntava cada vez mais suas intimidades. Você usou a oportunidade para roçar o corpo ao dele, sentindo o membro já ereto dele estimulando seu clítoris. Sabia que já estava molhada. Era impossível não ficar. Aquele homem era gostoso demais.
Keisuke se afastou um pouco de você, quebrando o contato de seus lábios e de suas intimidades, mas você não teve tempo de reclamar. Ele deixou uma trilha de chupões pela sua barriga, enquanto ia descendo até encontrar com a barra do seu short. Sem cerimônias, ele tirou a peça de roupa do seu corpo, juntamente com a parte de baixo do seu biquíni.
Você teve que colocar uma das mãos na boca quando sentiu a língua quente do moreno percorrer toda a sua intimidade, agora completamente descoberta.
— Keisuke... — Ouvir você gemendo seu nome assim, só fez com que Baji fosse ainda mais fundo. Agarrou uma das suas coxas e colocou por cima do ombro, lhe deixando ainda mais aberta.
Na nova posição, o moreno começou a te chupar com força, revezando entre estocar e estimular o clítoris. Todas as sensações que ele causava em você, estavam lhe deixando embriagada de tanto prazer. Você deixou a cabeça pender para trás e revirava os olhos, com uma das mãos ainda na boca, impedindo os sons eróticos de saírem de lá.
Em pouco tempo, Baji começou a estocar dois dedos em você, não demorando mais do que minutos para introduzir um terceiro. Cada investida que ele dava, atingia o seu ponto máximo de prazer. Além disso, sua língua estimulava seu clítoris inchado com precisão e rapidez. Por causa disso, não demorou muito para que você atingisse o ápice, gozando com força na boca dele, que sugou todo o seu líquido.
Enquanto tirava os dedos de dentro de você, o moreno lambeu toda a extensão do interior da sua coxa, ao mesmo tempo em que encarava você nos olhos, com um sorriso malicioso no rosto, mostrando os caninos pontudos.
Não sabia dizer em que ponto você parou de sentir vergonha quando ele lhe olhava assim, faminto. Agora, a última coisa em que você pensava era nas suas inseguranças. Estava embriagada demais de prazer para isso. Só pensava em como necessitava dele dentro de você. Por isso, se apressou em puxar Keisuke para cima, puxando os cabelos longos, e juntando seus lábios novamente.
Ainda extremamente necessitado, o moreno levou as mãos até a sua bunda, a qual começou a apertar com força, deixando a marca dos dígitos dele por toda a sua pele sensível. Você sentia sua intimidade sendo estimulada pelo membro dele, completamente ereto, ainda dentro da roupa. Precisava de mais.
Você quebrou o beijo, o afastando e, quase que desesperadamente, começou a abaixar a bermuda que ele usava. Keisuke fez o resto do trabalho, se levantando da cama e tirando toda a roupa que ainda estava no corpo dele. Você não conseguiu não admirar, principalmente quando ele abriu uma das gavetas da cabeceira e tirou de lá uma camisinha, não tendo nenhuma dificuldade em abrir o pacote e colocar o preservativo em toda a extensão do membro dele.
Você se perguntou se estava babando nessa hora.
Sem perder tempo, Baji voltou a se deitar por cima de você, levando uma das mãos até o pênis, o encaixando na sua entrada. Com um movimento brusco, ele entrou completamente em você, de uma só vez. Você teve que morder o lábio inferior com força, até sentir o gosto metálico em sua boca, mesmo assim, soltou um gemido mais alto, enquanto uma única lágrima escorria pelo seu olho esquerdo. O tamanho de Keisuke era absurdo e muito difícil de se acostumar, mesmo que vocês já tivessem transado diversas vezes antes.
Percebendo o seu desconforto, e provavelmente preocupado com isso, o moreno começou a fazer movimentos mais mansos e devagar, dando tempo suficiente para você se acostumar com o tamanho. Suspirando pesado, você foi relaxando aos poucos e, quando parou de sentir dor, começou a rebolar no quadril dele. Percebendo a mudança de ritmo, Baji voltou a fazer movimentos mais bruscos, estocando com força em você.
— Porra... — Keisuke gemeu, em um sussurro no seu ouvido, deixando você ainda mais excitada.
Para abafar os gemidos altos que ameaçavam sair de suas bocas, vocês juntaram seus lábios em um beijo quente e desesperado. Os movimentos sincronizados estavam levando os dois à loucura. Sentir o membro sendo engolido pela sua intimidade quente e apertada era uma sensação que o moreno nunca se cansaria. Com a posição, o corpo rígido dele roçava no seu clítoris extremamente inchado, aumentando drasticamente o prazer. Ambos estavam envolvidos em pleno êxtase, se deliciando com cada sensação provocada pelo ato.
— Keisuke... eu vou...
Você não precisou completar, com um sorriso travesso, mostrando os caninos pontudos, Baji começou a lhe foder, com força e sem piedade. Com o rosto agora enterrado no seu pescoço e mãos segurando a sua bunda, guiando os movimentos do seu quadril, o moreno aumentou drasticamente o ritmo dos movimentos, obrigando você a morder seu lábio inferior novamente, ainda machucado.
Cada investida que ele fazia, atingia o seu ponto máximo de prazer, lhe fazendo tensionar os músculos da sua parede vaginal, aumentando em muitas vezes o contato entre as intimidades. Com isso, Keisuke gemia rouco, um pouco mais alto, mas não o suficiente para que fosse ouvido de fora do quarto, perto do seu ouvido, lhe fazendo delirar.
Em pouco tempo, você atingiu o ápice novamente, tendo seu orgasmo em cima do pau dele, o cobrindo com seu lubrificante natural. Não muito depois, você sentiu as pernas do moreno tensionando, anunciando que ele estava bem próximo de um orgasmo. Você elevou mais o seu quadril, indo de encontro com o dele, aumentando o impacto entre seus corpos, até ter certeza de que ele também tinha gozado.
As respirações ofegantes tomaram conta do quarto, enquanto vocês dois tentavam estabiliza-las. Com cuidado, Keisuke retirou o pênis de dentro de você, deixando que o corpo pesado dele caísse na cama ao seu lado. Você riu alto quando ele soltou um suspiro pesado.
— Acho que a gente precisa de um banho — Ele disse, se virando levemente, apenas para ficar de frente para você.
— Você acha? Porque eu tenho certeza.
Mesmo assim, seu corpo doía. Não teria se levantado naquela hora se não tivessem marcado com o pessoal de comer pizza em menos de meia hora. Baji lhe ajudou a se levantar, depois de ter tirado a camisinha e jogado ela no lixeiro do banheiro. Mais devagar do que vocês gostariam, tomaram um banho quente, principalmente porque a noite na praia estava ficando fria.
Trocaram carícias sem malícia. A versão sedenta do moreno estava controlada por enquanto. Você teria ficado triste se já não estivesse destruída. Sua intimidade implorava por uma pausa e seu lábio ainda tinha ficado cortado. Você só não sabia o que fazer com as marcas de chupões que ele deixou pela sua barriga e pescoço. Acabou passando um corretivo por cima delas enquanto se arrumava para descer. Não escondiam 100%, mas era o que conseguiria fazer por hoje.
— Eu não vou pedir desculpas por isso — A voz de Keisuke fez você desviar a atenção do seu pescoço e olhar na direção dele, através do espelho que estava na sua frente. O moreno lhe abraçou por trás, depositando um beijo, dessa vez manso, no topo da sua cabeça — Porque eu não me arrependo de absolutamente nenhuma dessas marcas.
Você riu, mesmo que suas bochechas tenham ficado levemente coradas. Ainda queriam ficar de bobeira por mais um tempo, mas já tinha passado da hora de descerem, então somente pegaram seus celulares e saíram do quarto.
— Eu 'tô falando que ele não ganhou mais vezes de mim no FIFA — A voz de Mikey preencheu a sala, assim que vocês chegaram ela — Olha ele aí — O loiro falou, ao ver que vocês estavam se sentando em um dos sofás, junto com os outros — Fala aí pra eles quem ganhou mais vezes.
— Eu, claro.
Todos riram, inclusive depois que Mikey soltou um "vai tomar no cu". Você sabia que todos tinham reparado nas marcas no seu pescoço, não completamente escondidas pela maquiagem, mas agradeceu a todos os deuses por ninguém ter falado nada.
Enquanto ouvia os meninos conversarem, você e Emma comiam pizza e, de vez em quando, faziam algum comentário sobre as disputas idiotas deles de quem ganhou mais vezes em duzentos jogos diferentes. Você gostava de estar no meio daquele grupinho e estava satisfeita de não ter que contribuir para a conversa, até que eles lhe introduziram nela.
— Como é que vocês se conheceram mesmo? — Foi Draken quem perguntou, olhando para você e para o moreno ao seu lado.
Você esperou que Keisuke respondesse, mas ele apenas ficou com um sorriso bobo no rosto, lhe encarando. Sabia que ele queria que você respondesse para interagir mais com os amigos dele. Também sabia que isso era bom para você mesma, já que interações sociais nunca foram muito o seu forte.
— Ele vivia indo no petshop que eu trabalho — Respondeu, tentando não parecer nervosa em ter a atenção de todos voltada para você — Quando eu sai pela primeira vez com vocês, foi quando eu descobri que ele era amigo de Kazu.
— E foi quando eu descobri que ela era aquela amiga de infância que ele vivia falando.
— Pois é — Mitsuya disse, olhando fixamente para você — Kazutora sempre falava de você, mas ninguém nunca tinha te visto antes.
— Eu não sou a maior fã de festas — Explicou, depois de deixar o seu prato, agora vazio, em cima do centro na sua frente — E Kisaki também não gostava quando eu saía. Além disso, eu sou bem tímida também, aí nunca tinha me sentido confortável em sair de casa.
— Caralho, as vezes eu esqueço que você namorava com Kisaki — O comentário de Mikey deixou todos tensos por um momento, mas você começou a rir, então eles lhe acompanharam.
— Eu também queria esquecer.
— Mas como é que alguém como você acabou namorando com alguém como ele? — Você demorou um pouco para responder a pergunta de Mitsuya, mas era porque estava pensando em uma resposta verdadeira — Só precisa responder se quiser, é claro.
— Não tem problema — Você se apressou em falar, abanando as mãos em um sinal negativo — Eu não sei bem como aconteceu, na verdade. Eu passava muito tempo sozinha e aí conheci ele. No início, eu não sabia que ele era tão pau no cu assim. E demorou um tempo pra eu terminar mesmo depois de ter descoberto isso.
— Pelo menos acabou — Kazutora disse, com aquele sorriso orgulhoso que sempre esboçava quando se lembrava que você não era mais namorada daquele loiro — E é isso que importa.
Você sorriu. Nem se lembrava se algum dia tinha conseguido falar sobre seu namoro com Kisaki sem se sentir desconfortável. Aquelas pessoas faziam com que você se sentisse bem. Era ótimo poder falar sem se preocupar em não ser agradável ou ficar se questionando o tempo todo sobre o que as pessoas iriam pensar de você.
E foi com esse pensamento em mente que você finalmente entrou na conversa e, quando percebeu, não precisava de álcool nem de nenhum "empurrãozinho" para conseguir socializar com aquele grupo. Emma também era de grande suporte. Ela estava agora sentada ao seu lado, sempre interagindo junto de você e lhe dando forças quando você precisava.
Percebeu que os meninos queriam lhe conhecer melhor. Já fazia um tempo desde que você e Baji estavam namorando, sem falar que você era a melhor amiga de Kazutora desde sempre. Mesmo assim, eles ainda não sabiam muito sobre você.
Resolveu que responderia todas as perguntas da forma mais sincera possível e não se sentiu desconfortável com nenhuma delas. Também percebeu que, uma vez que você já estava respondendo tudo numa boa, eles faziam cada vez mais perguntas. Era de se esperar. Você era a "nova integrante" do grupo.
— Então você tinha medo de falar com as pessoas e elas não gostarem de você? — Mitsuya perguntou, com as sobrancelhas meio arqueadas.
Nessa altura da noite, só você, o platinado e Emma tinham sobrado no sofá. Draken e Kazutora estavam entretidos em uma partida de Battlefront, enquanto Mikey e Baji jogavam sinuca do lado de fora da casa.
— Eu ainda tenho um pouco disso, na verdade — Admitiu, no meio de um suspiro sincero — Mas eu tenho me policiado bastante sobre isso. Vocês também tornam minha tarefa bem mais fácil.
— Em que sentido?
— Eu já fiquei desconfortável perto de muitas pessoas. Mas, desde que eu conheci vocês, sempre fiquei bem a vontade. Não sei se vocês fizeram de propósito ou se é o jeito de vocês, mas obrigada mesmo assim.
— Não precisa agradecer — O platinado tinha um sorriso carismático no rosto. Era verdadeiramente muito agradável conversar com ele. Parecia que Mitsuya era o mais inteligente do grupo e interagir com ele era exatamente fácil — A gente já queria te conhecer faz muito tempo. Kazutora nunca disse abertamente o motivo de você nunca querer sair com a gente, mas ele já tinha dito que você era meio tímida e o fato de que você namorava com Kisaki não ajudava muito.
— Aquele cara nunca gostou de vocês mesmo — Emma completou, fazendo uma careta ao se lembrar do loiro.
— Vocês já se conheciam? — Você perguntou ao platinado, que deu de ombros antes de responder.
— Não temos muitos amigos em comum, mas a gente já se encontrou em uma festa ou outra. Ele tinha uma briga com Mikey algum tempo atrás por causa de uma garota aleatória. Depois disso, ele sempre deixou claro que não gostava da gente — Ele fez uma pausa, arregalando os olhos logo em seguida — Mas, claro, isso deve ter sido antes de vocês começarem a namorar.
— Sinceramente, eu não duvido nada que ele já tivesse namorando comigo na época — Você riu alto, o que fez o clima ficar menos tenso instantaneamente — Quando a gente terminou, ele deixou claro que tinha me traído várias vezes.
— Que filho da puta! — Emma gritou. Por sorte, os meninos estavam muito entretidos no jogo para notar.
— E você não fez nada sobre isso? — O platinado estava claramente irritado, mas isso só arrancou um sorriso involuntário seu. Era bom saber que ele se importava.
— Pra ser justa, quando eu fiquei com Baji pela primeira vez eu ainda 'tava namorando com Kisaki.
— Caralho — Dessa vez, foi Mitsuya quem gritou — Eu sabia que vocês tinham ficado antes de você ir embora naquele dia. Posso falar pro Draken? Eu tinha apostado vinte pratas com ele.
Você e Emma riram alto. No início, teve vergonha de admitir o que aconteceu naquela noite em voz alta. Se fosse qualquer outra pessoa, você teria ficado arrasada de ter cometido traição. Mas, pensando agora em tudo o que aconteceu, Kisaki merecia muito mais do que uma simples gaia.
A conversa de vocês três ainda durou mais uma hora. O platinado parecia realmente interessado em te conhecer mais. Além disso, você também descobriu algumas coisas sobre ele. Mitsuya estava cursando o último período de moda. Ele tinha começado direito por causa dos pais, mas largou logo no início porque não suportava o curso. Depois disso, ele realmente se encontrou na faculdade de moda e já tinha um emprego garantido na empresa em que estava estagiando.
Ele também contou sobre como conheceu os meninos, desde que eram crianças. Eles tinham se separado no ensino médio quando foram para colégios diferentes, mas ele sempre teve contato com Baji, que foi para o mesmo colégio que ele. Alguns anos depois, já na faculdade, eles se encontraram de novo e nunca mais deixaram de se ver. A amizades deles era algo muito lindo e você sabia bem disso. Kazutora sempre fez questão de lhe contar sobre o grupinho dele, nunca omitindo detalhes sobre as inúmeras encrencas em que eles se metiam.
Somente quando Draken chamou Mitsuya para arrumarem a cozinha, não deixando que você e Emma ajudassem, ele saiu e deixou vocês duas sozinhas. Você e a loira ainda riram muito em ver os homens tentando organizar alguma coisa. Se não fosse vocês lá, provavelmente a casa já estaria de cabeça para baixo a essa altura.
Você encarava os cinco fazendo (tentando) a limpeza na cozinha, um pouco longe dali, mas seus olhos se voltaram para Emma quando percebeu que ela encarava Draken, com um sorriso triste no rosto.
— Quer conversar sobre isso? — Sua pergunta pareceu tirar ela dos pensamentos, porque a loira piscou repetidas vezes antes de virar para você de novo.
— Não tem muito o que falar — Ela admitiu, com um suspiro longo — Ele ainda não fala nada sobre namoro ou oficializar seja lá o que nós temos.
— Já conversou com ele sobre isso?
— Algumas vezes — Ela deu de ombros, desviando o olhar de você e voltando a encarar o loiro alto — No início eu achava que ele não queria nada porque eu sou irmã do melhor amigo dele, mas Mikey já deixou claro que não se importava.
— Ele realmente não parece fazer o tipo de pessoa que se importaria.
— Meu irmão nunca ligou pra isso. Quando a gente era pequeno, Mikey dizia que queria que Draken namorasse comigo porque ele era o único homem bom o bastante pra mim — Aquele sorriso triste voltou ao rosto dela de novo — Mas hoje em dia eu não sei porque ele continua não querendo nada sério comigo. Quer dizer, a gente age como namorados. Fazemos programa de namorados, a família dele me conhece como "namorada do Ken", todos os amigos dele sabem que estamos juntos, mas, mesmo assim, ele nunca quis colocar realmente um título de "namorada" em mim.
— Hoje em dia ele fala o que sobre isso? — Seu coração doía ao ver Emma assim. Você sabia os sentimentos que ela tinha por Draken e não conseguia compreender porque ele era tão relutante em pedir ela em namoro.
— Eu não sei — Mais uma vez, ela deu de ombros — Faz um tempo que eu desisti de tentar entender.
— Se isso é uma coisa que te deixa tão mal, não acho que você devia simplesmente desistir de entender — Devagar, você pegou a mão dela, que ainda não olhava na sua direção e claramente estava se esforçando para não chorar — Talvez ajude tentar entender os motivos dele.
Ela assentiu, finalmente olhando para você e gesticulando um "obrigada" com a boca. Não deu tempo de vocês continuarem a conversa. O som alto dos meninos conversando começou a vir na direção de vocês.
— Acho que a gente devia encerrar a noite por hoje — Draken disse, estendendo a mão para Emma, que aceitou e se levantou — Amanhã vai ser um longo dia.
— Resumindo: churrasco, piscina e muito álcool — A fala de Kazutora arrancou risadas e gritos animados.
Hoje realmente tinha sido cansativo. Vocês acabaram de chegar e já era bem tarde. Amanhã, com certeza, aproveitariam mais a noite. Foi com esse pensamento em mente que vocês se despediram e cada um foi para os seus respectivos quartos.
Assim que entraram no cômodo, você começou a se perguntar se Keisuke iria querer repetir o que fizeram mais cedo. Sinceramente, estava muito exausta e provavelmente não conseguiria repetir aquele round. Nem sabia como falar isso para o moreno, mas, para sua sorte, Baji foi o primeiro a deitar preguiçosamente na cama, obviamente bem cansado.
— Ainda temos que escovar os dentes — Você disse, indo ao banheiro e pegando sua escova.
— Porra... — Ele suspirou, mas deu um pulo da cama e lhe seguiu.
Você tentava escovar os dentes, enquanto o moreno ficava fazendo graça, na tentativa de lhe fazer rir. Acabou dando um tapinha no braço dele e, só depois que vocês dois acabaram todas as higienes noturnas, foram para a cama. Nenhum dos dois tinha pique para transar de novo hoje. Você mesmo só queria ficar deitada com ele.
Por sorte, assim que apagaram as luzes, sentiu seu corpo ser rodeado pelos braços longos e fortes dele. Se sentia segura assim, como na primeira vez em que vocês dormiram juntos, na noite em que você terminou com Kisaki.
— Obrigado por ter vindo, gatinha — Ele falou, baixinho, quando você pensava que ele já tinha dormido — Não teria sido a mesma coisa sem você aqui.
— Eu que agradeço por terem me chamado — Você depositou um beijo demorado na bochecha dele, só tendo dificuldade em localizar ela pela falta de luz — Seus amigos são incríveis.
— Eles gostam de você também — Baji lhe agarrou por trás com mais força, mas sem segundas intenções — Também, não tem como não gostar. Minha gatinha é sensacional.
Você não respondeu, mas tinha um sorriso enorme nos seus lábios quando você adormeceu, mais uma vez, nos braços de Keisuke Baji.
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