06. You get me
O som das paredes de metal do barracão reverberava com o som de gritos e golpes secos contra os sacos de pancada. Era uma cacofonia que, para qualquer um de fora, talvez soasse como caos, mas para nós era música. Cada golpe, cada chute, cada comando, tudo fazia parte do ritmo que Jhonny Lawrence nos forçava a acompanhar.
Ele estava em pé na frente do grupo, as mãos na cintura, o olhar intenso, como se quisesse perfurar cada um de nós com aquela determinação quase sufocante. O ar estava pesado, uma mistura de suor, poeira e tensão que parecia nos envolver completamente.
— Quietos! — A voz dele ecoou pelo barracão, e imediatamente todos pararam.
A sala ficou em um silêncio que parecia mais ameaçador do que o barulho dos treinos. Jhonny nos encarava, os olhos saltando de rosto em rosto, como se quisesse que suas palavras atingissem cada um de nós de maneira pessoal.
— O campeonato está chegando. E se vocês acham que têm tempo pra brincadeiras ou moleza, estão muito enganados. — Ele deu alguns passos à frente, a mão apontando para nós como se estivesse nos acusando de algo. — Com esse novo dojô, esses tais Fierce Dragons, na jogada, precisamos estar prontos. Eles querem destruir a gente. Não só vencer, destruir. E eu não aceito nada menos que a vitória.
Meu coração acelerou. A lembrança da última briga no shopping ainda estava fresca na minha mente. A garota, Lauren, com aquele olhar cínico, debochado... E depois o chute que me tirou o ar e quase minha dignidade. Não havia como negar que ela era boa. E isso só fazia a raiva crescer dentro de mim.
— Todos em posição! — Jhonny gritou, cortando meus pensamentos.
Nos alinhamos rapidamente. Ele começou a caminhada lenta entre as fileiras, como um general avaliando suas tropas antes de uma batalha.
— Se querem vencer, se querem ter alguma chance, precisam treinar como se suas vidas dependessem disso. Porque, na verdade, dependem. Agora, vamos ao trabalho.
E assim começou o inferno.
Primeira rodada, aquecimento. Mas, com Jhonny, "aquecimento" era outra palavra para tortura. Correr ao redor do barracão, burpees intermináveis, flexões até os braços parecerem queimar. O suor já escorria pela minha testa antes mesmo de chegarmos à parte "real" do treino.
Segunda rodada, técnicas básicas. Parece até algo simples, mas não com Jhonny. Ele nos fazia repetir os mesmos movimentos dezenas, talvez centenas de vezes, corrigindo cada mínimo erro com palavras duras ou, às vezes, um tapa leve na cabeça.
— Falcão! — Ele gritou quando viu que meu chute não tinha a altura que ele queria. — Isso é um chute ou uma piada? Se for uma piada, não tem graça nenhuma.
Cerrei os dentes, ajustei minha postura e dei o chute novamente, dessa vez com mais força.
— Melhor. Agora continua!
Terceira rodada, combate. Minha parte favorita. Era aqui que eu podia realmente liberar tudo o que estava dentro de mim. Fui colocado contra Miguel, o que era perfeito. Ele estava tão motivado quanto eu, e o duelo foi intenso. Trocamos golpes rápidos, movimentos precisos, cada um tentando superar o outro.
Consegui acertar um chute giratório no ombro dele, mas ele respondeu com um soco direto que quase me desequilibrou.
— Boa! É disso que eu tô falando! — Jhonny gritou ao fundo, enquanto continuávamos.
Depois de quase cinco minutos de combate, estávamos ofegantes, mas ainda em pé. Era disso que ele gostava de ver, resistência.
Quarta rodada, estratégia de grupo. Aqui, Jhonny começou a falar sobre como enfrentaríamos o Fierce Dragons no campeonato.
— Eles são bons, não há como negar. Mas sabem qual é a fraqueza deles? — Ele perguntou, olhando para nós. — Eles são arrogantes. Confiam demais em si mesmos. E é isso que vamos usar contra eles. Quando eles menos esperarem, vocês vão atacar. Rápido, sem hesitação. Entendido?
Um coro de "Sim, sensei!" ecoou pelo barracão.
Quando o treino finalmente acabou, meus músculos estavam gritando de dor, minhas mãos tremiam de exaustão, e minha cabeça latejava. Mas a sensação de estar me aproximando de algo maior, algo que poderia apagar a humilhação que senti na pista de patinação e no shopping, era suficiente para me manter em pé.
Enquanto Jhonny dava as palavras finais, minha mente voltou para Lauren. Eu precisava estar pronto. Não apenas para enfrentá-la no campeonato, mas para provar, para mim mesmo, que eu podia vencê-la e não que ela era um ponto fraco.
Dessa vez, eu vou ganhar.
⋆౨ৎ˚ ⟡˖ ࣪
O som familiar da campainha da porta ecoou quando empurrei a entrada do pequeno estúdio de tatuagem. A atmosfera era abafada, com um leve cheiro de tinta misturado a desinfetante, exatamente como eu lembrava. Eu estava pronto para marcar minha pele com algo que representasse tudo pelo que eu estava lutando. Mas, assim que entrei, meu corpo congelou.
Do outro lado da sala, os olhos de Robby Keene foram os primeiros a encontrar os meus. Ele estava encostado na parede, os braços cruzados, com aquela expressão neutra que ele sempre carregava. Mas foi o som de uma risada irritante que realmente fez meu sangue gelar. Kyler. Ele estava sentado em uma cadeira, a máquina de tatuagem em suas mãos, como se fosse um brinquedo, enquanto Tory e Kenny estavam ao lado dele, conversando entre si.
Eu pensei seriamente em sair dali naquele momento. Virar as costas, fingir que não vi nada. Mas antes que eu pudesse me mover, a voz de Kyler cortou o ar.
— Ei, onde é que você pensa que vai, moicano? — Ele gritou, se levantando de forma exagerada, como se fosse o dono do lugar.
Minha mandíbula se apertou automaticamente. Por que ele tinha que estar aqui? Como alguém tão idiota e covarde conseguia sequer respirar o mesmo ar que lutadores de verdade?
— Só vim marcar horário — Menti, tentando manter a compostura.
Mas Kyler riu alto, o som ressoando pelo estúdio e causando arrepios de irritação.
— Ah, qual é! Não vai ficar pra gente se divertir pouco?
Antes que eu pudesse responder, ele já estava vindo na minha direção, acompanhado por Kenny e mais dois garotos que eu não conhecia direito. Eu não era burro. Sabia que não dava para enfrentar todo mundo ao mesmo tempo. Mas também não ia sair sem lutar.
Com um movimento rápido, empurrei a mesa de metal que estava ao lado, jogando dois deles no chão. O som dos objetos caindo e o grito de surpresa de um deles me deram um momento de vantagem. Acertei um chute giratório no peito de Kenny, o empurrando para trás, e joguei um soco certeiro no nariz de um dos garotos desconhecidos.
Mas eles eram muitos. Alguém segurou meu braço por trás, e antes que eu pudesse me soltar, fui empurrado com força na cadeira de tatuagem. A pressão dos braços deles segurando os meus me deixou imóvel, e logo senti mais mãos me prendendo pelos ombros.
Kyler estava em pé à minha frente agora, o rosto estampado com aquele sorriso debochado que eu odiava mais do que qualquer coisa.
— Não foi difícil achar você, otário — Ele disse, a voz carregada de satisfação.
Eu tentei me soltar, mas eles me seguravam firme. Meus olhos procuraram qualquer saída, qualquer coisa que eu pudesse usar para me livrar, mas o peso deles me mantinha preso.
— Vocês vão mesmo ignorar a regra de não lutar fora do tatame? — Gritei, tentando apelar para o mínimo de bom senso.
Robby se aproximou nesse momento, o rosto sério, como se estivesse acima daquilo tudo. Ele olhou para mim com algo que parecia até compaixão.
— A gente não veio aqui pra lutar.
E foi aí que eu vi. Ele segurava uma máquina de raspar o cabelo em mãos. Meu coração disparou, e eu senti o sangue gelar.
— Ei, ei, espera aí! — Falei, tentando parecer mais calmo do que estava. — Isso não é engraçado.
Robby ignorou. Ele apenas ligou a máquina, o som agudo das pequenas serras preenchendo o ar. Meu corpo se debateu automaticamente, tentando me livrar, mas era inútil.
— Relaxa, Falcão... — Disse Kyler, dando tapinhas no meu ombro como se fôssemos amigos. — Vamos te dar um corte de cabelo de verdade. Algo que combine mais com... O lixo que você é.
Eu sentia o pânico crescer no meu peito.
— Vocês vão se arrepender disso — Vociferei, tentando esconder o medo na minha voz.
Tory se inclinou, o olhar dela frio e ameaçador.
— Vai, Robby. Mostra pra ele como o Cobra Kai faz as coisas.
Eu só conseguia pensar em como ia sair daquela situação. A máquina estava cada vez mais perto, e minha mente trabalhava a mil tentando encontrar uma saída. Isso não pode estar acontecendo.
O barulho estridente da máquina de raspar cabelo preencheu meus ouvidos, cada segundo fazendo meu coração bater mais forte. Eu me debatia com todas as forças, mas os braços dos idiotas do Cobra Kai me seguravam firmemente na cadeira.
— Fica parado! — Robby ordenou, segurando minha cabeça enquanto Kyler ria feito um maníaco.
— Isso vai ficar ótimo! — Kyler provocou, inclinando a máquina mais perto da minha cabeça.
Eu gritava, tentando me livrar, mas eles eram muitos. O som da máquina ficou mais alto, e então senti o toque frio dela raspando a lateral do meu cabelo.
Meu sangue fervia de ódio e humilhação. Não acredito que vou deixar isso acontecer. Não posso simplesmente ser derrotado assim, mas que droga!
Foi então que a porta do estúdio foi escancarada com força, batendo contra a parede com um estrondo. Todos pararam e olharam na direção do som.
Ali, parada na entrada, estava Yelena, uma das capitãs do Fierce Dragons. O contraste entre seu porte esguio e o olhar predatório fez com que todos congelassem por um momento. Ela analisou rapidamente a cena, os olhos afiados como lâminas passando por cada pessoa ali.
— Mas que merda tá acontecendo aqui? — A voz dela era fria, mas carregada de ameaça.
Antes que alguém pudesse responder, Tory avançou.
— Você não tem nada a ver com isso, russa. Cai fora!
— Ou a bonequinha russa também quer se juntar ao idiota aqui? — Robby provocou.
Mas Yelena não era do tipo que esperava permissão. Em um movimento fluido, ela desviou de um soco de Tory, girando o corpo e acertando um chute giratório no rosto dela. Tory tropeçou para trás com um grito de raiva, segurando o queixo.
— É melhor vocês repensarem suas vidas antes de mexerem com alguém da minha lista. — Yelena disse, com um leve sorriso cínico nos lábios.
Ela me olhou rapidamente, como se quisesse confirmar que eu ainda estava consciente, antes de se concentrar novamente nos oponentes. Eu vi o pedido de ajuda em seus olhos.
Respirei fundo. Meu corpo ainda estava tremendo de raiva e humilhação, mas aquela era minha chance. Com toda a força que consegui reunir, levantei da cadeira com um impulso, acertando Kenny com um soco direto no queixo. Ele caiu com um gemido, me dando um pouco de espaço.
Robby tentou me segurar, mas eu já estava em movimento. A raiva dentro de mim era como um combustível, e eu a canalizei em cada golpe que dei. Um chute lateral acertou Kyler no estômago, o suficiente para fazê-lo se dobrar de dor.
Yelena estava lutando com Tory e outro garoto do Cobra Kai ao mesmo tempo, os movimentos dela eram precisos, quase coreografados. Ela desviava dos golpes como se estivesse dançando, acertando chutes rápidos nas costelas e socos certeiros nos rostos.
— Um pouco mais de eficiência, Eli! — a gritou, desviando de um golpe de Tory e chutando a garota com força no joelho.
Eu não precisava de mais incentivo. Me virei para Robby, que estava vindo na minha direção. Ele tentou um golpe alto, mas eu me abaixei e girei, acertando um chute em sua perna, o desequilibrando.
— Isso é tudo que você tem, Keene? — Gritei, a adrenalina tomando conta de mim. — Nem parece o mesmo imbecil machão de alguns segundos atrás.
A luta foi ficando cada vez mais caótica. Os gritos e sons de golpes preenchiam o estúdio, e tudo que eu conseguia pensar era em como eu queria acabar com aquilo.
Yelena se livrou do último oponente com um golpe rápido e me puxou pelo braço.
— Chega! Precisamos sair daqui agora.
Sem pensar duas vezes, segui ela para fora do estúdio. Ainda estava ofegante, mas minha mente começava a clarear enquanto corríamos pelas ruas. Ela liderava o caminho com passos rápidos, me puxando em direção a um prédio próximo.
— Pra onde estamos indo? — Perguntei, minha voz ainda rouca.
— Só me segue, idiota — Ela respondeu, sem olhar para trás.
Entramos em um prédio abandonado. O som de nossos passos ecoava pelas paredes. Yelena finalmente parou, soltando meu braço e se apoiando em uma parede para recuperar o fôlego.
— Eles não vão nos achar aqui — Disse ela, finalmente olhando para mim.
Eu estava encostado em outra parede, tentando processar tudo. O que diabos tinha acabado de acontecer? E por que, de todas as pessoas, Yelena apareceu para me ajudar?
— Você tá bem? — Ela perguntou, o tom mais sério agora.
Assenti, ainda tentando controlar minha respiração.
— Não que eu esteja reclamando, mas... Por que você fez isso?
Ela deu de ombros, o olhar distante.
— Porque ninguém merece ser humilhado desse jeito. Nem mesmo você.
Fiquei em silêncio. Pela primeira vez, não sabia o que responder.
O silêncio no prédio abandonado era quase ensurdecedor depois de toda a confusão. Eu me recostei contra a parede, tentando regular minha respiração, ainda sentindo o peso dos últimos minutos. A adrenalina começava a se dissipar, e com ela vinha uma exaustão esmagadora. Meu couro cabeludo ainda ardia de onde rasparam parte do cabelo, e o pensamento de como eu estava parecia insuportável.
Yelena, por outro lado, parecia perfeitamente tranquila. Ela limpou as mãos na calça e me lançou um olhar avaliador, como se estivesse decidindo se eu valia a pena dizer mais alguma coisa.
— Relaxa — Ela finalmente disse, a voz fria e prática. —, se fizer um buzzcut, ainda vai ficar gato.
Aquilo me pegou completamente desprevenido. Meu coração deu um salto estranho, e senti um calor subir pelo rosto.
— O quê? — Murmurei, minha voz um pouco mais aguda do que eu gostaria.
Ela deu um meio sorriso, quase imperceptível.
— Só estou dizendo que não é o fim do mundo. Um corte de cabelo não define quem você é.
— Ah... é. Valeu — Respondi, coçando a nuca enquanto desviava o olhar.
Eu sabia que ela estava tentando ser amigável, ou pelo menos diplomática, mas o comentário me constrangeu mais do que deveria. A ideia de Yelena, com toda sua postura firme e fria, me elogiando... Era estranha, quase impossível de acreditar.
Ela percebeu meu desconforto e rapidamente fechou a expressão novamente, como se o momento tivesse sido um deslize.
— Não se ache, tá? — Disse, voltando ao tom usual. — Só estou sendo honesta.
Assenti, ainda sem saber exatamente o que responder.
Yelena olhou para o lado, parecendo lembrar de algo, e depois apontou para a saída do prédio.
— Bem, acho que já estou atrasada pro jantar, Lauren e Mikan vão acabar me destroçando se eu demorar mais. — O nome de Lauren me fez ter um revirar de estômago estranho. Elas moram juntas? — Melhor você ir também.
Eu apenas assenti, em silêncio, e ela começou a caminhar na direção oposta, o som dos passos ecoando suavemente no corredor. Por um momento, pensei em chamá-la, talvez agradecer de novo, mas a verdade é que eu não sabia como lidar com o que acabara de acontecer.
Eu puxei o capuz do moletom sobre a cabeça e comecei a caminhar de volta para casa, tentando ignorar a sensação esmagadora de humilhação. Cada passo parecia mais pesado que o anterior. O ar frio da noite cortava meu rosto, mas não era nada comparado ao calor do constrangimento que queimava dentro de mim.
A realidade da situação era impossível de ignorar, eu tinha sido derrotado. Não no tatame, mas fora dele, de um jeito que feria muito mais o orgulho. Parte de mim queria gritar, socar algo até minhas mãos ficarem dormentes, mas tudo o que consegui fazer foi apertar os punhos e seguir em frente.
Por um momento, minha mente voltou para Yelena. O jeito que ela apareceu, lutou e me tirou daquela situação... Não parecia algo que alguém do Fierce Dragons faria. Eles eram conhecidos por serem implacáveis, cruéis, quase predadores. Mas ela tinha me ajudado. E não só isso, tinha tentado me consolar, mesmo que de um jeito seco e direto.
Talvez eles não fossem tão ruins assim.
Mas antes que eu pudesse me aprofundar nesse pensamento, um peso diferente começou a me pressionar. O karatê. Toda essa situação girava em torno disso, e naquele momento, parecia a última coisa que eu queria na minha vida.
Cheguei em casa e entrei sem dizer nada. Minha mãe estava dormindo, e o silêncio da casa só aumentava o peso que eu sentia. Fui direto para o banheiro, encarei meu reflexo no espelho e puxei o capuz.
O corte no meu cabelo era irregular, uma lembrança clara do que tinha acontecido, eu teria que raspar o que restara do moicano. Meu reflexo parecia tão frágil, tão humilhado, que precisei olhar para baixo.
– Eu não quero mais isso – Murmurei, as palavras saindo antes que eu pudesse impedi-las.
O karatê tinha consumido minha vida. Eu vivia em função de lutas, rivalidades e humilhações. Talvez fosse hora de reconsiderar tudo isso. Mas mesmo enquanto pensava nisso, a imagem de Robby, Kyler e os outros do Cobra Kai voltava à minha mente, me enchendo de raiva.
E então, quase como um reflexo, a memória de Yelena entrou. O olhar dela, o tom firme, as palavras diretas... Aquilo era estranho. Confuso.
Suspirei profundamente, passei a mão pelo cabelo, ou o que restava dele, e saí do banheiro, jogando-me na cama. Meus pensamentos estavam uma bagunça completa. E pela primeira vez em muito tempo, não fazia ideia de qual seria meu próximo passo.
Levei minha mão até o celular na mesa de cabeceira, começando a rolar a tela distraidamente, como se aquilo pudesse apagar o sentimento doloroso que assolava meu peito, no entanto, senti meu coração congelar por um momento, uma mensagem brilhou na tela, certamente vinda de alguém que eu não podia esperar.
Lauren.
O contato estava salvo como "princesinha de Okinawa", o que de longe lhe deveria ser um elogio, mas que encará-lo agora só o tornava mais confuso. Eu hesitei em abrir a mensagem, uma onda de confusão e medo me irrompendo por dentro. O que ela poderia querer? Uma ameaça, talvez? Uma vitória? Dado ao fato de que provavelmente Yelena tinha lhe dito tudo... Eu só não sabia o que esperar, mas tomei coragem para abrir a mensagem, meus olhos passando rapidamente por suas palavras e à medida que eu lia, sentia minha respiração diminuir aos poucos.
Princesinha de Okinawa: "Eu sei o que aconteceu com o Cobra Kai. Isso me irrita, era eu quem deveria ter arrancado esse moicano quando te destruísse no tatame. Não gosto disso. Me encontre nesse endereço se não quiser que as coisas piorem, amanhã, depois do treino, 20h30."
— Mas que po...
Obra autoral ©
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top