quinze ➤ descobriment
☆彡彡 νσтєм є ¢σмєηтємミミ☆
O dia amanheceu como qualquer outro em Berlim: céu cinzento, um frio cortante e a promessa de chuva no ar. Mas, para mim, nada estava igual. Eu tinha acabado de ler as notícias mais emocionantes da minha vida: Hansi Flick, novo técnico do Barcelona. Meu pai estava indo para o clube dos meus sonhos, o clube de Hector Fort.
Meu coração batia acelerado enquanto descia as escadas. Mia estava sentada no sofá da sala com uma caneca de café quente em mãos. Ela me lançou um olhar suspeito assim que entrei.
- Você leu as notícias? - perguntei, sem conseguir conter a excitação.
- Sobre seu pai indo para o Barça? É claro que li. Todo mundo leu. Está em todos os sites de esportes. - Mia revirou os olhos, mas não conseguiu esconder um sorriso. - Você deve estar no céu agora, né?
- Nem consigo acreditar! - sentei ao lado dela, agarrando minha própria xícara de café. - Isso significa que vou poder ir a todos os jogos. Ver Hector de perto... Não é incrível?
Mia arqueou uma sobrancelha.
- Incrível para você. Para ele? Talvez nem tanto.
Ignorei a provocação. Mia sempre tinha algo a dizer sobre a minha "pequena obsessão" por Hector, mas ela não entendia. Ninguém entendia. Hector não era só mais um jogador para mim. Ele era... especial. Um dia, ele também perceberia isso.
- E como estão as malas? Já sabe o que vai levar para Barcelona? - Mia perguntou, mudando de assunto.
- Ainda nem comecei a arrumar. Acho que vou precisar de espaço extra só para os meus cachecóis e bandeiras do Barça. - Ri, mas minha mente já estava imaginando como seria viver em Barcelona.
A ideia de deixar Berlim era ao mesmo tempo assustadora e empolgante. Eu cresci aqui, entre os parques arborizados e as ruas cheias de história. Mas Berlim nunca teve Hector. Barcelona, por outro lado, seria um novo começo, uma chance de estar mais perto dele.
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O dia passou em uma névoa de preparativos e despedidas. Meu pai estava ocupado em reuniões e ligações, mas, à noite, finalmente nos sentamos juntos para jantar. Era raro tê-lo por perto, especialmente nos últimos anos, quando seu trabalho como técnico o mantinha viajando o tempo todo.
- Então, como está se sentindo com a mudança? - perguntei, cortando um pedaço do meu schnitzel.
- Animado, mas também ciente do desafio. O Barcelona não está em sua melhor fase. Vai ser um trabalho duro. - Ele tomou um gole de vinho e me olhou com seriedade. - E você? Está pronta para essa mudança? Sei que deixar seus amigos aqui não será fácil.
Assenti, tentando parecer madura.
- Estou pronta. Barcelona é... um sonho.
Ele sorriu, mas havia algo nos olhos dele que me dizia que estava preocupado. Talvez ele achasse que eu estava idealizando demais essa nova vida. E, talvez, ele estivesse certo. Mas, nesse momento, tudo o que importava era a possibilidade de estar mais perto de Hector.
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A viagem para Barcelona foi longa, mas assim que pousamos, o ar quente e o céu ensolarado me deram as boas-vindas. Era um contraste total com o frio de Berlim. Nosso novo apartamento ficava em uma área tranquila, mas perto do Camp Nou. Assim que terminei de desfazer minhas malas, corri para a varanda e olhei para o horizonte. Eu podia ver as luzes do estádio ao longe. Era real. Eu estava aqui.
No dia seguinte, meu pai teve sua primeira entrevista coletiva como técnico do Barcelona. Eu o acompanhei, mas fiquei nos bastidores, observando de longe. Ele estava confiante, como sempre, respondendo às perguntas com calma e autoridade.
- Qual será sua abordagem para lidar com a pressão de comandar um clube tão grande em um momento tão difícil? - perguntou um jornalista.
- Minha abordagem é simples: trabalho duro, dedicação e foco. O Barcelona tem talento, e minha missão é trazer o melhor de cada jogador. - Meu pai respondeu, e senti um orgulho imenso. Ele era incrível no que fazia.
Mas meu foco não estava totalmente na entrevista. Meu olhar vagava para a porta lateral do auditório, onde, de vez em quando, jogadores passavam. E então, eu o vi. Hector.
Ele entrou, parecendo meio desinteressado, mas seu charme era inegável. Ele usava o uniforme do treino, e o cabelo estava bagunçado, como se tivesse acabado de sair do campo. Meu coração disparou. Ele era ainda mais bonito pessoalmente. Tentei me conter, mas não consegui evitar um pequeno sorriso.
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Mais tarde, naquela noite, escrevi mais uma carta para Hector. Não uma longa e emocional como as outras, mas algo mais sutil.
"Parabéns pela temporada até agora. Sei que as coisas não têm sido fáceis para o time, mas acredito em você. Sempre."
Dobrei o papel e guardei na minha mochila. No dia seguinte, quando fosse ao estádio para assistir ao treino, entregaria para ele. Talvez, dessa vez, ele me notasse.
Barcelona era um novo começo, e eu estava determinada a fazer com que Hector percebesse que nossos destinos estavam entrelaçados.
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