divuit ➤ promeses
☆彡彡 νσтєм є ¢σмєηтємミミ☆
A manhã seguinte ao empate com o Atlético foi mais silenciosa do que eu esperava. Meu corpo ainda estava exausto do jogo, mas minha mente parecia mais agitada do que nunca. Eu deveria estar pensando na próxima partida, nos ajustes que precisávamos fazer, mas a única coisa que conseguia lembrar era o olhar dela.
Leonie Flick.
Quando a vi na recepção, confesso que fiquei surpreso. Não que fosse incomum encontrar familiares dos jogadores e técnicos por ali, mas havia algo diferente nela. Era como se ela carregasse um tipo de presença que não permitia ser ignorada.
Marc entrou no quarto, jogando uma maçã para mim. Ele sempre fazia isso, como se soubesse que eu não tomava café da manhã direito e precisasse de um lembrete.
- Você está pensativo demais para alguém que só empatou ontem. - disse, jogando-se no sofá.
- Só estava revendo o jogo na cabeça. - menti, mordendo a maçã.
- Ah, claro. Porque o drible no final do segundo tempo foi por causa do Atlético, não porque você estava tentando impressionar a filha do técnico.
Engasguei levemente com a maçã, e Marc riu alto.
- Você é insuportável, sabia?
- E você é péssimo em esconder as coisas. Eu vi como você olhou para ela ontem. Parece que ela mexeu com você.
- Não seja ridículo. Ela só veio me cumprimentar.
Marc levantou as mãos, como se se rendesse, mas o sorriso no rosto dele dizia que a conversa estava longe de acabar.
///
No centro de treinamento, o clima era diferente. Talvez fosse porque todos sabiam que Hansi Flick estava observando, avaliando. Os jogadores pareciam mais focados, mais determinados.
Eu me concentrei nos exercícios, mas, toda vez que via o técnico em algum canto do campo, me pegava imaginando se Leonie também estava pensando no que aconteceu ontem.
- Fort, atenção! - gritou Hansi, me tirando dos meus devaneios.
- Sim, senhor! - respondi rapidamente, voltando a me concentrar.
O treino foi exaustivo, mas necessário. Quando terminou, Marc e eu ficamos mais um pouco para trabalhar algumas jogadas. Era algo que sempre fazíamos, uma forma de nos prepararmos melhor.
- Você acha que ele vai mudar muito as coisas? - perguntei, enquanto Marc ajeitava a bola para um chute.
- Flick? Acho que ele vai trazer algo novo, sim. Mas, honestamente, não sei como você vai lidar com isso se continuar obcecado pela filha dele.
Rolei os olhos, mas não respondi. Marc sabia cutucar onde doía, mas, naquele caso, ele não estava errado.
///
De volta ao meu apartamento, finalmente tive tempo para respirar. Liguei o computador, mais por hábito do que por vontade, e comecei a navegar pelos sites esportivos. Foi então que vi a notícia.
Hansi Flick abre conversas com a diretoria do Barcelona para renovação estratégica.
Fiquei olhando para a tela por alguns segundos, tentando absorver o que aquilo significava. Meu primeiro pensamento foi o óbvio: ele estava aqui para ficar. E isso significava que Leonie também estaria por perto.
O telefone tocou, interrompendo meus pensamentos. Era minha mãe, provavelmente querendo saber como eu estava.
- Oi, mãe.
- Hector, meu filho! Como está o meu futuro Balón de Oro? - disse ela, rindo.
- Estou bem. Só cansado.
- Você jogou bem ontem. Estamos orgulhosos de você.
- Obrigado. Diga ao papai que eu agradeço também.
Conversar com minha mãe sempre me acalmava, mas, dessa vez, a ansiedade não desapareceu completamente. Algo estava mudando, e eu não sabia como lidar com isso.
///
Mais tarde, enquanto estava deitado no sofá, peguei meu celular e comecei a passar pelos contatos. Meu dedo parou em um nome que não deveria estar ali: Leonie Flick.
Eu não sabia exatamente por que tinha salvo o número dela. Talvez fosse curiosidade. Talvez fosse algo mais.
Antes que pudesse pensar muito, enviei uma mensagem curta:
- Espero que tenha gostado do jogo ontem.
Arrependi-me assim que apertei "enviar". E se ela achasse que era estranho? E se isso criasse algum problema com o pai dela?
Mas, para minha surpresa, a resposta veio rápido:
- Gostei. Você jogou bem.
Fiquei olhando para a tela, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação. Talvez Marc tivesse razão. Talvez Leonie mexesse mais comigo do que eu queria admitir.
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