08|ꜱᴏʀʀɪꜱᴏ.
DANÇAR COM MAYA ERA DIVERTIDO. Atsumu ria a girando enquanto escutava a gargalhada gostosa da garota que tinha o melhor sorriso de todos, acompanhava seus passos que estavam mais soltos que o comum, então constantemente ele visitava a cozinha para trazer água à ela, já que May não dava pausas no álcool.
Suna gravava as vergonhas da prima para usar contra ela mais tarde, e Samu conversava com alguma garota da Nekoma que com certeza estava afim dele. Ayumi sumiu da vista deles, ela disse para Maya que procuraria Lev e mudaria aquelas músicas pois queria escutar Britney Spears, e se ele não trocasse, ela bateria nele, — palavras da própria.
May sorriu quando Atsumu a fitou com graça, mesmo com toda a situação envolvendo Kuroo, a cachecada não poderia estar mais feliz de encontrá-lo depois de algum tempo.
Pegou seu celular confirmando se Kenma não precisava de nada, e depois de ler uma mensagem dele pedindo energético, May revirou os olhos encarando os castanhos de Atsumu após.
— Vou levar um energético pro Kenma. Já eu volto! — se aproximou da orelha do levantador que franziu o cenho.
— Quer que eu te acompanhe? — questiona preocupado.
— Não precisa Tsumu! Vai ser rapidinho. — sorriu tentando tranquiliza-lo. O loiro acenou calmamente arrumando os cachos da garota.
Ele sabia que Maya se cuidava sozinha. Já perdeu as contas de quantas vezes a garota já havia o tirado de enrrascadas e ele sabia muito bem do tamanho da força que May tinha.
Por isso respirou fundo e sorriu para ela.
— Vê se volta logo. Ja já a Ayumi vai colocar Thriller do Michel Jackson, e eu te quero aqui pra gente fazer os passinhos juntos!
— Relaxa Tsumu. Você acha que eu ensaiei essa coreografia atoa? — diz com graça mas com um fundo de verdade.
Atsumu sorriu concordando logo vendo ela ir até o melhor amigo que estava no segundo andar. Se virou procurando Suna ou Osamu e os encontrou ambos sentados em um sofá.
Depois de se aproximar deles, os garotos o encararam com sorrisinhos maliciosos, o Miya do mal apenas esperou as gracinhas.
— Cadê a May? — questionou Suna voltando seu foco para o celular.
— Foi levar uma bebida pro Kenma. — respondeu sentando-se enquanto observava o movimento da festa. — E cadê a garota que estava conversando Samu?
— Acho que voltou com as amigas depois de conseguir o que queria. — deu de ombros tomando um gole da bebida rosada.
Atsumu riu jogando sua cabeça para trás. Observou Suna que desligou o aparelho e sorriu junto com ele.
— E você Rin, arrumou alguma companhia hoje?
— Nhe. Nenhuma garota chamou a minha atenção hoje.
— Deve ser porque você já tem uma em mente. — Osamu falou arrancando uma careta do moreno.
— Desiste dessa merda Osamu.
— Não desisto. Quem que conversa com a melhor amiga da sua prima apenas para saber como "estão as coisas em Tokyo"?
Rintarou revirou os olhos fortemente. Os irmãos ao lado riram da cara fechada dele pois sabiam que pelo menos um pouquinho, ele tinha interesse por Ayumi.
— Não sou eu quem é apaixonado aqui. Não me coloque na mesma lista que o Tsumu. — trocou de assunto fazendo o loiro rir sarcasticamente.
— Não tenho vergonha de assumir os meus sentimentos, queridinho.
— Você é um galinha, isso sim.
Atsumu riu discordando, porém ficou calado. Depois dessa pequena discussão amigável, eles logo entraram em alguma conversa aleatória, Rintarou já sabendo da metade das fofocas que rolavam na festa e isso foi bom para matar um pouco do tempo deles pois adoravam uma boa história.
Enquanto isso, Maya procurava por eles tendo um pouco de dificuldade. Logo após entregar o energético para Kenma e eles conversarem um pouco, a cachecada se apressou a descer pois não queria perder a música do MJ quando ele começasse a tocar, porém parecia que ainda não tinha acontecido.
Foi até o bar pedindo uma bebida surpresa para a prima de Taketora, além da mulher ser super simpática, ela tinha mãos de bruxa preparando suas poções, isso no bom sentido.
Sorriu como agradecimento prestes a sair dalí, mas uma mão segurando seu braço a impediu.
Maya se virou encontrando os olhos intensos de Kuroo a encarando sem desviar o olhar. Ela se assustou puxando rapidamente seu braço fazendo Kuroo recolher a não hesitante.
— Desculpa te parar assim, May.
— O que quer Kuroo?
— Nada... Eu só fiquei preocupado. — respondeu calmamente colocando ambas as mãos no bolso da calça se afastando um pouco dela.
May franziu fortemente as sobrancelhas não entendendo toda essa preocupação. Ela sentia vontade de vomitar pois planejava evitá-lo a festa toda depois que teve aquela conversa com Naomi.
Vê-lo próximo de si mostrando preocupação, havia a surpreendido. Não que Kuroo nunca houvesse feito isso, mas na maneira em que ele a parou, como se ela fosse uma dama indefesa, a deixou puta.
Como que nunca percebeu o quão babaca ele era por brincar com seus sentimentos? Mesmo que involuntariamente?
Respirou fundo pois não queria surtar na frente de todo mundo. Engoliu em seco abaixando sua bebida.
— Preocupado com o que?
— Não te vejo à algumas horinhas, e quando a Naomi voltou sem você e agindo de um modo estranho, pensei que tivesse acontecido alguma coisa. — se explicou causando uma risadinha sarcástica dela.
— Não aconteceu nada Kuroo. Estou apenas aproveitando a festa, o que tem de estranho nisso?
— Nada! — exclamou nervosamente sentindo-se levemente envergonhado por gritar. Tirou um pouco do cabelo dos olhos dizendo com mais calma. — Nada. É só estranho não te ver do meu lado nas festas.
— É que essa festa é diferente das outras Kuroo. Agora você namora, não posso ficar do seu lado o tempo todo.
— Pensei que o meu namoro não fosse afetar a nossa amizade.
— E não afeta. — respondeu arqueando a sobrancelha. — Por que estamos tendo essa conversa?
— Não sei, tá legal? É você quem está me evitando.
A morena sorriu desacreditada. Okay, era verdade aquela acusação, mas porque se sentiu ofendida? Quando começou a se sentir daquele jeito na presença dele?
Maya riu sarcasticamente fazendo negações com a cabeça. Se aproximou dele tocando seu dedo indicador no peitoral do capitão que tinha a guarda alta com a reação dela.
— Está colocando a culpa em mim por não querer problemas com a Naomi?
— Problemas que não deveriam existir. — segurou a mão dela, os olhos dele brilhavam por causa de lágrimas finas. Kuroo odiava discutir tanto com Kenma quanto com Maya. E mesmo não sabendo o que estava fazendo de errado, ele queria melhorar. — Não me evita. Por favor.
— Kuroo, eu só não quero que ela se sinta insegura com nossa amizade.
— Eu converso com ela de novo, Maya.
— Cara. Você é inacreditável. — suspirou cansada da "discussão" sem fundamento deles. — Você é um ótimo amigo mas um péssimo namorado.
— O que...?
Murmurou atordoado pelas palavras dela. Era tão errado assim não querer vê-la longe de si? Kuroo amava tanto Maya, como se fosse sua irmãzinha. Cresceu com a cacheada, viu sua evolução e transformação, esteve com ela em todos os momentos sejam boas ou ruins.
Tetsurou não era tão besta, ele sabia da superproteção que tinha com Maya, mas se ele não a proteger, quem iria?
Tirando seu foco dos olhos esverdeados que eram dirigidos para si com firmeza, uma voz não tão conhecida por Kuroo o fez desviar a atenção dela.
— Linda, você perdeu o Samu passando mal. — Atsumu chegou perto da garota que estava tensa pela conversa anterior. Maya observou a expressão animada do loiro deixando-a aliviada pela interrupção. — Cara, então é essa a sensação de ser o sóbrio em uma festa...? Deveria fazer mais isso.
Ela riu fazendo o Miya acompanhar. Kuroo o encarou reconhecendo ser o levantador da Inarizaki, o tal Tsumu.
— Olha quem está aqui... Cabeça de xixi. — falou cinicamente causando uma risadinha sarcástica do loiro.
— Eai, topetinho. — o comprimentou colocando seu braço no ombro de Maya que retribuiu o toque com a mão na cintura dele.
Tetsurou observou o abraço dos dois continuando sério enquanto coçava sua sobrancelha curioso.
— O que está fazendo aqui?
— Bom, a Inarizaki vai ter uma semana de treino contra potências de Tokyo. — deu de ombros. Tetsurou arqueou a sobrancelha.
— E o que está fazendo em uma festa da Nekoma?
— Uau. Você não tem modos, né? — disse sarcasticamente. Kuroo travou o maxilar segurando-se para não xinga-lo. — Decidimos fazer uma surpresinha para a May. Não que isso seja da sua conta, topetinho.
— Se está envolvendo a Maya é claro que é da minha conta.
— E quem é você? O pai dela?
— Sou alguém que se importa com ela. — se aproximou do levantador ficando cara à cara com ele. Maya apertou a cintura do Miya em sinal para ele não entrar em confusão.
Atsumu tirou seu braço do ombro da garota que sentia seu coração acelerar descompassadamente. Sorriu cinicamente encarando-o de cima à baixo.
— Agora que eu vejo de perto, eu percebo o quão bacaca você é por fazer isso com ela.
— Está falando do que seu merda?
— Se você não sabe, isso te torna ainda mais filho da puta. — sorriu o encarando.
Tetsurou respirou fundo, suas mãos suavam frio e ele não sabia o que estava acontecendo consigo para arrumar confusão com ele, um cara que nem conhecia.
Encarou Maya que o fitava seriamente, e aquele olhar o fez paralisar. O que caralhos estava fazendo?
— Tetsurou...? — Naomi o enconstou querendo chamar sua atenção, mas os olhos esverdeados dela ainda o prendia. — O que está acontecendo?
Ele desviou o foco dela se afastando do Miya, sorriu tranquilo para a ruiva que tinha o semblante tenso enquanto ele colocava suas mãos no bolso da calça.
— Nada, bebê. Estou apenas conhecendo o novo amigo da May.
— De novo, não temos nada. — Tsumu diz não se importando se piorava a situação.
Kuroo continuou quieto esperando Maya dizer ou zoar com a cara do levantador, mas nada saiu dos lábios da Yukimura. E isso era muito estranho, não escutar nada vindo dela.
— Maya... — tentou se aproximar da cacheada, porém ela agarrou a mão de Atsumu o puxando para longe do casal.
Vê-los ainda a fazia sentir uma sensação ruim no estômago.
— Vamos dançar Tsumu? — sorriu para ele, e o garoto percebeu na mesma hora que ela queria fugir.
— Tudo o que você quiser, linda.
Tocava Feel so Close do Calvin Harris. A galera se divertia no meio da casa e foi para lá que Atsumu foi puxado. Mesmo com o som alto e as pessoas estando muito próximos deles, o Miya percebeu o desconforto de Maya.
Ela não sabia o que sentia, o sentimento de tristeza impregnava em seu peito não sabendo como arrancá-lo. Ser amiga de Kuroo nunca foi um problema, e agora que começou a ser, ela não sabia o que fazer.
Tetsurou a ajudou tantas vezes. A tirando da solidão, fazendo momentos felizes e marcantes em sua vida, sendo sua fiel companhia. Ela estava se sentindo mal pois sabia que teria que fazer alguma coisa para não prejudicar Naomi no meio da confusão deles.
Atsumu a parou notando os olhos dela brilharem. Ele respirou fundo para não xingar o capitão da Nekoma por tirar o sorriso lindo da garota dos lábios. Maya não merecia que um cara como ele ofendesse o seu melhor amigo, mesmo ele sendo um babaca.
— Maya, respira. — disse tentando acalmá-la, e mesmo o som estando alto ela o escutou.
Puxou o ar com força o soltando lentamente, seu coração suspirou de alívio e sua mente também. Ela encarou o levantador sentindo-se levemente envergonhada por ele presenciar o drama dela com Kuroo.
— Você está bem? — a assistiu acenar fazendo ele franzir o cenho. — Tem certeza? Thriller ainda está de pé? Olha, eu realmente quero dançar essa música...
Maya soltou uma risadinha concordando, sabia que Atsumu estava tentando distraí-la e ela era grata por isso. Não soltou a mão dele enquanto dizia com graça.
— Relaxa Tsumu. Nada vai estragar esse momento. — ele respirou fundo dramaticamente causando um corar de bochechas da garota. — Então, vê se não erra o passo igual faz quando alguém te desconcentra.
Atsumu colocou novamente seu braço nos ombros dela enquanto travava o maxilar marcando perfeitamente sua mandíbula, sorriu minimamente encarando atentamente Maya esperando ela acabar com as piadinhas para ele dar o troco, porém a cacheada tinha seus olhos focados nos lábios dele.
E ele fez o mesmo.
— Sabe que só acontece no vôlei, May.
— Não deveria. Como vai fazer quando ser um jogador famoso e suas fãs te gritarem.
— Eu vou mandar elas ficarem quietas. — murmurou arrancando uma alta risada da garota.
— Cara, que escroto!
— Elas gostam quando eu sou maldoso. — deu de ombros fazendo novamente a garota rir desacreditada.
— Prefiro quando é bonzinho, fica mais bonito.
Maya soltou sem nem perceber, o álcool a deixava mais sincera do que o costume, e mesmo que o loiro ao lado a encheu de água para ficar mais sóbria, ainda restava um pouco das poções da prima do Yamamoto em seu corpo.
Atsumu abriu um sorriso tão largo que qualquer um que visse se assustaria, fitou intensamente os olhos esverdeados dela que quando notou, franziu o cenho confusa sentindo o frio na barriga.
— O que?
— Nada. — não zoaria com a garota naquele instante pois poderia perder aquela Maya sincerona.
Ela continuou a observar o rosto e o corpo do Miya sentindo cada vez mais vergonha. O braço definido sobre os seus ombros e o sorriso a deixava cada vez mais atenta a ele. Maya pensou por longos segundos se iria fazer mesmo aquilo. Ela não queria se arrepender, mas também não queria deixar a oportunidade passar. Se sentia tão magoada com Kuroo, e Atsumu a deixava o completo oposto dele deixando-a muito grata.
Respirou fundo dizendo com hesitação:
— Tsumu, não me odeie agora. — o loiro enrrugou as sobrancelhas confuso.
— Nada ira me fazer te odiar. — respondeu simples arrancando um revirar de olhos dela.
Então ela o beijou.
Atsumu travou por alguns milésimos de segundos. Sua cabeça entrou em uma confusão tão grande que até se assustou.
Puta. Que. Pariu.
Maya estava o beijando? Ele realmente não estava sonhando? Se estiver, ele torcia para Samu não acordá-lo.
Porém, quando ela se afastou dele depois que não o sentiu retribuir o beijo. O rosto de Maya pegou fogo querendo fugir de vergonha, nem conseguia encarar os olhos dele pois o constrangimento a dominava.
— Esquece isso. — disse não sabendo onde enfiar a cara.
Mas Atusmu não queria esquecer. Ele a fitou sério com o rosto todo marcado pois se segurava diante dela. Puta merda, como aquela garota poderia fazer aquilo com ele? Tão fodidamente adorável.
Atsumu não queria esquecer, ele queria se lembrar desse momento todos os dias, horas e segundos.
Sorriu para ela que não o encarava. A puxou levemente pelo cabelo trazendo seus lábios doces até sua boca que clamava por senti-la novamente a beijando como sempre desejou.
Foi como se tudo se encaixasse.
Atsumu segurava o quadril dela com firmeza marcando suas digitais na região desnuda do corpo da garota enquanto Maya puxava os cabelos descoloridos do homem. Suas línguas se encostaram lentamente, como uma dança sensual, isso fez com que Atsumu gemesse de satisfação em meio ao beijo sentindo ela sorrir pelo som que saiu de seus lábios. Estava muito focado em finalmente experimentar aquela boca que havia sonhado por dias e dias, ele sentia que sua iria explodir por tamanho prazer.
Saber que foi ela quem o beijou primeiro o faz ficar cada vez mais necessitado, ansioso, louco por ela.
Não se importou de estarem expostos ou de levarem bronca no dia seguinte. Maya finalmente se sentia bem e Atsumu só queria sentir ela.
Afundou sua lingua na boca quente da morena aproveitando cada mínimo canto, o gosto da bebida foi apreciado adorando ainda mais aquele sabor, lambeu por fim o lábio inferior já inchado separando com relutância dela pois a falta de ar se fez presente.
Maya sentia seu coração descompassado, aquele tinha sido o beijo mais gostoso que já teve. Respirou fundo ainda mantendo os olhos fechados e um sorriso mínimo, satisfeita. Miya dava selares por todo o pescoço enquanto seu pau ficava dolorido a cada segundo que se passava.
Porém ele se controlou, não iria fazer isso com Maya. Não naquele momento.
Ele respirou fundo dando um leve selinho dos lábios da garota que tinha um sorriso mínimo pois a excitação a preenchia também.
— Se isso era para eu te odiar, deu muito errado. — beijou a bochecha dela que permanecia corado. — Você é tão adorável.
Yukimura riu voltando a beijá-lo fazendo a noite do levantador muito melhor.
𖦹𖦹𖦹
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