VI. decision
— capitulo 6 —
❝ Decisão ❞
𖥻 os primeiros a sobreviveram uma noite no labirinto ˑ ִ ֗ ִ .
TODOS OS GAROTOS da Clareira estavam reunidos em frente ao Labirinto, esperando ansiosos pela volta de Lilith, Minho, Newt e Thomas. O silêncio era pesado, quebrado apenas pelo som do vento batendo contra as paredes de pedra. As enormes portas começaram a ranger, abrindo-se lentamente.
Mas eles não estavam lá.
— Eu disse, Chuck, eles não vão voltar. — A voz de Alby era sombria, carregada de tristeza e derrota.
Os Clareanos abaixaram a cabeça, desgostosos. Um por um, começaram a se dispersar, voltando para o trabalho. Só Chuck permaneceu parado, os olhos fixos no horizonte do Labirinto.
— Você vai voltar, Lili. Eu sei que vai. — sussurrou para si mesmo.
E, como se o universo ouvisse suas palavras, segundos depois, os quatro apareceram, surgindo entre os corredores de pedra.
— Ali! Eles estão ali! — gritou Chuck, e sua voz explodiu como um alarme.
Os garotos se viraram em uníssono e, ao avistá-los, correram em direção às portas, gritando de alegria.
— Vocês estão bem? — Chuck perguntou, desesperado, enquanto olhava para os amigos.
— Quase todos — brincou Minho, apontando para Newt, que tinha um galo na testa e um arranhão na cabeça.
— Você viu um Verdugo, Lili? — Chuck perguntou, com olhos arregalados.
— Ela não só viu. Ela matou um. — Minho revelou, deixando todos boquiabertos.
Antes que Lilith pudesse responder, Jeff e Clint apareceram apressados, puxando-os para a enfermaria.
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— O que aconteceu com a sua cabeça, cara? — perguntou Jeff enquanto cuidava do machucado de Newt.
Antes que o loiro pudesse responder, Lilith, sentada na maca ao lado, com um curativo recém-feito no braço, interrompeu:
— Ele quis bancar o valentão e esqueceu de olhar pra frente.
Newt lançou-lhe um olhar fingindo irritação, mas não conseguiu conter o riso.
— Engraçadinha.
Jeff sorriu enquanto limpava o ferimento de Newt, cobrindo-o com gaze e prendendo-a com fita adesiva.
— Pronto. Agora vou checar o Thomas. Fiquem aí. — disse ele, saindo apressado.
Assim que Jeff saiu, Lilith se sentou ao lado de Newt.
— Preciso te contar algo, de amiga pra amigo. Mas você tem que prometer que não vai contar a ninguém.
Newt semicerrou os olhos o que fez a garota rir
— Pode falar, Lily. Eu não conto pra ninguém. — respondeu Newt, estendendo o mindinho em direção a ela.
Lilith riu antes de entrelaçar o dedinho no dele.
— Sabe... eu tenho algumas lembranças sobre meu passado, são alguns pequenos fragmentos que me deixam cada vez mais confusa, e o que me deixa mais confusa ainda é que Thomas sempre aparece nelas. Mesmo antes de eu conhecê-lo aqui. Isso é louco, não acha? — Lilith revelou
O sorriso de Newt desapareceu por um momento quando a garota mencionou o nome de Thomas. Ele fechou a cara, claramente tentando processar o que ouvira, mas logo perguntou, confuso:
— Como isso é possível? Que tipo de lembranças?
— Me vejo com Thomas em um laboratório estranho, cheio de hologramas e telas. Depois, um corredor infinito de luzes. E então eu me afogo. Tudo acontece de uma vez. Mas o mais bizarro é uma mulher loira dizendo: "CRUEL é bom" sempre, sempre mesmo!
Newt franziu o cenho.
— Você não contou isso pra ninguém, né?
— Só pro Thomas. E ele tem os mesmos sonhos. Isso não pode ser coincidência...Por favor, não diga nada até descobrirmos o que significa.
— Pode confiar em mim, Lily. Sempre. — O loiro voltou a sorrir e apoiou suas mãos no ombro nu da morena — Você é minha melhor amiga, e eu gosto muito de você.
Lilith sorriu.
— Também gosto muito de você, Newt. — respondeu ela, abraçando-o.
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Os Clareanos estavam reunidos, com Gally no centro, o garoto fez questão de fazer um conclave, aparentemente bem irritado com a ação de Thomas entrar no labirinto sem ser um corredor, sua voz ecoava pelas paredes de pedra.
— Esse garoto está aqui há três dias e quebrou uma regra que respeitamos por três anos! Ele deve ser punido. — Gally exclamou enquanto apontava o indicador para o fedelho.
Parte dos garotos murmurava concordando, mas outros defendiam Thomas, dizendo que ele só queria ajudar os amigos.
— Então, Newt, o que você acha? — perguntou Gally, com um olhar desafiador.
Newt hesitou antes de responder:
— Uma noite no Amansador.
— O quê? Fala sério! — exclamou Gally, perdendo a paciência. — Você acha que uma noite vai fazer ele parar de entrar no Labirinto?!
— Não. — Negou Newt, Gally ameaçou falar mas Lilith levantou-se abruptamente, sua voz cortando o ar:
— Ah, não exagera, Gally! Ele quebrou a regra pra salvar o Newt! Arriscou a própria vida pra ajudar. Algo que, tenho certeza, que você nunca faria. Só pensa em si mesmo. — Disse enquanto cruzava os braços.
Gally bufou, mas Lilith continuou, apontando para os garotos.
— Algum de vocês teria coragem de passar uma noite no Labirinto? Não, né? Thomas fez o que ninguém aqui teve coragem de fazer em três anos!!!
O silêncio tomou conta da Clareira, exceto pelos murmúrios de aprovação.
— Ele precisa ser punido! — insistiu Gally, mas Minho interveio:
— Talvez ele seja meio burro, mas precisamos de gente assim: corajoso, ágil e disposto a ajudar. Ele seria um ótimo Corredor.
Muitos Clareanos aplaudiram, mas Gally cruzou os braços, furioso.
— Você tá de zoeira ? Você deveria ser expulso dos encarregados! — Gally exclamou de raiva — Não é você que prega regras, idiota?!!
— Como é ? — Minho perguntou em um tom desafiador enquanto se aproximava de Gally — Repete.
Gally cruzou os braços.
— I-di-o-ta. — Repetiu, Minho lançou um sorriso de canto e afundou sua mão no rosto de Gally, o que o fez cair no chão.
Lilith arregalou os olhos e segurou a risada, não demorou muito para Gally se levantar rapidamente e partir pra cima do asiático, Newt e Alby correram para segurar Minho e o tirar de perto do loiro.
— CHEGA! — Alby gritou enquanto Gally se debatia para s soltar dos braços de Clint e Caçarola.
— Eu juro, Gally — Minho disse em um tom de raiva — Se você falar assim comigo de novo eu quebro o seu pescoço! Seguido das suas penas e braços de mértila seu cabeça de plong! — Bravou o asiático.
Gally tentou avançar na direção de Minho mas sem sucesso, Alby se enfiou no meio dos dois e decretou:
— Para encerrar a discussão: Thomas passa uma noite no Amansador e, amanhã, será um Corredor. — decretou Alby.
Enquanto todos os clareanos saiam da cabana, Lilith, Newt, Minho e Thomas permaneciam na sala, com uma conversa unificada: Lilith e o Verdugo. Era um evento sem precedentes. Thomas, Minho e Newt estavam em um canto mais afastado junto com ela.
— Tá bom, alguém pode me explicar como você conseguiu matar um Verdugo sozinha? — perguntou Thomas, cruzando os braços e olhando para Lilith com a curiosidade estampada no rosto.
— Eu... não sei. — respondeu ela, desviando o olhar. — Foi como se, por um instante, ele tivesse parado. Ficou imóvel, como se... estivesse esperando alguma coisa.
Minho ergueu uma sobrancelha.
— Esperando o quê? Você dar ordens? — Perguntou com um tom sarcástico.
— É sério. — insistiu Lilith, franzindo o cenho. — Foi estranho. Eu só levantei a mão e... ele parou de se mover. Foi a única razão pela qual consegui acertar o ponto fraco dele.
Thomas parecia mais intrigado do que nunca.
— Isso nunca aconteceu antes. Nenhum Verdugo para assim, muito menos por causa de alguém levantar a mão. — Minho disse.
— Acha que tem a ver com o seu sangue? — Newt perguntou, sua voz mais baixa.
Lilith olhou para ele, surpresa.
— Meu sangue?
Newt hesitou antes de continuar.
— Lily, você é... diferente. Sempre foi. E o que aconteceu hoje só prova isso. Não é normal. Nem um pouco.
Lilith cruzou os braços, desconfortável.
— Eu sei que não é normal. Não preciso que me digam isso.
Thomas deu um passo à frente, o olhar mais sério.
— Suas lágrimas são pretas, Lilith. Seu sangue também. Isso não acontece com ninguém aqui. Não acha que é hora de descobrir o porquê?
— E você acha que eu não quero? — respondeu ela, sua voz se elevando um pouco. — Mas como, Thomas? Não tenho nada pra me lembrar além daqueles sonhos confusos.
Minho olhou para os dois com confusão
— Que sonhos ?
Lilith franziu o cenho aí ela percebeu: ela não tinha contado a Minho sobre seus sonhos.
Thomas e Lilith explicaram para o asiático cada detalhe de seus sonhos interligados, Minho prestando atenção em cada detalhe.
— Certo... — O asiático cruzou os braços — Se você e o Thomas têm os mesmos sonhos, isso não pode ser coincidência. Já pensaram que talvez estejam conectados de alguma forma?
— Isso é óbvio, mas como descobrir? — rebateu Newt, um pouco irritado, ainda se recuperando do dia intenso.
Thomas olhou para Lilith, firme.
— Você disse que nos sonhos tem uma mulher loira que fica repetindo: "CRUEL é bom". Talvez esse seja o ponto de partida. O que mais você lembra?
Lilith hesitou antes de responder.
— Só o laboratório. Nós dois lá. Os hologramas, as luzes, tudo... confuso.
Newt se aproximou dela, colocando uma mão em seu ombro.
— Nós vamos descobrir, Lily. Não importa o que seja. Estamos nisso juntos.
Thomas concordou, determinado.
— E quem sabe o que mais você consegue fazer. Controlar um Verdugo? Isso é loucura, mas também é algo que pode nos dar vantagem aqui.
— Ou nos colocar em mais perigo. — murmurou Lilith, ainda cética.
Minho deu um leve sorriso.
— Ou talvez os dois. Mas é melhor começarmos a entender isso antes que outra coisa aconteça.
Eles ficaram em silêncio por alguns momentos, o peso do mistério sobre Lilith crescendo entre eles. Por mais perguntas que tivessem, as respostas ainda estavam fora de alcance.
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O sol na clareira estava se pondo, dando a uma luz alaranjada.
— Novato, tá na hora. — Gally avisou para Thomas que degustava uma maçã junto de Lilith que revirou os olhos ao ver a presença do garoto.
— Eu acompanho ele. — Disse dando um sorriso forçado, Gally hesitou um pouco mas logo se afastou deles.
— Isso é super injusto. Você não merecia. — disse ela, enquanto caminhava lado a lado de Thomas.
Thomas sorriu.
— Fazer o quê, né?
Os dois chegaram no amansador, Lilith abrindo a porta pra o amigo e em seguida entregando a ele um cobertor.
— Mais tarde, eu trago comida escondida pra você. — sussurrou Lilith, piscando - enquanto se afastava do amansador - arrancando uma risada de Thomas.
Enquanto voltava para as cabanas, as palavras de Thomas ecoaram na sua mente:
" Lilith, você nunca parou pra pensar por que temos esses sonhos? Ou por que suas lágrimas são pretas? "
Lilith parou por um instante, os olhos marejados. Não tinha respostas. Seu sangue e suas lágrimas negras eram um mistério que a atormentava.
| Nota da autora 🦋💙
Oioiii leitoress
O ato um está quase acabando , falta acho que 2 ou 3 capítulosss, comentem o que estão achando para eu postar os outros capítulos !!
Amo vocês 💙
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