𝚝𝚑𝚒𝚛𝚝𝚢 𝚘𝚗𝚎
— Acha que ele viu alguma coisa? — Você perguntou, ainda encucada com o que tinha acontecido na festa da noite anterior.
— Quem? — Levi franziu as sobrancelhas, obviamente despreocupado com o que tinha acontecido.
— Floch — Respondeu, como se fosse óbvio, se virando lembre, apenas para encara-lo, que ainda mantinha aquela expressão monótona no rosto — Você realmente não 'tá nem um pouquinho preocupado em ele ter visto alguma coisa?
— Mesmo que ele tivesse visto alguma coisa — Ele começou a explicar, fechando o notebook que tinha em cima da cintura e o colocando na cabeceira ao lado dele — O que isso importa?
— Como assim "o que isso importa"?
— [Nome], no máximo, ele vai contar para as pessoas sobre isso.
— Isso não é importante o suficiente para você? — Você praticamente jogou o celular que tinha em mãos na cabeceira ao seu lado da cama e se sentou de frente para o Ackerman, que ainda estava meio deitado na sua cama — Tem noção da confusão que vai ser se ele contar sobre "a gente"?
— Pelo menos você não vai mais ter mais desculpa para não contar ao seu pai — Levi não olhava na sua direção, mas, assim que percebeu que você não estava respondendo, lhe encarou. Seu rosto estava sério, com um leve traço de tédio, como se estivesse perguntando se ele estava falando sério — Você não pode negar que ficou postergando isso por muito tempo.
— Não é tão fácil quanto você acha que é — Ele abriu a boca para retrucar, mas você não deixou que ele começasse — Além disso, eu já disse que vou contar tudo depois da festa dos Forster.
— Vai mesmo? — O tom dele deixava Claro que o Ackerman não tinha fé nenhuma de que você realmente fosse fazer isso, mas você nem o culpava, tinha adiado muito essa conversa com o seu pai e, por isso, o relacionamento de vocês ainda tinha que ser às escondidas.
— Vou.
Você tentou ser firme na resposta, mas não conseguiu. A ideia de ter essa conversa com Erwin ainda lhe deixava nervosa. Ele era o seu pai e sempre iria querer o melhor para você, mas o loiro também era bastante ciumento e namorar com o sócio dele não parecia uma ideia que ele aceitaria tranquilamente.
Levi passar a tarde inteira na sua casa hoje foi uma boa ideia. Depois do que aconteceu ontem, você precisava estar perto dele para se acalmar um pouco. A ideia de Floch ter visto algo e planejar contar para alguém fazia todo os pelos do seu corpo se arrepiarem de puro medo.
Se ele abrisse a boca, você não teria chance de se explicar e isso só tornaria tudo mais complicado.
Pelo menos, ele só saberia um dos seus muitos segredos.
— O que foi? — A voz de Levi lhe tirou dos pensamentos, fazendo você piscar algumas vezes antes de levantar o olhar e encarar as íris azuis de novo.
— Nada — Respondeu, rápido, colocando um sorriso forçado no rosto.
— [Nome], eu já te conheço a um tempo — Ele também se sentou na cama, ficando de frente para você — O que aconteceu?
Você suspirou fundo. Sabia que podia se abrir para Levi e que sempre podia contar com ele para te ouvir e ajudar. Mas ainda era relativamente estranho fazer isso com alguém que era tão fechado quanto ele.
— Eu só fiquei preocupada com aquela história de Floch — Admitiu, de uma só vez.
— Você devia parar de pensar nisso.
— Como parar de pensar sobre isso, Levi? — Você perguntou, mais alto do que antes — Aquele homem pode acabar fodendo muita coisa na minha vida.
— Mas ele também pode não ter visto nada — Mesmo que você estivesse gritando, o Ackerman mantinha o mesmo tom pacífico na voz — Você só está assumindo que ele sabe de alguma coisa, mas, quando ele chegou, você não estava nem mais tão perto de mim.
— Eu sei disso — Você parou de gritar e desviou levemente o olhar — Mas eu não consigo parar de ficar preocupada.
Um pequeno silêncio pairou entre vocês.
Você sabia que Levi tinha razão. Floch poderia muito bem não ter visto nada e, mesmo que você e o Ackerman estivessem mais afetuosos do que o normal, não estavam fazendo nada de errado. Erwin tinha pedido para você ficar longe dele, mas, já que vocês estavam na mesma festa, com o mesmo grupo de pessoas, não tinha nada de errado em socializar com um colega de trabalho.
No fundo, você sabia que não deveria ficar preocupada e devia apenas focar em planejar a sua conversa com Erwin sobre o seu relacionamento com Levi.
— Nesse caso... — Mais uma vez no dia, a voz do Ackerman lhe tirou de seus pensamentos, mas, dessa vez, ela veio como um sussurro rouco — Eu posso ajudar com isso.
Todos os pelos do seu corpo se arrepiaram quando ele acabou de falar. Você conhecia Levi bem o suficiente para saber o que ele estava planejando.
Tanto é que, segundos depois, você sentiu seu corpo sendo empurrado para trás, fazendo você deitar novamente na grande cama de casal. Sem dar tempo para você se levantar, o Ackerman subiu em cima de você, colocando uma perna em cada lado do seu corpo, se inclinando para conseguir levar os lábios até o seu pescoço.
Assim que você sentiu os leves chupões e beijos que ele deixava na extensão de sua pele, seus olhos se fecharam involuntariamente. Um suspiro fundo espaçou de seus lábios, enquanto você aproveitava as sensações incríveis que aquele simples estímulo lhe causava.
Diferentemente das outras vezes, o Ackerman estava sendo gentil e delicado, obviamente porque a intensão dele era lhe deixar o mais relaxada possível. Saber disso só fez com que você se entregasse mais ainda, principalmente quando ele subiu o blusão que você usava, até os seus seios, e começou a descer os beijos, passando pelo vão dos seus seios e pela sua barriga, até chegar no seu colo.
Você teve que se apoiar nos pés e levantar um pouco o quadril quando ele começou a tirar sua calcinha. Assim que a peça saiu completamente do seu corpo, você voltou a deitar e a relaxar todos os músculos do seu corpo, ainda de olhos fechando, se concentrando apenas nos beijos que Levi dava no interior da sua coxa.
Todos os problemas que assolavam a sua mente desde a noite anterior, que foi o motivo da sua insônia, parecia que não existiam mais. Você só conseguia se concentrar em uma coisa: Levi Ackerman.
Os beijos dele chegaram perto o suficiente da sua intimidade, mas ele não lhe abocanhou com força, como de costume. Ele levou o dedo indicador até a sua vagina, onde começou a passar os dedos pelos seus lábios, apenas para espalhar o seu lubrificante natural.
Fazia tempo que alguém não brincava com você desse jeito. Geralmente, Levi não perdia muito tempo nas preliminares, preferindo começar com tudo e com força logo de início. Mas, dessa vez, ele estava indo tão devagar que você já estava ficando louca.
— Levi... — Você sussurrou o nome dele, como que implorasse para ele lhe chupar.
— Como quiser — O Ackerman respondeu, usando dois dedos para separar os seus lábios e introduzindo a língua dentro da sua intimidade.
Você soltou um gemido um pouco mais alto quando sentiu sua vagina ser estimulada daquele jeito.
Era como Levi tinha dito, ele já lhe conhecia a um tempo. Ninguém melhor do que ele para lhe levar às alturas na cama.
A língua quente dele era constantemente estocada dentro de você, mais intensamente por ele estar afastando os seus lábios. A cada segundo que se passava, você ficava ainda mais excitada, já não se preocupando mais em controlar os gemidos altos.
Com uma mão ainda separando os seus lábios, Levi levou a outra até o seu clítoris, onde começou a massagear, bem mais leve do que ele costumava fazer. O toque suave fez você ter que arquear as costas, ciente de que não demoraria muito para gozar.
Você estava totalmente relaxada, entregue aos estímulos que o Ackerman lhe proporcionava, sem conseguir pensar em nada além disso.
A língua dele ainda entrava e saía dentro de você, ao mesmo tempo em que o dedão dele estimulava o seu clítoris, causando um mix de sensações indescritíveis. Assim, em pouco tempo, você sentiu as paredes da sua vagina se contraírem e, depois de ter leves espasmos que não conseguia controlar, você gozou.
Levi esperou você acabar de se mexer e ceder na cama, completamente imóvel da cintura para baixo, para poder tirar a boca e os dedos de você.
Quando você abriu os olhos, eles se arregalaram ao ver um sorriso genuinamente satisfeito nos lábios do Ackerman.
— Se sente mais calma? — Ele perguntou, e você teve que piscar algumas vezes antes de balançar a cabeça, confirmando — A gente devia pedir alguma coisa para comer.
Você não respondeu. Ainda estava atordoada com a visão de um sorriso dele.
E, caralho, que sorriso.
— Pizza? — Levi continuou perguntando, não percebendo o seu choque, já que tinha o olhar fixo no celular que já estava nas mãos dele, com o aplicativo do delivery aberto.
— Pode ser — Você só conseguiu responder porque o sorriso não estava mais nos lábios dele, mas não que isso significasse que ele estava triste ou com raiva agora.
A expressão indiferente poderia ter voltado ao rosto dele, mas você nunca apagaria a imagem do primeiro sorriso de verdade que Levi deu para você.
— Quer que eu te ajude a ir lá para a sala? A gente pode ver um filme.
Você virou na direção dele. Conseguiria andar tranquila até o sofá, até porque, como ele apenas te chupou, sua vagina não estava tão dolorida quanto ela geralmente ficava depois de vocês transarem a noite inteira. Mas, você não poderia deixar passar uma oportunidade.
— Eu aceito — Disse, levantando os braços — Me carrega até lá?
Obviamente não era isso o que o Ackerman tinha em mente, já que soltou um suspiro fundo. Mas, mesmo assim, ele foi até você e lhe pegou no colo, como se você fosse uma princesa.
Sem nenhuma dificuldade, ele caminhou com você nos braços dele e, cuidadosamente, lhe colocou no sofá. Enquanto você ia colocando na plataforma de streaming para vocês escolherem o filme, Levi foi até a cozinha e pegou um vinho da sua adega, o abrindo e trazendo, junto com duas taças.
Antes que ele pudesse se sentar ao seu lado, o interfone tocou, avisando que a pizza havia chegado.
— Você pediu de que? — Sem tirar os olhos da televisão, você perguntou, enquanto o Ackerman ia até a porta receber a pizza do porteiro.
— Pepperoni e frango com requeijão.
— Nenhuma doce? — A tristeza era evidente na sua voz, por mais que você estivesse brincando.
— Não, mas eu posso fazer uma torta mais tarde.
— Seria uma boa — Seus olhos apenas se desviaram da televisão quando Levi se sentou ao seu lado, colocando a caixa da pizza no centro na frente de vocês.
Rapidamente, vocês se serviram e escolheram assistir um filme chamado Umibe no Étranger.
Não demorou muito para que você e Levi começassem a assistir, ainda comendo a pizza e bebendo vinho. Suas pernas estavam em cima do corpo dele, enquanto ele lhe abraçava de lado. O calor do corpo dele já era o suficiente para lhe aquecer no final da tarde fria que fazia em Tokyo.
Devagar e involuntariamente, ele fazia um carinho suave no seu braço, enquanto tinha os olhos fixos na televisão.
Com o canto do olho, você desviou a atenção do filme e encarou o homem ao seu lado. Levi tinha o rosto perfeito, mas você já sabia disso. Mesmo assim, parecia que agora você o achava ainda mais atraente do que antes.
Além disso, o calor que você sentia quando estava com ele não era algo comum. Você, pelo menos, nunca tinha sentido isso antes.
Era evidente: você amava Levi. E isso só contribuía para fazer você ficar nervosa com a sua conversa com Erwin. Se, por algum acaso, você tivesse que escolher entre manter o seu bom relacionamento com o seu pai ou seu namoro com o Ackerman, você não achava que teria coragem de abrir mão da segunda opção.
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