━━ 𝟬𝟭.
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𝗼𝗻𝗲ִֶָ𓂃 ࣪˖ ִֶORIGEM.
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𝘂𝗺 𝗮𝗻𝗼 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀
𝗲𝗺 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿 𝗱𝗼 𝗲𝗮𝘀𝘁 𝗯𝗹𝘂𝗲...
𝐍𝐀𝐃𝐀 𝐍𝐀 vida era fácil, muito menos conseguir alguns trocados, todos deveriam trabalhar para ganharem seu dinheiro de forma justa e honesta, cada um trabalhava com o que dava para conseguir aqueles pedaços de papel. E era isso que Aneelise vinha fazendo, talvez da forma errada, mas o importante eram que os resultados seriam o mesmo, certo?
Correto.
Por isso Aneelise estava se preparando para invadir discretamente um restaurante e roubar o dinheiro que eles guardavam. Vinha se planejando para aquele roubo fazia alguns dias, e distraiu a maioria dos clientes enquanto cantava no pequeno palco que havia no centro do restaurante. Depois que se libertou, não teve exatamente um lugar para ir, muito menos dinheiro para comer. Então, estava ali para roubar o cofre deles, assim como fez com vários outros locais naquele ano.
Ela não gostava de nomear aquilo com essa palavra, então chamava de; "Pegar emprestado e devolver algum dia."
Esse dia talvez demorasse um pouquinho, mas isso podemos relevar, né?
Precisava também do dinheiro para comprar roupas novas para poder se disfarçar, já que o governo e a marinha fizeram o grande favor de colocar uma recompensa por sua cabeça. Eles estavam fazendo de tudo para recuperar a "cobaia" deles. Desde o século perdido, não se viam mais fadas, eram dadas como lendas. Por isso o interesse do governo em Aneelise após descobrir que ela vinha de uma linhagem de fadas do Sol.
Andar com capas ou capuz cobrindo o seu rosto, já havia virado costume. Qualquer um iria querer levar sua cabeça pelo preço no cartaz.
Naquela noite em que estava no escritório do dono do restaurante, fazendo o seu trabalho que era abrir o cofre, Aneelise não esperava ser pega de surpresa por um maldito palhaço que a forçou participar do seu bando. A loira não tinha chances contra ele, não depois de ser apagada enquanto estava distraída tentando abrir o cofre cuidadosamente.
No dia seguinte, ela acordou e se viu presa novamente, o que a fez nutrir mais ódio pelo palhaço que a sequestrou.
── O que você acha que está fazendo? ── Perguntou rudemente, se aproximando das grades da jaula e o olhando com os olhos queimando de ódio. ── Me prender aqui não vai me impedir de retalhar você todinho!
── Pode tentar, bobinha. ── Debochou, rindo e cruzando seus braços.
Aneelise encostou as mãos na grade da jaula.
── O que você quer? ── Perguntou neutra, tentando descobrir através de suas expressões faciais o motivo dele a ter sequestrado como o maldito homem do seu passado fez consigo uma vez.
── Soube que é procurada. Na verdade não tem como não saber, reconhecer um rosto tão fofinho como o seu não é nada difícil. ── Ironizou, tentando tocar seu rosto, mas recebeu um tapa da loira. ── Ui, que má!
── E o que eu tenho haver com isso? Vai me entregar pra marinha em troca de alguns berries, é?
── "Alguns berries" ? ── Repetiu sorrindo sarcástico. ── Garota, noventa e cinco milhões de berries não é pouca coisa para uma garotinha com o rosto angelical e frágil como o seu.
Ela não respondeu e ele continuou a falar;
── E eu não vou te entregar para a marinha. ── Afirmou, a fazendo estreitar os olhos com desconfiança. ── Claro, se você entrar para a minha tripulação e se tornar minha cantora.
Ela riu. Uma risada sem humor.
── Cantora? Você por acaso acha que eu tenho cara de bem-te-vi pra ficar cantando por aí atoa? ── Gritou irritada, chutando a jaula.
── Eu vi você cantando para distrair os homens daquele restaurante, e canta muito bem. Além disso, você não vai querer que eu te entregue para a marinha, não é? ── Perguntou, claramente a chantageando, ele tinha um sorriso convencido exposto naquela cara pintada dele. ── Eu não sairia perdendo.
Ela nunca escolheria a opção de ser pega pela marinha, aquilo estava fora de cogitação. Nunca mais iria ser tratada como rato de laboratório.
Foi por isso que a fada aceitou entrar no bando de Buggy e ser sua cantora contra a sua vontade.
Talvez fosse a decisão mais ridícula que já tomou em toda sua vida, mas era tudo ou nada.
━━━━ 𝗱𝗶𝗮𝘀 𝗮𝘁𝘂𝗮𝗶𝘀.
𝘁𝗿𝗲𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀.
Sentada em um dos bancos perto daquele palco onde Buggy colocava todas as suas aberrações em exposição, a fada podia ver as pessoas que eram prisioneiros daquele homem. Aneelise não gostava, nadinha. Presava muito pela liberdade, seu maior medo era ficar presa novamente. Mas arriscar que aquele idiota ligasse para a marinha e dissesse que ela estava ali, não era algo sensato. Não para ela.
Talvez soasse meio egoísta, mas foi o que aprendeu nesses últimos anos. Pensar somente no seu bem estar.
── Você pode melhorar essa cara de quem 'tá passando fome? Está me deixando deprimido! ── Exclamou buggy ao seu lado, fazendo-a revirar seus olhos de forma exagerada.
── Infelizmente, essa é a única que eu tenho. ── Retrucou, descruzando suas pernas e ajeitando a beirada do seu vestido branco. ── Estou cansada disso, quando vai me deixar sair dessa espelunca?
── Quando eu cansar da sua voz. ── Cantarolou de um jeito brincalhão.
── Sabe que eu não suporto ser prisioneira, eu poderia matar você agora, sabia? ── Aproximou seu rosto do dele, quase soltando fumaça pelos ouvidos.
Ele sorriu de canto.
── Mas não pode. Se não, você irá virar uma assassina, e você não quer isso, quer?
Ela riu.
── Eu já matei pessoas piores do que você, e matar você vai ser como tirar a sujeira dos meus sapatos. ── Se afastou, sorrindo sarcástica e passando por ele, fazendo questão de esbarrar propositalmente no seu ombro.
── Não ensinei você a ser tão chata assim! ── Escutou ele gritar, fazendo-a revirar os olhos novamente, mas com um sorrisinho sarcástico.
Infelizmente, depois de passar três anos convivendo com Buggy, não a fez sentir ódio por ele, mas também não o amava. Passou anos aprisionada, sendo desprezada por homens do governo e tratada como um experimento. E Buggy a tratou diferente, sempre carinhoso e preocupado do jeito maluco dele, ele a tratava como uma filha. Ela sabia disso, mesmo os dois sempre se bicando e xingando um ao outro. Ela tinha certa simpatia por ele, porquê foi ele quem a ajudou a se recuperar mentalmente, ainda estava devastada depois que fugiu daquele lugar, e Buggy cuidou dela, do jeito estranho dele é claro.
A prenderam quando criança só por ser uma fada, essas que não deveriam existir por serem um mito. E obviamente isso atraiu a atenção do governo mundial, sequestrando-a depois de matar toda a sua família na sua frente. Ela tinha apenas nove anos quando tudo isso aconteceu. E nove anos quando perdeu a sua luz.
Mas não era por Buggy e Aneelise nutrirem simpatia um pelo outro que Aneelise aprovava toda aquela bizarrice que ele fazia, desprezava o fato dele destruir uma ilha inteira e deixá-los passar fome enquanto eram acorrentados e obrigados a rirem sem estarem felizes. Ela odiava isso, mas ele não ligava.
E qualquer oportunidade, Aneelise faria de tudo para soltar aquelas pessoas. Ela gostava de Buggy, mas o mataria se ele a impedisse de fazer alguma coisa que ela achava ser o certo. O problema era que ele podia simplesmente ligar para a marinha e eles imediatamente viriam pegá-la.
Mas por que ela não derrotava Buggy com seus poderes e fugia?
A resposta era simples; Seus poderes não estavam funcionando direito há anos.
Não desde que tudo na sua vida deu errado. Como ela disse antes, havia perdido sua luz na noite em que viu seus pais morrerem e a levarem para longe. A última vez que teve forças para usá-los, foi no dia que fugiu aos seus quatorze anos. Mas depois daquilo, nunca mais conseguiu usar todo o seu poder, somente uma parcela pequena dele. Talvez a loira precisasse de um gatilho para eles voltarem, ela realmente não sabia.
Sua família era a última do clã das fadas do Sol ou luz como alguns costumavam chamar, eles sempre viveram como pessoas normais para se esconder do governo mundial e sua mãe nunca a disse nada sobre os poderes pararem de funcionar por algum motivo.
Era por esse motivo que não poderia simplesmente fugir, não sabia tanto sobre lutas corpo a corpo, somente o básico do básico. E ainda tinha outro detalhe, ela não sabia como matar alguém que não podia ser cortado ao meio.
Seus pais não conseguiram ensiná-la sobre tudo, deixando Aneelise sem respostas para o motivo dos seus poderes não estarem funcionando corretamente.
Não tinha nem como recorrer há outras fadas, a loira não tinha certeza se ainda existia outras, não depois do passado. Há oitocentos anos atrás, houve uma guerra que fez as fadas se esconderem nas sombras, sumindo da vista de qualquer ser humano. Milhares delas também morreram no século em branco. Foi o que Aneelise ouviu de sua mãe quando era pequena.
Solaria Aneelise era a última do seu clã das fadas, depois que sua família faleceu. Não existia mais nenhuma fada do sol, nenhuma sequer para contar história. Só Aneelise.
Era um pouco triste, mas a jovem não costumava pensar muito nisso, seu objetivo era ir mar á fora e procurar respostas por seus poderes. Talvez achar uma fada, quem sabe o universo não faça esse favor para ela?
Aneelise queria sair daquele circo ridículo para ir em busca de respostas, não poderia ser fraca e deixar que sua linhagem morresse com ela.
Seu poder foi a única coisa que restou da sua família, a única coisa que ligava ela á eles. Emocionalmente. Então, ela faria de tudo para recuperá-lo por inteiro.
Não era Buggy quem iria impedi-la de sair dali.
Aneelise ainda queria algo além de respostas, queria vingança. Vingança por todos os anos que passou presa e tratada como um ratinho, vingança pela morte da sua família.
O governo mundial ainda iria sentir o sabor da fúria dela.
(☀️) Primeiro capítulo postado, eu ouvi um amém?!
(☀️) Sim, amigos, Buggy é alguém que se importa com a nossa Ane. Ele realmente a vê como filha. Mas os dois não se tratam como tal, vivem se bicando. ☠️
(☀️) Por favor, peço que comentem e votem, isso incentiva muito o autor e ajuda a saber se vocês estão mesmo gostando da história.
(☀️) Próximo capítulo estaremos encontrando nosso bando querido!! 😭🤚
(☀️) Uma boa semana á todos os mugiwaras!
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