1.6
Estava completamente vestida com as roupas de Shoyo, havia acabado de sair do banho, seus cabelos ainda estavam levemente úmidos graças a água quente, seu corpo completamente esparramado ao lado do ruivo que brincava de maneira preguiçosa com as pontas de seus dedos, quase como se houvesse acabado de descobrir algo extremamente importante para o salvamento da raça humana, mas bem, era apenas o modo como a sua mão se encaixava contra a dele.
Abriu um sorriso curto em seus lábios antes de encolher mais o corpo contra o acolchoado, Shoyo levou os olhos castanhos em sua direção, ele suspirou enquanto apertava mais a mão contra a sua, lhe puxou para mais perto, você respirou fundo enlaçando sua perna as dele as entrelaçando com cuidado quase como se o prendesse ali, quem sabe daquele modo ele não pudesse ir para lugar nenhum, na verdade ele não poderia ir para lugar nenhum mesmo se quisesse, seu tornozelo estava machucado no fim das contas.
— Eu gosto da sua mão.
Ele disse com a voz baixa a levando até os próprios lábios deixando um beijo suave nas pontas de seus dedos, você tentou conter um sorriso que queria crescer em seus lábios, cerrou os olhos.
— Que tipo de fetiche é esse que você tem, Shoyo Hinata?
Indagou tentando soar séria mesmo que o riso estivesse entalado em sua garganta, ele revirou os olhos negou com a cabeça devagar, acariciou as costas de sua mão com o polegar.
— Não foi nesse sentido, quis dizer que gosto do jeitinho que sua mão se encaixa na minha.
— Ah, então você não gosta das minhas mãos em um sentido sexual?
Você disse tentando soar de maneira tristonha, ele arregalou os olhos castanhos antes de negar com a cabeça repetidas vezes.
— Não, eu também gosto das suas mãos nesse sentido, gosto de tudo em você.
— Até os meus pés?
— Não, os seus pés não.
Ele respondeu rindo, você sorriu de maneira divertida aconchegando mais o seu corpo contra o do ruivo, voltou a juntar as palmas de suas mãos de modo cuidadoso, a mão de Shoyo possuía alguns calos, as suas ao contrário eram lisas como uma folha de papel, se perguntava o quanto o ruivo não havia treinado para chegar no nível de vôlei que estava naquele momento.
— Sho?
Chamou com a voz baixa enquanto deslizava as pontinhas dos dedos pela palma do homem, ele piscou de modo preguiçoso correndo os olhos castanhos em sua direção.
— Sim?
Ele indagou com a voz levemente sonolenta, você sorriu, o sentiu soltar sua mão a guiando até seus cabelos os acariciando com cuidado, você suspirou fechando os olhos devagar enquanto ele afundava mais os dedos contra seu couro cabeludo, lhe trouxe para mais perto, você escondeu o rosto contra a curvatura do pescoço do ruivo, abriu os olhos, deixou um beijo suave contra sua pele.
— De um a dez o quanto você gosta de vôlei?
— Quinze.
Ele respondeu prontamente, você riu antes de revirar os olhos.
— Por que quinze?
— Meu melhor amigo provavelmente responderia onze, tenho que ficar na frente dele.
Ele disse de maneira séria, você piscou devagar, talvez Shoyo fosse realmente competitivo, deslizou as pontinhas dos dedos pelo peitoral do ruivo o acariciando com cuidado, ele se arrepiou de leve.
— Ele também é competitivo? — indagou abaixando o tom de sua voz, o ruivo riu antes de assentir com a cabeça — Se um dia ele vier para o Brasil me apresente ele.
Murmurou rapidamente quase se embolando nas próprias palavras, sentiu seu coração bater quase que desesperado contra seu peito apenas por ter dito aquela simples frase, não que tivesse nada de mais, mas mesmo assim dava a entender que você gostaria de permanecer ao lado de Shoyo e bem, não sabia como ele reagiria a isso, o homem concordou por fim, você riu baixinho beijando de forma lenta seu maxilar, ele respirou fundo.
— Mas eu tenho a sensação de que vocês não se dariam muito bem, ele é muito estressado.
— Eu também não sou a pessoa mais calmo do mundo, Sho.
— Exatamente por isso, vocês iam começar a se bater em questão de segundos.
Ele respondeu rindo, você revirou os olhos subindo o corpo sobre o do homem, apoiou as mãos ao lado do corpo de Shoyo, ele engoliu em seco lhe encarando ali, você suspirou.
— Você precisa extraviar de vez em quando também, sabe? Se precisar me xingar eu não me importo.
Disse com um sorriso sugestivo em lábios, o ruivo negou com a cabeça devagar, subiu as mãos até sua cintura a acariciando com cuidado com o polegar.
— Eu nunca xingaria você.
Você cerrou os olhos indignada, juntou as sobrancelhas.
— Por que não?!
— Oras e por qual motivo eu xingaria você?!
— E por qual motivo você não me xingaria?
— Não xingaria a garota que eu gosto!
— Bem, eu gostaria que eu garoto que eu gosto me...
Parou de falar ao cair a ficha do que Shoyo havia dito e do que você mesma havia dito durante o impulso, chiou de maneira envergonhada saindo de cima dele rapidamente voltando a se jogar sobre a cama, escondeu o rosto no travesseiro, o escutou rir enquanto aproximava mais o corpo do seu, sentiu um par de lábios contra sua nuca, sua pele se arrepiou de leve, ele sorriu contra sua derme.
— Você está com vergonha?
— Eu não sinto vergonha, Shoyo Hinata.
Disse com a voz abafada pelo travesseiro, ele riu de maneira suave, sua respiração quente se chocava contra sua pele, ele voltou a deixar beijos úmidos contra sua nuca enquanto uma das mãos se infiltrava na blusa que vestia acariciando suas costas com as pontas dos dedos.
— Então se vire para mim, quero falar mais uma vez.
Ele murmurou de maneira baixa, você respirou fundo retirando o rosto do travesseiro, se virou em sua direção devagar, o rosto de Shoyo estava tão próximo do seu que conseguia se ver por entre as orbes castanhas do ruivo, suspirou trêmula.
— Diga.
— Eu gosto de você — ele sussurrou, correu os olhos castanhos por seu rosto, você engoliu em seco sentindo seu coração cair para o seu estômago, batia forte contra seu peito, ele sorriu fraco —, vadia.
Completou por fim, você não conseguiu conter o riso que escapou de seus lábios, negou com a cabeça devagar, respirou fundo tentando recuperar o próprio fôlego, ele tinha um sorriso divertido em lábios.
— Não... tem que ser mais natural, tipo... vadia.
— Vadia.
Ele repetiu, você sorriu antes de encolher os ombros.
— Está quase lá, tem que sair da sua boca como se fosse uma palavra normal, vadia, viu?
Você disse de maneira divertida, ele riu suavemente, subiu sobre você apoiando os braços nos cantos de seu corpo lhe prendendo ali, engoliu em seco o sentindo abaixar o corpo contra seu, aproximou os lábios dos seus, sentia sua respiração quente se chocar contra sua pele.
— Fique quietinha.
— Vamos lá, Sho, é só dizer.
— Eu não vou falar, garota!
Riu ao escutar suas palavras, aproximou mais o rosto do de Hinata, tocou seu lábios com cuidado os roçando de leve, sorriu contra eles.
— Eu acho que também gosto de você, agora me beije de uma vez.
Ele suspirou ao escutar suas palavras, tocou seus narizes com cuidado.
— Você quem manda, mocinha.
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