09. You're So Vain.

Assim que entro em casa, meu coração está disparado, não pelo cansaço, e sim pela empolgação e pelo nervosismo que tomava conta de mim. Largo a bolsa no sofá e corro direto para a cozinha, onde minha mãe está.

— Mãe!– Chamo, ofegante, parando ao lado dela.

Ela me olha com um olhar curioso, porém ainda focada no que está fazendo.

— O que foi, menina? Parece até que viu um fantasma.

Respiro fundo, tentando controlar a animação.

— E-eu vou sair daqui a pouco.

Dessa vez, ela para de cortar os legumes e me encara.

— Com quem?

— Um amigo meu.– Digo com um sorriso nervoso. — Ele me chamou pra sair, e eu aceitei.

Ela limpa as mãos no pano de prato e cruza os braços, analisando minha expressão.

— E vocês vão onde?

— No parque.– Minto.

Se eu dissesse que não sabia, ela com certeza não deixaria eu sair.

Ela me encara por mais um segundo e sorrir, como se estivesse lembrando de algo.

— Oque foi mãe?

— Nada, só me lembrando da minha juventude..– Ela abaixava a cabeça.— Então, é melhor você ir se arrumar logo.

— Já tô indo!– Respondo, me virando rapidamente para correr para o quarto.

Tomo um banho gelado, deixando a água refrescar meu corpo suado, enquanto minha mente trabalha a mil.

Eu realmente aceitei sair com Eli.

Ainda não acredito que isso está acontecendo. Encontro? Com o Eli?! E se for estranho? E se eu me arrepender?!

Balanço a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Já aceitei. Agora não tem mais volta.

Saio do banho e vou direto para o guarda-roupa. O que eu vou vestir? Preciso de algo que seja bonito, mas não pareça que estou me esforçando demais.

Depois de algumas tentativas frustradas, escolho uma blusa branca de botão com os primeiro botões abertos, deixando visível o top branco que usava por baixo, e um short jeans. Pra calçar, usei um tênis branco.

Me olho no espelho, respirando fundo.

— Vai dar tudo certo.

Ou pelo menos, é o que eu espero.

Assim que o relógio marca 19h55, ouço a campainha tocar. Meu coração dispara. Ele não disse que viria as oito?! Pelo menos eu estava já arrumada.

Caminho até a porta, tentando ignorar o frio na barriga. Me despeço de minha mãe, Will e Kevin e abro a porta, lá está ele, com um sorriso meio nervoso, mas ainda assim confiante. Ele vestia uma jaqueta preta por cima de uma camiseta azul e jeans escuros. Era impossível de não notar que seu cabelo estava solto, sem o moicano.

— Eai.– ele diz, passando a mão pelos cabelos, como se estivesse um pouco inseguro.

— Eai.– sorrio, cruzando os braços sem saber muito bem o que fazer com as mãos.

— Cheguei cedo, né?– Ele solta uma risada baixa, coçando a nuca. — Eu só… não queria me atrasar.

Meu coração aquece com a confissão. Ele realmente se importou.

— Sem problemas. Tô pronta já.– Digo, pegando meu celular e fechando a porta atrás de mim.

Descemos juntos até a rua, e ele me guia até um carro estacionada na calçada.

— Desde quando você tem carro?– pergunto, arregalando os olhos.

— Esse é o carro da minha mãe, pedi emprestado pra poder sair com você.– Ele sorri.

Meu coração dispara um pouco mais. Ele pediu o carro da mãe só para sair comigo?

— Que cavalheiro. — brinco tentando esconder o sorriso que ameaçava aparecer.

—  Sou um príncipe.– Ele diz com sarcasmo, abrindo a porta do passageiro para mim.

— Olha só, até abriu a porta.

Ele ri, e logo entra no carro. Assim que ele liga o motor, o silêncio entre nós não é desconfortável, mas carrega um certo nervosismo no ar.

— Então… — pergunto, prendendo o cinto. — Pra onde estamos indo?

Ele lança um olhar rápido para mim antes de focar na estrada.

— Surpresa.

Cruzo os braços, fingindo estar ofendida.

— Ah, é assim? Eu entro no carro sem nem saber pra onde estou indo?

— Exatamente — ele responde, com um sorrisinho satisfeito.

— Isso é um sequestro!– Digo fazendo-o rir.

O carro segue pelas ruas iluminadas, e eu tento conter a ansiedade, deixando-me levar pela expectativa do desconhecido.

Encosto a cabeça no banco, observando a cidade passar pela janela. As luzes dos postes criam sombras suaves dentro do carro, e o som do motor preenche o silêncio confortável entre nós.

Depois de alguns minutos, não resisto e olho para ele. Eli parece concentrado na estrada, mas há um pequeno sorriso brincando em seus lábios, como se estivesse animado.

— Sério que você não vai mesmo me dar uma pista?– Reclamo.

Ele solta uma risada baixa.

— Sim senhora. Mas posso te garantir que você vai gostar.

Reviro os olhos, cruzando os braços.

— Se eu não gostar, vou te fazer ouvir minhas playlists com músicas ruins pelo resto da vida.

— Suas playlists são boas.

Arqueio uma sobrancelha, surpresa.

— Você já ouviu minhas playlists?

Ele aperta os lábios por um segundo, como se tivesse falado demais.

— Talvez..

Meu coração dá um salto inesperado, será que Jane já deve ter mostrado? Tento ignorar a sensação e me concentro na estrada, onde vejo que estamos saindo da parte mais movimentada da cidade.

— Ok, agora estou realmente curiosa.

Eli apenas sorri, acelerando um pouco mais.

— Relaxa. Já estamos chegando.

A ansiedade cresce dentro de mim. Seja lá para onde ele está me levando, uma coisa é certa, essa noite vai ser inesquecível.

O carro se afasta das ruas mais movimentadas, e logo vejo o brilho das luzes coloridas à distância. Meu estômago dá um salto quando percebo para onde estamos indo.

— Não…– Digo, meu sorriso crescendo. — Você não está me levando para um parque de diversões, está?

Ele olha para mim rapidamente, com um sorriso.

— Surpresa.

Meu coração bate mais rápido, e eu quase não consigo conter a empolgação. Como ele sabia que eu amava parques? Como ele sabia que era meu sonho ter um "date" no parque?

O parque está ali, iluminado e vibrante, com s roda-gigante brilhando e as luzes piscando em uma sequência de cores. Tudo parece mágico à noite, e o som das risadas e da música ao fundo só aumenta a sensação de que algo especial está prestes a acontecer.

Assim que ele estaciona o carro, a adrenalina já começa a tomar conta de mim.

— Eu não acredito… Você realmente me trouxe aqui?– Pergunto, ansiosa.

— Claro que trouxe. Quem não ama um parque de diversões?

Ele sai do carro e vai até a porta do meu lado, abrindo para mim. Eu saio rapidamente, sem conseguir parar de sorrir.

— Você é louco! Isso é incrível!– Eu fico olhando para o parque, completamente maravilhada.

Ele dá de ombros, ainda com aquele sorriso no rosto.

— Eu sei, sou um cara de boas ideias.

Você é tão convencido.– Digo dando um tapinha em seu ombro.

A visão do parque de diversões me deixa sem palavras. As luzes cintilando, as músicas dos brinquedos, as pessoas se divertindo ao redor… é o tipo de lugar onde você não consegue deixar de sorrir.

— Vamos primeiro na montanha-russa? — Pergunto, tentando não parecer muito animada, mas sem conseguir esconder o brilho nos olhos.

Ele me olha, com uma expressão travessa.

— Só se você prometer não gritar muito.

— Não prometo nada! — Respondo puxando-o para o portão de entrada.

Depois de passar um tempo na fila, finalmente nossa vez chega. Sento-me ao lado dele, o cinto de segurança se ajustando ao meu corpo. Não demorou muito para o carrinho começa a se mover lentamente pela subida. O coração bate forte no peito, e o som da subida parece ser infinito. Olho para Eli, que parece completamente tranquilo.

— Você vai adorar.– Ele diz, com aquele sorriso despreocupado.

Eu tento parecer confiante, mas a verdade é que a subida está me deixando tensa. De repente, a descida começa, e a velocidade aumenta. Meu grito escapa antes mesmo que eu consiga me controlar. As luzes e os sons do parque parecem distantes, como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta.

Quando o carrinho finalmente desacelera e paramos, meu cabelo está bagunçado, e meu rosto está corado de tanto rir e gritar.

— Eu avisei!– Ele diz, com um sorriso triunfante.

Fomos no amor express, carrinho bate-bate, comemos algodão doce, tiramos fotos, jogamos no tiro ao alvo.. Estava tudo incrível, a companhia dele era incrível.

Eli havia me presenteado com uma linda pelúcia de urso polar, já que ele tinha ganhado no tiro ao alvo. Decidimos chamá-la de bellyinha.

Pra finalizar, decidimos ir na roda gigante. O barulho do parque vai diminuindo à medida que subimos, e logo estamos a uma altura onde tudo lá embaixo parece pequeno. A vista era linda, dava pra ver a cidade toda.

— Uau.– Sussurro impressionada com a vista.

— É... é ainda melhor do que eu imaginava.– Ele respondia.— Tá gostando da noite?

— Tô amando.– Olho para ele.— E você?

Ele me olha de uma maneira que eu não sei explicar, mas sinto um calor no peito.

— Eu também.– Ele responde com um sorriso tímido no rosto.

E naquele momento, a roda gigante parava, com o objetivo de fazer com que todos observem a paisagem.

— Sarah, queria te fazer uma pergunta, porém queria sua sinceridade.

— Pode falar.

— Você realmente estava bêbada na festa de Halloween?

Aquela pergunta me faz travar totalmente. Será que se eu contar a verdade, oque daria?

Algo em mim pedia pra dizer a verdade, era horrível mentir.

— Não Eli, eu estava sóbria.– Eu deslocava meu olhar para a paisagem.

— Por que você mentiu?

— Tenho medo de confundir as coisas, e você também não pareceu gostar..

— Sarah.– Ele colocava a mão no meu rosto.

— Quando você vai perceber que eu sempre quis você? Assim como ainda quero.

Aquelas palavras caem como uma bomba, e meu coração acelera de um jeito que eu não consigo controlar. Por um momento, tudo parece parar. O som do vento, as luzes do parque atrás de nós, até a respiração dele, tudo desaparece. Só existe aquele momento, aquele olhar profundo, e eu sem saber o que responder.

Eu desvio os olhos dele por um segundo, tentando processar o que ele acabou de dizer. Como assim, ele sempre quis me ter? Ele está falando sério? Será que eu ouvi certo? A dúvida me consome, mas a sensação no meu peito é uma mistura de alívio e medo, como se finalmente algo que eu sempre suspeitei estivesse se confirmando.

— Eli...– Minha voz sai baixa, quase um sussurro.

Ele ainda está me olhando com aquele olhar penetrante, e eu sinto o calor de suas palavras tomando conta de mim.

— Você tá falando sério?

— Por que você acha que eu sempre estive perto, Sarah? Porque eu te queria o tempo todo. Porque sempre foi você.

O medo de confundir tudo ainda está ali, mas agora é como se eu estivesse enxergando as coisas de uma maneira mais clara.

— Eu também…– Começo a dizer, mas paro, sentindo uma onda de emoção me invadir.

Ele se aproxima mais um pouco, tocando suavemente em meu rosto com a ponta dos dedos, como se estivesse esperando que eu dissesse algo mais, algo que mostrasse que eu também sentia o mesmo.

Aquela sensação de insegurança e medo de que algo saísse errado começa a desaparecer, substituída por algo mais forte, mais real. Eu não estava mais tão perdida nas minhas dúvidas. Eu sabia o que eu sentia.

— Eu também quero você, Eli. — A palavra sai com mais facilidade do que eu imaginava.

Ele sorri suavemente, um sorriso cheio de significado, como se tudo o que ele esperava estivesse finalmente acontecendo. O silêncio entre nós é confortável agora, como se ambos soubessemos que, naquele momento, as coisas estavam finalmente no lugar.

A proximidade dele me deixa sem fôlego, e por um segundo, sinto como se estivesse prestes a explodir de tanto que a tensão cresceu entre nós.

Ele olha nos meus olhos com uma intensidade que me faz derreter por dentro. O sorriso que ele me dá é suave, mas é como se ele estivesse esperando por esse momento há muito tempo, assim como eu.

E então, sem palavras, ele se inclina lentamente para mim, com o olhar fixo no meu. Meu corpo já sabe o que fazer. Eu me aproximo, como se algo me puxasse para ele, e nossas respirações começam a se misturar, mais rápidas, mais profundas.

Quando nossos lábios se encontram, é como se o tempo tivesse parado. Tudo o que eu sentia, todas as inseguranças e dúvidas, desaparecem. O beijo é suave no começo, porém em pouco tempo, ele fica intenso.

Minhas mãos encontram o pescoço dele, enquanto suas mãos permanecem em minha coxa. Ele pede a passagem da língua, e eu obviamente cedo. Devido a falta de ar, finalizamos o beijo com dois selinhos.

Nossas testas ainda permaneciam coladas, enquanto suas mãos acariciavam minha coxa. O vento fresco bate, fazendo nossos cabelos balançarem. Parecia que eu estava em um filme, um filme de romance.

— NOTAS!!

• Oii amorecoss!! Oque acharam do capítulo?

• PRIMEIRO BEIJO DE VERDADE VEIO PORRAAAA🙌😝

• Coloquei algumas referências como o nome do capítulo sendo a música de Como Perder um Homem em 10 Dias, o urso polar da Belly de O Verão Que Mudou a Minha Vida..

• Não se esqueçam de votar e comentar, não sejam leitores fantasmas plss

• Não se esqueçam de me seguir no tiktok heinn ( mahsxm_ )

• Se tiver qualquer erro de escrita, desculpinhaa

Bjusss♡

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