07. Nocturnal Euphoria
Assim que mamãe e Will saíram, fomos corremos para o meu guarda-roupa, jogando roupas para todos os lados. Queríamos algo que chamasse atenção, mas sem parecer que tentamos demais. Depois de alguns minutos de indecisão, acabo escolhendo uma mini saia jeans, uma regata de renda meio transparente e um tênis preto da Nike. Já Jane escolhe um short jeans, um top branco, uma blusa de botão de manga curta como "jaqueta" e um all star branco.
— Acho que tá bom, né?– Pergunto me olhando no espelho.
— Tá perfeito! Agora só falta a maquiagem.
Passamos mais alguns minutos nos arrumando, até que finalmente estamos prontas. Meu coração bate mais rápido de expectativa. Não é só a festa que me anima, mas a possibilidade de me divertir sem pensar em nada.
Saímos de casa partindo em direção à festa. No caminho, minha amiga vira para mim com um sorriso empolgado.
— Você tá preparada?
— Pra quê?
— Sei lá! Beber um pouco, dançar até não aguentar mais, beijar bastante..
Dou uma risada.
— É, acho que tô precisando disso, tirando a parte de beijar.
— Ah qual é Sarah, somos jovens e temos que aproveitar! Quanto tempo você não beija?
— Desde o dia da biblioteca que beijei o Eli.
— Aquilo não foi beijo, foi selinho, e você beijou pra ajudar ele, certo?
Não foi pra ajudar, eu beijei ele pois gostava dele, gostava dos lábios dele, que eram totalmente viciantes. Porém precisava manter a postura.
— Certo.
Chegando na festa, já dava para sentir a energia do lugar. O som alto vibrava no ar, e as luzes coloridas piscavam pela casa de Marcus. No jardim, algumas pessoas conversavam, segurando copos vermelhos, enquanto outros já pareciam animados demais para o começo da noite.
— Vem, vamos pegar uma bebida primeiro!– Jane me puxa pelo braço, animada.
Entramos na casa e seguimos até a cozinha, onde uma mesa cheia de garrafas de vodka, gin, energéticos e entre outros. Pegamos nossas bebidas e brindamos.
— A essa noite, que promete ser inesquecível! – Ela diz.
— A essa noite! –Repito sorrindo e logo tomo um gole.
A música muda para um hit animado, e logo minha amiga começa a me puxar para a sala, onde todos estavam dançando. No começo, fico um pouco hesitante, mas depois me deixo levar pelo ritmo. É libertador.
— Agora sim, essa é a Sarah que eu conheço!– Ela grita.
Rimos juntas e continuamos dançando. Em algum momento, um cara se aproxima e tenta puxar papo comigo. Ele é bonito, tem um sorriso fácil e parece divertido. Mas minha amiga percebe meu desconforto e rapidamente entra no meio, inventando uma desculpa para me tirar dali.
— Você realmente não quer beijar ninguém hoje, né?– Ela pergunta quando estamos de volta na cozinha.
— Não é isso… só não tô no clima. Só quero curtir a noite com você.
Ela sorri e me abraça de lado.
— Então é isso que vamos fazer.
— Sarah? Quanto tempo!– Marcus vinha em minha direção, me abraçando.
— Eai! Quanto tempo!
— Não imaginava que você estaria aqui!– Ele dizia e logo ia cumprimentar Jane.
— Aproveitem a festa, bebam, beijem, transem e sejam livres!
—É isso aí!– Jane gritava levantando seu copo.
Soltei uma risada e bebi mais um gole da minha bebida. Marcus sempre foi exagerado, mas, de certa forma, era divertido. Jane, por outro lado, parecia realmente disposta a seguir o conselho dele ao pé da letra.
— Vou pegar mais bebida, já volto!– Jane dizia.– Fica aí!
— Sim senhora!
A música estava alta, as luzes piscavam e as pessoas ao nosso redor pareciam estar em outro mundo, aproveitando a noite sem pensar no amanhã. Fechei os olhos por um instante e me permiti sentir aquela energia. O som, o calor das pessoas, a leveza de não ter preocupações por algumas horas.
De repente, sinto alguém tocar meu ombro. Abro os olhos e vejo Robby
— Sarah? Eai!– Ele me dava um abraço.
Fiquei um pouco surpresa ao vê-lo ali. Não imaginava que ele estivesse aqui, Marcus conhecia ele? Porém fiquei feliz, ele era legal, eu gostava da presença dele.
— Robby! O que você tá fazendo aqui?
Ele deu um sorriso de canto, típico dele.
— Marcus chamou uns amigos que me chamaram também. Eles disseram que seria uma festa boa, e acho que eles não tavam mentindo.– Ele olhou ao redor, observando a pista de dança cheia. — E você?
— Marcus é meu amigo de infância.
Robby assentiu, parecendo processar a informação.
— Então vocês são bem próximos?
— Éramos. Estudamos juntos no fundamental, mas depois ele se mudou.
— Entendi.– Ele disse, inclinando levemente a cabeça. — Bom, pelo jeito ele sabe dar uma festa.
Ri, olhando ao redor. A casa de Marcus estava cheia, a música estava alta, e todo mundo parecia estar se divertindo.
— Sim, ele sempre foi assim. O rei das festas.
Robby sorriu, cruzando os braços.
— E você? Também é do time festeiro né.
— Acho que você já sabe a resposta.– Digo fazendo ele rir.
Por um momento, ficamos em silêncio, apenas observando a festa acontecer ao nosso redor. Então, do nada, Jane voltou com dois copos na mão, os olhos brilhando de animação.
— Voltei!– ela disse, entregando um dos copos para mim. Depois, olhou para Robby com curiosidade. — E você quem é?
— Jane esse é o Robby, é um amigo meu.– Digo.— Robby essa é a Jane, minha amiga de infância.
— Prazer.– Os dois falam juntos.
Jane deu um sorriso travesso e olhou de mim para Robby, como se estivesse analisando algo.
— Amigo, hein? — ela disse, arqueando uma sobrancelha.
Revirei os olhos, bebendo um gole da minha bebida.
— Sim, Jane, amigo. Muito engraçadinha você.
Ela riu, mas não disse nada, apenas bebeu um pouco da própria bebida. Robby, por outro lado, parecia estar envergonhado porém gostando da situação.
— Então, Robby, o que você tá achando da festa?– Jane perguntou.
Ele deu de ombros, olhando ao redor.
— Bem animada. Não sou muito de festas, mas essa tá legal.
— Sarah! Você tá curtindo ou não tá?– Marcus apareceu do nada, jogando um braço em volta dos meus ombros.
— Tô, Marcus! – rio, tirando o braço dele de cima de mim.
— Boa, porque eu exijo que todo mundo se divirta! E vocês dois?– Ele apontou para mim e Robby — Vão dançar agora.
— Nossa, exigente ele– Robby disse, rindo.
— Eu sou o rei das festas, lembra? – Marcus piscou e sumiu na multidão.
Olhei para Robby, que já me olhava de volta.
— E aí Sarah? Vamos seguir as ordens do rei?
— Vai logo!– Jane me cutucava.
Suspirei, mas sorri.
— Tá bom, vamos.
Robby estendeu a mão, e eu segurei. Ele me puxou para a "pista de dança", e logo estávamos cercados por pessoas pulando, rindo e aproveitando. A música estava alta, e a batida fazia o chão vibrar.
Começamos a nos mexer no ritmo da música, primeiro de forma descontraída, só curtindo. Mas conforme o tempo passava, a distância entre nós foi diminuindo.
— Você dança bem– Comentei tentando me fazer ouvir no meio do barulho.
— Você também– Ele respondeu chegando um pouco mais perto.
— Ou, vem comigo na cozinha? Quero pegar mais bebida– Digo.
— Cuidado pra não ficar doidona igual no parque hein.. Porém vou sim.
— Eu não tava doidona no parque tá? Eu estava quase sóbria, só precisei de mais tempo.– Digo puxando-o.
Fomos na cozinha, que estava com pouco movimento, afinal todos estavam no quintal ou sala.
— Porém eai, como tá a vida?– Pergunto.
— Bom, eu comecei a trabalhar na empresa do Larusso.
— Daniel? Daniel Larusso?
— Ele mesmo – Robby confirmou encostando-se no balcão enquanto eu procurava algo para beber.
— Uau, nunca imaginei você trabalhando com ele.
Robby riu, passando a mão pelos cabelos.
— Pois é, a vida tem dessas. Mas até que tá sendo bom. Melhor do que algumas opções que eu tinha antes.
— Entendo.– Digo pegando uma garrafa e colocando um pouco em dois copos, entregando um para ele.
— Bom, então um brinde a oportunidades inesperadas!
— E às noites eufórica inesperadas!– Ele completou, batendo o copo no meu antes de bebermos.
O álcool desceu queimando, mas de uma forma boa, deixando meus sentidos mais leves. Encostei-me ao balcão ao lado dele, olhando para a porta da cozinha, onde a festa continuava acontecendo.
— E você?– Ele perguntou. — Como tá a vida?
— Ah, nada muito emocionante. Só tentando sobreviver ao caos de sempre.
— Caos?– Ele arqueou uma sobrancelha, curioso.
Dei de ombros.
— Umas paradas aí, porém vamos ignorar, vim aqui para esquecer isso
— É isso aí!– Ele concordava.
Ele me observou por um instante, como se estivesse processando oque iria dizer. Depois, sorriu de canto.
— Sabe, eu gosto disso em você. Você sempre consegue encontrar algo bom nas coisas, até nas bagunças.
Fiquei meio sem reação com o comentário. Não sabia se era o álcool ou o momento, mas senti meu rosto esquentar um pouco.
— É um talento natural– Brinquei tentando aliviar a tensão.
Ele apenas sorriu, olhando para mim de um jeito que fez meu coração acelerar. Por um momento, o barulho da festa pareceu distante. Estávamos só nós dois ali, na cozinha, com a música abafada ao fundo e o cheiro de álcool misturado com algo doce no ar.
— NOTAS!!
• Oii amorecoss!! Oque acharam do capítulo? Robby tá que tá hein, e esse é só o começo KKKK
• Não se esqueçam de votar e comentar, não sejam leitores fantasmas plss
• Não se esqueçam de me seguir no tiktok heinn ( mahsxm_ )
• Se tiver qualquer erro de escrita, desculpinhaa
Bjussss♡
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