𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 42

CAPÍTULO 42

8 meses depois.

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Não que eu tenha muita curiosidade para me aprofundar nos detalhes da Comissão, mas de vez em quando venho com Cinco para acompanhar o seu trabalho. Ele tem uma sala bem espaçosa, cheia de livros e protocolos. Posso dizer o número de qualquer artigo que Cinco irá explicá-lo sem precisar ler.

— Você quer parar de mexer nos meus documentos? — A voz dele grita do outro lado da sala. Pelo visto ele mantém um olho no seu trabalho e o outro em mim. — Senta aqui, depois eu arrumo.

Eu solto as pastas que estavam me entretendo nos últimos minutos, e puxo a poltrona da frente de sua mesa para colocá-la do seu lado.

— Tá terminando? — Pergunto, espiando o que ele escreve. Acho que os anos não fizeram bem a sua caligrafia, eu mal entendo o que está escrito.

— Quase. Quer jantar o que hoje?

— Lasanha.

— De novo? Comemos isso a semana inteira.

— É o que para no meu estômago.

— Você tem que ir ao hospital.

— Não precisa. Vou melhorar. Foi aquele hambúrguer que comemos aqui, me fez mal.

— Eh… nós dois ficamos mal. Já acionei o supervisor daquele setor. A questão ainda é… — Cinco para de escrever para apontar a sua caneta em minha direção. — Eu melhorei e você não.

— É claro. A sua imunidade é a maior do planeta.

— Amor…

— Sobreviveu 20 anos comendo comida vencida.

— Amber.

— Não é um hambúrguer que vai te derrubar.

— Eu vou te levar hoje. Está decidido.

— É perda de tempo, Cinco. Vamos ficar horas esperando, o médico vai passar um monte de exames e vai mandar fazer o que já estou fazendo: descansar e beber líquidos.

— Ótimo. Esteja pronta quando eu terminar. — Diz ele, como se tudo o que eu acabei de falar nem tivesse chegado em seus ouvidos. — E não se esconda.

Eu bufo. Realmente não quero que nossa noite seja num banco frio de hospital para aguardar resultados que eu já prevejo. Mas é difícil mudar a cabeça dele. O medo extremo de me perder por uma simples gripe faz ele colocar meias nos meus pés durante o inverno. Eu até gosto, mas nesse momento só quero a nossa casa.

Eu me inclino para o lado, deitando minha cabeça no ombro dele, sentindo o seu calor e desejando que estivéssemos em nossa cama hiper confortável com um filme na televisão do qual não prestaríamos atenção. Essa nova colônia que ele usa é tão boa, combina com ele, combina com a cara de mau que ele usa aqui na Comissão.

Eu chego mais perto, beijando o seu pescoço e sentindo mais o seu cheiro. Vejo ele se arrepiar, no mesmo momento que esse cheiro se torna forte demais para mim. Enjoativo, subindo por minhas narinas e fazendo uma pressão em minha testa. Eu disse que estava melhorando, mas eu não devia fungar o pescoço do meu marido se passei todas as manhãs com a cara no vaso sanitário.

Com uma careta, eu me afasto, disfarçadamente cobrindo meu nariz com a mão, procurando por outro cheiro que não seja o perfume forte dele.

— Amber, o quê…? Ah, não, nem vem com essa. Eu tomei banho antes de vir. — Ele se defende, muito ofendido.

— Eu sei que você tomou banho, amor. Dá pra sentir. — Eu viro a minha cabeça, mas todas aquelas notas de perfumes masculinos se alojaram dentro do meu nariz. — Que exagero de perfume.

— O quê?! Você adora.

— Quando você não usa o frasco inteiro. Vou usar o seu banheiro, tá?

— Quer que eu vá com você?

— Não. Pode terminar seu trabalho, quero ir embora logo.

Ele cede, voltando a escrever em seu papel. Eu tenho vontade de xingá-lo agora e nem sei o motivo.

Caminho até o banheiro do escritório dele, trancando a porta em seguida. Inútil, pois meu marido ignora barreiras físicas. Apoio meus braços na pia por alguns segundos, esperando para ver se o enjoo irá passar ou terei que prender o meu cabelo.

Encaro o meu reflexo, notando que eu devo ter perdido alguns quilos durante essa semana, e na minha pele falta uma cor saudável. Meus olhos encontram um sabonete líquido laranja sobre a pia, e imaginar a fragrância tropical dele joga fora todo o progresso que eu tive até agora.

Fecho a boca, amarro o meu cabelo depressa e me abaixo para perto do vaso, colocando para fora o pouco que comi hoje. Tudo bem, estou cansada dessa rotina. Talvez ir ao hospital não seja tão ruim. Dou descarga e lavo minha boca na torneira, também jogando água no rosto.

Algumas lágrimas aparecem, mas são só consequência dessas dores.

— Ei, eu te escutei — Cinco aparece, de repente, e segura os meus ombros para me virar em sua direção, querendo olhar em meus olhos. — Tá melhor agora?

— Sim.

Um pouco, talvez.

As sobrancelhas dele se inclinam em compaixão e ele segura a minha cabeça, puxando-me contra o seu peito. Antes, faço questão que ele tire o terno, fazendo com que a metade do cheiro forte não esteja sob o meu nariz. Eu me deito em seu peito quente, fechando os olhos, destruída fisicamente mas me sentindo extremamente sortuda pelo cuidado e prioridade que ele me dá.

Isso é tão forte que faz essas dores e enjoos virarem nada, e por alguns instantes, me sinto bem. Curada.

— Não quero te ver assim. — Ele beija a minha cabeça. — Coloca o seu casaco, vamos sair agora.

— Você terminou?

— Eu termino outra hora.

Ele me dá outro beijo na cabeça. Cinco é cético demais, e não acreditaria que seu abraço e seus beijos me curam mais que uma semana de repouso e remédios.

Eu me afasto dele, limpando os cantos de lágrimas que acabou escorrendo. Cinco me olha com estranheza, confuso, e hesita em perguntar:

— Amor, você está bem mesmo?

— Eh, um pouco, né.

— Não está sentindo mais nada?

— Sono.

— Não… Eu digo… Não está sentindo seu braço invisível?

Eu confiro meus braços esticando-os, e percebo que o lado esquerdo do meu corpo está invisível. É até estranho olhar isso através do espelho.

— Que porra é essa? Eu não estou fazendo isso.

— Você consegue deixar partes do seu corpo invisível…?

— Não. Eu nunca fiz isso antes. — Estou tão surpresa quanto ele. — Eu nem sabia que era possível.

— Você definitivamente não está bem. Vamos para o carro.

— Como vou aparecer metade invisível num hospital? — Questiono. Além de todos duvidarem de suas próprias sanidades, o que mais pode acontecer?

— Bom, até lá você volta ao normal.

— Cinco, intoxicação alimentar faz isso? — Eu levanto a palma da minha mão, que oscila entre visível e não. Somente a minha mão. Eu sequer consigo controlar isso. — Só estou fraca.

Ele respira fundo, quase se dando por vencido. Cinco me leva até o seu escritório, segurando o meu braço visível e com sua mão na minha lombar. Por algum motivo, ele tem medo que eu caia. Eu me sento em seu sofá macio, enquanto ele busca sua garrafa d'água para me oferecer.

— Isso é estranho. Eu não tive problemas com os meus poderes. — Diz ele, pensativo. Eu poderia novamente dizer o nível de sua imunidade e resistência, mas me cansei só de pensar. — Vamos por eliminação. Não é gripe.

— Não é intoxicação alimentar.

— Com certeza não é varíola.

— Com certeza não é alzheimer — Eu digo, irônica, porque também posso listar doenças e transtornos que com certeza não são.

— Com certeza não é pneumonia. — Ele diz, achando graça.

Ah, tá bom, agora a brincadeira é dizer coisas improváveis.

— Com certeza não é gravi…

Não.

Ai meu Deus.

— Quê? Eu não entendi — Cinco pergunta, ansioso pela nova doença sem sentido que eu iria dizer. Mas não é bem uma doença.

Ao mesmo tempo que a ideia parece distante e inconcebível, é também uma ótima explicação, contando que eu larguei os anticoncepcionais há três meses.

— Cinco…? E se aconteceu?

— O quê aconteceu? — Pergunta ele, passando seu polegar em minha bochecha, com a leveza no olhar de quem não tem a palavra “gravidez” em sua mente.

— Você pode comprar um teste de gravidez?

— Pra quê? — Ele diz, de imediato, sem pensar. Logo ele entende, poupando que eu lhe dê uma resposta arrogante. — Espera, você acha que…

— Eu não sei. É uma opção.

— Você não está com os outros sintomas, está?

— Acho que sim… —  Milhões de pensamentos passam pela minha cabeça agora, eu mal consigo raciocinar.

— Meu Deus. — Cinco parece igualmente perdido. — Fica aqui que eu vou numa farmácia. — Ele busca o seu terno no banheiro, vestindo-o depressa. — Vou trazer algo para você comer também. Bebe essa água e não faz muito esforço.

— Tudo bem.

— Eu já volto.

— Tá bom.

— Vem cá. — Ele segura meu rosto com as duas mãos, me dando um longo selinho antes de ir.

Olhando para mim como se precisasse lutar muito para sair da sala, ele se teletransporta, desaparecendo diante dos meus olhos. Ficar sozinha com tantos pensamentos não deve ser saudável. Eu fico olhando para um ponto fixo no chão, juntando provas e evidências de que isso pode ser verdade.

Há um tempo tivemos essa conversa e concordamos em parar com os métodos contraceptivos. Acho que meus sintomas se encaixam nesse quadro, e só não cogitei uma gravidez no primeiro enjoo que tive porque Cinco também estava mal.

Não achei que meus seios doloridos eram sintomas, para mim, era óbvio que o motivo foi Cinco ter apertado demais na noite passada. E na retrasada. E desde quando começou. Agora cubro a boca com a mão, chocada, e tomada por ansiedade e medo.

Ainda há chances de ser só uma coincidência de sintomas.

— Cheguei — Cinco aparece no meio do escritório. Se demorou seis minutos, foi muito. Ele coloca uma caixa de papelão em meu colo, onde há a logo da lanchonete de donuts que sempre compramos. Eu abro a caixa e pego o primeiro donut antes mesmo de saber se ele conseguiu encontrar os testes. — Você tá bem, né? Não aconteceu nada?

— Não, eu tô bem.

— Eu comprei 4 desse aqui, tá certo? — Pergunta ele, me mostrando as embalagens dos testes.

— Tá ótimo.

— Vamos fazer lá em casa. Consegue aguentar a pressão da maleta?

Eu tiraria forças de qualquer lugar para fazer esse teste em casa, então digo a ele que sim. Ele segura o meu braço delicadamente, enquanto abre a sua maleta particular, colocando nosso ano e endereço. Um brilho forte aparece e a sensação de estar numa montanha russa revira o meu estômago. Em poucos segundos, estamos no quintal de nossa casa, correndo para dentro porque fomos surpreendidos com a chuva forte.

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Vamos direto ao nosso quarto, no andar de cima, e pegamos umas toalhas para nos secar da chuva. Ele coloca seu terno sobre meus ombros, para me esquentar, e tenho certeza que em sua cabeça ele encontrou outra possibilidade de eu ficar gripada. Dessa vez, com a chuva.

— Eu acho que posso fazer o teste agora. É recomendado pela manhã, mas eu est…

— Calma. Deixa eu assimilar. — Cinco se senta na cama, tirando os sapatos sociais, e afundando os punhos em cada lado de seu corpo, no colchão. Está olhando fixamente para o nada. — Você acredita mesmo que está grávida?

— Eu não faço ideia. Tenho os sintomas, mas pode ser coincidência.

— E o seu ciclo? Como que… — Ele mexe as mãos, sem conseguir explicar seus pensamentos.

— Ainda está desregulado, não dá para ter certeza.

— Tudo bem, faz lá. Os quatro. E volta. — Diz ele, estalando os dedos das mãos em seguida. Eu ficaria o tempo pedido na embalagem olhando para os quatro testes, mas se Cinco ficar sozinho, logo terá fumaça saindo de sua cabeça.

Vou ao banheiro do nosso quarto e fecho a porta. Pela primeira vez na minha vida passo por esse processo, e repito a sequência rigorosamente. Deixo os testes em cima da pia, encarando-os por um tempo. Em pouco minutos, minha vida pode mudar de rumo completamente. A ansiedade me faz pensar que não estou preparada, e me arrepender de parar com os comprimidos.

Eu pratico essa auto sabotagem inconsciente até escutar batidas na porta. Dois toques, uma pausa, e mais um toque. Eu volto para realidade, onde não estou sozinha com essa enorme ansiedade e carga de responsabilidade.

— Amber, volta pra cá — Cinco pede. Eu noto que sua voz toma um tom diferente, de preocupação, de um jeito que nunca vi ele. Parece uma nova versão.

— Lembrou que existe porta para bater? — Eu implico, saindo do banheiro. É a primeira vez em muito tempo que ele respeita uma porta fechada.

— Ficou pronto?

— Ainda não.

— Cacete, que nervoso — Ele dá uma volta em si mesmo, as mãos na cabeça. Cinco se senta outra vez na cama, seu pé batendo contra o chão freneticamente.

Não imaginei que ele ficaria tão tenso e apreensivo. Ele sempre consegue ser racional. Como a ficha de que isso pode ser real ainda não caiu para mim, me vejo na obrigação de apoiá-lo. Eu chego mais perto, de pé me encaixando em suas pernas, e abraço a cabeça dele contra o meu peito.

Ele envolve seus braços ao redor do meu quadril, enquanto acaricio seus cabelos. Ficamos um bom tempo assim, o suficiente para ter saído o resultado, mas continuamos. Porque dessa vez precisávamos de coragem.

— Amber, se der negativo, eu te levo pro hospital agora mesmo. — Cinco diz, com seriedade

Eu balanço a cabeça, concordando.

— Tá pronto?

— Tô. Vamos lá.

Cinco se levanta, me dá um único beijo forte na boca e segura a minha mão. Assim fomos até o banheiro. Mantemos nossos olhares erguidos para não espiar. Fazemos uma contagem regressiva baixinho e olhamos para os testes de uma vez só.

Minhas sobrancelhas dão um pulo, e eu sinto um frio na barriga. Fico paralisada.

Fralda.

Leite.

Roupinha.

Choro.

Parto.

Reforma.

Vacina.

Festas.

Insônia.

E mais centenas de palavras e cenários passam pela minha cabeça. Não era mesmo intoxicação alimentar, era um bebê. E agora não resta dúvidas, quando há quatro testes positivos na minha frente.

— Ai, meu Deus, Cinco. — Eu coloco minha mão na boca, sentindo as lágrimas virem.

— Dois riscos significa o quê mesmo? — Pergunta ele, confuso, revezando seu olhar entre mim e os testes.

Cinco procura algum resquício de uma brincadeira de mal gosto em meu rosto, mas só encontra lágrimas, junto a um olhar de medo e felicidade.

— É sério?

Eu balanço a cabeça, estendendo os braços. Cinco vem na mesma hora, me abraçando absurdamente forte. Nesse momento, eu relaxo e me sinto no lugar certo para desabar em lágrimas. Soluço em seu peito, molhando sua camisa com meus olhos. Ele está pressionando sua boca contra o meu cabelo, balbuciando sobre como ele não acredita no que está acontecendo.

Além do medo e insegurança que deve ocorrer em qualquer mãe de primeira viagem, o que sobra é felicidade. Eu não podia estar mais alegre e me sentindo sortuda quando o meu primeiro filho é com Cinco. Como eu poderia imaginar esse nível de sorte há dois anos atrás, quando eu nem pensava que encontraria um amor tão grande quanto eu sinto por ele?

Eu não tenho nada para reclamar. Em absolutamente nenhum aspecto. Meu marido tem lágrimas nos olhos ao receber essa notícia, isso é tudo o que eu sempre sonhei.

— Aconteceu mesmo — Ele diz, refletindo, passando o pulso para secar os olhos, observando incrédulo os testes sobre a pia. — Eu vou ter um filho. Nós vamos ter um filho.

Eu balanço a cabeça outra vez, sem palavras.

— Porra, eu vou ter um filho com você! — Cinco enfatiza, com um sorriso enorme. Ele empurra a minha cintura até sairmos do banheiro, e aqui, perto da cama, ele me dá vários selinhos, por todo o rosto. — Garota, olha onde chegamos.

— Muito longe, não é? Estamos criando uma família.

— Nem nos meus sonhos mais fantasiosos eu imaginei tanto, meu bem. Você, e tudo isso… — Ele não termina de falar, apenas deita a sua cabeça em meu pescoço.

Seu braço me aperta ainda mais, puxando-me para ele e para cima, o tempo todo beijando o meu ombro. Ele sobe um pouco, beijando meu pescoço, lentamente se movendo até minha bochecha.

Obrigado. — Ele beija a lateral da minha cabeça, envolvendo-me dentro de seus braços como se seu mundo inteiro estivesse nesse espaço. Porque a sua nova família cabe em seu abraço.Obrigado.

— Eu te amo. Te amo muito. — Digo baixinho, abraçando-o ainda mais e perdendo o fôlego sem conseguir respirar.

— Eu também te amo.

Ele me solta, fungando, e posso sentir o sangue voltar a circular em certas partes do meu corpo. Os grandes cílios dele estão molhados, e seus olhos verdes brilham ainda mais agora. A visão é linda, mas ele rapidamente seca com a manga da camisa. Um novo sorriso toma conta do rosto dele, um sorriso alegre e divertido, e assim ele se agacha na minha frente. Cinco levanta a minha blusa, ansioso, e começa a falar com o meu estômago.

— Dá nem pra ver.

— É mais embaixo.

Ele desliza a sua mão para baixo, próxima da minha calcinha, e deixa sua mão em cima por um tempo, enquanto a ficha cai mais uma vez.

— Ainda não dá pra ver.

— É, vamos ter que esperar um pouco.

— Seu pai tá te esperando, pirralho. — Ele diz, deixando um beijo rápido em minha barriga, logo depois se levantando com uma expressão pensativa. — Que palavra forte, né?

— Sim. Não chame o nosso filho de pirralho.

— Não, eu quero dizer pai. É muito nova, tenho que me acostumar.

Joguei os ombros, concordando. Acredito que seja equivalente ao que a palavra mãe pesa em mim. É uma sensação muito nova.

Perguntei a Cinco se poderíamos planejar o quarto do bebê no dia seguinte e ele disse que sim. Beijou minhas mãos, seguiu pelo meu braço até chegar em minha boca e atendeu todas as minhas vontades pelo resto do dia. Ele se colocou na palma da minha mão por vontade própria, e o tempo todo dizia que é o homem mais feliz do mundo.


⦿ 2.989 palavras

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que bom que ela escolheu 😍

nova skin Cinco Pai desbloqueada 😛

que trailer gente tô apaixonada 😭

🚨 é meme, não sumam 😭😭😭

eu to gravida de uma história que está sendo escrita nesse exato momento e vcs não podem comprar cigarro 🙏

bjs meus curupiras majoritários 💛

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