𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 24

CAPÍTULO 24



17 anos antes

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Eu faço um buraco no meio da terra, para em seguida depositar a semente. Das pouquíssimas opções, eu escolhi plantar pimentas, porque talvez um dia elas serão úteis para eu colocar no shampoo de Luther. Imaginar os olhos dele ardendo me faz rir sozinha, porém logo me dou conta que é uma atitude muito perversa.

Que se dane. Ele não vai mais mexer comigo quando minhas pimentinhas crescerem.

— Mãe, o Cinco pegou a minha terra! — Allison exclama, capturando a atenção de todos nós. Cinco está voltando para a sua bancada com o pacote de terra que uma vez foi de Allison.

— Número Cinco, você precisa devolver.

— Mas a minha terra acabou.

— Vocês receberam pacotes iguais. Como a sua terra acabou? — A mamãe robô caminha até o lugar dele, intrigada com a situação. — Tudo bem, vou buscar mais um pacote.

Cinco agradece com um leve sorriso. Mas então ele mira seus olhos em mim, seu sorriso começa a ficar arteiro, junto com o seu olhar. A terra dele não acabou, ele guardou. Temos treze anos, mas às vezes parece que Cinco parou nos seis. Estou ansiosa para ver quem será presenteado com terra debaixo dos lençóis.

Eu termino de plantar e ajudo Viktor a colocar terra nos vasinhos dele, assim ele vai conseguir terminar junto com todos nós. E quando finalmente terminamos a jardinagem, tiramos nossos aventais e luvas e pegamos nosso lanche. Bem que a mamãe falou que comemos mais em fase de crescimento, eu penso nas próximas refeições o dia inteiro.

De repente, a sirene toca, fazendo todos nós pularmos de susto. É sempre tão alto. Nós corremos para os nossos quartos trocar de roupa, mas quando eu chego no meu, tenho uma surpresa ao encontrar Cinco por lá.

— O que tá fazendo aqui?

— Nada.

Eu olho para trás no corredor, conferindo o cronômetro que diz quando devemos estar dentro da Van.

— Temos um minuto e dez segundos. É melhor a gente se trocar.

— Eu sei. Já estou indo — Cinco passa por mim, puxando meu braço para trás da porta, onde evita qualquer visão do corredor. Assim que me pressiona na parede, Cinco me dá um beijo rápido, mas que cola em mim e me faz sentir o resto do dia. — Te espero lá embaixo.

Ele se teletransporta, e com um sorriso bobo, eu caminho até o meu armário. Visto meu uniforme com mais pressa para chegar a tempo, no entanto, ao abrir minha gaveta de máscaras, só consigo soltar um grito do fundo da minha garganta.

— CINCO!

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Estou de braços cruzados no meu lugar na Van, e se olhares pudessem matar, todos aqui estavam mortos por minha causa. E Cinco seria o primeiro. Se não fosse pela máscara emprestada de Allison, o ponto fixo que eu olho na janela estaria derretendo de tanto desejo de vingança.

— Amber, você escutou o plano? — Luther pergunta. Gostaria que meus olhos fuzilassem ele também.

— Não. — Respondo, seca e arrogante.

— O que ela tem? — Diego cochicha.

— Sei lá, deve ser coisa de menina — Ben cochicha de volta.

— É o seguinte: Nós vamos entrar no laboratório, pegar o frasco amarelo que o papai falou e sair. Os obstáculos são os seguranças, as câmeras, cães de guarda, senha do cofre, e alarmes que vão ser acionados se pisarmos no lugar errado.

— Quem você escolhe pra missão de hoje, capitão? Estou vendo que não vamos poder ir todos juntos — Eu digo. Já espero a minha participação pelos meus poderes, agora só aguardo os outros integrantes.

— Você e o Cinco.

— Nem fodendo!

— Não fala palavrão! — Ben diz ao meu lado.

— Ele jogou lama com minhocas nas minhas máscaras e dentro dos meus sapatos! É por isso que estamos atrasados. — Solto meus braços, enfim, e me viro para eles. Cinco ainda tem a ousadia de perguntar:

— Você me viu colocando?

— Não.

— Então pronto.

— Tá bom, chega vocês dois! — Luther interfere — Vão ter que deixar essa briguinha pra depois. A missão é séria, estamos confiscando um produto pro papai. Vocês vão ter que trabalhar juntos.

É fácil falar. Se fosse Diego no lugar, Luther estaria em uma briga física interminável com o irmão.

— Amber, agora você pode deixar outras pessoas invisíveis também. Não vamos desperdiçar isso — Allison diz, um tom cauteloso. — E Cinco, seu babaca, você é ágil e pode entrar na sala do cofre sem precisarmos da senha. Essa missão é de vocês.

— É, e nós ficamos do lado de fora, dando cobertura — Ben diz.

Se eu ficar sozinha com Cinco, vou acabar fazendo algo que eu vou me arrepender.

— Vamos, Amber, depois a gente se resolve — Cinco também insiste, assim que a Van estaciona.

Somos ensinados a ter profissionalismo. Moramos todos juntos e é claro que uma hora ou outra vamos ter desavenças bem no meio das missões. Mas devia ser diferente com Cinco. Temos uma relação íntima demais para ser esquecida por uma missão, que sinceramente parece simples perto da complexidade do nosso relacionamento.

Isso não vai acabar aqui.

— Tá bom. Vamos logo.

Nós dois descemos da Van, e eu ando bem mais rápido para não ter que ficar ao lado dele. Ele se teletransporta para me alcançar, e então diz:

— Sei que você não prestou atenção, mas temos que ir ao terceiro andar no subsolo, na sala treze.

— E o que você tá esperando?

Minha utilidade nessa missão não mudou com essa informação, não sou eu quem se teletransporta aqui. Cinco bufa, e segura meu braço para usar seus poderes.

Toda a minha visão fica turva por um tempo, tendo três pequenos intervalos, provavelmente Cinco oscilando entre os andares. Eu ativo os meus poderes na hora, para nenhuma câmera flagrar o nosso vulto. E em alguns segundos, estamos no lugar certo, de frente para a porta certa.

Bem, um dos obstáculos já passou. Graças a Cinco não precisamos de uma senha para estar nesse departamento.

— Quanto tempo mais consegue usar seus poderes? — Pergunta Cinco, apertando minha mão delicadamente. Não sei se esqueceu que posso deixá-lo invisível sem contato físico ou se ele realmente quer segurar a minha mão.

— Uns dois minutos.

— Eu vou ser rápido.

Cinco nos teletransporta para dentro da sala treze. Tudo aqui é muito branco e tem tubos de ensaio por toda parte. Andamos nas pontas dos pés, tomando cuidado para não pisar em nenhum chão falso que possa virar uma armadilha. Tem garrafas de vidro com caveiras, outras sinalizando material radioativo, e vários símbolos que não faço ideia do que significam. Será que não deveríamos entrar aqui com roupas apropriadas para nos proteger disso tudo?

— Amber, onde você está? — A voz de Cinco cochicha do outro lado da estante. Acho que exploramos demais o laboratório e esquecemos de permanecer juntos. Eu dou a volta no corredor da estante e encontro a silhueta dele.

— Aqui.

— Acho que encontrei o cofre, meu bem, vamos entrar.

Meu bem? Por que ele espalha lama e bichos na minha gaveta e agora me chama por apelido carinhoso? E por que eu gosto tanto de ouvir?

Eu reviro os olhos, mesmo que ele não possa ver, e acompanho ele. Cinco nos leva até o final da sala, onde na porta de metal há um grande triângulo amarelo, que alerta o perigo de contaminação do outro lado da porta.

— Aqui é o terceiro andar do subsolo, esta é a sala treze. Esse só pode ser o cofre disfarçado de armazenamento de produto tóxico.

— Quer arriscar?

— Não temos muito tempo — Cinco fala, apoiando sua mão em meu ombro.

Em um piscar de olhos estamos do outro lado da porta de metal. Aqui as paredes parecem feitas de chumbo, a luz é fraca e o ar é congelante. Aparentemente todos esses frascos amarelos nas prateleiras precisam de uma temperatura baixa.

— Achamos. São esses, né? — Eu digo, desfazendo os meus poderes.

Cinco se aproxima de um deles, cerrando os olhos para enxergar o líquido exótico e denso dentro dos frascos.

— Sim. Encontramos.

— Ufa! — Eu inspiro, me abaixando para sentar no chão, ao lado da porta. Preciso recuperar minhas energias antes de usar meus poderes de volta. — Pra quê o velho quer isso?

— Não sei. Eu já vi ele conversar com a mamãe sobre esse produto, e eu procurei nos livros o que ele faz.

Eu fico em silêncio, esperando ele continuar. Até faço um gesto, mas Cinco está ocupado demais colocando os frascos dentro do pequeno refrigerador.

— E?

— Não existe.

— Como não existe?

— Não tem nenhum registro desse negócio. Em nenhum livro. — Cinco diz, pegando todos os frascos que pode — O nome parece de remédio. Mas por que um laboratório farmacêutico esconderia tão bem um remédio?

— É caro. Fazem para evitar roubo. Tipo o que estamos fazendo — Eu respondo, num tom óbvio.

— Tinha caixas de luxturna e zolgensma pelo corredor, eles só faltavam entregar de brinde para os visitantes — Cinco responde, com sarcasmo. — Essa coisa é diferente. O velho tem dinheiro, não precisa nos mandar para roubar. Ele tá aprontando, isso sim.

Cinco se abaixa e senta ao meu lado, o refrigerador cheio até o topo desse remédio misterioso. Ou o que achamos que seja remédio. Pode ser um combustível. Cinco solta um grande suspiro, também descansando para usar os poderes quando sairmos.

— Vai, diz suas teorias.

— Acho que o velho vai colocar esse líquido na nossa água e vamos ganhar mais força.

— Boa. E não tem registro porque é uma substância de outro planeta. — Cinco completa.

Alienígena.

— Isso!

— Espera, não aconteceu algo parecido com o Capitão América?

— Você anda lendo os meus quadrinhos?

Prefiro não responder.

— Tá, a minha teoria é que o velho tá construindo algum foguete para ir até Júpiter e esse remédio é para o astronauta… sei lá, não morrer.

— Por que Júpiter?

— Porque é gigante. Mas talvez seja Marte.

— Eu acho a minha teoria melhor — eu falo, escondendo minha risada.

É certo que nenhum de nós vamos saber o destino desses frascos, mas inventar histórias absurdas trás uma falsa sensação de leveza, e que tudo isso não passa de uma brincadeira. Nos ajuda a continuar.

— Já podemos ir?

— Ainda não — Cinco diz, seu dedo mindinho tentando se enrolar com o meu. — Foi mal pela sujeira que eu fiz no seu quarto. Era pra ser engraçado, mas nem deu tempo de eu ver a sua cara.

— Não seria engraçado de qualquer jeito.

— Seria sim — Cinco aperta seus lábios, prendendo a risada. Deve ser algum tipo de humor que só atinge os meninos, porque eu não vejo graça até agora. — Estamos resolvidos?

— Você vai limpar?

— Mas… — Ele tenta dizer, porém dá o braço a torcer. — Tá bom, eu limpo.

Dou um sorriso, entrelaçando o meu dedo com o dele. Chegando mais perto discretamente, Cinco inclina seu rosto para encaixar no meu, enquanto sua mão se apoia em minha bochecha. Ele pressiona a sua boca contra a minha, e me faz sentir um pouco da sua língua. Nem sempre temos oportunidade de fazer isso, mas aqui parece um dos poucos lugares que vamos conseguir.

Ninguém vai entrar, não tem câmeras. É perfeito para nós.

Eu apoio minha mão em seu ombro, trazendo-o mais para mim. É estranho, mas hoje estou sentindo um frio na barriga diferente. Parece mais intenso e chega a doer, e ainda por cima dá mais calor. Será que é normal? Será que Cinco também sente ou eu estou doente?

E se essa sala for radioativa de verdade, e não como distração? Estou infectada?

— Ei, eu estou com febre? — Me afasto de Cinco só para perguntar. Ele estranha de início, mas então apoia sua mão em meu pescoço e testa.

— Você tá ótima, meu bem.

— Que estranho.

Cinco beija a minha bochecha algumas vezes, lentamente descendo para a minha boca. O calor voltou. Esta sala é extremamente fria, e ainda assim eu sinto como se minha pele estivesse transpirando. Seja o que for, tem a ver com Cinco.

Nos beijamos por um tempo até lembrarmos que os outros estão lá fora esperando por nós. E que conhecendo eles, podem ter acionado algum alarme sem querer. Cinco se levanta primeiro, esticando sua mão para me ajudar a ficar de pé.

— Eu levo o refrigerador com os remédios. Você só precisa nos manter invisíveis, e vamos voltar pelo mesmo caminho que chegamos. Sabemos que nele não tem armadilhas.

— Tudo bem. Me dá a sua mão.

Ele assente, nos teletransportando para fora do cofre disfarçado, enquanto eu uso meus poderes. O choque da diferença de temperatura nos arranca um suspiro, aqui fora parece bem mais quente. Andamos exatamente no mesmo lugar que já pisamos, e sabemos que é seguro.

Saímos da sala treze com sucesso, as câmeras apontadas em nossa direção não nos flagram. Meu corpo inteiro formiga quando Cinco usa seus poderes para nos levar ao térreo. No entanto, assim que pisamos no lugar, um apito agudo ecoa pelos corredores cinzentos.

— Ah, andar errado. — Ele diz, naturalmente, como se dezenas de seguranças não estivessem correndo para todos os lados em busca da ameaça.

Em um piscar de olhos, estamos do lado de fora do laboratório. A Van nos espera a um quarteirão de distância, então corremos o máximo que conseguimos. Eu mantenho o meu poder ativo por segurança, já que Cinco está mais lento carregando o mini refrigerador.

Chegando lá, todos estavam a postos, preparados para entrar no laboratório. Cinco e eu entramos na Van junto com os outros, e assim o veículo saiu em disparada.

— A gente ouviu a sirene. Pensamos que vocês iam precisar da nossa ajuda — diz Diego.

— Por que demoraram tanto? — Allison pergunta. Eu e Cinco nos entreolhamos, e decidimos em uma fração de segundos que íamos mentir.

— Foi muito difícil de entrar — Cinco diz.

— Verdade! O cofre estava camuflado na parede, quase não encontramos — Eu minto.

— E lá dentro tinha tanta fumaça de experimentos que era difícil enxergar — Cinco completa. Todos os outros ficam com feições abismadas.

Eu dou uma cotovelada de leve em Cinco, tentando ficar séria. Se houvesse um prêmio para os maiores mentirosos, já seria meu e de Cinco agora. Era a opção que tínhamos. Não podíamos simplesmente dizer que passamos bons minutos lá dentro nos beijando e explorando o corpo um do outro.

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Eu estava errada. A lama com minhocas é engraçada mesmo. Mas só quando estão nas mãos e braços de Cinco, humilhando-o. Quando voltamos da missão, eu imediatamente obriguei ele a limpar minhas gavetas e sapatos. Ele tentou me subornar com um pacote de jujubas, mas hoje estou firme.

Ele vestiu luvas e pegou os produtos de limpeza, enquanto eu assistia cada segundo contente em minha cama. Para pirraçar, eu apontava os cantos que ainda estavam sujos, e podia ver fogo nos olhos de Cinco.

Já faz horas desde a limpeza minuciosa de Cinco, e meu quarto ainda tem cheiro de lavanda. Eu estou me preparando para dormir, colocando meias nos pés e fechando a janela. Assim que eu puxo as cortinas e me viro de costas, sinto como se meu coração tivesse ido parar na boca.

— Porra, Cinco!

— Quer fazer silêncio? — Ele cochicha do canto escuro ao lado da porta. Não o vejo desde o jantar, fui muito ingênua achando que ele não me encontraria depois.

— O que você quer? Me assustou.

Ele não responde. Eu não insisto, apenas me deito na cama. Se for um convite para fazer pegadinhas à noite, ele vai perceber que não estou no clima. Com o cobertor até o queixo, eu observo ele caminhar até a minha cama. Ele se senta, hesitante com o que vai dizer.

— Posso ficar com você?

É surpreendente, até para mim.

— Eh… pode — Eu respondo, e no mesmo segundo ele se enfia debaixo dos meus cobertores, se deitando no pequeno espaço sobrando. — Mas eu vou dormir daqui a pouco.

— Eu também. Aqui com você.

— Espera, é mais uma pegadinha sua?

Cortar meu cabelo; raspar minhas sobrancelhas; espalhar uma família inteirinha de aranhas na minha cama… Posso listar mil coisas que Cinco seria capaz de fazer enquanto eu durmo.

— Esquece isso. Eu só quero ficar com você — a mão dele procura minha cintura por debaixo do cobertor. Ele se apoia em mim, e junta nossos corpos, nos fazendo sentir o calor corporal do outro e garantindo que não vamos cair da cama por falta de espaço.

— E se alguém entrar?

— Você sempre acorda cedo, Amber. Ninguém nunca precisa entrar aqui de manhã.

Ele tem um ponto. Eu me rendo, já que não há perigo em deixar Cinco passar a noite aqui. Eu até gosto, me dá frio na barriga pelo risco. Me aconchegando, eu apoio minha cabeça em seu peito, ouvindo seu coração.

Cinco segura o meu queixo, inclinando a minha cabeça para cima. Ele me dá alguns selinhos enquanto sua mão desliza para debaixo do meu pijama. Minha pele arrepia, meu estômago congela e novamente a sensação de calor aparece.

É tão real e quente que me incomoda, e eu quero tirar a camisa do meu pijama. Será que é assim que as relações acontecem? Porque estou a um passo de me despir só para me livrar do calor. Mesmo quando Cinco para de me beijar, a sensação continua, porque fico imaginando quando vai acontecer de novo.

— Eu… gosto muito de você, Amber — ele sussurra, seu polegar acariciando minha bochecha. — Não tem nada que eu não faria para ficar do seu lado.

Meus olhos com certeza brilham duas vezes mais agora. Um sorriso enorme se forma em meu rosto, e de repente, Cinco é a coisa que mais importa na minha vida.

— Eu também gosto muito de você.

É a vez de Cinco sorrir. Eu seguro o rosto dele, admirando todos os detalhes que já sei de cor. Apesar de toda a raiva que ele me faz passar por nenhum motivo, eu ainda gosto dele. Ao ponto de ter meu coração disparado por estar na mesma cama que ele.

Estou completamente apaixonada e conquistada. Imagino que Cinco também. Queria saber se existe algum nome para definir o que somos, além de criminosos, mas que consiga mostrar que eu também faria de tudo por ele. Eu quero isso todos os dias agora: dormir no peito dele sentindo seus braços ao redor de mim como um abraço.





⦿ 3.024 palavras

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eu tbem mataria se jogasse terra nas minhas coisas

desculpem a qualidade dos capítulos anteriores 😭🙏 vai voltar ao normal agr

beijos gaivotas radioativas 💛

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