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ꕥ 𝐒𝐖𝐀𝐍 𝐋𝐀𝐊𝐄 ꕥ
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Os números em neon do despertador o provocavam, lembrando-lhe que se a rodovia estivesse limpa, amanhã seria um inferno para suportar sem nenhum sono.
A cama não era a culpada de suas constantes sacudidas e giros. O colchão era surpreendentemente confortável considerando que a pequena estalagem estava no meio do nada. E não foi pela ausência de ruídos, embora ele definitivamente estivesse acostumado com os sons noturnos da cidade.
Era ela.
Ele não conseguia parar de pensar em Any.
Mil perguntas o atormentavam. Ela vive sozinha aqui? A pousada era rentável, ou ela gosta mais de pequenos negócios próprios nos dias de hoje e mal consegue seguir? Ela era solteira, e em caso afirmativo, por quê? Por que não havia um garoto caipira varrendo seus pés?
E por que diabos ele se importa?
Mas havia uma pergunta que o torturava mais que tudo.
Qual é o quarto dela?
Não era como se ele fosse esgueirar-se no quarto dela. Ele só queria saber se ela estava por perto. Ou talvez ela dormisse em uma parte totalmente diferente da casa. Isso faria sentido, ele raciocinou, desde que ela provavelmente quer seu próprio espaço, longe de completos estranhos que ela acolhe em sua casa.
Isso é mesmo seguro?
Josh rolou sobre sua barriga e gemeu no travesseiro.
De repente, seu celular vibrou no criado-mudo. Emocionado por ter serviço, ele rapidamente sentou-se na beira da cama e alcançou seu telefone. A mensagem na tela era de Sina.
sina: Onde diabos você está?
Em vez de digitar a história, ele decidiu apenas ligar para ela.
Sina: Acorde meu filho e eu irei te matar. - Sua irmã respondeu docemente.
Josh: Sinto muito.
Sina: Então, por que você não está no hotel?
Ele podia ouvir o tom acusatório em sua voz. Isto teria o irritado, exceto que também ouviu o medo. Esta foi sua penitência, e ele a paga todos os dias.
Josh: Relaxe, Sina. Eu apenas perdi a saída de Port Angeles. Meu pedaço de merda de GPS me deixou nesta pequena pousada em Forks. É no meio do nada. Eu teria ligado, mas não tinha um sinal.
Sina: Mas você está bem?
Josh: Estou bem. Bem acordado, mas bem.
Sina suspirou.
Sina: Eu espero que eu esteja lá, também. Eu não vou apreciar explicar sua ausência no café da manhã da nossa mãe.
Josh: O que faz você achar que eu vou perder o café da manhã?
Sina: Você já olhou lá fora?
Josh saltou da cama e empurrou a cortina para o lado. A única luz vinha da lâmpada da rua, iluminando o estacionamento, e com certeza, seu carro estava coberto de neve.
Sina: Há cerca de seis centímetros em Port Angeles, e eles dizem que a 101 já está uma bagunça. Confie em mim. Você não estará no café da manhã.
Josh: Ou talvez o jantar. - Sorriu abertamente. Ele não conseguia acreditar em sua sorte.
Sina: Você não vai acreditar o quão invejosa eu estou.
Ele sorriu.
Josh: Você não tem que explicar nada para ninguém. Vou ligar para Úrsula de manhã.
Ele se sentia culpado por fazer sua irmãzinha suportar o final de semana com seus pais, mas ela teria seu marido e o bebê deles ao lado dela. Sina poderia perdoá-lo. Úrsula Beauchamp? Nem tanto.
Sina: Bem, é depois das três. Eu deveria tentar dormir. - Ela disse com um suspiro cansado. - Apenas estava preocupada com você.
Josh: Sinto muito por fazer você se preocupar. Eu deveria ter perguntado à Any se ela tinha um telefone. Apenas não pensei sobre is-
Sina: Any? Quem é Any? - Gritou.
Josh: Você vai acordar a minha sobrinha.
Sina: Quem. É. Any?
Josh revirou os olhos.
Josh: Você poderia relaxar? Ela é a dona da pousada.
Sina: Oh. Bom, porque você sabe o que o seu patrono diz...
Josh: Eu sei o que meu patrono sugere. Não é uma lei, Sina.
Sina: É uma boa sugestão, eu acho.
Josh: Eu sei que você acha. Agora vá dormir. Irei te ligar de manhã.
Eles disseram boa noite, e Josh configurou seu telefone no modo silencioso antes de colocá-lo de volta na mesa de cabeceira.
Totalmente acordado agora, Josh saiu da cama e pegou um par de jeans e uma camiseta da sua mala. Ele precisava sair do quarto pequeno, e notou um pequeno lobby com fogueira e televisão. Talvez um pouco de TV a cabo estúpida fosse ajudá-lo a cair no sono.
Muito silenciosamente, ele fez seu caminho escada abaixo. Ao aproximar-se do carpete no térreo, ele ouviu o estrondo baixo de vozes. Ele seguiu o som no lobby, e ali encontrou Any, sentada no sofá para duas pessoas.
As vozes vinham da televisão, mas os olhos dela não estavam fixos na tela.
Ela estava encarando a garrafa em seu colo.
De repente, a garganta de Josh estava dolorosamente seca.
Josh: Não consegue dormir? -Ele murmurou, não querendo assustá-la.
Any olhou para cima.
Any: Não, mas isso não é incomum.
Josh acenou com a cabeça. Insônia era sua amiga também.
Josh: Posso? - Ele perguntou, apontando para o espaço vazio ao lado dela. Any acenou, e ele se juntou a ela no sofá. - Isso parece... delicioso. - Disse, acenando em direção a garrafa.
Any: Não é? - A voz dela era rouca. Ela não tomou a bebida, no entanto. Ela apenas continuou encarando o líquido antes de oferecer a ele a garrafa. - Você é bem-vindo a ela.
Josh: Não posso.
Any inclinou a cabeça em sua direção.
Any: Você não pode?
Josh: Não.
Any: Eu não posso, também. : Ela murmurou. - Neste estágio, só posso cultivar plantas e possuir um animal de estimação. Eu nunca tive um polegar verde* e sou alérgica a gatos, então...
*Polegar verde: Uma expressão para descrever alguém que tenha afinidade/habilidade em jardinagem ou cultivo de plantas.
Josh gargalhou. Ele não conseguia se lembrar de quantos vasos de plantas ele tinha matado, e ele trabalhou muitas horas loucas para ser um dono de um animal de estimação decente.
Josh: Quanto tempo? - Ele perguntou.
Any: Sóbria? Pouco mais de um ano. - Ela respondeu.
Josh:Eu também. Então, porque...
Any: Por que uma alcoólatra em recuperação está segurando uma garrafa de whiskey? - Perguntou. - Encontrei-a ontem à noite enquanto limpava os quartos. Um dos hóspedes deve tê-la deixado para trás. Isso não é alguma coisa? Alguém deixou uma garrafa quase cheia de Jack Daniels* na minha pousada, como se fosse uma escova de dentes ou outra coisa inconsequente.
*Jack Daniels: marca de Whiskey.
Josh gargalhou.
Josh: Há um ano, eu poderia ter sido esse hóspede, exceto que a garrafa de Jack que teria sido a primeira coisa que eu teria arrumado para levar comigo quando fizesse check-out.
Any: Há um ano, não teria havido a garrafa para eu guardar. Ela estaria vazia.
Eles compartilharam um sorriso.
Josh: Tenho certeza que você sabe disso, mas não é uma boa ideia ter álcool na casa.
Any suspirou suavemente e entregou-lhe a garrafa. Josh rapidamente levantou-se da cadeira e abriu as portas corrediças que o levavam para fora. Ele abriu a garrafa e a inclinou sobre o corrimão, derramando lentamente o álcool no chão. Uma vez que estava vazia, ele a fechou e a jogou na neve.
Quando voltou, ele encontrou Any ainda sentada no sofá. A televisão estava agora muda, e ela segurava um copo de pedra vazio na mão.
Any: Isto é o que eu normalmente faço quando não consigo dormir. - Ela disse enquanto Josh sentava-se novamente ao seu lado. - Eu sento aqui, com a luz oscilante da televisão e encaro o copo vazio. É a minha própria forma pessoal de tortura. Eu encaro, e eu lembro.
Josh deslizou para um pouco mais perto.
Josh: Do que você se lembra?
Os olhos tristes dela encontraram os dele.
Any: Lembro-me o que me custou. - Ela disse.
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