𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟒𝟒

━━━ CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO.
amor fraterno.

ANNABETH ACORDOU COMPLETAMENTE DESNORTEADA COM JASON BATENDO NA PORTA DE SEU QUARTO anunciando sua entrada, o homem não explicou nada apenas pediu para ela tomar um banho se aprontar e fazer uma mochila que ela iria viajar com Johnny.

Loucura.

Os últimos dias tinham se passado rápidos e monótonos, sua relação com Johnny estava ótima, com seus pais ainda melhores, com seu namorado também, os dois estavam próximos e Falcão foi jantar nas últimas duas noites na casa dela e foi engraçado ver Jason encurralando o menino mas logo depois sendo legal com ele.

Annabeth estava preocupada com Miguel, o menino tinha ido ao México atrás do pai e nem a comunicou, do jeito que está meio 'doida teria ido até junto com ele mas o menino não retornava nem suas mensagens então ela decidiu deixar seu amigo pensar, quando precisasse dela, sabia que ele iria chamar.

A loira desceu as escadas de casa ajeitando a mochila nas costas ainda com o rosto pouco inchado por ter acordado não fazia nem meia hora, estava de short jeans branco e um cropped lilás de mangas longas que deixava seus ombros e pouco de sua barriga amostra - um grande avanço depois de sua conversa com o namorado - E all star nos pés, seus cabelos estavam soltos lisos, indo até pouco o meio de suas costas já que tinha cortado nos últimos dias.

Caminhou em passos calmos até a cozinha, vendo sua mãe e irmã tomar café, Charlotte fazia careta vendo a mãe comer uma enorme fatia de mamão com requeijão.

─── Você nem gosta disso. ─ Annabeth falou também estranhando.

Marcy deu de ombros.

─── Me deu vontade. ─ Justificou.

─── Vontade se da de bolo, não disso, eca. ─ Charlotte falou provando um pedaço e fazendo careta.

─── Eu não te ofereci. ─ Marcy falou emburrada tirando seu prato da reta dela.

Annabeth riu vendo a careta ofendida no rosto da irmã, nos últimos dias, ou semanas. A mulher mudava de humor várias vezes e isso arrancava risadas de Anna, Marcy parecia ácida e irritada maioria do tempo ou então estava chorando por apenas quebrar uma unha de seu dedo.

─── Não, não, vamos logo. ─ Jason falou chegando no cômodo e tirando a fatia de torada das mãos de Annabeth.

─── Mas eu não comi nada. ─ A loira choramingou sendo arrastada pelo pai.

─── Come no carro. ─ Jason sugeriu pegando um pacote de torrada junto com um pequeno pote de geleia e pondo na mão dela.

─── Tchau, Anna. ─ Charlotte e Marcy disseram em uníssono.

A loira nem conseguiu dizer de volta porque o pai não deixou a levando embora, Anna estranharia se fosse messes atrás mas agora Johnny e Jason estavam tão próximos que foi normal eles tramarem um plano juntos e enfiar a mesma nele.

Annabeth sorriu saindo de casa e observando o carro do pai estacionado, ela andou calma até ele e quando foi em direção a porta da frente Jason a puxou para ela sentar nos bancos de trás a fazendo estranhar.

Quando iria falar resmungou porque Jason abriu a porta do carro e praticamente tacou ela dentro, não poderia arriscar, sabia da teimosia da filha em querer ir embora ao saber que Robby que estava sentado no banco da frente ao lado de Johnny.

─── Quer se livrar de mim? Me vende então. ─ Annabeth disse emburrada vendo o pai fechar a porta e se apoiar na janela vendo ela se ajeitar retirando a mochila.

─── Só por uns dias. ─ Jason sorriu amarelo.

A menina revirou os olhos, se ajeitando pondo a mochila ao seu lado junto de sua comida, ela sorriu chegando para frente.

─── Oi papai- Que merda é essa?! ─ Gritou irritada.

O sorriso no rosto de Johnny sumiu, enquanto Robby, riu secamente se virando para o pai com um rosto convencido.

─── Eu avisei. ─ O Keene com sorriso irritado.

─── Avisou o que? Que é um trapaceiro que só fala merda? ─ Annabeth rebateu brava.

─── Crianças. ─ Jason chamou a atenção indo para janela de Robby.

Johnny assistiu apavorado, a ideia dele era buscar Miguel no México e trazer de volta para casa, mas sabia como a relação dos filhos estavam abalada e quis unir o útil ao agradável para fazer os dois fazerem as pazes então quando contou seu plano ao Jason o homem ajudou.

O Sinclair era um ótimo pai e zelava pela harmonia do lar, sempre que suas filhas brigavam a ajudavam a se resolver, não seria diferente com Robby.

─── Eu vou embora. ─ Annabeth falou irritada indo para trás e deu um soco na porta vendo ela travada ─ Abre isso, Johnny. ─ Pediu nervosa.

─── Johnny não, papai. ─ O loiro corrigiu fazendo ela bufar irritada e Jason rir enquanto Robby prendeu seu riso ─ É nossa primeira viagem de pais e filhos, isso não é ótimo? ─ Falou animado.

─── Isso é um inferno. ─ A Lawrence resmungou dramaticamente se jogando no banco do carro.

Jason revirou os olhos vendo a filha.

─── Se comporte, trate bem seu irmão e obedeça seu pai. ─ O Sinclair pediu olhando ela erguer a mão fazendo um joinha negativo enquanto tinha uma pacote de torrada jogado no rosto. ─ Você pode... ─ Ele suspirou olhando Johnny.

─── Relaxa, vou cuidar deles. ─ O Lawrence falou firme vendo o amigo assentir ─ Valeu por me ajudar. ─ Agradeceu.

─── Qualquer coisa pelos filhos. ─ Jason piscou vendo o homem concordar ─ Tchau Annabeth. ─ Despediu-se ouvindo silêncio da filha ─ Anna...

─── Não falo com traidores. ─ Resmungou emburrada.

Jason a olhou ofendido e Johnny riu.

─── Você namorou um. ─ Alfinetou Robby.

Annabeth mordeu o lábio irritada e chutou o banco do irmão, ainda por estar sem cinto, Robby bateu com a cara no porta luvas e os homens chamaram pelo nome da filha assustados.

─── Anna. ─ Jason falou horrorizado.

─── Essa foi boa. ─ Johnny teve de prender o riso.

─── Você me bateu? ─ Robby se virou indignado vendo a irmã com o rosto irritado.

─── Não, mas eu vou fazer isso se falar do meu namorado de novo. ─ Ameaçou.

O garoto riu provocativo.

─── Ah é? Seu namorado era namorado de outra até um tempo atrás e você já tá chamando ele de namorado? ─ Falou fingindo uma feição assustada.

─── Olha aqui seu merdinha. ─ Annabeth gritou irritada.

Em segundos o carro estava abastecido de gritos dos dois lados, Annabeth e Robby gritavam um com outro enquanto Jason assistia divertido do lado de fora por estar acostumado com briga de filhos e Johnny tinha uma feição apavorada no rosto.

A Lawrence estava tão perto do irmão, que ouvindo ele falar de seu namorado não aguentou, pegou o cabelo de Robby e puxou com força tentando tirar ele do banco para bater nele ouvindo o menino gritar de dor.

Amor fraterno.

Jason parou de rir enfiando os braços pela janela puxando o menino para o banco enquanto do lado de dentro, Johnny empurrava Annabeth para trás para a mesma se sentar e agora os quatro gritavam.

─── Larga ele, Annabeth, solta isso. ─ Johnny falou ouvindo ela bufar irritada por ele conseguir arrancar a mão dela do cabelo dele e ela cair sentada no banco de trás.

Robby resmungava de dor sentindo o couro cabeludo doer, enquanto Jason colocou a mão no peito respirando afobado do lado de fora do carro.

─── Os dois, chega, parou, se eu escutar qualquer provocação ou se avançarem um no outro, vão ficar de castigo. ─ Johnny falou escutando os resmungos altos negativos dos dois ─ É isso mesmo! Estamos entendidos? ─ Perguntou escutando o silêncio dos filhos ─ ESTAMOS ENTENDIDOS? ─ Gritou.

─── Sim, pai. ─ Disseram os dois adolescentes irritados em uníssono após o berro.

Johnny assentiu convencido, se virou para Jason ligando o carro e dando um tchauzinho para o amigo. Do lado de fora, o Sinclair acenou de volta sibilando 'boa sorte'  já que estava com dois adolescentes que se odiavam no momento - pelo menos um deles - e teria de apartar seus conflitos, seria engraçado.

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Annabeth passou todas as horas no carro quieta, deu sorte de ter um livro perdido em sua bolsa e o leu o caminho inteiro enquanto comia e evitava ter qualquer tipo de conversa com seu pai e irmão.

Johnny tentou a todo momento, mas a loira só revirava os olhos e Robby se encolhia no banco. Seria trabalhoso. Pensou, sabia que um dos defeitos de Annabeth era ser rancorosa então iria com calma, mas não desistiria de fazer os dois voltarem a serem unidos.

Agora os dois irmãos estavam sentados, um do lado do outro na entrada da porta da pequena van que viajavam com o pai. Por incrível que pareça, Annabeth nem se mexeu quando Robby se sentou ao lado dela, estava absorta demais no final de seu livro que nem o notou.

Os dois esperavam Johnny, depois de longas horas na estrada ele finalmente resolveu parar na primeira loja de conveniência que viu.

─── Merda. ─ Annabeth resmungou baixinho fechando o livro após acabar de ler.

'A cinco passos de você'. É um livro com menos 300pags então ela terminou rápido, já tinha o lido, quando realmente gostava da história devorava ele e foi isso que aconteceu.

Só que agora não tinha mais nada para ler, poderia ler on-line mas não tinham sinal na estrada então sua última alternativa seria gastar a bateria de seu celular jogando algum jogo.

Robby estava se segurando para falar com a mesma, ele virou para o lado observando a irmã e deixou seu olhar recair sobre a cicatriz no canto do abdômen dela. Engoliu seco. Se sentia mal por não ter ajudado no dia, até hoje a imagem da irmã ensanguentada com um armário sobre o corpo estava fresca em sua mente.

─── Annabeth. ─ Robby chamou.

A garota se virou para o lado, vendo o irmão com um olhar de cachorrinho a fazendo revirar os olhos.

─── Se falar alguma coisa, vou tacar você no meio do asfalto e passar com essa van por cima. ─ A Lawrence falou despreocupada.

Robby bufou frustado.

─── Eu só quero me desculpar, será que você pode ouvir? ─ Falou irritado.

─── Se desculpar? Claro, vamos lá. ─ Ela riu igualmente irritada se virando para o irmão ─ Vai falar o que? Que sente muito, está arrependido? Estou cansada de ouvir isso. ─ Anna ergueu a sobrancelha.

O garoto engoliu seco.

─── O que quer que eu diga então? ─ Perguntou afobado.

─── Nada. ─ Respondeu ela ─ Fica de boca fechada, eu não quero suas desculpas. ─ Falou sincera.

Robby sentiu sua barriga gelar, sua irmã estava tão mudada. Está é a exata palavra, mudança, Annabeth tinha passado por muita coisa e adorava seu irmão mas não era um simples pedido de desculpas que a faria voltar a ser o que era antes.

Os dois ficaram em silêncio, completamente desconfortável esperando o pai voltar e suspiraram aliviados vendo o homem sair da loja.

Johnny tinha diversas sacolas em mãos, usava um óculos escuros com a armação vermelha e Annabeth teve de prender o riso pondo o livro no banco de trás enquanto se levantava para falar com o pai.

─── Comprei umas coisinhas para nos acompanhar na viagem. ─ Johnny anunciou animado.

─── Tipo o que? ─ Annabeth perguntou curiosa.

─── Coca-cola mexicana. ─ Contou tirando duas garrafas da sacola e entregando aos filhos.

Os adolescentes pegaram, tiveram de prender o riso mas o garoto não conseguiu.

─── É a mesma coca que a nossa. ─ Robby riu em pé ao lado da irmã.

─── Bala mexicana. ─ Johnny estendeu um pacote de balas.

─── Essa não é as mesmas que as nossas. ─ Anna comentou pegando pacote.

─── Chicharróns. ─ Johnny falou jogando um pacote de salgadinhos dentro do carro ─ Também comprei esse celular maneiro, vem com 60 minutos gratuitos e tipo uns 300 minutos pra gente. ─ Mostrou o aparelho na caixa.

Annabeth franziu o cenho.

─── Essa conta não faz o menor sentindo. ─ Resmungou baixinho.

─── E... mais uma lembrancinha de bem-vindos ao México. ─ O Lawrence mostrou o pequeno cachorro com chapéu né mariachi ─ E não venham dizer que é ofensivo, compramos no México, então é coisa deles. ─ Johnny explicou.

Annabeth riu pegando o objeto e pondo no carro.

─── E tem isso, presente número dois. ─ Anunciou Johnny mostrando uma camiseta do FBI aos filhos.

Robby confuso pegou a peça e observou, Annabeth mesmo irritada com ele acabou se esquecendo e chegou mais perto vendo junto dele.

─── Virem aí. ─ Instruiu Johnny.

O garoto virou e a enorme frase 'fiscal de bundas interino' estava estampada na parte de trás da camiseta, fazendo Annabeth dar um riso nasal junto do irmão.

─── E aí? Curtiram? Comprei pros dois e pra mim também. ─ Contou animado.

─── Claro, adoramos. ─ Robby riu e retirou o sorriso do rosto ─ O que estamos fazendo aqui? ─ Perguntou curioso.

─── E nem vem com papo de passeio pai e filhos, não precisava nos trazer até aqui pra isso. ─ Annabeth acrescentou.

─── Escutem, é sim uma coisa de pai e filhos. ─ Johnny falou firme retirando os óculos e olhando os dois ─ Mas antes, tenho que resolver um problema. ─ Contou.

Annabeth ficou pensativa e arregalou os olhos. Miguel! É claro, estavam indo atrás do garoto, como não poderia ter pensado nisso antes, ficou feliz e animadamente entrou no veículo sorrindo.

Robby estranhou, se ele soubesse que ela estava rindo por dentro só imaginando a cara dele quando soubesse disso.

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Charlotte guardou sua mochila no vestiário do Miyagi-do, depois saiu para fora indo encontrar seus amigos, Daniel os chamou para treinar o que ela achou estranho já que ela tinha desistido de tudo, ela estava até começando a escolher um Dojô com ajuda de Devon, visitaria um brevemente com a amiga.

Annabeth sabia que a irmã deveria estar aqui, mas não poderia, saiu ontem para viajar com o pai e as últimas mensagens que trocaram a noite pelo celular a Lawrence dizia que estavam indo para o México e que queria esganar Robby e largar na estrada.

Charlotte riu.

Pareciam as duas quando ficavam muito chateada uma com a outra, ela sorriu se lembrando da irmã com saudades da mesma.

Prendia os cabelos em um rabo de cavalo baixo por conta de estarem em seus ombros, saiu encontrando seus amigos, ela vestia uma calça legging azul e uma regata branca, sorriu educada vendo Falcão e Samantha caminhar até ela.

─── Sua irmã está bem? Não responde minhas mensagens, até pensei em ir na casa de vocês ontem. ─ O garoto falou preocupado.

─── Eu ia fazer isso, mas eu acabei perdendo a cópia da minha chave. ─ Samantha explicou ─ Por que ela não está aqui? ─ Perguntou curiosa.

Charlotte abanou o ar com as mãos.

─── Ela está viajando com o Johnny, sim eu também fiz essa cara. ─ A morena riu vendo as expressões confusas deles ─ Anna tava meio tristonha, vocês sabem. ─ Suspirou vendo eles assentirem ─ Eles acharam que essa viagem 'pais e filhos'. Poderia ajudar. ─ Explicou.

─── Pais e filhos? ─ Samantha perguntou confusa.

─── Robby também está. ─ Acrescentou vendo Falcão arregalar levemente os olhos ─ E eu também fiz essa cara. ─ Riu ─ Mas relaxa, ele é gente boa e os dois são irmãos, se estava com o Jonnhy é porque ele retornou a consciência de quem é. ─ Falou convicta.

Samantha deu um leve sorriso, era bom saber disso, ainda se sentia muito culpada de tudo que tinha feito com o menino então era uma ótima notícia saber que ele estava bem.

─── Tudo bem. ─ Falcão suspirou tentando assimilar as informações que lhe eram dadas ─ Eu tento ligar mas ela deve estar sem sinal, se você conseguir falar com ela, pode pedir pra ela me ligar? ─ Pediu.

─── Claro. ─ Charlotte assentiu.

Aos poucos eles foram para entrada da porta, no primeiro Deck, quando Daniel chegou os chamando, o homem observou todos seus alunos e deu um sorriso satisfeito mas sentindo falta de Annabeth.

─── Anna não veio? ─ Perguntou chateado.

─── Não, ela está viajando, Sensei. ─ Charlotte informou vendo o homem arregalar levemente os olhos ─ Mas relaxa, deve voltar antes do final de semana. ─ Tranquilizou.

─── Bom, tudo bem, avise para ela o que eu vou dizer ela. ─ O LaRusso falou vendo a garota assentir ─ Todos aqui? Bom ver vocês aqui de novo, nosso dojô tinha um único objetivo no campeonato, derrotar o Cobra kai. ─ Falava olhando os adolescentes e Samantha não pode deixar de se sentir culpada ─ Conseguimos o troféu de primeiro lugar graças ao Eli. ─ Apontou para o garoto.

Eles bateram palmas animadas parabenizando o menino mais uma vez, ele riu quando Charlotte sacudiu seu braço animadamente junto de Demetri.

─── Mas o resto do torneio, não saiu como nós queríamos, prometemos fechar nosso dojô caso perdesse e... exatamente o que vamos fazer. ─ Disse frustado.

Os adolescentes murmuram supressos, Charlotte tinha o rosto chateado, bem na vez dela, gostou do estilo de Daniel e queria aprender mais com ele.

─── A partir de hoje, eu vou fechar o karatê Miyagi-do. ─ Daniel contou.

─── O que? ─ Samantha perguntou indignada.

─── Mas, Sr. LaRusso... ─ Charlotte procurava palavras mas nada saia.

─── Eu sei que não esperavam ouvir isso mas, com tudo que está acontecendo com o Cobra Kai insistir no Miyagi-do seria como colocar um alvo nas costas de vocês. ─ Explicou firme ─ Pessoal, segurança em primeiro lugar, tá bom? Não se esqueçam do que apreenderam. ─ Afirmou preocupado.

Ele estava de olho em seus alunos, os tinha como filhos, eram seus pupilos. Não poderia colocá-los mais ainda em perigo do que já estavam.

─── Nosso dojô está fechando, mas o Miyagi-do continua vivendo dentro de cada um de vocês. ─ Daniel encorajou.

─── Beleza, eu vou arrumar um emprego no verão. ─ Demetri falou cabisbaixo.

─── Eu vou... sei lá o que eu vou fazer. ─ Charlotte soltou um bufo frustrada.

Ela caminhou para sair sendo seguida pelos amigos, seu celular vibrou em seu bolso com uma mensagem de Devon a fazendo sorrir pequeno. As duas experimentariam todos os dojôs do Vale.

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─── Cé tá de sacanagem comigo, né? ─ Robby perguntou irritado.

Annabeth do banco de trás riu diabólica enquanto comia um pedaço das suas torradas com geleia que não havia encostado desde ontem, Johnny finalmente teve a coragem de falar para eles que estavam atrás de Miguel.

A Lawrence achou cômico o irmão indagado, enquanto ela comemorou bastante o fazendo se irritar mais ainda. Mas não conseguiu evitar, o hobby dela nesta viagem seria irritá-lo.

─── Tem todo direito de estarem chateados. ─ Johnny falou calmo.

─── Eu não estou chateada. ─ Anna deu de ombros pondo a fatia de torrada na boca.

─── Como pode me trazer para o México e não me falar que estava atrás do Miguel? ─ O Keene disse inconformado ignorando a irmã ─ "Vamos Robby, vamos curtir o México juntos, eu você e a Anna. Vamos aprontar por lá." ─ Imitou o pai falando com ele no dia anterior.

Annabeth ergueu a sobrancelha.

─── Quando você achou que era uma boa ideia colocar nós dois dentro de um carros seria bom? Eu quero bater em você. ─ A loira debochou fazendo o irmão bufar.

Robby é teimoso - ironia que a irmã era duas vezes mais - Mesmo não admitindo, ele torcia tanto para que o plano do pai desse certo, sentia falta da sua irmã e se arrependia de tudo, mas ela não queria muito papo com ele.

─── Anna, sem provocações. ─ Johnny repreendeu com as mãos no volante dirigindo.

─── Não foi uma provocação, foi um desabafo. ─ Ela deu de ombros enquanto fechava o pequeno pote de geleia.

─── Anna. ─ Johnny falou novamente vendo o olhar tedioso da filha pelo retrovisor ouvindo o filho bater nervosamente na perna ─ Não estou brincando com você Robby, quero conserta nossa relação, mas quando soube que o Miguel estava encrencado tive que agir, não podia te largar em casa. ─ Explicou ─ Cansei da fazer isso, com os dois. ─ Olhou os adolescentes de relance ─ Inclusive, preciso da ajuda de vocês para achar o Miguel. ─ Pediu.

─── Nossa ajuda? ─ Robby perguntou indignado.

─── Uuh! Tá legal, qual plano? ─ Annabeth perguntou animada mesmo com o cinto no corpo chegando para frente e se colocando no meio dos dois ─ Não temos um plano, né? ─ Perguntou frustrada vendo o rosto culpado do pai.

─── Claro que eu tenho! ─ Johnny disse rápido vendo ela suspirar aliviada ─ O Miguel veio atrás do Hector Salazar eu sei onde ele vai descer do ônibus e nós vamos para lá. ─ Explicou.

─── E quando a gente chegar lá, o que você pretende fazer? ─ Perguntou Robby curioso.

─── Eu vou perguntar se alguém viu o Miguel. ─ Falou sincero.

Annabeth estava mais para o lado de Robby, os dois tinham o rosto virado para o pai com expressões indignados - e bizarro de tão parecidos - Ambos achando inacreditável.

─── Esse é o grande plano? ─ A loira perguntou irônica.

─── Claro que não, vou usar a lista telefônica mexicana. ─ Johnny contou estalando os dedos.

─── Aí meu Deus! Você dirigiu até aqui para ver uma lista telefônica? Colava a cara do Miguel em uma caixa de leite. ─ Robby falou inconformado do que estava acontecendo.

─── Ainda fazem isso? ─ Johnny perguntou confuso.

Annabeth bufou frustrada se jogando novamente no banco e olhando o teto do carro, agora se estivesse em casa, provavelmente estaria com seu namorado, porém estava em um carro chegando no México e com um plano furreca.

─── Eu podia estar de boa com a Tory agora. ─ Robby suspirou frustado ─ Vir com vocês foi um erro. ─ Bufou.

Annabeth franziu o cenho.

─── Calma lá! Primeiro, eu não queria vir e se soubesse que estaria aqui tinha fugido antes, agora, segundo, você tá com a Tory? Quando isso aconteceu? ─ A Lawrence gesticulava confusa deitada com a cabeça no assento olhando para o teto do carro ─ Quer dizer, eu achei que fossem amigos. ─ Divagou.

─── Éramos. ─ Robby falou olhando a estrada a sua frente ─ Aconteceu rápido, depois eu te conto. ─ Prometeu.

─── Eu não quero saber. ─ Annabeth deu de ombros.

─── Então por que perguntou? ─ Robby provocou.

─── Porque- não sei tá legal? ─ Explodiu irritada ouvindo a risada convencida de Robby a fazendo chutar seu banco ele ir para trás mas não se machucar por estar de cinto ─ Para de rir. ─ Mandou.

─── Você não manda em mim. ─ Robby falou despreocupado.

Annabeth se ergueu irritada enquanto Robby ria e Johnny suspirou cansado, eles estavam prestes a brigar. De novo.

─── Aí, desculpe tudo bem? Achei que a viagem ajudaria vocês a conversarem, e ao Robby a se entender com Miguel. ─ Johnny falou cansado fazendo eles se calarem ─ Quando chegarmos na rodoviária, se quiserem voltar para casa, fiquem á vontade. ─ Ele discursava ─ Eu não quero que vocês dois vão embora mas se vocês-

─── PAI. ─ Gritaram em uníssono.

Johnny não prestava atenção na estrada discursando para os filhos, não viu a carrocinha passando e iria bater nela mas retomou a visão na estrada pelo grito deles e arregalou os olhos.

─── AÍ MERDA! ─ Berrou o loiro.

Ele desviou a van indo para o meio do mato, no desespero parando o veículo fazendo Annabeth ir de encontro com rosto no banco do irmão.

─── Anna voce-

─── Eu acho que quebrei o nariz. ─ Dramatizou se afastando do banco.

O garoto e o homem se viraram preocupados para adolescente, vendo ela fazer uma careta de dor ao sair do carro. Eles fizeram o mesmo, Johnny verificou os filhos vendo que os dois estavam bem, olhou o carro e viu o pneu furando então teria de trocar ele, suspirou frustado.

Os três foram até o porta malas do veículo, Annabeth estava ao lado deles erguendo seu celular que estava com a bateria quase acabando mas tentaria falar com o namorado.

─── Onde o LaRusso enfiou a chave de roda? ─ Johnny perguntou irritado caçando a ferramenta.

Anna não tirou sua atenção do celular, Robby contra gostou caminhou até o porta malas e abriu um pequeno compartimento ao lado entregando a ferramenta que estava guardada ao pai.

─── Eu morei nesse carro, lembra? ─ Disse Robby depois de entregar a ferramenta.

─── Claro que eu lembro. ─ Johnny falou com a voz baixa.

─── E aí? Foi cinco estrelas? ─ Annabeth debochou tentando mudar o clima.

Robby riu nasalmente vendo ela caminhar com celular erguido ao céu enquanto seguia o pai deles, os dois foram até os pneus da frente ficando do lado direto observando o homem.

─── Quatro. ─ Respondeu fazendo a irmã rir com celular erguido ─ E como você conseguiu esse carro em? ─ Perguntou curioso se encostando no veículo e olhando o pai.

─── Eu fui te procurar. ─ Johnny contou se agachando para trocar o pneu ─ Depois que você sumiu eu e o LaRusso fomos atrás de você, mas só encontramos essa lata velha. ─ Falou ─ Um idiota estava dirigindo, nós seguimos ele até um desmanche, saímos na mão com os caras que roubaram o carro.

─── Eu não sabia. ─ Robby disse mordendo o interior da bochecha.

─── Eu sei que não te apoiei muito Robby, sei muito bem disso. ─ Johnny falou com pesar ─ Também dei mancada com Miguel, e com ela. ─ Ele apontou para Annabeth.

A garota estava alheia alguns metros longe deles, ambos riram vendo ela tentar se equilibrar em uma pedra tentando um mísero sinal de sua operadora.

─── Foi por minha causa que o Miguel acabou fugindo. ─ Se levantou ─ Estou aqui para consertar as minhas merdas, só para não viver mais com remorso. ─ Johnny falou sincero ─ Se quer fazer o mesmo, ajude o Miguel, eu sei que se culpa pelo que houve com ele, e mostrando suas boas atitudes, tem o perdão da sua irmã. ─ Aconselhou vendo o olhar atento do filho. ─ Vou tentar ligar para Carmen, termina isso pra mim. ─ Pediu entregando a ferramenta ao filho.

Robby pegou a ferramenta ainda pensativo e se agachou para trocar o pneu, seu pai tinha razão, sabia que só poderia ter o perdão da irmã se mostrasse suas boas atitudes. Mas falar com Miguel estava fora de cogitação. Ele não queria fazer isso.

Annabeth bufou vendo que nem um traçinho de sua operadora cresceu na barra de comando do celular, voltou para perto do veículo bufando vendo de longe o pai conversar no celular e se arrependendo de não ter comprado um 'celular mexicano.

Mas ela pegaria emprestado assim que ele acabasse, perto de desistir, ela olhou seu celular novamente e seus olhos se arregalaram ao ver a barra crescer.

─── Puta merda. ─ Ela ergue o braço e mais duas cresceram a fazendo rir desacreditada ─ Ai meu Deus! Rápido, Robby levanta. ─ Pediu nervosa.

Robby se assustou quando ela praticamente a puxou para cima pela sua jaqueta, ele se levantou olhando a irmã confuso.

─── Você conseguiu? ─ Perguntou esperançoso por ela vendo que estava comemorando.

─── Quase, abaixa. ─ Falou animada vendo ele parado a fazendo bufar ─ Abaixa logo. ─ Disse mandona o virando.

─── Tá, tá. ─ O menino reclamou jogando a ferramenta no chão.

Robby se agachou e arregalou os olhos assustados quando as pernas de sua irmã apoiaram em seus ombros, ele se ergueu com ela em seus ombros e Annabeth gargalhava ao ver todas suas barrinhas da operadora de celular cheia.

─── Isso! Fica aí irmão, não se mexe. ─ Pediu indo até a lista de contatos.

─── Vai logo. ─ Robby resmungou sentindo o peso da irmã.

A Lawrence suspirou aliviada achando o contato do namorado enquanto o celular lotava de mensagens, colocou na orelha e escutou tocar duas vezes até atenderem.

─── Graças a Deus! Linda, você tá bem? ─ A voz de Falcão soou preocupada.

Annabeth sorriu.

─── Gatinho, tá tudo bem. ─ Ela falou risonha e Robby fez uma careta de nojo segurando suas pernas ─ Eu não consegui avisar, e só tô com sinal agora, estou viajando com meu pai é o Robby, mas eu devo voltar antes do final de semana. ─ Explicou calma.

─── Tudo bem, aconteceu alguma coisa? Digo, com seu irmão. ─ Falou curioso ─ Ele não parecia tão amigável no torneio. ─ Lembrou.

─── Ele está bem, eventualmente tivemos algumas discussões mas passou. ─ Annabeth falou com uma careta e Robby revirou os olhos sabendo que estavam falando dele ─ Mas e então, como foi seu dia? ─ Perguntou amorosa.

Robby bufou, era apenas alguns segundos e agora ela estava começando a iniciar uma conversa de minutos com o namorado enquanto estava em seus ombros.

─── Bem, senti sua falta. ─ Ele falou sincero com a voz cheia de saudade.

─── Eu também estou com saudades. ─ Annabeth suspirou com um pequeno sorriso ─ Quando eu voltar, podemos dormir juntinhos...

─── Que nojo. ─ Robby resmungou enojado sentindo seu cabelo ser puxado o fazendo bufar ─ Annabeth. ─ Reclamou.

A loira deu de ombros com a mão nos cabelos do irmão.

─── Eu adorei a ideia. ─ Falcão riu baixo animado ─ Também podemos ir até aquele parque aquático que-

A chamada parou, Annabeth arregalou os olhos sabendo exatamente o que era, tirou celular do ouvido e a pequena maçã com a tela preta aparecia mostrando que ele havia descarregado.

Droga.

Pelo menos havia conseguido falar com o namorado, tinha uma lista de pessoas com quem queria falar, e usaria Robby de apoio sabendo que o menino não reclamaria por querer seu perdão. Ela faria dele um cachorrinho antes de perdoa-lo.

─── Tá legal, não sei se fico assustado ou feliz. ─ Johnny falou abismado chegando perto deles após a ligação de Carmen.

Olhava para os filhos, Robby estava em pé ao lado carro com Annabeth em seus ombros e ele agarrava suas pernas a segurando enquanto ela segurava seu cabelo dando a entender que estavam em uma briga.

Poderia ser.

─── Eu consegui sinal de celular. ─ A Lawrence disse contente erguendo os braços vendo o pai sorrir ─ Robby me ajudou. ─ Contou.

O homem sorriu mais ainda olhando os dois, vendo garoto comprimir os lábios com um pequeno sorriso enquanto ajudava a irmã a descer.

Robby é mais velho e sempre se mostrou muito protetor com Annabeth, vice-versa, ela também se preocupava muito com ele. A relação de irmandade deles apenas estava abalada, e os vendo ali, se ajudando sem brigar por cinco minutos, fez o coração de Johnny se encher de ternura.

─── Ótimo, como está seus pais? ─ Perguntou curioso.

─── Ah, não! Falei com o Falcão e meu celular descarregou. ─ Contou desanimada erguendo o aparelho.

Johnny tirou sorriso do rosto.

─── Gastou bateria atoa. ─ Implicou ouvindo a risada do filho e vendo o rosto indignado da filha.

─── Pai!

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Depois de mais algumas horas, finalmente chegaram a rodoviária, Johnny tinha ido pegar informações enquanto Annabeth tinha ido atrás da primeira loja de conveniência que viu atrás de um carregador portátil, ela teria trazido o seu mas havia esquecido.

Ficou feliz de ter consigo compra um, voltou para o veículo vendo Robby a esperando com sua mochila em mãos.

─── Não pedi pra pegar minha mochila. ─ Annabeth falou contragosto pegando o objeto e guardando seu carregador enquanto colocava de volta no carro.

─── Um obrigado seria legal. ─ Robby resmungou colocando a dele nas costas.

─── Uh? Não. ─ A loira negou.

O garoto fechou os olhos com força, quando não estavam brigando, a menina era fria com ele e isso o matava por dentro mas não poderia evitar. Ele causo isso.

─── Beleza, o próximo ônibus sai em algumas horas. ─ Johnny falou estendendo dinheiro a Robby ─ Isso é pra passagem e isso para você fazer um lanche. ─ Explicou.

Diferente de Annabeth que ficaria, o garoto optou por ir embora, estava cansado de ficar preso naquele carro e não queria ver Miguel. Johnny saiu andando, essa foi a deixa para Annabeth seguir o pai.

─── Onde vai? ─ Robby perguntou curioso.

─── O cara disse que acha que viu Miguel conversando com os surfistas. ─ Johnny contou colocando o braço nos ombros da filha sentindo ela agarrar sua cintura ─ Vamos perguntar por ai, desculpa te arrastar pra isso Robby. ─ Pediu.

Annabeth se virou voltando a andar abraçada com o pai, ela deu um leve sorriso percebendo que isso tinha sido um gesto natural que nenhum do dois havia ficado desconfortável, eles estavam evoluindo tanto, a cada dia mais.

Os dois andaram alguns longos segundos até chegarem em uma pequena parte da praia, onde os surfistas estavam em uma roda.

─── Fala minha língua? ─ Johnny gritou perguntando.

Annabeth prendeu o riso se superando do pai caminhando ao lado dele.

─── Falo sim. ─ O homem respondeu bem humorado.

─── Me quebra um galho, eu tô procurando um garoto. ─ Pediu Johnny vendo o homem esperar ele prosseguir ─ Dezessete anos, equatoriano, meio mirrado, mas estamos treinando ele. ─ Explicou.

Annabeth riu pela descrição.

─── Eu ajudei esse garoto. ─ O homem contou se recordando.

A Lawrence arregalou os olhos animada.

─── Sério? É pra onde ele foi? ─ Perguntou nervosa.

─── Ah! Eu acho que é mais fácil eu mostrar a vocês, eu tenho um mapa. ─ Ele falou calmo chamando um amigo que lhe entregou o papel em mãos ─ Bom, então... vira aí. ─ Pediu para que o homem se virasse.

Annabeth prestava atenção assim como seu pai vendo o homem explicar, mas sentiu sua carteira ser puxada de seu bolso. Burro. Ela se virou agarrando a mão de quem viu ser um homem, ela sorriu irônica virando o pulso dele o vendo urrar de dor.

─── Tenta ser mais mão leve, idiota. ─ Riu Annabeth irritada.

Ela chutou o homem o fazendo cair na areia, se virou para o pai enquanto guardava carteira ambos trocando olhares apreensivos vendo que tinham caído em uma armadilha de nativos.

─── Tá bom, qual esquema? Lança o endereço zoado só para roubar a carteira da minha filha? ─ Johnny falou irritado.

─── Não o endereço tá certinho. ─ O homem riu ─ Mas sobre a grana dela, vou ficar com ela cara. ─ Debochou. ─ Agora, que o jeito mais fácil ou mais difícil?

A loira arregalou os olhos indo verificar a carteira, Jesus. Soltou um choramingo baixo vendo que todas suas notas de dinheiro haviam sumido, a menos seus cartões estavam intactos.

─── Escuta aqui otário, você tem cinco segundos pra me dizer pra onde o garoto foi e devolver o dinheiro da minha filha ou eu vou pegar a prancha e enfiar tão fundo no seu rabo que seus amigos vão surfar em você. ─ Ameaçou Johnny raivoso vendo o homem rir.

Ficou mais irritado.

─── Tá.

─── Beleza? ─ Johnny perguntou.

─── Divertido então. ─ O homem sorriu.

Annabeth soltou um gritinho de susto quando escutou um barulho de impacto no chão e se virou, viu o homem que havia tentado roubar sua carteira caído no chão após Robby lhe dar uma voadora.

O ladrão estava com uma corda em mãos e ia tentar pegar a Lawrence, por sorte, Robby viu tudo de longe e não pensou duas vezes antes de correr até a irmã.

─── Não encosta na minha irmã, babaca. ─ O garoto disse com raiva dando um chute no homem caído.

─── Ah! Você tem um irmãozinho. ─ Debochou o líder deles.

Em questão de segundos os três começaram a lutar com os ladroes, Annabeth gritou irritada quando um homem agarrou sua cintura, ela deu uma cabeçada o afastando o homem lhe deu um soco fazendo ela gritar de raiva pegando a cabeça dele batendo contra seu joelho três vezes e depois dando um chute bem no meio de suas pernas vendo ele as fechar enquanto urrava de dor e para finalizar ela o chutou fazendo cair no chão longe dela.

A Lawrence arregalou os olhos vendo outro vir para cima dela, pegou um pedaço de telha caída no chão e deu na cabeça do homem enquanto chutou seu estômago e lhe deu uma rasteira o fazendo cair.

Um homem tentou chegar por trás dela, mas Robby pulou nas costas dele o afastando e começou a lutar com homem conseguindo o derrubar com um chute no rosto.

Enquanto isso, os dois tinham derrotados todos eles mas Johnny ainda lutava com o líder deles, Annabeth vendo que o homem estava livre após seu pai quebrar a prancha dele, correu até o homem lhe dando um chute na barriga o fazendo cair no chão.

Johnny para finalizar, pegou um pedaço da prancha quebrada e terminou de quebrar na cabeça dele o nocauteando.

─── Adíos, otários.


━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━


Annabeth, Johnny e Robby estavam sentados em um pequeno muro observando a praia, já começava a anoitecer e os dois adolescentes tinham uma garrafa gelada de coca-cola no olho enquanto a do mais velho era de cerveja, aliviando a dor no olho pelos socos que haviam recebidos.

─── Essa viagem foi um erro desde o começo, eu não tinha nada que trazer vocês. ─ Johnny falou culpado vendo os dois machucados.

─── Não, não foi. ─ Annabeth disse calma retirando a garrafa do olho e dando um gole na mesma.

─── Parte dela foi. ─ Robby divagou ─ Tecnicamente, você sequestrou e transportou dois menores pela fronteira. ─ Lembrou ─ Mas é uma história boa pra contar.

─── Pode crer. ─ Johnny sorriu.

─── Minha mãe vai amar ouvir. ─ Annabeth brincou.

Os dois riram, Johnny observou de longe na rodoviária que o ônibus do filho tinha chego.

─── O ônibus, chegou, melhor você ir. ─ Johnny aconselhou ─ Esse problema é meu, Anna está tudo bem por você? ─ Perguntou vendo a filha assentir mostrando que gostaria de ficar ─ Ótimo.

Robby os observou e respirou fundo.

─── Cê tá certo, mas... eu vou ficar. ─ Robby falou firme vendo o pai sorrir ─ Está tentando dar um jeito, vou ajudar, nós vamos. ─ Apontou para a irmã.

Annabeth assentiu animada.

─── Já sabemos para onde ir, o X marca o local, certo? ─ A Lawrence disse olhando o mapa com a ajuda do irmão.

Johnny sorriu orgulhoso os olhando.

─── Certo.

a Annabeth batendo no Robby a cada cinco minutos ela tá doida pra cair nos tapas com ele
Aí eu ri tanto escrevendo esse juro pra vcs cada gargalhada

Annabeth estará muito divonica no quinto ato tbm amamos, não me aguento escrevendo eles no México dou cada risadaKKKK

eai gostaram do capítulo? Não se esqueçam de votar e comentar bastante, me ajuda a saber se gostaram e me incentiva a escrever mais e mais sempre :)

bjo, amo vcs <3

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