P.O.V Narradora

No quarto do hospital, a senhora Elizabeth estava deitado na cama, resmungando como sempre.

— Estou bem, não precisava de toda essa comoção — disse ela, balançando a cabeça, visivelmente desconfortável com a atenção. — Podem ir embora.

— Mamãe.—Tessa sorriu, cruzando os braços. —Não importa o que diga, não vamos sair aqui.

Caroline e Bonnie, que estavam sentadas próximas, trocaram um olhar antes de perguntar quase em uníssono

— E o Stefan? Onde ele está?

— Em casa—Elizabeth suspirou, mas respondeu com um leve sorriso

— Por que vocês não vão para a casa da vovó —Derek, que permanecia em pé ao lado de Tessa, olhou para as meninas e sugeriu— Eu e Tessa precisamos conversar com ele um pouco mais.

Caroline e Bonnie se entreolharam, desconfiadas, mas decidiram não discutir.

— Tá bom — murmurou Caroline, levantando-se, seguida pela irmã. — Mas não demorem muito.

(...)

Na antiga, porém acolhedora casa de Elizabeth, a lareira estava apagada, mas o ar ainda guardava aquele cheiro de madeira e ervas secas. Stefan andava de um lado para o outro na sala, inquieto. Seus passos ecoavam suavemente sobre o piso de madeira enquanto ele ajeitava a manga da camisa preta colada ao corpo  corpo este que havia mudado drasticamente nos últimos anos.

Antes, ele era só o garoto alto e magro de sempre, quase invisível, sempre com o olhar distante. Mas agora, morando sob a tutela de Elizabeth, aprendera muito mais do que esperava. Magia, manipulação de energia... e, eventualmente, a imortalidade. Ele era agora um híbrido: bruxo e vampiro. O reflexo no espelho já não mostrava o mesmo garoto os músculos bem definidos, a presença mais imponente e as tatuagens místicas pelo braço diziam tudo.

O som de um carro estacionando do lado de fora o tirou de seus pensamentos. Ele parou e ergueu as sobrancelhas. 

— Já era hora — murmurou para si mesmo com um sorriso torto.

A porta da frente se abriu e Caroline entrou carregando uma mala, seguida de Bonnie, que observava ao redor com um olhar nostálgico. Ambas deixaram as bagagens no canto e logo seus olhos pousaram no rapaz que surgiu do corredor, apoiado no batente da porta com um sorriso provocador.

— Olha só... a loira e a morena chegaram — brincou Stefan, cruzando os braços enquanto analisava as duas.

— Espera... é você?—Caroline arregalou os olhos, boquiaberta.—Stefan?

— O próprio — ele respondeu, inclinando levemente a cabeça, o tom carregado de charme e ironia,Bonnie o olhou de cima a baixo, piscando algumas vezes. 

— Você tá... diferente — murmurou com espanto.

— Hormônios, Bonnie.— um sorriso sarcástico surgiu nos lábios de Stefan, enquanto ele se aproximava lentamente. —Às vezes eles funcionam.

Caroline soltou uma risada nervosa, ainda sem acreditar no que via. 

— Você parece ter saído direto de um livro de Romance Dark... O que vovó andou dando a você?

— Culpa da Elizabeth. Ela tem um jeito especial de transformar pessoas — disse ele, dando uma piscadela antes de se jogar no sofá com aquele ar de quem sabia exatamente o efeito que estava causando. 

Bonnie e Caroline trocaram olhares
aquele definitivamente não era o mesmo Stefan que haviam deixado para trás.

(...)

Fazia apenas um dia desde que Caroline havia partido para Beacon Hills, e Jasper já sentia a ausência dela mais do que gostaria de admitir. Ele permanecia sentado em uma poltrona no canto da sala da casa dos Cullen, com um livro aberto em mãos que não conseguia se concentrar em ler.

Do outro lado da sala, Emmett observava Jasper com um sorriso divertido. Não demorou muito para ele abrir a boca, como era de costume quando percebia uma oportunidade de provocar.

— Sabe, Jazz, nunca pensei que veria o dia em que você ficaria assim... perdido por uma humana. — Emmett cruzou os braços, encostando-se no sofá enquanto falava com evidente satisfação.

— Não estou perdido por ninguém, Emmett.—Jasper ergueu os olhos do livro, lançando-lhe um olhar sério— Só estou... pensativo.

— Pensativo? — Emmett soltou uma gargalhada alta. — Claro, claro. Pensando nela, não é? Aposto que você sabe exatamente quantas horas, minutos e segundos ela está fora.

— Eu sugiro que você encontre algo melhor para fazer do que tentar me irritar, Emmett.— Jasper fechou o livro com um movimento firme, mas ainda manteve o tom calmo

— Irritar você? — Emmett fingiu uma expressão de choque. — Jamais. Só estou curioso. Vai admitir que está morrendo de saudades da sua humana ou quer que eu ligue para ela por você? Posso até passar uma mensagem: "Caroline, Jasper está desesperado sem você!"

— Emmett, por favor, tenha um pouco de maturidade.—Rosalie, que estava passando pela sala, suspirou com impaciência.

— Ele não consegue — murmurou Jasper, voltando a abrir o livro, mas ainda sem conseguir focar.

— Ei, não sou só eu que percebo. — Emmett ignorou Rosalie e voltou a mirar Jasper. — Até Edward comentou como seus pensamentos estão todos nela. E olha que isso nem é o mais interessante.

— Chega, Emmett. — Jasper o encarou diretamente, o tom firme como aço, embora ainda contido. — Não preciso admitir nada a você. E não é porque você tem tempo de sobra que eu preciso ouvir essas provocações.

— Certo, certo.— Emmett ergueu as mãos em rendição, mas o sorriso provocativo continuava em seus lábios.—Vou parar... por enquanto. Mas só porque estou começando a achar divertido ver você tentando disfarçar.

Enquanto Emmett saía, ainda rindo baixinho, Jasper respirou fundo, tentando ignorar o burburinho de pensamentos que o provocador havia alimentado. Ele sabia que sentia falta de Caroline, mas jamais daria a Emmett o prazer de ouvi-lo dizer isso em voz alta

(...)

A noite caiu suave sobre a casa de Elizabeth, o ar estava tomado por um cheiro delicioso de lasanha recém-saída do forno. Caroline e Bonnie estavam na sala de jantar, rindo e conversando enquanto ajeitavam os talheres e pratos na mesa de madeira rústica. A luz quente da luminária pendente deixava o ambiente acolhedor.

— Você acha que a Elizabeth vai gostar do nosso jeito de organizar? — perguntou Bonnie, ajeitando os guardanapos com um sorriso.

— Se ela não gostar, ela que se acostume — brincou Caroline, piscando. — Somos as visitas favoritas, afinal.

Nesse momento, Stefan apareceu carregando cuidadosamente a travessa de lasanha ainda fumegante.

— Com licença, damas — disse ele com um sorriso provocador, colocando a lasanha no centro da mesa. — Sua obra-prima está servida.

Caroline arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. 

— Sua obra-prima? A gente que colocou o jantar na mesa, você só cozinhou.

— E cozinhar é a parte mais difícil, loira — ele respondeu, piscando.

Antes que a discussão amigável continuasse, a porta da frente se abriu. Derek entrou primeiro, com o cabelo bagunçado pelo vento. Tessa logo atrás dele, ajudando Elizabeth que teimava em se soltar da filha.

— Tessa, pare com isso. Eu não sou nenhuma velha frágil — resmungou Elizabeth, mesmo que no fundo estivesse adorando a atenção.

— Mãe, aceita que você é a rainha da casa e a gente só tá aqui pra facilitar sua vida — disse Tessa com um sorrisinho.

O trio entrou na sala de jantar e deu de cara com a mesa montada e o jantar pronto. Derek sorriu, impressionado. 

— Olha só, os três cozinheiros da noite arrasaram.

— A gente tentou não incendiar nada dessa vez — comentou Stefan com um ar dramático.

Elizabeth parou, observando os três com carinho. Seus olhos foram de Stefan para as meninas, depois para Derek e Tessa. Um sorriso tranquilo surgiu em seus lábios.

— É bom ver vocês juntos assim — disse ela, com uma voz carregada de afeto. — E meninas... eu realmente vou gostar de ter vocês aqui.

Caroline e Bonnie sorriram, tocadas pela acolhida. 

— A gente também está gostando — disse Bonnie, sincera.

Mais um capítulo amores amores, espero que gostem.❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Capítulo alterado!

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Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️