|Capítulo 07|

P.O.V Caroline Cooper

Bonnie estacionou o carro no estacionamento da escola, e minha mente ainda estava presa naquele sonho com Jasper. Descemos do carro juntas. Vi Bella afastada, encostada na sua caminhonete, lendo. Encostei-me no carro e abri minha bolsa, pegando meu espelho e meu gloss. Passei o gloss, olhando meu reflexo, enquanto observava os Cullen chegarem. Só um carro chegou, e dele saíram apenas Emmett, Alice e Rosalie. Achei estranho Jasper e Edward não estarem lá. Arrumei minha mochila nas costas e olhei para Bella, que também notou a ausência dos Cullen, focando especialmente na de Edward.

— Estranho Jasper e Edward faltarem — murmurou Bonnie. Guardei meu espelho e o gloss na bolsa.

— Nada de novo — falei, tentando não dar muita importância, mas por dentro eu me importava. Quem eu ia admirar agora? Observei Rosalie, Alice e Emmett entrando na escola.

— Vem, vamos — Bonnie me puxou, e entramos.

Na aula de arte, Jasper não estava lá. Senti um pequeno vazio se formar dentro de mim.

No dia seguinte, Jasper e Edward não apareceram novamente. Dias foram se passando e nada deles. Eu, Bonnie e Bella sentávamos no refeitório, encarando a mesa dos Cullen, vazia sem os meninos. Tanto meus pensamentos quanto os de Bella estavam nos Cullen. Qual seria o motivo deles pararem de vir? Pior ainda, dois anos atrás, Jasper fez a mesma coisa: ficou duas semanas sem aparecer na aula e quando voltou, agiu como se nada tivesse acontecido. Sem Jasper ou Edward na escola, as coisas estavam estranhas.

(...)

Era uma manhã chuvosa em Forks, como de costume. Vesti uma calça jeans justa, uma blusa preta e uma jaqueta branca. Calcei minhas botas de salto e deixei os cabelos soltos, como sempre. Passei meu gloss e rímel, finalizando com um toque de perfume. Quando estava quase pronta, escutei Bonnie me chamando do andar de baixo. Peguei minha bolsa e saí do quarto, descendo as escadas para encontrar minha irmã.

— Vamos, o papai já já chega com o nosso carro — disse Bonnie, impaciente.

— Por que ele está com o nosso carro? — perguntei, confusa.

— Ele foi trocar os pneus — respondeu ela, saindo de casa. Segui-a e, ao pisar no chão molhado do lado de fora, escorreguei. No impulso, agarrei Bonnie, e acabamos caindo juntas.

Enquanto tentávamos nos recompor, ouvimos uma risada grave. Olhamos e vimos nosso pai, rindo da nossa desastrada cena.

— Papai! — resmungamos juntas, meio embaraçadas. Derek se aproximou ainda sorrindo e nos ajudou a levantar.

— Bonnie, você fica responsável por dirigir — disse ele, ainda rindo.

— Ah, pai... — murmurei, fazendo um biquinho.

— Por segurança — completou ele, dando um beijo em nossas testas. — Já avisei a mãe de vocês.Vou chegar tarde.—falou papai— Tenho que ir ao condado de Mason, junto com Swan.Um vigia da Grisham Mill foi morto por algum animal.—disse indo até seu carro.

—Um animal?—questionei.— Essa é nova

— Bom trabalho e cuidado — falamos em uníssono, ainda limpando a lama.

—Sempre tomo, meninas.—respondeu ele.

(...)

Assim que eu e Bonnie chegamos à escola, nos separamos para ir para nossas respectivas salas de aula. Caminhei pelo corredor e entrei na minha sala. Meu olhar caiu imediatamente na minha mesa, ainda vazia. A aula não havia começado e a sala estava cheia de murmúrios e conversas. Tentei manter meus olhos longe da porta e me concentrei em rabiscar no meu caderno, perdida em meus próprios pensamentos.

O som de uma cadeira sendo arrastada ao meu lado me fez erguer os olhos, mas apenas por um instante. Continuei fingindo interesse nos meus desenhos, tentando ignorar a presença ao meu lado.

— Olá, Caroline — disse uma voz calma e musical. Olhei para cima, abismada. Jasper estava ali, próximo a mim. Seu cabelo estava encharcado, desgrenhado de uma forma que parecia intencional, como se ele tivesse acabado de gravar um comercial de gel para cabelo. Seu rosto, tão estonteante quanto sempre, estava amigável e um leve sorriso brincava em seus lábios perfeitos. Mas havia uma cautela em seus olhos.

— Olá, Caroline? — repeti, imitando o tom dele. Jasper me olhou confuso. — Você some por dias e volta como se nada tivesse acontecido? — perguntei, aproximando-me e apontando o dedo para ele.

— Então você sentiu minha falta? — provocou Jasper, rindo de leve, me fazendo recuar e corar.

— Talvez — murmurei, dando de ombros. — Por que você sumiu? — perguntei diretamente, sem rodeios.

— Eu e Edward passamos alguns dias fora da cidade. Motivos pessoais — respondeu ele com naturalidade.

— Entendi — disse, balançando as pernas nervosamente. Olhei novamente para ele, tentando entender o que estava acontecendo.

— Então sentiu minha falta? — ele provocou de novo, um sorriso brincando em seus lábios.

Olhei para ele, intrigada. Quem era esse Jasper provocador e charmoso? Onde estava o garoto que normalmente me ignorava? "Quem é você e o que fez com o Jasper?"pensei.

A professora de matemática entrou na sala com um ar determinado, segurando uma pilha de livros e um maço de papéis. O barulho das conversas se reduziu a murmúrios enquanto todos se ajeitavam em suas cadeiras. Eu, por outro lado, só consegui soltar um suspiro de frustração. Matemática nunca foi meu forte, e o simples pensamento de mais uma aula me fez querer deitar a cabeça na mesa e desaparecer.

— Bom dia, turma. Hoje vamos fazer algo diferente — anunciou a professora, lançando um olhar de advertência para silenciar os últimos resquícios de conversa.

Eu resmunguei baixinho e deixei minha testa cair sobre a mesa, tentando me preparar para o que quer que viesse. Minha antipatia pela matéria não tinha limites.

— Vamos trabalhar em duplas para resolver uma equação. Escolham um parceiro e comecem a trabalhar — disse a professora, movendo-se entre as mesas para distribuir folhas de exercício.

Levantei a cabeça, esperando encontrar  qualquer outra pessoa que pudesse suavizar a tortura matemática. Mas, antes que eu pudesse me mover, senti uma presença ao meu lado. Olhei para cima e lá estava Jasper, com um sorriso meio travesso e a folha de exercício na mão.

— Parece que somos parceiros, Caroline — disse ele, sentando-se na cadeira ao meu lado.

— Ótimo... — murmurei, tentando disfarçar meu nervosismo. Jasper era a última pessoa com quem eu esperava acabar em uma dupla. — Você sabe alguma coisa de equações?

— Sei o suficiente — respondeu ele com um encolher de ombros, os olhos brilhando com um toque de diversão. — E você?

— Não exatamente meu ponto forte — confessei, tentando não soar completamente desesperada.

Ele riu, um som leve e contagiante, e eu me peguei sorrindo apesar de mim mesma.

— Sem problemas. Vamos resolver isso juntos — disse Jasper, puxando a cadeira mais para perto da minha e inclinando-se sobre a folha de exercício.

A proximidade dele me deixou um pouco tensa, mas de uma forma estranhamente boa. Senti o calor irradiando do seu corpo e o leve aroma de chuva que ele sempre carregava. Jasper começou a explicar a primeira parte do problema, e eu tentei me concentrar em suas palavras, embora fosse difícil com ele tão perto.

— Então, você precisa primeiro isolar o x — disse ele, apontando para a equação. — Veja, é simples assim.—
segui sua explicação, tentando acompanhar seu raciocínio.

— Entendi... acho — respondi, olhando para ele com uma mistura de confusão e admiração. Ele realmente sabia do que estava falando.

— Vamos lá, você consegue — encorajou Jasper, dando-me um sorriso encorajador.

Começamos a trabalhar juntos, e apesar das minhas inseguranças iniciais,Jasper era paciente e, de alguma forma, conseguia transformar a árida matemática em algo quase interessante.

— Então, sempre odiou matemática? — perguntou ele, enquanto eu rabiscava minha tentativa de resolução.

— Desde que me entendo por gente — respondi, rindo. — E você? Como você consegue achar isso fácil?

— Acho que é o jeito que eu vejo as coisas. Gosto de encontrar soluções para problemas — disse ele, com um brilho pensativo nos olhos.

— Deve ser bom ser assim — comentei.

— Talvez — respondeu Jasper, olhando para mim com uma intensidade que me fez desviar o olhar.

(...)

Após a aula de matemática, me senti estranhamente leve. Resolver a equação com Jasper ao meu lado foi mais fácil do que eu esperava, não tanto pela matemática em si, mas pela companhia inesperadamente agradável. Conseguimos um A+, e isso era um feito e tanto, especialmente para alguém como eu que sempre fugiu dos números. Mas o que realmente ocupava meus pensamentos era a sensação de estar perto de Jasper, algo que eu ainda tentava entender.

Enquanto caminhávamos pelo corredor, conversando pela primeira vez de verdade, senti uma mistura de excitação e nervosismo. Jasper estava ao meu lado, e eu não conseguia evitar os sorrisos que surgiam cada vez que ele fazia um comentário ou uma piada. Parecia surreal estar ali com ele, em um momento tão descontraído.

— Você fez um bom trabalho hoje — ele disse, com um sorriso sincero.

— Obrigada — respondi, sentindo minhas bochechas esquentarem. — Mas você foi o verdadeiro gênio da matemática.

— Só fiz o que pude — ele retrucou modestamente. — Você pegou rápido.

Parando no meio do corredor, olhei diretamente nos olhos dele, notando pela primeira vez a cor diferente. Antes, seus olhos eram de um dourado vibrante, mas agora estavam mais suaves, um castanho puxando para o dourado. A mudança me intrigou.

— Seus olhos... — comecei, hesitante. — Estão diferentes. Estão mais castanhos.— Jasper piscou, surpreso, mas recuperou a compostura rapidamente.

— Ah, é uma condição que tenho. Muda de vez em quando — respondeu ele, tentando soar casual.

— Oh, entendi — digo, sentindo-me um pouco desconcertada por ter tocado no assunto. — Desculpe, não queria ser intrometida.

— Não se preocupe — ele sorriu, mas antes que pudesse dizer mais, uma pessoa apressada passou por nós, esbarrando em Jasper.

O impacto foi o suficiente para fazê-lo tropeçar em minha direção. Ele perdeu o equilíbrio e caiu levemente sobre mim, pressionando-me contra os armários. Nossos rostos ficaram incrivelmente próximos, a ponto de eu poder sentir sua respiração contra a minha pele.

Meu coração disparou, e senti meu rosto corar. Por um breve momento, nossos olhos se encontraram, e havia algo intenso no olhar de Jasper, algo que me fez esquecer de tudo ao redor. Fiquei paralisada, sem saber o que fazer ou dizer.

— Me desculpe... — sussurrou Jasper, tão perto que sua voz parecia um eco em meus ouvidos.

— Tudo bem... — murmurei, quase sem fôlego. Ele se afastou rapidamente, quase como se tivesse se dado conta de algo e, sem olhar para trás, desapareceu pelo corredor. Fiquei ali, encostada no armário, tentando entender o que acabara de acontecer.

Mais um capítulo amores amores, espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Me 15 curtidas amores.

Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️

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