ㅤㅤ ㅤㅤ 🗽👮♂️ ˖ ִ ˑ 𝟎𝟎𝟏
Te vi ali, e eu pensei
Ai, meu Deus, olhe esse rosto!
Você parece com o meu próximo erro
O amor é um jogo, quer jogar?
POR MAIS QUE PAPOULA COZNER tivesse noção de que não podia dar-se ao luxo de frequentar qualquer tipo de casa noturna ou bar durante os próximos dias da semana, principalmente após ter todas as suas contas congeladas por seus pais. Ela efetuava o que fazia de melhor em casos como aqueles: Ignorava completamente a situação, utilizando desculpas esfarrapadas que só serviam para amaciar a própria consciência. A desculpa da vez era de que aquilo serviria como estudo sociológico sobre seus futuros colegas de serviço e que, futuramente, devolveria com discrição o dinheiro roubado da carteira do tio antes que ele notasse o desfalque.
Carregando o melhor do seu sorriso estampado na face e total segurança das suas ações, Papoula espreitou para dentro do Shaw's, o típico bar de porão localizado próximo ao novo emprego e que seu outro tio, o capitão Raymond Holt, havia comentado ser assiduamente frequentado pelos policiais da 99º delegacia de polícia de Nova Iorque, fosse para comemorarem o bom desempenho ou olvidar as desgraças ocorridas no dia, seja qual fosse a razão, o pub seria o melhor lugar para conhecer a verdadeira face dos membros da 99º. Pois quando o álcool entra no organismo, todas as inibições e filtros se esvaem até o dia seguinte, dando espaço para a vergonha e arrependimento quando surge a ressaca.
Seguindo o protocolo de segurança inventado por si própria para livrar-se de homens bêbados que redobravam suas babaquices devido a ingestão da bebida, a ruiva sentou próxima de um grande grupo de mulheres no balcão. Caso questionada ou alguém desinteressante viesse enfadá-la com cantadas absurdas, pediria arrego as desconhecidas ou apenas ingressaria na roda de conversa com todo seu carisma e talento comunicativo. Apesar de mais da metade de suas amizades dos bares e baladas nunca estenderem para noites seguintes, a última estratégia era utilizada frequentemente por sua adoração em apreciar a própria companhia. Ela aguardava o momento certo para interagir com os desconhecidos que a esqueceriam graças a amnésia alcóolica.
"Pelo menos eles tocam música boa" Pensou Papoula batendo no quadril enquanto balançava o corpo com o ritmo da canção Nowhere Fast do Fire Inc escolhida por algum frequentador na junkebox. Ela era fã assídua do bom e velho rock 'n' roll, principalmente daqueles criados antes do seu nascimento.
Aos poucos ia habituando-se ao lugar, mantendo os olhos azuis vidrados na movimentação daqueles que dançavam e os ouvidos atentos nas conversas ao redor. Pois na primeira oportunidade que surgisse utilizaria do seu charme para conseguir um copo grande chopp ou doses de qualquer outra bebida, evitando assim gastar os poucos tostões que estavam em sua carteira. Havia uma parte boa em estar falida, dessa forma não beberia em excesso se entregando a situação ao ponto de esquecer onde está, ficando em alerta para caso Holt ingressasse com seus detetives no bar. O que ela duvidada muito que acontecesse, principalmente por ser plena quarta-feira.
O que deveria ser um estudo etnográfico razoavelmente divertido, não tardou a transformar-se em tédio completo com o passar das primeiras horas da noite. Pelo bar ser majoritariamente frequentado por policias e detetives, Poppy acreditava que as fofocas seriam deverás interessantes, todas dignas de romances policiais pertencentes a Agatha Christie ou aos melhores capítulos de Criminal Case, seu joguinho favorito para celular. Entretanto todas soavam frívolas e superficiais, não havia graça para ela em saber que a dama de honra da moça ao lado havia transado com seu futuro marido dois dias atrás, ou que o cara do outro lado pegava a própria prima no sigilo ao melhor estilo Alabama.
Desapontada pela falha em seu plano, levantou-se da mesa estando pronta para abandonar o estabelecimento. Mantinha a esperança do futuro brilhante dentro da 99º como médica legista, embora sua primeira impressão sobre a vizinhança tenha sido um completo fiasco. As saídas solitárias já haviam sido melhores e a culpa disso era a falta da verba dos pais.
— Merda! — Interrompendo abruptamente a caminhada, Papoula exclamou ao vislumbrar a última pessoa na face da Terra que desejava esbarrar aquela noite. O próprio capitão Raymond Holt, vulgarmente conhecido como titio Ray. — Merda! Merda! Merda!
Esforçando-se ao máximo para permanecer imperceptível aos olhos de águia do tio, ela utilizou o grosso casaco de pelos sintéticos como capa, cobrindo o quanto conseguia do corpo como uma capa enquanto agachava por detrás da mesa que outrora estava sentada, engatinhando até estar devidamente segura de qualquer ponto de vista do tio atrás da mesa de bilhar.
Ignorando o fato de que muitos poderiam a considerar lunática por seu comportamento evasivo e que, provavelmente, estava chamando mais atenção do que deveria, Poppy permaneceu de cócoras no esconderijo tempo suficiente para considerar todas as rotas de fugas possíveis sem que o caminho cruzasse com o do tio.
— Você está bem? — A pergunta feita por um homem muito atraente usando camisa azul de botões e jaqueta de couro surpreendeu a ruiva, fazendo com que batesse a cabeça embaixo da mesa de bilhas ao sobressaltar antes de encará-lo.
— Estou em missão supersecreta — Mantendo a esportiva, Papoula zombou da situação — Preciso deixar o estabelecimento sem chamar a atenção do meu ti... Tico-Tico no fubá. Um cara aí. — Ela estava prestes a dizer "tio", mas levando em consideração o contexto da mudança e do cargo conseguido graças a uma pitada de nepotismo, ela tinha quase certeza de que o capitão Holt havia comentado com os membros da equipe sobre a sobrinha prodígio. — Agora eu entendo o que a Taylor Swift sentiu quando invadi seu camarim.
— Uma vez fui detido pelos seguranças dela — Comentou o rapaz aleatoriamente ao ouvir o nome de sua idola. — Mas foi um mal entendido.
— Não brinca! O meu também... — Poppy soltou um riso fraco, porém bem humorado. Recordava perfeitamente do último show da cantora pop que havia participado. — Juro que não sou uma Yandere ou coisa parecida.
— Eu também não sou. — Falou o rapaz agachando de cócoras ao lado da ruiva — Sou policial.
— Como mais da metade dos homens e mulheres desse bar — Papoula riu fraco e lambeu os lábios quando seus olhos se encontraram com o do desconhecido, ele era seu tipo de homem. Bonito, narigudo e com senso de humor, muito parecido com seu ídolo supremo: Adam Sandler. — Se você me ajudar a fugir daqui, podemos ir para outro lugar e me contará tudo o que houve entre você e a Taylor.
— Só se me contar a sua versão primeiro — O detetive sorriu, estando igualmente interessado em Papoula.
— Temos um acordo então? — Perguntou Poppy arqueando uma das sobrancelhas.
— Hum... — Por breves segundos ele soou hesitante, mas não tardou aceitar a proposta. Afinal Papoula não era apenas fã da Taylor Swift, como também era a mulher mais misteriosa e atraente do bar. — Combinado. Como disse que se chamava?
— Eu não disse — Ela jogou os cabelos para trás, deixando aparente o decote — E não vou dizer, assim como não pretendo que diga o seu. Minha religião não permite que eu saiba o nome das pessoas com quem quero transar. — Saber o nome do policial em sua frente só faria com que ficasse tentada em procura-lo nos próximos dias, por sorte seus caminhos não se cruzariam e ambos esqueceriam da existência um do outro, principalmente se tivessem um péssimo desempenho carnal. Brooklyn era grande e Nova Iorque maior ainda. — Espero que não seja um empecilho para você.
— Uau! Você é bem direta! — Ele arregalou os olhos ao ouvir o que ela havia dito sobre os planos noturnos.
— Oh, desculpa! Mas é que pensei que estava rolando alguma coisa aqui — Usando o dedo indicador, ela apontou dele para ela algumas vezes. — Acho que me enganei.
— Não! Está ótimo para mim. — Assentiu o rapaz quando percebeu que Poppy estava prestes a prosseguir com a fuga.
— Ótimo! — Por alguns segundos Papoula voltou a olhar na direção do tio, certificando de que ele estava longe da entrada do bar e criando rapidamente uma rota de fuga. Um sorriso maroto surgiu ao perceber que o mesmo estava prestes a ir na direção oposta de onde estavam. — Sabe correr, não sabe?
— Claro — Assentiu o detetive.
— Que bom, teremos que ser rápidos. No três.... Três! — Agarrando fortemente a mão do detetive, ela o puxou, obrigando o mesmo a correr dentro do seu ritmo em direção à saída.
Entre risadas e euforia, os dois foram capazes de atravessar todo o estabelecimento às pressas, conseguindo manter distante a atenção do Capitão da 99º. Apesar de não conseguirem ser discretos o suficiente para evitar a atenção de alguns dos amigos do detetive, eles conquistaram o objetivo sem que os demais fossem capazes de montar o perfil completo relacionado a sua aparência.
— Conseguimos! — Comemorou Papoula ao alcançarem a rua. Para celebrar o ato, ela saltou sobre o pescoço do detetive e o beijou fervorosamente nos lábios, mostrando não estar para brincadeiras sobre o que havia dito alguns minutos antes.
— Uau! — Exclamou o homem mantendo os olhos fechados alguns segundos a mais após o findar do beijo. — Aonde vamos agora?
— Pensei que fosse me levar para o seu apartamento — Falou Papoula sem firulas e sorrindo maliciosa.
— Você estava falando sério. Legal! Legal! Legal! — Ele desceu pela lateral do corpo da ruiva, agarrando sua cintura por cima do sobretudo e a puxando para próximo.
— You look like my next mistake. Love's a game, wanna play? — Cantarolou Papoula mantendo o tema "Taylor Swift" iniciado no bar.
— 'Cause you know I love the players and you love the game — Retribuiu o outro em resposta positiva para o convite. Beijando-a novamente, ele a guiou até o próprio carro.
━━ 🗽👮♂️.E essa é a nossa excêntrica Papoula Cozner. Ela tem um jeitinho peculiar de agir, mas é uma boa personagem, prometo.
━━ 🗽👮♂️.Infelizmente, ou felizmente dependendo do ponto de vista, não teremos hot aqui nesse livro. Acho que não combina com a pegada de Brooklyn 99 e a forma como pretendo narrar. Sinto muito para aqueles que esperavam uma ceninha de sexo nessa parte da fanfiction, ficarei devendo. Mas não abandonem a leitura por isso.
━━ 🗽👮♂️. Me contem o que acharam do capítulo, preciso saber. Não esqueçam de votar e comentar, autora feliz é sinônimo de leitores felizes. Quando mais incentivo eu tiver, mais rápido vou atualizar a história.
━━ 🗽👮♂️. Mas se me cobrarem, vou demorar o dobro. Caso ainda tenham pressa, quero R$10,00 no meu pix.
━━ 🗽👮♂️. Lembrem-se de me seguirem para ficarem por dentro de todas as novidades, principalmente para receberem notificação de quando eu soltar a segunda fanfiction relacionada a essa "collab". Pois são dois livros em paralelo, esse contando as desventuras da Poppy e o segundo contando as desventuras da Michaela Scully.
━━ 🗽👮♂️. Isso é tudo por enquanto, obrigada cada um de vocês que leram, votaram e comentaram. Beijos dentro do coração de vocês e até o próximo capítulo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top