001. the guy with the cowboy hat
Hoje vai fazer um ano desde que eu tive a primeira ideia desta fanfic que realmente mudou minha vida aqui. Fico muito feliz que quem leu antes tenha gostado, e espero que gostem muito desta versão também !! FELIZ UM ANO DE SOLDIER 🥳🥳
Espero que gostem do capítulo e comentem bastante para me ajudar!! Comentem qualquer dúvida também, boa leitura e se divirtam :)
CAPÍTULO UM
o cara com chapéu de cowboy.
STELLA NÃO SABIA quem era Rick Grimes, ou por que eles estava tentando lhe proteger de todos os zumbis que cercavam o grande canhão militar qual eles estavam escondidos. Mas ela sabia de uma coisa: todos os policiais eram maricas.
Pelo menos isto é o que seu pai sempre dizia quando uma viatura passará em frente a sua casa, quase todas as manhãs. Ou quando eles o algemavam quando era pego com algo que não deveria.
"não seu maricas, me soltem agora seus filhos da puta"
De qualquer jeito, Stella poderia apenas encara-los enquanto eles levavam seu pai embora em meio a gritos. E depois, ele voltaria logo de manhã, como um novo homem. Apenas pela manhã, pois quando o relógio batia meio-dia, ele voltava à cozinha, onde ele abriria o freezer e pegaria mais uma lata de cerveja, sentando-se no sofá e assistindo algum jogo de futebol.
Isso era apenas uma rotina para dos dias de semana, pois nos fins de semana, Marcus iria logo aos bares de Virgínia, onde arrumaria briga com algum homem tão bêbado quanto o mesmo, e acabaria preso pelo fim de semana. Todas as vezes. E de novo: todos os policiais eram maricas.
— "tire suas mãos de mim!" — disse a garota rapidamente quando Rick a puxou para dentro do tanque, fechando a porta de metal rapidamente para que os zumbis não conseguissem entrar.
— "você está bem? Está machucada?" — o homem perguntou apressado, parecendo realmente preocupado com a criança que havia acabado de conhecer.
— "por que está vestido assim?" — ela perguntou, olhando para as vestes do homem em sua frente. — "você é policial ou algo assim"
— "assim como?" — ele perguntou confuso. — "sou xerife."
— "eu não precisava de sua ajuda, estava muito bem sozinha." — disse com uma careta, olhando para onde estava neste momento. — "isto tudo é culpa sua, agora não temos como sair e vamos morrer dentro de um tanque de guerra. Qual é o seu problema em?"
Porém seus pensamentos mudaram de direção quando viu o corpo de um zumbi ao seu lado, sustendo o grito de susto que estava prestes a sair de sua boca. Ela observou quando o homem retirou a arma do bolso do zumbi, porém o que eles não esperavam era que o morto-vivo não estava realmente morto, e estava a se virar a eles.
Ela sentiu seu corpo estampar-se para trás quando o alto som da bala de fogo ecoou em seus ouvidos, suas mãos o cobrindo rapidamente enquanto seus olhos se fechavam com tontura. Cambaleando-se, ambos Rick e a criança se moveram para cima do tanque, onde conseguiam ver todos os zumbis que cercavam o lugar.
— "o que está fazendo?" — Stella disse rápido, tentando voltar a sua visão normal quando voltou para dentro do tanque, esperando o homem fazer o mesmo. — "você não pode atirar, vai apenas atrair mais deles!"
Porém, ambos foram interrompidos quando o barulho do rádio viajou entre seus ouvidos, chamando a atenção de ambos.
"Ei, você. Otario. É, você aí no tanque. Tá bom aí dentro né?"
Stella logo encarou o homem em sua frente, esperando que ele fizesse algo a respeito. Rick logo se dirigiu para mais perto do walkie-talkie.
— "Alô? alô?" — exclamou o policial.
"Ata você está aí, estava preocupado"
— "onde você está? Do lado de fora? Consegue me ver agora?" — Stella apenas revirou os olhos, sentindo-se irritada com as perguntas do homem.
"Sim, consigo te ver. Estão cercados de zumbis. Essa é a má notícia"
— "tem alguma notícia boa?" — O grimes pergunta.
"Não"
— "escute, seja lá quem você for, não me importo de lhe dizer que estou meio preocupado." — o tom do homem era fraco, e ecoava meramente preocupado.
"Aí, cara! Você deveria ver de onde estou. Você iria surtar."
— "tem algum concelho para mim?"
"Tenho. Saia correndo daí."
— "o que? Ele está maluco?" — A garotinha exclamou, sentindo-se ainda mais preocupada com seu destino futuro. — "nos vamos morrer."
— "é isso? Sair correndo?" — Ele pergunta, parecendo assustado igualmente.
"Minha ideia não é tão idiota quanto parece"
— "na verdade é a ideia mais estupida que eu já ouvi" — ela sussurrou, revirando seus olhos.
"Serei seus olhos daqui de fora. Tem um zumbi em cima do tanque, mas os outros descerem e estão fazendo um banquete onde o cavalo caiu. Está me entendendo até agora?"
"Não"
— "até agora sim" — Rick disse por cima da menina, parecendo cogitar com a ideia, o que deixou a Wilson meramente preocupada.
"Ok. A rua do outro lado do tanque está menos cheia. Você terá uma chance se agir agora, enquanto eles estão distraídos. Tem munição?"
— "naquela bolsa que deixei cair. E armas. Da pra eu pegar?"
"Esquece a bolsa. Não vai dar. O que tem com você aí?"
— "espera." — o homem disse, soltando o rádio e checando se a arma que estava com o militar morto estava carregada. Depois de perceber que estava com sorte, o homem se moveu até o corpo, checando em seus bolsos a procura de algo. Até que então, encontrou uma bomba logo ali. — "tenho uma beretta com um pente, 15 balas. E uma criança."
"Use direito. Pule do lado direito do tanque e continue nessa direção. Tem um beco na rua, a uns 45 metros. Esteja lá. A garota, ela tem alguma arma com ela?"
— "apenas uma faca." — ele responde ao homem do outro lado do walkie-talkie. — "qual é seu nome?"
"Não está me escutando? O tempo está acabando!"
— "ta bom" — e assim, o Grimes se movimentou, pegando uma grande pá que havia em sua frente e entregando para garota. — "use isso, está sua faca não irá te proteger. Fique atrás de mim ok?"
Stella o seguiu, apenas uma coisa passando em seu cérebro neste momento: "ela iria morrer, e ao lado de um policial dos infernos."
Eles correram para fora, passando entre os zumbis enquanto Rick acertava todos os zumbis que apareciam em sua frente, e Stella apenas corria atrás de si, com medo por sua vida.
— "não sou zumbi! Vamos!" — ela notou um garoto asiático aparecer, provavelmente o que falará no áudio segundos atrás.
Eles seguiram o garoto até uma escada, onde ajudaram a garota subir primeiro, fugindo dos zumbis que os seguiam rápido.
— "o que você está fazendo? Vem!" — o asiático gritou ao policial.
A Wilson tomou sua respiração, se apoiando na escada e olhando para o grupo de zumbis que estava na parte de baixo. Seu coração se movimentava rápido, e ela tinha medo de que todos pudessem ouvir o quão nervosa ela estava.
— "mandou bem, Clint Eastwood. E você também garota." — o garoto disse-lhes. — "você é o novo xerife que veio cavalgando pra limpar a cidade?"
— "não era minha intenção" — explicou-se.
— "é, que seja. "Aiô, Silver!" — Tirou sarro do homem. — "continua sendo um panaca."
Ouvindo a conversa de penetra, Stella decidiu que gostava do novo garoto. Não apenas por tê-los salvado de sua morta, mas sim por chamar o tal do Rick grimes de panaca. Havia com certeza feito seu dia.
— "Rick, obrigado." — Ele se apresentou, apertando a mão do asiático em sua frente.
— "Gleen, seja bem vindo." — Gleen se apresentou a ambos, sorrindo mais gentilmente para garota, que os encarava. — "aí não!"
— "como assim eles sabem escalar?" — Stella murmurou confusa ao ver que um zumbi subia as escadas em direção a eles, a adrenalina voltando a preencher seu corpo agitado.
— "o lado bom? É a queda que nós matará" — isso apenas fez com que Stella ficasse ainda mais assustada, agora se amaldiçoando por não ter continuado escondida pelas florestas ao invés de vir a cidade. — "sou um cara otimista"
— "cala a boca e sobe as escadas!" — a garota murmurou irritada, olhando ansiosamente para baixo.
Logo, os três andavam pelos prédios, onde conseguiriam ver a maior parte da cidade repleta pelas criaturas.
— "foi você quem fez a barricada no beco?" — Rick perguntou a Glenn, algo que Stella também estava curiosa para saber. Papai já havia lhe falado desta barricada, quando veio a cidade para pegar alguns suplementos.
— "alguém fez. Quando a cidade foi infestada, eu acho." — Glenn lhes disse o que pensava. — "quem fez devia achar que muitos zumbis não conseguiram atravessar."
— "Lá no tanque, por que decidiu se arriscar?" — agora eles seguiam para dentro do prédio, onde acharam uma entrada por cima.
— "pela esperança talvez boba e ingênua de que, se algum dia eu estiver na merda, alguém faça o mesmo por mim." — Glenn se explicou, ajudando a garota a descer pelas escadas. Sua explicação deixou Stella pensativa, e ela havia gostado deste ponto de vista. — "e eu não deixaria uma criança morrer. Pelo visto, sou ainda mais panaca que você."
Seu pai sempre lhe disse para pensar apenas em si mesmo, e que os outros poderiam ir a merda; em suas próprias palavras. E mesmo que Stella tentasse seguir este pensamento, ela sempre acabava pensando demais no próximo.
Depois, eles correram pelos corredores do prédio, apenas seguindo em direção a onde o asiático estava indo naquele momento. Ela pode ouvir ele falar com algumas pessoas pelo seu walkie-talkie, algo como: "estou de volta. Com dois convidados. Tem quatro zumbis no beco."
Porém, o trio acabou se batendo com dois zumbis, que se aproximavam dos mesmos. Isso até que duas pessoas, vestidas de um jeito estranho, podemos dizer, apareceram e acabaram matando os dois zumbis. Glenn agarrou sua mão, correndo para dentro do outro prédio rápido.
"Vem!"
"Morales, vamos!"
Eles adentraram o local, todos se assustando quando uma mulher loira empurrou Rick, apontando-lhe uma arma em sua cabeça.
"seu desgraçado, deveríamos matar você!"
— "Relaxe, Andrea, pare com isso." — um dos homens disse ao mulher.
"Andrea calma."
— "me acalmar? Tá de brincadeira, né?" — ela gritou. — "vamos morrer por causa deste imbecil!"
— "Andrea! Eu falei pra pegar leve." — repetiu um dos homens que havia ido para o lado de fora, matando os zumbis. — "Então atira logo."
Porém, a mulher logo abaixou sua arma, encarando o homem repleta de medo. — "vamos morrer, todos nós... por sua causa."
— "gente calma, vocês estão assustando a criança." — Glenn disse, olhando para a figura confusa e assustada da garota, que os encarava com medo.
— "não estou entendendo" — Rick disse.
— "olha, viemos pra cidade buscar suprimentos. Sabe qual é o conceito dessas missões? Sobreviver!" — Novamente, Stella fui puxada para dentro do prédio, seguindo todos por puro medo de ficar para trás com os monstros. — "e sabe qual o conceito de sobrevivência? Entrar e sair de fininho, sem alarde. Não sair atirando pela rua como se fosse um cowboy!"
— "todos os zumbis a quilômetros de distância ouviram os tiros" — assim, ela pode encarar a orla de zumbis que cercava o prédio pelas janelas transparentes. Todos loucos para invadir o lugar. Ela apertou suas mãos ansiosa, sentindo suas unhas cravadas em sua palma.
— "Você anunciou a hora do jantar" — mesmo nervosa, Stella olhou para mulher loira irritada depois de seu comentário, achando seu comentário estranho. Ou ela apenas não havia gostado da mulher.
"Entendeu agora?"
— "aí meu Deus!" — assim que a pressão dos corpos apoiados no vidro se estendeu, o objeto começou a quebrar, o que logo logo estaria no chão e todos os monstros iriam entrar no estabelecimento. — "e o que diabo vocês estavam fazendo lá fora? Ainda mais com sua filha nestas ruas repletas de zumbis!"
— "o que? Eu não sou filha desse cara!" — Stella se defendeu, sentindo-se um pouco ofendida. Ela era filha de Marcus, e sempre seria. E não desse policial burro que ela havia trombado por acidente.
— "você fala!" — o asiático sorriu para menina, que apenas o encarou com a cara fechada.
— "queria chamar a atenção do helicóptero" — Rick tentou se explicar para essas pessoas, para que todos não o achassem um panaca, sendo que Stella Wilson já havia o colocado na lista dos panacas que ela já havia conhecido, ele sendo o primeiro da lista.
— "Helicóptero?" — disse um deles, sua voz grossa que chamou atenção de Stella. Notando seu corpo bombado e forte, a garota já sabia que não gostaria de mexer com ele. — "Cara, que besteira! Não tem helicóptero nenhum."
"você estava alucinando, imaginando coisas. Acontece"
— "acontece que eu vi." — se defendeu, fazendo Stella revirar os olhos. Ela não havia visto helicóptero algum, e estava andando logo em seu lado. De novo, ela apenas pensou que ele fosse louco e burro, igual todos os policiais que seu pai lhe falava sobre.
— "eu, T-dog, tente o rádio. Pode contatar os outros?" — Morales perguntou ao homem, que logo tentou ligar o equipamento.
— "outros? O centro do refugiados?" — Rick perguntou.
Este cara está viajando; Stella pensou, olhando confusa a ele. Estando a mais de 60 dias andando pelas ruas de Atlanta, que nem era sua cidade, e 16 deles estando sozinha, ela não havia encontrado nenhum "campo de refugiados", ou se não ela nem estaria ali, em primeiro lugar.
— "É, o centro de refugiados. Estão esperando a gente com biscoitos no forno." — E de novo, a garota sorriu dentro de si, gostando de ver as pessoas serem ignorantes com Rick.
Ela não estava nem aí se ele havia salvado sua vida, ele era um policial! Se papai estivesse aqui, ele já haveria lhe dado um estilhaço por ao menos conversar com esse panaca.
— "sem sinal." — o tal do T-dog disse, chamando a atenção de todos. — "talvez no terraço"
Um alto estrondo ecoou pelos seus ouvidos, assustando todos do local. Stella franziu a sombrancelha— não é possível que há outro policial dos infernos atirando por aí; ela pensou.
"Ai, não! Foi o Dixon?"
"O que aquele maniaco está fazendo?"
"Venha, vamos!"
Se havia outro coisa que Stella Wilson não gostava de fazer era correr, e hoje ela já havia acabado com sua cota de passos. Ela os seguiu pelas escadas, sentido as mãos de Glenn a segurarem novamente. Ela só queira gritar com esse garoto de dizer-lhe que sabia andar sozinha, mas ela não havia forças o suficiente para abrir sua boca.
"Ô Dixon, você tá maluco?"
Eles logo retomaram ao terraço, onde daria para ver toda a cidade por cima. Stella pode ver um homem careca, com braços musculosos, rindo enquanto segurava um grande rifle em sua mão. Logo ela pode associá-lo com os homens que seu pai normalmente andava, e teria certeza que ele também se pareceu bastante com seu pai.
"Droga!"
A garotinha tampou seus ouvidos sensíveis, não querendo mais ouvir os barulhos de tiros, ele só iriam a deixar com mais dor de cabeça.
— "vocês deveriam ser mais educados com um homem armado." — o homem riu — "questão de bom senso."
— "cara, você está desperdiçando balas que nem temos" — T-dog gritou com o homem, indo em sua direção parecendo irritado. Stella pode logo pensar que eles iriam começar a brigar. Ela sempre saberia quando adultos iriam começar a brigar. — "e está atraindo ainda mais deles pra cá. Cara dê um tempo."
— "já não basta esse mexicano enchendo meu saco o dia todo, agora você também quer me dar ordens" — o Dixon disse grosseiramente, irritado com o grupo. — "acho que não, bro. Está pra nascer o dia."
— "Está pra nascer o dia?" Tem alguma coisa a me dizer?" — T-dog debateu, irritado com as palavras racistas do homem.
"T-dog, deixa pra lá."
"Não!"
— "não vale a pena." — o mexicano exclamou, tentando acalmar a situação. — "agora, Merle, relaxa, certo? Já temos problemas demais."
— "Quer saber quando vai nascer o dia?" — O Dixon perguntou ao T-dog.
"Quero"
— "vou lhe dizer quando, senhor "yo"— o homem começou, e Stella se perguntava o por que dele estar falando daquele jeito estranho. — "será o dia que eu receber ordens de um negro."
"Seu filho da..."
T-dog estava pronto pra lhe atacar, porém Merle foi mais rápido, usando seu rifle para desferir um golpe no rosto do homem em sua frente.
"Pare, Merle. Ja chega!"
Sentindo seu coração palpitar em seu peito, Stella deu alguns passos para trás, vendo a briga dos homens acontecer em sua frente. Ela se agauchou, colocando as mãos em seu rosto, cobrindo seus olhos e seus ouvidos.
"Já chega, cara!"
"Pare com isso, Dixon! Vamos!"
"Largue-o! Dixon, vai machucar ele!"
E Stella só queria que todos calassem a boca logo. Ela queria que tudo parasse.
Que tudo isso parasse.
Seu pés batiam com o cimento enquanto ela tentava se acalmar, mas seus pensamentos só estavam nas antigas brigas que seu pai se metia. Ela odiava ouvi-las, e sempre se escondia em seu armário quando seu pai e sua mãe brigavam, tampando seus ouvidos e tentando respirar. Até que tudo acabava quando a polícia chegava, e levavam o seu pai embora e ela teria que responder as perguntas mais idiotas do mundo.
Stella logo levantou sua cabeça quando Merle parou de falar, vendo que Rick havia lhe acertado com seu próprio Rifle, o derrubando no chão. Tirando de seu bolso uma algema, rick prendeu o homem em um dos canos, o levantando para encara-ló. A garota seguiu para perto deles, observando.
"Quem é você, cara?"
— "um policial amigável" — Rick o respondeu, fazendo com que a garota revirasse os olhos novamente. — "olha aqui, Merle. As coisas são diferentes agora. Não existem mais negros. Nem uma ralé de branquelos idiotas. Só carne branca e carne escura. Existe nós e os mortos. Sobreviveremos trabalhando juntos, não separados."
"Vai se ferrar"
"já vi que têm dificuldade pra entender as coisas."
— "é? Vá se ferrar duas vezes" — Stella deu um sorriso de lado, mesmo que achasse que a ação do policial estava sendo necessária.
Mesmo que houvesse crescido com seu pai lhe falando que não deveria confiar em pessoas de cor, se comportando igual a este homem agora, ela não enxergava as coisas deste jeito. Mas como ela não gostava de desobedecer seu pai, ela apenas teria que concordar e manter sua boca calada, como ele sempre dizia.
— "você deveria ser educado com um homem armado" — O policial colocou uma arma apontada para cabeça do homem, irritado visualmente. — "questão de bom senso."
"Você não atiraria. Você é policial."
— "agora eu sou simplesmente um homem à procura da esposa e do filho" — Rick falou, o que chamou a atenção da criança. Ela não sabia que ele estava a procura de alguém, assim como ela estava. — "se alguém se meter no meu caminho, vai sair perdendo. Vou lhe dar um tempo pra pensar nisso."
— "O que você vai fazer? Vai me prender?"— o homem começou a se debater, e Stella decidiu que não ficaria olhando essa humilhação.
A garota se estendeu entre as bordas do prédio, olhando para a paisagem em sua frente. Ela pensava em onde seu pai estaria agora, o que ele estaria fazendo. Será que ele pensava nela? Talvez ele estivesse a procurando também. Ele poderia estar em qualquer lugar, mas ela só desejava que ele estivesse consigo.
— "oi" — uma voz ao seu lado lhe chamou a atenção, e ao se virar, ela viu a figura de uma mulher. — "sou jacque, e você?"
— "stella" — respondeu curta, não querendo muita conversar com alguém dali, de qualquer jeito.
— "você não fala muito, né?" — perguntou a mulher sorrindo, porém a garota lhe poupou de uma resposta, apenas olhando para a vista novamente. — "o que você estava fazendo lá fora sozinha? Já que não estava com o policial ali?"
Stella suspirou, revirando os olhos secretamente.
— "onde estão seus pais?" — Jacque perguntou, e a Wilson só poderia lhe xingar em sua mente. — "uma garotinha como você não deveria estar sozinha em meio deste caos, o que aconteceu?"
— "não é da sua conta" — ela bufou, se afastando da mulher para se sentar em um dos canos, encarando o homem algemado logo ali.
— "perdeu alguma coisa aqui em garota?" — Merle gritou grosso, o que fez com que a menina olhasse para longe rápido. Ela não queria irritá-lo.
Stella sentiu-se irritada apenas por estar ali, enquanto poderia estar de volta a floresta e a procura de seu pai. Neste ponto a garota nem se importava com a conversa que estava acontecendo, e sua mente vagava em momentos que já havia passado.
Ela se assustou quando o garoto asiático a acordou de seus pensamentos, a chamando para segui-lo. Eles adentraram o prédio novamente, andando a procura de algo que Stella não fazia ideia, mas preferiu os seguir a ficar junto com o homem preso lá em cima.
— "Vasculhei este lugar nas outras vezes em que estive aqui." — ela ouviu Glenn falar, olhando para baixo, onde só havia um breu. — "é a única passagem do prédio que vai pra baixo. Mas eu nunca fui pra lá"
— "isto é perigoso, não conseguimos ver nada que tem lá em baixo" — a criança indagou, soltando um suspiro.
— "quem ia querer, né?" — Stella negou com a cabeça, olhando para baixo novamente. Era uma frota corajosa, claro, porém o medo infantil de escuro ainda a assombrava. — "ah, ótimo"
— "estaremos logo atrás de você." — Andréia proferiu.
"não, não quero. Você não."
— "por que não eu? Acha que não posso?" — sentiu-se desafiada, parecendo irritada com a fala do asiático.
"Não queria..."
— "diga o que pensa" — O grimes indagou.
— "Vejam, até agora, eu sempre vinha aqui sozinho." — ele começou. — "entrava e saía, pegava umas coisas, não tinha problema. Na primeira vez em que eu trago um grupo, virou um inferno. Não é por mal. Se quiserem que eu entre nesse buraco desagradável, beleza. Mas só se for do meu jeito. Lá em baixo é estreito. Se encontrar algo e tiver que sair rápido, não quero que me atrapalhem e que eu acabe morrendo. Vou levar uma pessoa. Você também não." — ele disse a Rick. — "está com a arma de Merle e já vi você atirando. Ficaria mais tranquilo se você vigiar aquelas portas e nos der cobertura."
Ele continuou a escolher quem iria com ele.
— "você está com a outra arma, melhor ir com ele." — Disse a Andrea, que possuía uma arma igualmente a Rick, que ajudaria a os proteger. — "eu quero que você vá comigo, Stella não é?"
— "que?" — ela disse rápido, concertando sua postura. Ela gostaria de lhe xingar e falar que nunca entraria em um buraco desses, e que se fizesse, iria o deixar para morrer se visse algo.
— "você tem uma faca, e é pequena, então não vai me atrapalhar." — ele se explicou, porém ainda não foi o suficiente para garota concordar. — "você é rápida, e ágil, vai ser fácil para se mexer lá dentro. Jacqui e Morales ficam aqui. Se alguma coisa acontecer, avise pra que possamos voltar rápido."
"Ok"
"Ok"
— "Não" — ela negou rápido, sentindo-se nervosa de repente. — "eu não quero ir"
— "querida, Glenn vai..."— porém a loira nem teve possibilidade de terminar sua frase pois Stella a interrompeu irritada.
— "Não me chame de querida, eu nem te conheço mulher!" — respondeu-lhe grosseiramente.
— "Stella, ei, não vai ser tão ruim. Eu já fui lá algumas vezes, e eu sei como sair. Nos vamos ficar bem" — Glenn disse ao seu lado, colocando suas mãos em seus ombros para acalma-lá— "ficaremos bem e voltaremos rápido, eu prometo."
— "se eu ver algo, eu vou te deixar lá embaixo sozinho." — lhe disse rápido, pegando a faca em seu bolso e respirando fundo. — "tá bom."
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