Velha amiga
Leitora/Castiel
***
Eu estava voltando para casa após um dia horrível. Meu carro quebrou no caminho para o trabalho e precisou ser guinchado. Depois na loja onde eu trabalhava uma maluca fez um escândalo apenas porque não tínhamos a cor do casaco que ela queria. Na volta do almoço peguei uma tremenda chuva e agora na volta para casa um maldito caminhão passou em uma poça e me cobriu de água de cima a baixo.
Resumindo, foi um dia daqueles.
Quando cheguei em meu apartamento tomo um susto que quase fez meu coração saltar pela boca. Havia um homem no meio da minha sala, parado como uma estatua e encarando o horizonte pela janela.
— Quem é você? – Pergunto, tomando cuidado enquanto ia até a comoda onde guardava minha antiga pistola.
— Não se preocupe, S/n, não vim para machuca-la.
O homem se virou para mim, ele era muito bonito, usava sobretudo beje e uma gravata azul.
— Quem é você? – Repito a pegunta, dessa vez mais firme.
— Meu nome é Castiel, sou um anjo do senhor e amigo de Sam e Dean.
— Conhece Sam e Dean?
Eu estava surpresa. A alguns meses não falava com nenhum Winchester, desde que parei de caçar.
— Sim – Ele confirma.– Fui enviado por eles, Dean e Sam precisam de você.
Meus olhos se estreitam, eu não sabia se podia confiar nesse cara. Ele invadiu minha casa e agora diz que é um anjo e que os irmãos Winchester precisam de mim.
— Como posso confiar em você?
— Você tem minha palavra – Diz como se apenas sua palavra valesse tudo.
— Terá que ser melhor do que isso – Digo, alcanço a arma na cômoda e aponto para Castiel.
— Eles disseram que você era durona – Posso jurar ter visto um leve sorriso no rosto dele.– Aqui..
Castiel tira do bolso do sobretudo uma corrente, quando me aproximo devagar vejo que nela à um pingente.
— Como conseguiu isso? – Pergunto avançando e tomando o amuleto de suas mãos. Não preciso de muito tempo para ver que é o mesmo amuleto que Dean nunca tira.
— Dean me deu para que pudesse provar a você que sou de confiança.
Encaro o rosto de Castiel e solto um suspiro.
— Tá, digamos que eu esteja começando a confiar em você. Por que eles não vieram pessoalmente?
— Eles estão sendo caçados. Dean falou que você não caça a muitos meses e por isso não estaria a par do que vem acontecendo.
— Não, o que houve?
— Lúcifer saiu da jaula. Ele foi libertado e agora esta planejando o apocalipse.
Senti como se o chão sumisse de meus pés. Como? Lúcifer... apocalipse? Será possível que eu deixo aqueles idiotas sozinhos por seis meses e eles já destroem a humanidade?!
— Lúcifer esta caçando os dois? – Pergunto me sentando, meu equilíbrio estava muito duvidoso.
— Na verdade só Sam o interessa, Sam é o receptáculo de Lúcifer. Já Dean é a casca de Miguel, por isso outros anjos o querem.
Aquilo deu um nó completo em minha cabeça. Como assim Sam e Dean são os receptáculos de Lúcifer e Miguel. Com certeza parte disso é culpa minha, se não os tivesse deixado isso não teria acontecido. Aqueles dois precisam de supervisão.
— Deus, eu preciso de álcool – Remsungo com as maos na cabeça. Levanto e vou até meu armário pegando uma garrafa de whisky.– Tá, e para que exatamente Dean mandou que você me chamasse?
— Ele acha que você pode ajudar – Diz.– Aparentemente confiam muito em você.
— É, confiam – Digo, dando um gole na bebida.– Esta bem, leve-me até Sam e Dean.
Castiel assente e se aproxima de mim, ele coloca uma de suas maos em meu ombro e seus profundos olhos azuis fixam em meu rosto.
— Você pode sentir uma leve vertigem, o solavanco é forte na primeira vez.
Ele avisa.
— Sem problemas – Digo, depositando o copo na mesa próxima e seguro com força nos ombros do anjo, puxando o para mais perto.– Eu seguro firme.
Castiel ficou meio vermelho, o que quase me fez rir se não fosse pelo maldito solavanco que ele disse.
— Wow! – Digo totalmente tonta. Estávamos no meio de um quarto de hotel vazio. Por um momento acho que vou cair mas Castiel me segura.
— Você esta bem?
— Estou – Respondo. A tonteira passa tao rápido quanto veio e então pergunto: – Onde estão Dean e Sam?
— Eu não sei. Não posso rastreá-los e esse é o único endereço que eu tenho – Diz olhando em volta. Ele parecia confuso.
— Eu não acredito que eles vão me fazer esperar – Resmungo. Pego meu celular e disco o numero de Sam mas ele não atende. Tento o de Dean em seguida ele também não atende.– Não adianta ligar, acabei de lembrar que eles desligam os celulares durante as caçadas.
— Então temos que esperar.
Aquilo era óbvio, solto um suspiro irritada e começo a dar voltas pelo quarto.
Encaro Castiel paradão no centro do cômodo.
— Quer beber alguma coisa? – Pergunto.
— Eu não bebo
— Nada?
Ele balançou a cabeça afirmativamente.
— Ta na hora de começar – Digo com um sorriso. Eu sabia que Dean deveria ter uma garrafa de alguma coisa em alí e estava certa.
Encontrei uma garrafa de whisky, servi uma dose para mim e uma para o anjo. Castiel olhou doncopo do copo para mim.
Dou um gole no líquido cor de âmbar e lanço um olhar para Castiel, esperando. Ele toma um gole e parece gostar, logo em seguida bebe mais um e então acaba com tudo o que tem no copo.
— Mais? – Pergunto com um sorriso.
— Aceito.
Pego a garrafa e torno a encher seu copo.
Isso seria uma experiencia incrível.
***
Castiel secou a garrafa e os dois irmãos ainda não tinham voltado. Eu estava achando interessante a missão de embebedar um anjo então nao e importei em beber. Castiel mudou completamente depois de quatro doses e eu estava adorando.
— Não tem isso no Céu – Comentou encarando o copo vazio.
— Eu imagino – Digo rindo.
— Então é por isso que Dean esta sempre bebendo isto – Diz pensativo.
— Pelo que? – Pergunto curiosa.
— A sensação – Diz, seus olhos azuis miram meu rosto.– A leveza... é bom.
— Sabe o que é melhor? – Pergunto encontrando uma forma melhor de passar o tempo. Ele negou. Me aproximei mais dele na cama e o beijei. Me afasto notando que ele não se mexeu.– O que houve?
— Eu não sei como...
— Ah –Suspiro com alivio.– Assim...
Pego uma de suas mãos e ponho em minha cintura, sua palma grande envolve minha estrutura e seus dedos me apertam. Subo em seu colo e seguro sua nuca, entrelaçando meus dedos seus cabelos escuros.
Voltei a beija-lo e dessa vez Castiel acompanhou meus movendo, retribuindo o beijo. Inclinei meu corpo para frente, deitando no peito de Castiel e o fazendo deitar sob o colchão.
As mãos de Castiel desceram para minhas coxas e ele começou a me acariciar, eu não ensinei isso para ele.
De repente ouço a porta abrir e me sento ereta no colo dele, Castiel permanece deitado com expressão confusa.
— S/n, você veio! – Sam sorriu, Dean entrou logo em seguida carregando uma bolsa grande.
— Qual é, na minha cama? – Perguntou. Olhou mais adiante e vou a garrafa vazia. – S/n!
— Ninguém mandou você me fazerem esperar – Falo me levantando, acho que Castiel ainda não esta recebendo os acontecimentos.– Eu precisava me distrair.
— Com o meu whisky?
— Na falta de coisa melhor – Sorrio. Dean revira os olhos e eu vou até ele e o irmão, abraçando os dois.– Senti saudade dos dois idiotas.
— Nós também – Sam sorriu.
— O que você fez com ele? – Dean pergunta. Castiel agora estava sentado na cama com um sorriso meio bobo meio constrangido.
— Quer mesmo saber? – Pergunto.
— Erg, não! – Diz. Dou uma risadinha e me sento na cama.
— Ótimo, agora vamos, qual a besteira que eu preciso concerta? – Pergunto.
Os dois irmãos respiram fundo e começam a contar. Vou ter trabalho.
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