Todo rei precisa de uma Rainha.
Leitora/Crowley
S/n - Seu nome.
S/a - Seu apelido.
***
- Okay, Crowley - Falei ao me sentar a sua frente no bar lotado. - O que você quer?
- Sempre adoravel, S/a - O Rei do inferno fala enquanto da um gole no copo de conhaque.
- Não me chame assim, só meus amigos me chamam assim, e você não é meu amigo - Soltei.
- Como se você não gostasse - Ele fala em tom baixo.
- Eu vou embora - Disse me levantando.
- S/n, espere - Pediu o Demônio, demonstrando um pouco de nervosismo na voz.
Reconhecendo isso, estranhei sua reação. Crowley nunca demonstrava nervosismo.
- O que foi então?- Perguntei.
- Você como anda com os malditos Winchester's - Falou, fazendo um aceno displicente com a cabeça. - Deve saber a quantas andam minha atual situação como o Rei do Inferno.
- Abaddon te chutou de lá - Falei, cruzado os braços em frente ao peito.
- Não, ela não me... chutou - Crowley falou, revirando os olhos.- Estamos em época de eleições, é diferente. E graças aos seus amiguinhos que me acorrentaram em um porão fedorento e me doparam com sangue. Agora estou prestes a perder meu trono.
- Ah, não exagera - Falei.- Aquele porão nem era fedorento. Alias não era nem um porão, era tipo uma sala de interrogatórios.
- Você não ouviu nada do que eu disse?- Crowley perguntou, se curvando em minha direção. - Estou prestes a perder meu trono.
- E eu com isso, Crowley?- Falei, pegando o copo a minha frente e dando um gole.
- Bem, descobri que um Rei é muito bom, posso controlar meu povo, posso impor medo. Mas, - Ele ergueu um dedo e estalou a lingua.- Descobri que uma Rainha pode fazer isso mais rápido e alem disso conquistar o respeito.
- O que quer dizer com isso?- Perguntei sem entender onde ele queria chegar com aquilo.
- Gostaria que você, S/n, fosse minha rainha.
Fiquei estática encarando-o, sem realmente saber o que fazer. Ele estava brincando, certo? Só poderia estar brincando!
- Fala a verdade, você ta chapado com sangue, não é?- Perguntei baixo.- Porque se estiver eu posso simplesmente desconsiderar essa proposta absurda e sair daqui como se nada tivesse acontecido. Sem contar que de bônus você ainda ganha mais uns dias de vida.
- Escute, S/a, minha querida - Crowley começou, seu tom ficou mais suave e eu tenho certeza de que ele nunca usou esse tom comigo antes.- Vocês querem deter Abaddon, eu quero deter Abaddon, por que simplesmente não trabalhamos juntos?
- E como eu me "casando" com você iria ajudar?- Perguntei, erguendo uma sobrancelha.
- Juntos somos mais fortes do que separados - Falou, e eu revirei os olhos. Essas palavras soavam bem menos manipuladoras quando vinham da boca de Dean.- Vamos unir nossas forças. Você é uma caçadora habilidosa, experiente, já tive muita dor de cabeça com você caçando e matando meus melhores demônios. É uma aliança, até que Abaddon esteja morta e meu trono em segurança.
Balancei a cabeça de um lado a outro, inconformada com a proposta. Como ele teve a cara de pal de me propor algo assim?
- Você enlouqueceu se acha que eu faria qualquer tipo de aliança com você - Falei, em seguida me levantei e me afastei da mesa. Eu sou uma caçadora, Crowley é um demônio, qualquer tipo de acordo nunca daria certo.
Sai do bar para a noite escura e tomei o caminho até meu carro, quando estava a ponto de abrir a porta e entrar, sinto uma mão segurar meu braço.
- Você sabe que o que estou falando faz sentido, S/n - Crowley falou, me encarando. Ele prendeu meu olhar em seus olhos escuros por alguns segundos o que me deixou atordoada.
- Eu tenho princípios, Crowley - Falei.
- Em tempos como os que estamos vivemos certos princípios devem ser esquecidos. É uma guerra, S/n, tanto para mim quanto para vocês, então agarre qualquer oportunidade de vence-la - Retrucou.
Estava com as costas coladas na lateral de meu carro, e Crowley estava bem proximo a mim.
- O que aconteceria se eu aceitasse ser sua rainha?- Perguntei depois de minutos de silêncio.
- Você é inteligente e eu sou cruel, formariamos uma boa dupla. Eu conseguiria a cavalaria, você junto com Alce e Esquilo pesquisaram formas de como matar a vadia. Venceriamos a guerra.
- E depois? Quando matarmos Abaddon - Indaguei.
- Depois eu prometo sumir antes que sua faca atravesse o meu pescoço - Ele sorriu torto.
Ponderei por mais um tempo, era loucura, mas se existia uma forma de deter Abaddon, e Crowley pudesse ajudar, eu não poderia perder a chance.
- Está bem, eu aceito - Falei por fim.
Antes que pudesse reagir, Crowley segurou-me pela cintura e com a outra mão puxou minha nuca para um beijo que me fez perder completamente o fôlego.
Quando nos afastamos, eu estava vermelha e sem ar.
- O que foi isso?- Perguntei, encarando-o e o vendo sorrir e se afastar.
- Precisávamos selar o pacto - Ele piscou antes de desaparecer no fim da rua deixando apenas sua voz pairar no ar.- Boa noite, minha Rainha.
Rainha. Sou rainha do Inferno. Ótimo, em que porcaria eu fui me meter?
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