Leitora/Sam Winchester.

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Ainda deitada e minha cama, resolvo que esta na hora de finalmente acabar com tanta aflição e resolver as coisas de uma vez por todas, ou minha cabeça vai explodir. Levanto-me e saio a passos duros, travando por alguns segundos na porta e dizendo a mim mesma:
- Okay, é agora ou nunca - Suspiro, antes de sair do quarto e caminhar ate a biblioteca do bunker onde os rapazes conversavam sobre o recente caso. Parei diante a porta, já totalmente desmotivada, não conseguiria dizer nada a Sam com Dean ali, ele me zoaria ate a morte. Porém, demorei meses para tomar a decisão de revelar meus sentimentos a Sam, e agora não sera a presença de Dean que vai me impedir.

- Sam? - Chamei, entrando de vez no comodo e caminhando ate ele.- Podemos conversar? Sozinhos.
Digo frisando a ultima frase e fitando Dean. O loiro assobia e solta uma risadinha maliciosa.
- Oh, a coisa deve ser séria - Diz, levantando. Antes de deixar o comodo ele solta: - Cuidado, Sammy, a tigresa esta arisca.
Reviro os olhos e tomo a cadeira que antes ele estava sentado, de frente para Sam. O Winchester mais jovem espera que eu comece a falar, seu semblante é preocupado.
- Algum problema, S/n? Eu fiz algo errado? - Ele pergunta, um pouco tenso.
- Não, Sam, você não fez nada errado - Tento tranquiliza-lo. Respiro fundo pela milésima vez hoje e seguro sua mão por cima da mesa. Sam encara nossas mãos, bastante supreso por minha ação, mas não retira a mão. Bem, isso é bom sinal.
- Então qual é o problema? - Pergunta outra vez, agora em tom mais calmo.
- Eu tenho algo para lhe confessar... e isso é um pouco constrangedor para mim - Digo, balançando a cabeça.
Oh não, S/n. Você não vai amarelar agora.
- Deve ser algo muito serio.
Pensei em diversas maneiras de como contar a Sam meus sentimentos por ele, e nenhuma delas me pareceu certa. Agora que estou de frente para ele, em minha mente só existe uma opção, a mais rápida e direta.
Aproveitei que estávamos próximos o bastante e o beijei, sem pensar mais de uma vez, pois sei que desistiria. Eu estava prestes a recuar quando Sam tirou a mao que ainda estava na minha e a colocou em minha nuca, segurando-me ali.
Ele não recuou, como uma parte de mim temia desesperadamente que fizesse, muito pelo contrário, Sam retribuiu o beijo de forma empolgada.
Quando nos afastamos, não contive uma pequena risada que escapou. Eu finalmente havia conseguido.

- Okay, agora que consegui passar pela parte mais dificil - Arfei, voltando a encarar os olhinhos de gato de botas de Sam, que me encaravam surpresos.- Eu acho que consigo falar... Sam, eu a-acho que o amo.
Ele não reagiu por alguns segundos. Ele parecia meio lento hoje.
- S/n... eu não sei o que dizer - Ele balança a cabeça, está bem... mal sinal.
- Certo - Levanto, sinto meu rosto esquentar. - Isso foi um erro. Esqueça tudo o que eu...
Sam se levantou mais rápido do que pensei ser possível e me interrompeu, beijando-me novamente.
- Eu quis dizer - Ele sorri, suas covinhas surgindo.- Que não sei o que dizer porquê nunca imaginei que gostasse de mim dessa maneira... a maneira como eu gosto de você. Você estava namorando, não estava?
- Não está falando do Jake, esta?- Sorrio, ao ver ele concordar.- Você sabe que ele é gay, não sabe? Alias, fiquei de conseguir o numero de Dean para ele.
Sam joga a cabeça para trás com uma gargalhada estrondosa, sou obrigada a acompanha-lo. Não acredito que o único motivo pelo qual Sam nunca tentou nada comigo era por achar que eu namorava Jake.
- Ele vai adorar isso - Sam comenta, quando finalmente consegue parar de rir. Seus braços se fecham em volta de minha cintura e ele beija meu pescoço.
- Por falar nele - Sorri, segurando na gola da camisa de flanela que ele usava.- Ele estava certo quando disse que eu estava arisca hoje.
Esperei alguns segundos até que ele entendesse. Sam ergueu uma sobrancelha para mim e quando confirmei seus pensamentos ainda sorrindo, ele em um movimento rápido desceu suas mãos de minha cintura para minhas pernas e me ergueu.
Fechei minhas pernas em volta de seu quadril e passei os braços por seu pescoço.
- Então é melhor irmos para o quarto - Diz caminhando para a saída da biblioteca.- Vou tentar acalmar a tigresa.