Supernatural Story (Asylum)

Part.2 - Asylum:
Leitora/Lúcifer

***

1964*

Minha cabeça pulsou quando abri os olhos, sem qualquer dos sentidos em melhores condições. Eu me sentei, ainda muito confusa e analisei o ambiente que me cercava, não me alegrando muito com o que via.
Eu estava caída no meio de uma mata, eu não me lembrava desse lugar e pior eu não me lembrava a forma como vim parar aqui.
A última coisa de que me lembro era de estar em um caso com mus irmãos, entramos em um prédio abandonado onde havia relatos de espíritos e desaparecimentos. Pelo que me lembro o prédio era um antigo sanatório...
Contínuo forçando minha memória e me recordo de ter me separado deles e atravessado um lance de escadas, entrando em um quarto. Não consigo recuperar mais detalhes, apenas que a decoração era bem estranha, tinha uma cruz de cabeça para baixo na parede.
Levanto do chão, resolvendo procurar alguem que me diga onde estou.
***

Não tenho muita sorte em encontrar alguem por alí, mas encontro o que me parece o mesmo prédio que estava mais cedo. Estranhei, pois pelo que consigo lembrar ele não estava tao bem conservado quanto parece agora.
Passo por algumas arvores e alcanço um grande jardim de frente, minha confusão mental só aumenta quando vejo varias pessoas caminhando lentamente pelo local.
Minha nuca ainda dói e eu sinto que tem alguma coisa muito errada acontecendo e eu sinto que essa lacuna em minha memoria é a chave para tudo.
- Ola, querida.
Dou um salto de susto quando uma mão toca meu ombro de supresa. Viro-me na direção da voz e dou de cara com uma freira, ela esta sorrindo para mim.
- O-oi...- Digo confusa.
- Você esta perdida? Nunca à vi por aqui antes - Diz.- Eu sou a irmã Mary Eunice. Como você se chama?
- Sou S/n... eu não estou perdida - Digo, balançando a cabeça - Eu acho. Que lugar é esse?
- Aqui é a instituição BriarCliff - Responde.- Nós acolhemos e cuidamos dos necessitados, inválidos e incapazes.
- Não é possível - Digo, levando as mãos até a cabeça. Eu devia estar sonhando. - Não, BriarCliff foi desativado a quase trinta anos.
Ela me olha parecendo preocupada, sinto sua mão apertar-se em volta de meu ombro.
- Você precisa de ajuda, de onde está vindo?
- Você viu dois rapazes? Eles estavam aqui - Lembro-me de meus irmãos, Dean e Sam.- Um é bem alto, cabelos na altura do queixo, o outro é mais baixo e loiro, por favor você os viu?
A mulher à minha frente franze as sobrancelhas, ela olha de um lado a outro parecendo procurar por eles. Ela se volta para mim com o olhar um pouco de pena.
- Venha comigo, querida, vou ajudar você - Ela diz delicadamente enquanto me guia através do jardim e me levando para dentro do prédio. Meu queixo caiu quando entrei, o lugar estava a pleno funcionamento, não parecia aquele prédio abandonado que visitei com Dean e Sam. Minha cabeça girou e eu senti que iria desmaiar.
- Em que ano estamos? - Pergunto, sentindo um gosto ruim na boca.
- 1964 - Ela responde, sem notar.
- Não - Me afasto dela, eu estava exaltada, mas não podia me controlar, aquilo só podia ser alguma brincadeira de mal gosto.
- S/n eu preciso que você se acalme - Ela pede, fazendo sinal com as mãos.
- Não - Repito, dando voltas pelo saguão, os outros presentes me encaravam como se eu fosse a maluca ali.- É uma piada não é? Quem esta fazendo isso?
Algo se passa em minha mente e eu rapidamente olho para todos os lados, tentando localiza-lo.
- Gabriel??? É você seu babaca? Se isso for algum tipo de brincadeira sua, eu juro que...
Eu não consegui terminar a frase, alguem agarrou meus braços e em seguida senti uma pontada em meu pescoço.
***

Sinto algo machucar meus pulsos quando recobro minha consciência. Abro os olhos e encontro um teto branco acima de minha cabeça. Tento me mexer mas descubro que estou amarrada a uma cama.
- EII! - Grito, para qualquer um que esteja alí. - ME TIREM DAQUI!
Ninguém aparece, minha cabeça dói mais do que nunca, ainda não consigo me lembrar de como desmaiei e fui parar na floresta.
Outras coisas invadem minha mente, novas informações. Eu estava em 1964? Eu voltei no tempo ou estou em algum tipo de universo alternativo?
Só conheço uma pessoa que faria isso comigo, esse tipo de brincadeira sem graça só pode ser de ninguém mais ninguém menos que Gabriel.
- Tudo bem, Gabriel - Falo em voz alta, esperando que ele apareça e acabe com isso logo.- Eu descobri seu jogo, pode desfazer o circo.
Nenhuma resposta.
- Gabriel. Dean deve estar furioso, sabe que ele só precisa de um motivo para ir atrás de você - Tento outra vez.
A porta se abre, olho esperançosa para a mesma, no entanto quem entra é uma freira.
Ela é diferente da primeira que eu encontrei, essa é mais velha, talvez a madre superiora.
- Eu sou a irmã Judy, diretora do BriarCliff, como se sente? - Pergunta. Sua voz é mais ríspida também.
- Onde ele está? - Pergunto, sem dar atenção a sua pergunta. - Eu sei que ele esta escondido, assistindo de algum lugar, cadê ele?
Ela me lança um olhar duro, seus olhos se estreitam e ela caminha até a beirada da cama onde estou amarrada.
- A quem se refere? - Pergunta com voz contida.
- Gabriel - Falo o nome dele.- Gabriel, Arcanjo, Trickster, não importa o nome dele.
- É esse Gabriel que você estava gritando no saguão - Ela pergunta, dando um sorriso descrente. - Xingando como se fosse um qualquer.
- Ele nunca reclamou - Falo.
- Eu já vi casos como esse - Ela da a volta na cama e passa a mão em minha testa, tirando meus cabelos do rosto.- Você foi deixada aqui por algum parente que não queria a responsabilidade de ter que cuidar de você. Esta perdida e confusa...
- O que quer dizer com isso? - Pergunto.- Eu não sou nenhuma louca, meus irmãos devem estar atrás de mim agora mesmo.
- Essas roupas, as coisas que fala - Ela parece pensativa. - De onde vem?
- Você não acreditaria.
- Diga.
- Sou do ano de 2012, eu nasci em Lawrence no Kansas.
- É pior do que pensei - Ela faz um muxuxo.- Teremos que tentar algo forte o suficiente para ajuda-la.
- O que? Não - Falo puxando meus pulsos e tentando me soltar. - Você é a maluca aqui, o que pensa que vai fazer comigo?
Judy me olha irritada, eu acho que a ofendi. Ela se afasta e vai até a porta, chamando alguem.
Dois homens vestidos de branco entram, aparentemente enfermeiros, eles me desamarram e me carregam para fora do quarto, mesmo meus maiores protestos não os impedem e quando paro para prestar atenção ao meu redor, eles estão me levando para uma sala pequena com apenas uma maca e um aparelho de... eletrochoque?!
- Você não pode fazer isso!! - Grito, tentando lutar. Eles eram muito fortes, isso dificultava meu trabalho.
Fui jogada na maca e tive minhas pernas e mãos amarradas novamente. Meu pescoço também foi preso.
A lacuna em minha mente esta começando a se fechar, flashes de imagens entram e minha mente, tapando minha visão.
A irmã Judy se posicionou atrás de mim, ela segurou um objeto esquisito que eu não era capaz de identificar e o posicionou em minha cabeça.
- Não é comum alguem entrar aqui em tal estado de insanidade - Judy fala, pegando um protetor e pondo na minha boca a força. - Mas vamos curar você, S/n, e então você vai me agradecer.
A nevoa que dominava minhas memorias se dissipa, não é Gabriel. Ele não faria algo assim, não comigo, Gabriel pode ser um idiota mas ele nunca me machucariam.
Eu me lembro de tudo agora, no quarto, encostado na batente e rindo ao lado da cruz invertida.
Judy da o sinal e uma forte onda elétrica cruza meu corpo, eu grito, me contorço, meu corpo entra em convulsão completa.
Mesmo aqui, onde quer que eu realmente esteja sua risada me alcança e a imagem de seus olhos azuis me perseguem.
Outra descarga elétrica me atravessa, eu grito abafado.
Lúcifer fez isso comigo. Lúcifer é o responsável.
Eu não aguentei a terceira descarga.
***

Aquela música irritante enchia meus ouvidos, eu estava com vontade de quebrar aquela droga de vitrola em milhões de pedacinhos.
Infelizmente eu não tinha força o suficiente para me levantar, passaram-se horas desde que fui acordada da sessão de terapia de eletrochoque e ainda não sentia meus membros completamente.
- Oi, novata - Uma garota se senta ao meu lado, seus cabelos eram curtos e ela ficava toda hora enrolando uma mecha nos dedos.- Eu me chamo Grace.
- Sou S/n - Respondo. Minha voz quase não sai, minha garganta esta seca e eu ainda estou rouca pelos gritos.
- E então, que crime cometeu? - Perguntou. Olhei para ela um pouco confusa.
- Não cometi crime nenhum.
- Você não era a garota gritando no saguão? - Ela riu.- Ouvi falar que você acha que veio do futuro.
- Pelo que notei a maioria dos que estão nesse lugar pensam coisas bem piores - Falo.
- Tem razão - Diz.- Passou pelo tratamento de choque da irmã Judy não é?
Balanço a cabeça afirmativamente.
- Como chegou aqui? Eu sei que estou sendo muito intrometida, mas não é sempre que alguem chega aqui falando que é do futuro.
- Eu não sei como cheguei aqui - Digo. Mas era mentira, eu tinha alguma ideia de como cheguei.
- Você tem familia?
- Dois irmãos, e você?
- Uhn... não - Diz, mas depois completa. - Minha familia foi brutalmente assassinada e eu levei a culpa.
- Por isso esta aqui?
- Eles pensam que sou uma psicopata, ou isso ou a cadeira elétrica.
- Grace, nós precisamos conversar - Olho na direção do rapaz que se aproxima chamando Grace. Ele era um pouco mais alto que eu e seus cabelos eram bem castanhos.
- Claro, só um minuto S/n - Ela se levanta em seguida e sai.
A porta da "sala de convivência" se abre e um mulher entra. Ela parece tao abalada quanto eu, na verdade eu acho que a conheço de algum lugar.
Ela se aproxima e senta em uma poltrona não muito longe, eu continuo e encarando-a tentando me lembrar de onde eu a conheço.
Logo Grace volta e se abaixa ao meu lado, sussurrando:
- Escuta, eu gostei de você, quer sair desse inferno?
- Não tem como fugir.
- Tem, nós temos um plano.
- Esta bem - Concordo. - Mas não consigo ficar de pé.
- Kit - Ela sussurra, fazendo um sinal para o rapaz que não está muito longe. Quando ele se aproxima ela sussurra algo seu ouvido e ele se volta para mim.
- Vem, se apóia em mim.
Passo os braços por seu pescoço e ele pela minha cintura para me dar apoio, quando fico de pé quase caio outra vez, mas Kit me segura.
Atravessamos a sala e passamos por um corredor vazio, indo até um lugar que parece ser uma cozinha.
- Qual o plano? - Pergunto, me encostando em uma parede.
- Grace vai voltar e explicar, nós vamos esperar até a exibição do filme e então escapamos.
- Filme?
- É um jeito de fingir que nos dão diversão nesse lugar - Responde revirando os olhos.- Você é a garota que acha que veio do futuro não é?
- Mas que droga, sera que todos vão me chamar assim agora?
- Desculpe só... é que todos aqui ou a maior parte esta por engano. Não estou dizendo que acedito totalmente em você ser do futuro, mas sei como é contar algo que ninguém acredita.
- Como assim?
- Eu estou aqui porque pensam que matei minha esposa - Fala.- Mas eu não a matei.
- Quem a matou?
- Eu não sei, mas haviam... haviam ETs na fazenda, eles apareceram e então ela sumiu - Ele passa a mão pelos cabelos um pouco desconfortável.
- Não me admira que tenha prendido você - Falo.
- Eu admito que se fosse eles também não acreditaria...
A porta se abre e Grace surge atrás dela, ela entra apressada e atrás dela vem a mesma mulher que penso conhecer. Ela arregala os olhos para Kit.
- Não vou a lugar nenhum com ele - Diz.- Ele é um monstro psicopata, não pode ser solto.
- Sem ele eu não vou - Grace encara a outra.
- Não estou entendo nada - Falo, olhando de uma para a outra.
- Lana, essa é S/n, ela vai com a gente também. Ela não consegue andar direito, Kit vai ajuda-la ou então vamos nos atrasar.
Lana? Eu conheço esse nome...
- Você é Lana Winters? - Pergunto, apontando para a mulher. Sim, é ela.
Ela tem um programa de TV, eu não costumo assistir mas Sam gosta.
- Sim - Afirma, seus olhos se estreitam.- Você me conhece?
- Sim, eu... quer dizer meu irmão, ele adora seu programa - Paro por um minuto me lembrando de onde estou. - Tá, esquece, não quero voltar para o tratamento de choque.
- Vamos, não temos muito tempo - Grace já estava passando por uma porta escondida.
Todos vamos atrás dela, Kit me ajuda a andar mais rápido e atravessamos um longo túnel que da para os fundos da construção.
Ouço o som do que parece ser uma tempestade, e quando estamos do lado de fora vejo que realmente esta caindo uma chuva daquelas.
Me solto de Kit, acompanhando os outros três embaixo das grossas gotas de água, Grace esta indo para a mata.
Tropeço na entrada da mata, quando consigo me levantar não encontro mais os outros. Eu não vou gritar para chama-los ou alguem poderia escutar. A chuva está mais grossa e eu não sei o caminho para sair daqui.
Começo a dar voltas as cegas. Eu não posso acreditar que isso esta acontecendo comigo. O que Lúcifer espera ganhar com isso? O que ele quer de mim?
Antes dos choque eu pude lembrar claramente do homem de olhos azuis e cabelos loiros que estava de pé na porta.
Eu apontei a arma para ele, reconhecendo-o na hora, mas antes que eu disparasse fui jogada contra a parede.
Por isso minha cabeça doía quando acordei na floresta.
Ele me trouxe para cá, mas para que? É o que me pergunto toda hora.
Chego à um ponto onde volto para a saída escondida, ainda não tem ninguém aqui, quando vou me afastar, vejo alguem se aproximar, mas sou impedida de andar por algo que me prende no lugar. Assim que a chuva não me impede mais de ver quem vem em minha direção, reconheço a freira... acho que seu nome Mary Eunice.
- É você - Rosno, sem poder me mexer, Lúcifer trocou de casca? Ele possuiu a freira e agora está me torturando?
- Ah, não - Diz, sua voz calma porem fria. Não era o mesmo tom de quando nos encontramos a primeira vez.- Mas ele quer ve-la.
- Diga ao seu chefe para me mandar de volta, ou dou um jeito de ir sozinha e assim que estiver com meu irmãos...
- Lúcifer não recebe recados - Diz, ela me olha com deboche.- Eu não sei o que ele viu em você, mas tenho certeza de que logo você vai se cansar.
- Tenha certeza de que o quer que ele queira comigo não vai conseguir.
Eu estava tentando usar o maximo de dignidade que eu tinha naquelas condições. Eu estava despenteada, ensopada e com as roupas horríveis daquele sanatório, mas não permitirá que demônio nenhum pisasse em mim. Eu ainda sou uma Winchester.
- Você vai vir por bem ou por mal - Ela um sorriso, seus olhos se revelam totalmente escuros.
Por mais que negasse, eu não tinha escolha além de ir com ela.
***

Mary Eunice me arrastou até uma sala escura e estéril, semelhante a uma quarentena, o único móvel era uma cama com braçadeiras e tornozeleiras presas mas grades.
Ao contrário do que imaginei, ela não me prendeu, apenas meu empurrou para dentro e antes que eu conseguisse ataca-la para fugir, bateu a porta.
- Estou aqui! - Falo, para todos os cantos do quarto.- O que você quer de mim?!
- O que acha que quero?
Volto-me para a voz, Lúcifer se encontrava encostado na cama, em uma pose casual. Meus punhos se fecharam em fúria.
- Acho que quer me infernizar. Que quer que eu convença meu irmão a ser seu fantoche, mas esqueça, Sam nunca aceitaria e muito menos eu tentaria convence-lo.
- Você esta muito enganada - Lúcifer passa seu dedo indicador pelo lábio inferior. Ele da um passo em minha direção e eu dou um passo atrás.- Não é seu irmão que quero.
Encaro-o com as sobrancelhas arqueadas, sem entender.
- O que?
- Você não entendeu, S/n? - Ele ri, Lúcifer da um passo na minha direção, dessa vez eu não recuo.- Nunca foi Sam, nunca se tratou de Sam. Sempre foi você.
Minha boca seca de repente, eu estava prestes a desmaiar, senti minha pulsação despencar e minha vista escureceu na hora. Não poderia ser verdade, isso é impossível.
- C-como...? Você só... só pode estar mentindo - Digo sentindo tudo rodar.
- Posso ser o "pai da mentira", mas sei a hora de dizer a verdade - Lúcifer se aproxima outra vez de mim. Eu recuo novamente, mas não tenho mais para onde escapar, minhas costas batem contra a parede e estou encurralada.- É você, S/n, você é a escolhida e não Sam.
- Impossível!
- Por que? Você é a mais inteligente daquela família - Ele poe um braço do lado da minha cabeça, apoiando-o na parece e com a outra mão ele toca meus cabelos.- É a mais bonita. Sempre fez o que achou certo mesmo que precisasse passar por cima das ordem se seu pai ou de seus irmãos. Você sou eu.
Eu não podia aceitar que ele estivesse me comparando com o ele, com o próprio Diabo. Ele é maligno e destrutivo... eu não sou assim.
- Se o que está dizendo é verdade, por que perseguiu Sam? Por que não veio logo até mim?
- Desde o começo todos acreditavam no seu irmãozinho, mas você não. Sam sempre foi o perseguido, enquanto você teve tempo o suficiente para se preparar.
- Fez a vida de Sam um inferno só pra...
- Proteger você -Ele me interrompe, completando a frase. Lúcifer segura meu rosto e sinto sua respiração lenta bater em meu rosto. Seu rosto desçe para meu pescoço e eu não posso fugir dele.- Nós nos completamos, S/n.
- Não. Eu não sou má como você, nunca machucariam ninguém.
Ele ergue a cabeça de meu pescoço, local onde estava roçando a ponta de seu nariz.
- Isso é verdade - Ele sorri, como se fosse uma piada do destino.- Por isso somos perfeitos um para o outro.
- Nunca aceitarei - Falo, tentando manter minha voz forte diante a toda a proximidade, sinto sua mão descer para minha cintura enquanto a outra segura minha nuca.
Lúcifer me puxa para beija-lo e não consigo recusar... aliás, não sei se quero. Minha mente esta turva e todos meus pensamentos embaralhados, não sei se é ele quem está fazendo isso comigo.
Nossas bocas encaixam-se perfeitamente, por mais que eu queria negar estou começando a acreditar no que ele diz.
Minhas mãos traçam o caminho até seu cabelo e ali entrelaço meus dedos. Sou carregada até a cama, onde Lúcifer me deita e sobe logo em seguida.
- Você vai dizer Sim, você vai entender que você foi feita para se tornar parte de mim - Ele sussurra em meu ouvido antes de voltar a me beijar.
***

Eu estava de volta ao BriarCliff do meu tempo. Destruído e abandonado.
Sai do quarto acabado à procura de meus irmãos, logo os encontrei no saguão.
- S/n! - Dean reclamou correndo em minha direção.- Onde estava? Você desapareceu tem umas três horas.
Eu sabia que essas coisas de viagens no tempo, ainda mais quando eram feitas por arcanjos, as vezes quebravam algumas regras na questão das horas.
- Eu estou bem, só encontrei uma passagem secreta, um túnel na cozinha - Digo, como se não importasse. - Quis descobrir até onde ia.
- Nunca mais suma assim - Dean suspira, parecendo aliviado.
- Encontraram o que assombrava o lugar? - Pergunto para Sam quando Dean se afasta direção a saída.
- Não, perdemos tempo - Ele diz, seguindo ao meu lado.- Acho que era apenas alguma brincadeira de alguns adolescentes.
Concordo em silêncio e meus olhos esbarram em um espelho preso na parede, perto da porta.
- Sam, vá na frente, acho que esqueci minha faca lá encima - Digo.
- Tudo bem, só não demore, Dean esta a ponto de um ataque de nervos.
- Claro. Não vou demorar.
Esperei que Sam saísse antes de correr para o espelho.
Lá encontrei eu mesma refletida, porem meus olhos eram de um forte tom vermelho e estava sorrindo maldosamente.
- Você é uma ótima atriz - Lúcifer diz, usando seu melhor tom sarcástico.
- Você prometeu, não vai machuca-los - Digo.
- Tudo bem, Baby, mas sabe das regras, se entrarem no meu caminho....
- Eu faço as regras, Luci - Digo encarando eu mesma fazer um biquinho ofendido.
- Como quiser, baby - Diz, piscando.
Reviro os olhos e me sobressalto com o som da porta se abrir.
- Encontrou sua faca? - É Dean que esta na entrada me olhando impaciente.
- Uhn... claro - Tiro o canivete do bolso de trás e mostro a ele.
- Então vamos, quero sair desse lugar logo.
Concordo com a cabeça e o sigo.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top