Eu caminhei até meu carro, no intuito de dirigir para o mais longe que pudesse. Assim que estava prestes a entrar no meu carro, senti uma mão se fechar em volta do meu braço, me impedindo.
— Pensei que estivesse dormindo – Digo, encarando os belos olhos de Dean. Ele estava com uma péssima aparência, como se não tivesse pregado o olho a noite toda.
— Esperei que saísse do seu quarto para falar com você – Diz, liberando meu braço.
— Dean, não precisamos ter essa conversa outra vez – Falo, deixando a bolsa cair ao meu lado no chão.
— S/n, eu preciso que você me escute – Dean solta um suspiro.– Eu estou ligado a Amara pela marca, e eu confesso, essa ligação mexe comigo, é diferente de tudo o que já senti antes e eu não sei como denominar. Mas eu sei que também sinto algo por você, e o que eu sinto por você eu sei o nome, é amor.
— Está dizendo que me ama? – Pergunto, um pouco supresa. Dean nunca disse que me amava, isso definitivamente mexeu comigo, eu estava a ponto de desistir, eu largaria tudo por ele, sempre fiz isso.
— Dean... eu....
Ele me interrompeu, Dean me puxou sem deixar que eu terminasse e me beijou. Eu não conseguia afasta-lo, encostei no carro com Dean prensando seu corpo contra o meu inconscientemente minhas mãos deslizaram até seus cabelos.
Minha decisão de partir ficou ainda mais fraca, ele sabia como me fazer esquecer do mundo externo.
Mas eu sabia que por mais que eu quisesse, aquilo não duraria muito. Lembrei-me de todas as outras vezes em que achei que finalmente Dean e eu havíamos nos acertado e ele simplesmente voltou atrás.
Levei minhas mãos até seu peito e o afastei. Dean me encarou sem entender.
— Eu não consigo, Dean – Falo, eu baixo o olhar, sem conseguir encarar seu rosto enquanto falo.– Eu não consigo mais confiar no que você sente por mim.
— Você pode acreditar em mim, S/n, você sabe que eu nunca mentiria pra você. Eu a amo e não sei o que faria se te perdesse.
O quão inconstante podia ser o amor de Dean Winchester? Quanto tempo ele aguentaria passar as noites com uma única mulher? E Amara? O quão forte era esse sentimento que ele tinha por ela?
Isso rodava minha cabeça como abelhas, deixando-me impotente sem saber o que falar diante das palavras dele.
— Eu preciso de um tempo – É a única coisa que sai de meus lábios. Eu estava tremendo.
— S/n...
— Dean por mais que eu não queria, por mais que eu tente acreditar em tudo o que você me disse, as inseguranças – Eu murmuro. – Desculpe, Dean. Me desculpe mesmo.
Dean me abraça forte, mais como se tentasse me prender ali com ele.
— Você pode sempre contar comigo – Digo, sentindo algumas lágrimas descerem sem permissão. – Eu vou estar sempre com vocês, eu juro.
Eu me afasto dele, Dean não vai insistir mais, eu o conheço o suficiente para saber que ele me deixara livre para fazer minha escolha.
— Você não tem que ir.
— Eu tenho – Digo, balançando a cabeça e pegando minha bolsa no chão, preparando-me para entrar no carro.– Eu estou confusa demais, insegura demais, eu preciso de um tempo. Mas por favor não ache que é por não retribuir.
Meu maior medo seria Dean achar que eu não o amava, era justamente por ama-lo demais que eu estava partindo.
Entro no carro, jogando minha bolsa de qualquer jeito no banco de trás.
Ligo o motor e sem demorar mais dou a partida, sei que se ficasse por mais alguns segundos desistiria.
Enquanto me afasto, posso ver Dean pelo retrovisor, ele esta devastado. Meu coração se aperta a cada quilometro percorrido, lembrando-me da dor de estar partindo.
Eu vou voltar, eu juro – prometo a mim mesma.

Fim.