American Supernatural Story (Coven)

Season 3 – Coven:
Leitora/Sam Winchester

***

Sabe quando nos dizem que um segundo pode mudar todo o resto das nossas vidas? Não é apenas uma filosofia barata, por mais que pareça apenas isso. Eu descobri da pior maneira.

Flórida, 2 de abril de 2012.

— Tudo bem, Denny, pode devolver isso agora – Grito para o garoto ridículo segurando minha pasta com meu notebook novo.
— Qual é, S/n? Deixa eu brincar com ele um pouco.
O garoto debochava enquanto seus colegas riam. Aquilo era ridículo, já fazia meses que aqueles imbecis me atormentavam no campus.
— Você tem cinco segundos para me devolver isso, ou eu juro que...
— O que, esquisita? – Perguntou, se aproximando de mim, ele parou na minha frente e ergueu a bolsa.– O que vai fazer, anornal?
Eu fiquei quieta, não retruquei. Denny sabia intimidar as pessoas, porém eu não estava intimidada.
— Eu já esperava isso – Falou, soltando a bolsa em seguida. Eu fui capaz de ouvir o som do computador quebrando-se ao atingir o concreto.
Encarei aquele idiota patético por apenas uns três segundos e ele simplesmente pegou fogo. Não foi como se propositadamente quisesse ve-lo em chamas, mas logo Denny havia se tornado uma coluna de fogo ambulante. Todos gritavam, pessoas se aproximavam para ver o que acontecia ou para tentar ajudar. O garoto caiu no chão, agonizando e quando conseguiram apagar o fogo a única coisa que restara era um corpo totalmente em carne viva.

New Orleans, três meses depois, dias atuais.

Bem, ele não morreu, mas ficou com pelo menos 87% do corpo queimado.  Haviam varias testemunhas no local, e por mais que os amigos e os pais de Denny tivessem feito de tudo para me culpar pelo ocorrido, outras pessoas confirmaram minha inocência. Afinal nem ali me viu jogando gasolina e acendido um fósforo, jogando nele em seguia, e ninguém poderia provar que eu havia feito aquilo com a minha mente.
Não que eu estivesse orgulhosa do que fiz, mas me serviu para descobrir quem eu realmente sou.

Meus pais nunca me contaram. Principalmente minha mãe.
No auge dos meus vinte anos, enquanto cursava arquitetura na universidade estadual da Florida, foi necessário que eu incendiasse um garoto para que meus pais resolvessem me contar minha real origem.
A família da minha mae era descendente das bruxas de Salém. Aparentemente as habilidades sorteavan apenas um por décadas. Eu havia sido a sortuda... se é que posso considerar sorte, para mim é mais uma maldição.
Então eu era uma bruxa, e descobri que existiam outras e ainda existia uma escola onde elas iam. Não, não é Hogwarts, por mais que isso fosse incrível.
Um clã, onde bruxas de toda a América podem se sentir seguras e protegidas, onde nos juntamos com nossas "irmãs" e agimos como uma família. Assim era para ser.

Mas com meus três meses de experiência conclui que essa droga é cada um por sí e se bobear alguem corta sua garganta.
As garotas com qual eu convivia, Maddison Montgomery, uma celebridade teen decaída que na minha opinião deveria ir a uma reabilitação. Queenie, uma boneca de vudu humano, eu até a acharia legal se não gritasse tanto. E por fim, Nam e Zoe, acho que a únicas que não tentariam me matar enquanto durmo.

— S/n!
Levanto da cama, tendo meus pensamentos interrompidos e vou até a porta, abrindo-a.
— O que foi, Maddison?
A loira me encara como se fosse me matar.
— Tem dois caras do FBI lá embaixo querendo falar com você.
— E a razão por você ter bancado a porteira foi qual? – Pergunto escondendo meu nervosismo e saindo do quarto.
— Eles são gostosos – Ela deu de ombros.– E é por isso que eu nunca faço nada por ninguém.
Ignoro-a e desço as escadas da grande casa seguindo ate a porta da frente. Como Maddison disse, havia dois caras vestidos de ternos encostados na varanda.
Um era muito alto e tinha cabelos até o queixo, ao lado dele estava um mais baixo e com loiros cabelos penteados como um topete.

— Posso ajudar? – Pergunto, parando ao lado da batente.
Eles param de conversar baixo entre si e se viram para mim. Eles caminharam até parar diante de mim e mostraram os distintivos simultaneamente.
— Eu sou o agente Barnes – O moreno falou, em seguida apontou para o loiro: – E esse é o meu parceiro agente Duff.
— E o que os trazem aqui? – Pergunto.
— Senhorita S/s, acreditamos que você saiba o porque da nossa visita – Agente Duff falou, gurdando o distintivo e voltando a me encarar.
— É, acho que tenho uma ideia – Murmuro, sera que aquele maldito acidente com Denny vai me perseguir para sempre? – Mas o inquérito já foi encerrado a dois meses por falta de provas.
O moreno, agente Barnes, deu un passo a frente.
— Acho que precisamos conversar em um local mais particular – Disse.

Convido-os para entrar e vamos até a cozinha, uma empregada meio louca que Fiona trouxe para cá esta resmungando enquando termina de matar um frango já sem cabeça com um cutelo.
— Hey, pode nos dar licença? – Peço a ela, indicando a porta. Ela passa rapidamente o olhar por mim e pelos agentes, se retirando em seguida ainda resmungando.
Senti-me em uma das cadeiras e indico as outras para os dois.
— Certo, S/n – O moreno começa, usando meu primeiro nome. – Você era a principal suspeita no atentado que ocorreu no campus. Haviam muitas testemunhas lá, mas nenhuma viu de fato você ateando fogo nele, no entanto a vítima ainda te acusa.
— Ele não pode provar – Falo, mantendo meu tom firme.– Denny é um imbecil, mas eu nunca seria capaz de por fogo em ninguém. Aliás, a única coisa que as testemunhas viram, foi a "vitima" agir de modo violento e quebrar o meu computador.
Os dois se encaram, o loiro voltou-se para mim:
— Ele atacou voce?
— Vim sofrendo assédios dele por meses.
— Então você tinha motivos para querer mal a ele – Duff me encara.
— E quem não teria? Ele quebrou um notebook de oitocentos dólares, qualquer um que estivesse no meu lugar iria querer.
Agente Barns solta suspiro.
— Então por favor, nos diga. O que aconteceu? – Pergunta, por um minuto encontro seu olhar, os olhos dele tinham um coloração muito curiosa. Muito bonita.
— O computador deu um curto, tinha agua no chão onde o notebook quebrou. Ele estava encima, foi uma fatalidade – Conto exatamente a mesma história que disse a polícia durante todos os interrogatórios.
Era visível que nenhum dos dois confiavam em mim, eles tinham certeza que eu havia feito aquilo. Mas eu também duvidava dos dois. Desde quando o FBI dava atenção para assuntos tao triviais?

— Podem me dar um minuto? – Peço, ouvindo o som da porta da frente ser aberta.
Saio da cozinha e dou de cara com Nan no corredor. A garota caminhava tranquilamente em direção as escadas.
— Nan – Chamo-a.– Preciso da sua ajuda.
— Em que?
— Tem dois caras na cozinha, eles dizem ser agentes do FBI – Sussurro.– Não confio neles, pode verificar para mim?
Ela concordou, Nan era telepata, o que era uma grande ajuda para saber quando estão mentindo.
Nan recuou, indo para mais longe da porta da cozinha e me levando com ela. Sua expressão ficou preocupada de repente.
— Qual o problema?
— São caçadores – Sussurra.– Estão aqui atrás de você, por causa do acidente no campus.
— Eles sabem sobre nós? – Pergunto, em choque.
— Não, só de você – Responde.
Eu preciso me livrar deles. Se Fiona ou Cordélia souberem que por culpa minha esse dois caçadores estão aqui, eu posso ser expulsa.
— Ta, por favor, não fala pra ninguém sobre eles – Peço, juntando as maos.– Vou me livrar dos dois.
— Seja rápida, Fiona vai acordar daqui a pouco – Fala virando e subindo as escadas.
As vezes esse jeito dela me assustava.

Voltei para a cozinha e encontrei os dois caçadores de cabeças juntas conversando aos sussurros, ponho meu melhor sorriso e me aproximo de ambos.
— Então, era tudo? – Pergunto, não me sentando.
— Uhn? – O de cabelos castanhos pergunta meio confuso.
— As perguntas, já acabaram? Acho que já podem ir agora eu tenho aula – Minto.
Os dois se levantam.
— Claro senhorita S/s – Diz o loiro, apertando minha mao.– Já temos tudo o que precisávamos.
Aperto a mão do outro também e os acompanho até a porta, despachando pra bem longe. Bato a porta um pouco nervosa e me volto para as escadas, planejando subir ate meu quarto e pensar em um jeito de me livrar de vez daqueles caçadores. Tenho certeza de que eles voltariam, e o Clã estaria em perigo.
Estou virando o corredor apressada quando esbarro em alguem, a pessoa se agarra em meu antebraço e eu a encaro. Era Cordélia, seus olhos brancos fixam-se em algo e sua boca se abre.
— Senho...
— S/n, vem comigo – Ela chama segundos depois. Sua voz baixa mas firme.
Acompanho-a até seu quarto e ele fecha a porta usando a bengala.
— Algum problema? – Pergunto ansiosa.
— Primeiro, eu gostaria de saber se você tem algo para me contar – Fala tateando por todos os lados até alcançar uma poltrona de frente para mim.
— Eu? – Pergunto, engolindo em seco.– N-não, eu...
— S/n – Chamou, interrompendo-me.– Você sabe que pode confiar em mim? Não sabe?
— Sim, eu sei – Digo, balançando a cabeça. Cordélia foi a primeira a conversar comigo quando cheguei aqui, ela me deu apoio e se mostrou um grande diretora. Eu confio nela.
— Então, o que aqueles rapazes queriam com você?
Então eu me lembro, devido ao acidente que a deixou cega, agora ela era capaz de ver coisas. Tocando nas pessoas, Cordélia agora podia ter visões.
— Eles seguiram meus rastros desda Flórida – Contei.– Eles disseram que eram agentes do FBI investindo o caso do Denny, então perguntei a Nan o que ela achava... eles são caçadores.
Vejo sua expressão mudar para preocupada, ela segura minha mão.
— Isso não é culpa sua – Diz, confiante. – Poderia ter acontecido com qualquer uma de nós, como já aconteceu. Meu ex marido, era um caçador. Então, vamos resolver isso da melhor forma.
— Vocês vão mata-los? – Pergunto.
— Tenho certeza que essa é uma atitude que Fiona tomaria, mas não seremos tão drásticas – Ela me tranquiliza.– Quando voltarem aqui, deixe-os comigo.
— Tudo bem – Concordo. – Obrigado.
Ela sorri apertando mais minha mão. Eu me levanto saindo do quarto.
***

Já era bem mais tarde, não aguentava mais ficar dentro do quarto imaginando quais seriam as acoes de Cordélia quando os caçadores voltarem.
Eu não queria que se machucassem, por mais que soubesse que a intenção deles eram me machucar. Provavelmente acham que sou algum tipo de bruxa maligna que incendiou um garoto inocente e depois fugiu. Talvez se eu dissesse a eles que não sabia de nada... Não. Não importa para eles, são caçadora e é o trabalho deles me matar.
Eu precisava sair para esfriar a cabeça. São do quarto, topando com Zoe no caminho, ela estava com Kayle, era um garoto que morreu e depois reconstruíram e agora parece um tipo de zumbi.
— Zoe – Sorrio no caminho.
— S/n – Ela me chama. Volto-me imediatamente em sua direção.– Eu posso usar o seu quarto? Maddison não me deixa em paz.
— Claro – Digo, eu dividia o quarto com Queenie, mas ela abandonou o Clã, então agora tenho um quarto só meu.– Eu vou demorar, então fiquem a vontade.
Desço as escadas e saio da casa, indo pegar meu carro em seguida. Quando saio da garagem, avisto um carro solitário estacionado na esquina, aquilo é estranho pois não parece com nenhum dos carros da vizinhança. Ignoro e contínuo meu caminho, porem ai virar a rua vejo pelo retrovisor que o mesmo carro esta agora e movimento, a alguns metros de distancia mas visivelmente me seguindo.

Também pelos retrovisores eu posso ver o motorista e o reconheço por ser um dos agentes/caçadores. O loiro esta dirigindo e no carona esta o outro.  Contínuo mantendo a calma e dirigindo e velocidade normal, paro no bar onde costumo ir sempre e estaciono próximo a porta.
Se eles me seguiam com certeza vão entrar aqui, o bar como sempre sempre sta cheio entao é fácil me misturar e observar a porta a espera dos dois. Não demora nem mais de cinco minutos e o mais alto entra, mas ele esta sozinho, parece procurar por alguem mas acaba sentando sozinho no balcão.
Observo por um tempo e quando ele esta prestes a se levantar, eu vou ao encontro do mesto, sentando ao seu lado.
— Seu pareceiro esta no carro esperando para atirar em mim quando sair?
Ele se volta surpreso para mim e me encara.
— O que?
— Eu vi o carro de vocês me seguindo. Se só um esta aqui o outro esta na retaguarda.
— Esta enganada, não vamos atirar em você – Fala, balançando a cabeça. – Por que acha isso?
— Porque mentiram sobre a identidade de vocês, ficaram de tocaia na rua da minha casa e agora estão me seguindo – Falo, lentamente. – Isso são apenas algumas provas de que vocês querem me machucar.
Ele pareceu ainda mais surpreso pelo que eu disse, ficando sem me encarar por alguns segundos.
— Você também mentiu.
— Para minha segurança – Digo. Já que todos sabíamos sobre todos, não havia mais motivos para mentir. – Vocês estavam ali para me sondar.
— S/n....
— Acho que também tenho o direito de saber seu nome – Eu o corto.
Ele solta um longo suspiro.
— Sou Sam.
— Prazer, Sam – Falo. Em seguida peço uma cerveja para k barman.
— Então você já sabe tudo sobre mim e meu parceiro? – Pergunta, me observando beber a cerveja.
— Tudo não, mas sei o que vocês fazem, o que já me tira do escuro – Respondo.– Eu não sou o que vocês acham que sou.
— Então não é uma bruxa e não pôs fogo naquele garoto?
— Você esta sendo muito literal – Digo, meio ofendida.– Não foi bem assim.
— Então como foi?
— Se eu contar, quer dizer que você não vai invadir meu quarto de madrugada e me arrastar pra uma pira em chamas? – Pergunto, desconfiada.
— Pira em chamas? Não fazemos isso – Sam contem um riso.
— Hey, não ria. Sou nova nesse negocio ainda não se os novos métodos mortais usados para destruir a mim e minha espécie.
Sam parou de rir.
— Desculpe, mas nós fazemos isso para ajudar as pessoas. A sua espécie fazem mal as pessoas, apenas fazemos nosso trabalho.
— A minha espécie não faz mal a ninguém – Digo. Penso em algumas bruxa que já conheci  me corrijo imediatamente. – Algumas talvez, mas não pode querer matar todas nós por isso. Sam, pode me contar a sua versão e em seguida conto a minha, vai entender que fez mal juízo de mim.

Sam então começou a falar. Ele e o outro caçador souberam do que aconteceu na Flórida, pela experiência que tinham era fácil afirmar que eu fiz aquilo por vingança já que todos testemunharam dizendo que ele já vinha mexendo comigo. Para ambos eu fugi de lá e vim para colégio interno bem longe, para sair do foco.
Faria sentido, para alguém que não me conhece.
— Essas foram as conclusões de vocês? – Pergunto quando ele termina.
— Sim. E tudo se confirmou quando a conhecemos, você parecia tao calma, tudo  o que dizia era profundamente calculado. E agora? Vai me contar como realmente aconteceu?
Suspiro e começo:
— Eu coloquei fogo naquele garoto – Confesso.– Mas não foi intencional. Sam, eu nunca poderia sequer imaginar que era uma bruxa, e aquilo foi o estopim, se não tivesse acontecido nunca saberia quem eu sou. Foi tudo um grande acidente, e é por isso que vim para cá.
Pensei bem, não contaria sobre as outras, eu protegeria o clã, tomando toda a culpa apenas para mim.
— E por que aqui? – Perguntou.
— Gosto do lugar, é longe de onde estava e ninguém me conhece. Posso conviver em paz.
— Então... você não é como as outras? – Seus olhos procuravam os meus, acho que queria ter certeza que não mentiria.
— Nem todas são iguais, Sam. E não existem outras, não aqui, sou apenas eu.
— Sinto muito – Diz. – Vamos embora essa noite, não se preocupe.

Um silencio constrangedor nos embala, percebo que já esta tarde, estamos conversando a um bom tempo, levanto-me.
— Tenho que ir embora – Digo, colocando o dinheiro para pagar as cervejas na mesa, tanto minhas quanto as de Sam.
— Não...
— Relaxa – Eu o impedi de devolver.– Já que me seguiu ate aqui, de alguma maneira eu o convidei. Então eu devo pagar.
Toco levemente em seu rosto e dou-lhe um beijo de despedida na bochecha.
— Adeus, Sam.
Viro-me para a saída e caminho calmamente de volta para meu carro.
***

Volto para casa e tudo esta em silencio, subo até meu quarto que esta com a luz apagada, Zoe já deve ter voltado para o próprio quarto.
— Já esta na hora de implantarmos um toque de recolher – Uma voz surge de algum ponto do quarto. Uma poltrona próxima a lareira acesa se vira para mim, Fiona, A suprema esta sentada ali. Ela fixa seus olhos em mim.
— São onze da noite – Falo.
— Talvez o toque de recolher a impedisse de andar com a escoria. Caçadores, S/n?
Como ela sabe? Droga, não importa como ela sabe, apenas que estou ferrada.
— Eles me seguiram – Digo, seca.
— E você viu? Por que continuou?
— Precisava convence-los de não atacar. Eles iam me matar! – Falo.– Iam descobrir sobre todas vocês e eu menti.
— Não – Disse, me olhando tao profundamente que parecia ver minha alma, e talvez ate visse, eu não sei as extensões dos poderes de uma Suprema.– Você não queria machuca-los. Mas eles não hesitariam em feri-la se pudessem.
— Mas não fizeram.
— Porque são inteligentes, queriam a chance de pegar todas de uma vez.
Eles fariam isso? Não, sem chances. Nan disse que eles não sabiam sobre o Clã.
— Eles não sabem sobre vocês, eles...
— Não seja burra – Fiona se levanta e anda de um lado a outro no comodo.– Você deveria ter cortado o mau pela raiz. Trouxe esses caçadores até aqui, colocou todo o seu Clã em risco. Sabe o que eu deveria fazer? Coloca-la na fogueira.
Recuo, aquilo me assustou. Ela não teria coragem, teria? Inferno é claro que teria! Ela cortou a garganta da Maddison.
— Eles não vai voltar, pode acreditar em mim – Digo.
— É bom que não voltem, ou eles e você – Apontou para mim.– Iram para a mesma cova.
Ela sai pela porta ainda aberta e bate a mesma usando sua telecinese.
Eu estou perdida.
***

Minha primeira atitude depois de ser deixada por Fiona no quarto é procurar Cordélia. Ela jaó permitiria que Fiona fizesse qualquer coisa comigo. Eu a procurei em seu quarto, mas ela não estava lá, então desci as escadas para procura-lá nas estufas e encontrei a porta da frente aberta.
Caminho até a mesma, estranhando por estar aberta e um som esquisito, semelhante ao engatinhar de uma arma invade meus tímpanos, vindos de trás de minha cabeça.
— É a única? – Uma voz que não me é estranha soa.
Volto-me para trás e encaro o cano da arma apontada para mim, Sam e seu parceiro que ainda não sei o nome estão em pé no hall da casa, ambos apontando suas armas para mim.
— S-Sam...– Chamo.– Você disse que iriam embora.
Ergo os braços em frente ao corpo com as palmas viradas para frente, mostrando que não estava armada.
— Você disse que era a única – Retrucou, ele parecia bastante decepcionado, mas eu não entendia a razão. Não sabia como tinha descoberto sobre asnoutas.
— Escutem, por favor abaixem as armas e vamos conversar – Peço.
— Como conversaram com aqueles garotos do ônibus que capotou? – O loiro falou.– Ou o rapaz que sua amiga Zoe matou?
— Ela não matou ninguém – Falo.– Foi um infarte.
— Era um garoto de 17 anos – Ele voltou a falar, balançando a cabeça. – Com a saúde perfeita. Um infarto?
— Discuta com o laudo médico – Digo.– E o ônibus foi um acidente, não viu nos jornais?
— Tantos acidentes e sempre vocês lá – Ele da um passo na minha direção e aponta o cano para minha cabeça. – Me da um motivo pra não estourar a sua cabeça agora, bruxa.
Fecho os olhos e engulo em seco, uma morte rápida, com certeza é melhor que a fogueira. Permaneci muda.
— Dean... espera – Ouço Sam pedir.– Ela pode explica, vamos...
— Qual é, Sam? Ela é uma bruxa. Ela engana as pessoas. Como enganou você naquele bar, a gente não pode confiar nela.
— Você ta vendo, Dean. Ela nem esta reagindo – Sam tentou outra vez. Abri os olhos e o encarei, Sam era uma pessoa incrível ele estava me defendendo sem nem confiar em mim direito. – Quer atirar em alguem que nem ao menos vai lutar?

Dean olhou de mim para Sam, eles se encararam por um tempo e depois ele abaixou a arma.
— Você é fraca!
Meus olhos sobem para o topo da escada onde Fiona, cercada pelas outras garotas me encaravam. Ela começou a descer os degraus e prendeu Sam e Dean na parede.
— Eles não...
— Chega – Manda, um olhar raivoso me seguindo. – Você é fraca. Deveria ter acabado com eles assim que teve a chance, mas ou invés disso iria deixar que a matassem.
— Você não entende – Falo.– Eu fiz tudo para proteger voces. Eu poderia ter entregado todas vocês e fugido, mas não, eu assumi toda a culpa. E o que você fez? Sumiu por anos e agora esta aqui caçando a nova Suprema apenas para mata-la e tomar novamente seu lugar.
De repente senti minha garganta fechar, todo o ar de meus pulmões haviam sido expulsos e não me mantive muito tempo em pé.
— E o que você é, garota? – Fiona perguntou, ela se aproximava, mas lentamente seu aperto afrouxava. Ela não tinha mais o poder de antes, estava fraca e prender os dois rapazes na parede estava sugando-a.– Uma fedelha, que não consegue conviver com a culpa de ter queimado um garoto. Você fede a fraqueza.
— Para, esta matando ela! – Zoe grita. Fiona se desconcentra por tempo o suficiente para que eu me solte use meus poderes para joga-la contra a escada, libertando Dean e Sam.
— Vão! – Grito aos dois.
— Vem comigo – Sam me levanta do chão.
— Eu não posso – Encaro-o, seus olhos eram tao bonitos, Sam parecia querer mesmo me ajudar. – Salvem-se.
Empurrei os dois com minha telecinese para fora da casa e bati a porta.
— Você traiu seu Clã – Fiona se levanta.– Isso é o maior delito que se pode cometer, sua punição sera máxima. Você ira para a fogueira.
— A única razão para querer me matar, é porque sabe que sou a próxima Suprema – Eu a encaro. – Enquanto você fica fraca eu fico mais forte. Você esta apavorada, tem medo que eu tome seu lugar mais rápido do que imagina.
— Você nunca sera a Suprema – Diz, nesse momento Cordélia entra no comodo.– E nem vivera o suficiente para ver uma próxima. Eu a condenou a fogueira por traição ao Clã!
***

Eu poderia ter feito muitas outras escolhas. Essas escolhas poderiam ter salvo a minha vida e eu com certeza não estaria prestes a ser queimada viva.
Ninguém pode contestar as afirmações de Fiona. Eu realmente trai o Clã deixado os caçadores fugirem e ainda ataquei a Suprema.
Eu não tinha muito o que dizer, apenas me despedi das meninas e fiquei em pé enfrente a um tronco enquanto me amarravam.
Apenas Fiona e Cordélia estavam lá, já que isso não é algo bonito de se ver.
Senti o álcool gelado ser jogado sob mim e molhar minhas roupas, fechei os olhos e aguardei o inevitável.
Um som do que me pareceu um motor de carro chamou minha atenção, ao abrir meus olhos encontrei o mesmo carro preto que vi Dean dirigindo. O carro parou próximo a nos e Sam e Dean desceram.
— O que estão fazendo aqui? – Pergunto.
— Não ia deixar que fosse queimada viva – Sam falou.
Dean ergueu uma garrafa, parecia algum tipo de coquetel molotov.
— Seguinte, soltem a garota e eu não jogo o coquetel mata-bruxa em nenhuma das duas – O loiro diz.
— Soltem-na – Sam manda quando nenhuma das duas se move.
— Esperem – Cordélia pede.– Pode solta-lá. S/n nao merece isso.
— Eu não vou perder meu tempo com isso – Fiona cospe as palavras. – Suma, se eu a vir novamente não serei tão compreensiva.
Sam corre até mim e corta as cordas. Desço da pedra e vou até Cordélia, abraçando-a.
— Abrigada – Agradeço.
— Pode contar sempre comigo, querida – Ela acaricia minha cabeça. – Nossas portas estariam sempre abertas.
Me afasto dela, abraçando Sam em seguida. Eu nunca imaginária que ele viria atrás de mim, apenas para me salvar.
— Você é o cara mais incrível que eu já conheci – Digo, sem solta-lo.– Eu achei que fosse morrer.
— Você salvou minha vida, e a do meu irmão. Não poderia deixar que fizessem isso com você.
Sem que eu esperasse esperasse por aquilo, Sam me beijou. No meio do nada, na frente daquelas pessoas. Ele segurou meu rosto e de repente seus lábios incrivelmente macios estava nos meus.

Quando ele se afastou, não consegui dizer nada, apenas o encarei em silêncio. Fiona já não estava mais lá, Cordélia... bem, eu podia garantir que não estava vendo aquela cena. Dean parecia constrangido.
— Eu tenho que leva-la de volta – Digo.
— Me encontre naquele bar? – Sam pede. Concordo com a cabeça, voltando até Cordélia e a guiando até meu carro parado no acostamento.
***

Eu me despedi de todas as meninas novamente. Mas dessas vez eu não iria para a morte.
O percurso dirigindo até o bar pareceu bem maior que o normal, e todos meus pensamentos estavam voltados para o que Sam teria a me dizer.
Ele estava lá quando cheguei, encostado no carro. Seu parceiro ou irmão, não sei ainda, estava dentro do carro com uma expressão esquisita.
— Sam – Chamo, quando desço do carro.
— S/n – Responde. Seu sorriso é tão bonito quanto seus olhos, duas covinhas saltam de suas bochechas. – Pensei que não viria.
— Considerando que estou expulsa do meu Clã, acho que não tenho o que fazer nos próximos dias.
— Eu sinto muito – Desculpou-se. E ele realmente parecia culpado. – Foi tudo culpa nossa o que aconteceu com você. Você poderia estar morta agora por ter nos salvado.
— Verdade – Digo.– Mas eu escolhi salva-los. Não poderia deixar Fiona mata-los.
Sam sorriu mais ainda.
— Assim como eu não poderia deixar que fosse morresse.
Sorri para ele achando aquilo tão fofo.
— Então me chamou aqui para pedir desculpas? – Pergunto.
— Também – Ele balança a cabeça. – Mas também é sobre o que aconteceu.
— Sobre o beijo que você me deu? – Pergunto com um sorriso sugestivo.
— E que você retribuiu – Ele retrucou.
— Talvez...
Passo meus braços ao redor de seu pescoço e preciso ficar na ponta dos pés para alcançar seu rosto e poder beija-lo. Sam e mesmo muito alto.
— Vem com a gente?
São as palavras que Sam diz quando nos separamos. Encaro-o por um minuto sem entender e ele repete:
— Vem com a gente, S/n. Meu irmão e eu moramos em um bunker em Lawrence. Pode ficar conosco. Afinal temos culpa por agora não ter onde ficar.
Lanço um olhar para Dean que esta dentro do carro, acho que ele não gosta muito de mim.
— Acho que seu irmão não ia gostar muito da ideia – Falo, olhando para Sam.
— Eu já conversei com Dean. Foi difícil, afinal...
— Eu sou uma bruxa – Completo.
— E ele odeia bruxas. Precisa entender que elas já nos fizeram passar por muita coisa ruim. Mas ele vai perceber que você é diferente.

É uma grande decisão. Eu mal os conhecia. Se Sam se cansasse de mim? Bem, eu ainda tenho a esperança de aquela louca da Fiona morrer e uma nova Suprema assumir e desde que não seja Maddison, eu posso voltar ao meu Clã. Enquanto isso talvez eu possa tentar uma experiência.
Lanço um sorriso a Sam e depois olho para o carro, a porta do passageiro se abriu e Dean quase pulou para fora do carro com o susto. Sam olhou para mim e eu ri.
— Vai lá, agente – Pisco para ele.– Eu estou logo atras.
Sam me da um selinho e entra no carro. Vou para o meu e ligo o motor esperando que o carro preto siga em frente.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top