Com amor, Kenma
>>>Fiz uma playlist do extra no spotify, escutem para melhor experiência<<<
Nome da playlist: Com amor, Kenma
Nome do perfil: Tori💕
É isto, boa leitura <3
Um Ano Depois
O homem de cabelos curtos soltou um riso fraco entre seus lábios ao sentir um par de lábios correrem por suas costas nuas, se remexeu sobre o acolchoado de modo preguiçoso enquanto abria os olhos cor de mel, o quarto estava banhado pela luz alaranjada do por do sol, havia dormido outra vez, bem, era aquilo o que seu corpo mais fazia ultimamente, sempre implorava por descanso. Correu os olhos claros se detendo com o homem de cabelos pretos e espetados que acariciava suas costas com o polegar, sorriu.
— Bom dia, belo adormecido.
Kuroo disse arqueando uma das sobrancelhas, Kenma grunhiu mau humorado enquanto segurava um dos travesseiros próximo a si o jogando contra o rosto do mais velho que riu baixinho.
— Não me chame assim, eu não gosto.
— Você não gosta de muitas coisas, futuro Sr. Kuroo.
— Pare com isso.
Kenma murmurou com a voz envergonhada desviando o olhar se escondeu por baixo dos edredons, Kuroo soltou um riso alto se infiltrando por entre os tecidos ficando sobre o corpo do mais novo, os olhos escuros se encontraram com os cor de mel dele, Tetsurou sorriu, aproximou seus rostos com cuidado.
— Está com fome?
Ele indagou com a voz baixa, tocou seus narizes de maneira delicada, Kenma assentiu devagar, os olhos claros correram pelo rosto do mais velho, abriu um sorriso curto em seus lábios.
— Faminto.
— Eu mesmo vou cozinhar para você então, sou seu cozinheiro particular de agora em diante.
Ele murmurou abrindo um sorriso de canto, Kozume soltou um riso fraco por entre seus lábios, piscou devagar sentindo um aperto em seu coração.
— Você vai ter que trabalhar para mim no máximo por um ano, não se preocupe.
Sussurrou, Kuroo ficou sério, engoliu em seco, negou com a cabeça devagar.
— Não diga essas coisas, não quero me lembrar disso.
Ele murmurou deixando um beijo suave contra os lábios do mais novo antes de sair da cama, Kenma suspirou pesadamente enquanto se sentava sobre o acolchoado, passou os dedos sobre os fios loiros os colocando suavemente para trás, respirou fundo vendo Kuroo deixar o quarto, ele realmente ficava sensível demais quando se tocava naquele assunto.
Em sua última consulta haviam descoberto a recidiva da leucemia, os tratamentos de quimioterapia não resolveriam mais, muito menos um transplante de medula, tinha um ano de vida, isso se tivesse sorte.
Se rastejou para fora da cama de maneira preguiçosa, saiu do quarto se infiltrando nos enormes corredores da mansão, desceu os degraus em passos curtos até a cozinha, conseguia escutar o som da faca se chocando contra a tábua de madeira, sorriu curto, Kuroo estava de costas para si, de frente para o balcão, se aproximou do noivo passando os braços ao redor de sua sua cintura, deixou um selar suave contra seu ombro, ele riu baixinho, virou o rosto suavemente para o lado.
— Amor?
Kenma chamou com a voz doce, Kuroo riu, largou a faca virando o corpo em direção ao mais novo, arqueou uma das sobrancelhas lhe encarando ali.
— Você está me amaciando, o que você quer?
Ele indagou desconfiado, o garoto de cabelos loiros soltou um riso baixo, encolheu os ombros.
— O casamento é daqui três semanas, eles já podem vir para cá?
Kuroo sorriu, levou uma das mãos até o rosto do mais novo o acariciando com cuidado.
— Claro que podem, pequeno.
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— Eu estou tão animada!
A garota chiou com os olhos brilhantes pela chamada de vídeo, Kenma soltou um riso baixo por entre seus lábios, se aconchegou mais contra o pequeno sofá que estava na varanda de seu quarto, cobriu suas pernas com a manta.
— Já conversou com o Suna?
Ele perguntou, ela suspirou pesadamente, encolheu os ombros, olhou para o lado, volteou o rosto para a câmera.
— Ele está me ignorando no momento, greve do silêncio pelo jeito.
Kenma riu, se encolheu mais contra o sofá.
— O que aconteceu? Me entretenha, minha vida está muito pacata no momento.
Ela respirou fundo, se levantou de onde estava andando até a pequena varanda do apartamento em que vivia juntamente com Suna.
— Então — ela começou com a voz baixa, olhou para os lados, Kenma sorriu —, ele quer um bebê, ele estava falando sobre ter um filho a meses, mas bem, eu não sei se estou preparada para isso ainda, digo, minha carreira acabou de decolar como artista.
Kenma arregalou os olhos pouco a pouco, prensou os lábios, suspirou pesadamente.
— E o que aconteceu?
— Teve um momento que eu perdi a paciência e disse que poderíamos ter um bebê.
Kenma se engasgou com a própria saliva em um som desastroso.
— Você está grávida?!
— O que?! Não, claro que não, eu fui no petshop hoje e comprei um husky siberiano e dei para ele, eu disse "Pronto, amor, nosso bebê" e agora ele está me ignorando dizendo que eu dei falsas esperanças para ele.
Kenma soltou um riso alto ao escutar suas palavras, colocou a mão sobre a barriga de modo quase que desesperado, não iria mentir, havia sentido uma leve pena de Suna.
— Quando vierem tragam o filhote por favor.
— Iremos... Suna Rintarou, tire o cachorro da cama nesse exato momento! Ele não pode ficar mau acostumado!
— Não chame ele de cachorro, tenha mais amor por ele, já não basta quebrar o meu coração, quer quebrar o dele também?
— Pare de ser dramático, céus — ela disse revirando os olhos, respirou fundo —, Kenken, preciso desligar antes que o... Suna Rintarou, ele está comendo a porcaria do meu edredom novo! Nossa eu vou ma...
A chamada foi encerrada sem aviso, Kenma arregalou os olhos de modo perplexo encarando a tela do celular, soltou um riso baixo, escutou passos por trás de si, virou o rosto para o lado se detendo com Kuroo.
— Quer jogar, amor?
O garoto de cabelos loiros sorriu curto antes de assentir devagar.
— Obviamente sim.
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A garota gritou de maneira animada jogando o corpo contra o do loiro no exato momento em que seus pés tocaram o gramado da mansão, ele riu tentando a segurar de maneira desastrosa.
— Eu estava morrendo de saudades, gatinho!
Disse elevando a voz enquanto se afastava aos poucos ele piscou zonzo, assentiu devagar, deu de ombros.
— Também.
— Fale frases completas, Kozume.
— Eu estou bem, obrigado.
Escutaram passos por trás deles, viraram o rosto para o lado se detendo com Suna e Kuroo conversando de modo sorridente, o homem de olhos dourados tinha um filhote cinza a branco em suas mãos que parecia dormir.
— Oh meu deus, que lindinho da mamãe.
A garota disse se virando em direção ao filhote, os olhos azuis do filhote abriram rapidamente, ele começou a chorar de maneira desesperada abanando o rabo querendo ir para o chão, Suna soltou um riso baixo deixando um beijo contra os pelos do animal o colocando sobre a grama com cuidado, Kenma sorriu, os olhos cor de mel presos ao filhote.
— Qual o nome dele?
— Rei Rin Junior Primeiro, mas o chamamos apenas de Rei.
Suna murmurou, Kenma e Kuroo se encararam antes de rirem de maneira alta, Rei se aproximou de maneira atrapalhada de Kenma, cheirou seus tênis quase como se quisesse conhecer o território, pulou sobre seus pés começando a chorar, Kenma franziu o cenho confuso, Suna riu.
— Ele quer colo.
A garota revirou os olhos ao escutar as palavras do namorado, cruzou os braços.
— Rinrin, você vai acostumar mau esse filhote.
— Ma chérie, deixe ele viver, o Rei é apenas um bebê.
Ele disse com a voz séria se aproximando da garota, passou um dos braços ao redor de seu ombro, ela riu baixinho antes de assentir com a cabeça, Kenma suspirou se abaixando no chão com cuidado e segurando o filhote por entre seus braços, o sentiu lamber sua bochecha, sua língua era áspera, fez uma careta, Kuroo riu, pousou as mãos sobre a cintura.
— Isso, deixe ele viver.
Murmurou com a voz baixa, mais para Kenma do que para o próprio filhote em seus braços.
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Participar de um casamento era incrivelmente cansativo, principalmente quando não se podia faltar e bem, Kozume Kenma não podia nem se dar a possibilidade de pensar em não ir, afinal, era o seu casamento.
Bocejou de maneira cansada enquanto a garota arrumava o terno preto em seu corpo, passou a gravata borboleta pelo colarinho da camisa social, o homem respirou fundo, os olhos cor de mel correram pelo rosto da mais velha, ela sorriu, tinha um vestido azulado e longo em seu corpo, uma flor da mesma cor estava presa em seus cabelos, respirou fundo.
— Estou nervosa.
Murmurou enquanto arrumava os fios loiros do mais novo, ele riu baixinho, arqueou uma das sobrancelhas.
— Quem vai me casar aqui sou eu, até onde eu sei.
Ele disse com a voz sarcástica, ela revirou os olhos.
— Está preparado?
— Bem, eu não posso ter arrependimentos, afinal... um ano é quase nada para quem está morrendo.
Ele sussurrou, ela engoliu em seco, abraçou Kenma com força, respirou fundo.
— Eu amo você, gatinho.
— Eu também amo você, sua idiota.
Ele disse, ela riu baixinho antes de o soltar, fungou baixinho piscando diversas vezes para espantar as lágrimas, não queria borrar a maquiagem. Não demorou muito para que deixassem o quarto andando até o jardim da mansão completamente decorado, estrelas por toda a parte, alguns planetas também, respirou fundo, sentia seu coração bater quase que desesperado quando seus pés tocaram o tapete de pétalas vermelhas, não sabia como mas um buquê havia parado em suas mãos, os olhos escuros de Kuroo vieram em sua direção, ele parecia mais nervoso do que ele próprio.
A trilha sonora do pequeno príncipe começou a ser tocada pela pequenina orquestra que permanecia mais ao lado, Kozume Kenma respirou fundo, deu os primeiros passos até Kuroo, aquele corredor de pétalas simplesmente parecia ser infinito, quando chegou rente ao altar o homem segurou sua mão lhe puxando para perto, seus corpos se chocaram com cuidado, Kyoko que estava por trás do altar soltou um riso baixo, levantou as mãos.
— Eu fiz um curso sobre isso na internet, não se preocupem!
Ela disse elevando a voz, algumas risadas se fizeram presentes, Kenma respirou fundo levando os olhos cor de mel até seu noivo, engoliu em seco, sentia seu corpo inteiro tenso.
A mulher falava coisas sem parar enquanto Kenma tinha seus olhos fixos no homem a sua frente, nem ao menos prestava atenção no que estava sendo dito, quando uma pergunta se fez presente, apenas uma, a qual ele sabia o que responder, ele concordou com a cabeça, seu coração batia desesperado contra o peito.
— Eu aceito.
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Kenma sentiu seu corpo ser empurrado contra a parede, arfou baixinho, conseguia sentir os lábios de Kuroo encontrarem os seus de maneira afoita enquanto levava as mãos até o terno praticamente o arrancando de seu corpo, subiu uma das mãos até a nuca do mais velho o puxando para mais perto, um gemido baixo escapou de sua boca ao o sentir mordiscar seu lábio inferior de maneira delicada, respirou fundo.
Afastou os lábios dos seus em um estalo baixo, levantou os olhos cor de mel até o maior, sentia seu coração acelerado, sorriu trêmulo.
— Estamos casados.
Ele sussurrou, Kurro riu baixinho antes de assentir.
— Oficialmente casados.
Murmurou enquanto segurava a mão do mais novo a levando até seus lábios, deixou um beijo curto contra a aliança em seu dedo, Kenma sentiu seus olhos marejarem, ficou nas pontas dos pés o puxando para mais perto, o beijou de maneira sofrida, sentia as lágrimas correndo por suas bochechas, Kuroo arfou contra seus lábios abaixando o corpo suavemente, empurrou mais a boca contra a sua.
— Eu amo você.
Ele sussurrou contra os lábios do mais velho que assentiu de maneira fraca, estava prestes a pega-lo no colo quando Kenma o empurrou para longe correndo para o banheiro, Kuroo suspirou pesadamente ao escutar o som da tampa da privada ser aberta, logo em seguida o som de alguém vomitando, andou atrás do garoto se abaixando por trás de si, passou as mãos por suas costas enquanto colocava os fios loiros para trás, escutou Kenma chorar baixinho enquanto tentava parar os impulsos de sua garganta.
— É, eu costumo causar isso nas pessoas.
Ele disse em tom de brincadeira, Kenma riu baixinho enquanto afastava seu rosto da privada, se levantou devagar dando descarga antes de andar até a pia para se lavar.
— Seu idiota.
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Três meses depois
A saúde de Kenma estava tão frágil como um vaso de porcelana.
Tossiu de maneira sofrida enquanto se remexia na cama, era inverno, estava completamente coberto, seu rosto queimava em febre, Kuroo adentrou no quarto de maneira afoita, tinha várias roupas de inverno em suas mãos.
— Vamos ver as estrelas, as constelações estão a mostra hoje.
Ele disse animado, Kenma riu com a voz tão fraca que mais pareceu um sopro, piscou devagar.
— Eu não estou conseguindo nem me colocar em pé direito, Kuroo.
— Eu te carrego, não se preocupe.
Ele murmurou enquanto se aproximava do mais novo o ajudando a se sentar na cama, o vestiu por completo de modo que não pudesse pegar friagem alguma, o segurou por entre seus braços o levando sem dificuldades para fora do quarto, desceu as escadas em silêncio até o jardim, no momento em que os pés de Kuroo tocaram o gramado Kenma sentiu suas bochechas geladas, levantou os olhos para o céu, sorriu.
— Está lindo!
Exclamou animado, Kuroo riu antes de assentir, arrumou Kenma em seus braços.
— Amor?
— Sim?
O garoto indagou abaixando os olhos até o marido que respirou fundo.
— Você acha que eu consigo ver o B-612 daqui?
— Eu espero que sim — Kenma murmurou com a voz fraca, o ar quente escapou de seus lábios em meio a uma fumaça —, eu quero conseguir olhar para você, quando eu não estiver mais aqui.
Kuroo o apertou mais forte por entre seus braços, fungou baixinho tentando conter o próprio choro.
— E eu para você.
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" Se você está lendo isso... eu sinto muito, não sei ao certo quantas vezes escrevi e reescrevi essa carta, não sou muito bom com palavras, você sabe disso, mas bem, você nunca precisou de palavras para me entender.
Eu amo você desde os meus catorze anos, Kuroo, vivemos tantas coisas juntos que eu poderia escrever um livro sobre nós; eu acho que te conheço mais do que você mesmo se conhece.
Conheço o som da sua respiração quando dorme, ou o jeito como você amarra cada um de seus cadarços, conheço a quantidade de cubos de açúcar que você coloca em seu café, o jeito como você morde a bochecha quando está desconfortável ou até mesmo a risada escandalosa que escapa por seu nariz quando você está feliz.
Eu te conheço tão bem e isso me assusta, isso me assusta tanto porque eu sei, eu sei que você não consegue viver sem mim.
Eu pensei em múltiplos jeitos de tentar aliviar a minha ida para você, mas eu sei que nada disso ajudaria ou tiraria ao menos um pouco de sua dor, você é um completo fracasso em tentar se virar sozinho, Kuroo Tetsurou.
Por isso eu, Kuroo Kozume Kenma, deixo aqui uma lista de como viver no mundo real.
1- Pare de deixar seus óculos jogados pela casa, você ainda vai acabar sentando sobre eles.
2- Nunca se esqueça de levar a toalha para o banho, você vai pegar um resfriado quando eu não estiver mais aí para levar a toalha para você.
3- Olhe bem para os lados da rua antes de atravessar, céus, você parece um completo avoado.
4- Volte a conversar com o seu pai, você sabe que ele te ama.
5- Quando você namorar de novo eu te imploro, não o leve para assistir o pequeno príncipe no primeiro encontro, isso não é nenhum pouco romântico.
6- Se você adotar um gato não se esqueça de trocar a água dele todos os dias.
7- Se as coisas ficarem muito difíceis de lidar você pode abraçar as minhas roupas, eu deixo, MAS SÓ NESSAS OCASIÕES EU NÃO QUERO QUE VOCÊ FIQUE OBCECADO POR MIM!!!
8- Não importa o que aconteça, sempre siga os seus ideais, você tem um dos maiores corações que eu já conheci.
9- Eu te amo muito, Kozume Kuroo Tetsurou, nunca se esqueça disso.
10- A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.
Me desculpe por ter ido sozinho e tão cedo, dez anos ao seu lado passaram como um piscar de olhos.
Eu sei que a vida não tem um manual, principalmente nessa situação, mas me deixe sentir que estou sendo ao menos um pouco importante.
Eu te amo com todo o meu coração, com cada um de meus ossos e alma, você foi a coisa mais importante que já aconteceu em minha vida.
Continue a sua vida por mim, se permita sentir coisas novas, amar novas pessoas e conhecer lugares desconhecidos.
Se não conseguir viver por você... viva por mim.
Obrigado por me mostrar o lado bom da vida.
Seu para sempre, com amor, Kenma..."
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