ꜱɪm
De certa forma,
Ela aprendeu que
Dizendo um simples
"Sim" para ele, era como
Se desse a chave para
Entrar em sua vida.
-Lady Priestly.
──────⊱◈◈◈⊰──────
Ainda estou surpreendida, não me sinto abalada emocionalmente, mas sinto uma balbúrdia por dentro. Para começar eu não faço ideia do que vestir e calçar.
Anahi simplesmente tirou todas as roupas do gurda-roupa, especificamente vestidos para festas importantes, o que não faço questão de usar.
Não seria exatamente algo tão formal assim...seria? Mas mesmo assim opto por vestir uma calça jeans de cos alto escura e justa, com uma camisa branca e lisa por baixo da calça e um blazer, também da cor preta.
Anahi tentou de toda forma me convencer de usar algo mais sofisticado, mas me senti bem assim, então deixei ela escolher o que eu calçaria. Ela optou por um scarpin na cor preta em verniz.
-Ótima escolha.-Digo para ela. Eu ainda não acredito que sairei com aquele homem, eu nem o conheço.
Essa foi a desculpa que eu dei logo após ter dito não, em claras letras...não. Mas Christopher insistiu, disse que essa seria a oportunidade certa para que assim possamos nos conhecer melhor.
Estive rendida, como recusar o convite dele? Digo, ele foi tão cavalheiro pelo email, se demonstrou atencioso e de fato se importou se eu estive irritada com aquele senhor tão inconveniente, que no final eu acabara por esquecê-lo.
-Ótimo! Está linda.-Ela disse assim que finalizou a maquiagem, que de tão escura, deu um grande contraste em meus olhos castanhos.
-Obrigada. Ficou ótima!-Sorri para ela, então diante a um espelho, passei um gloss na cor vermelha, que deixa meus lábios com brilho e a tal cor, dando então o gran finale. -Agora sim, eu acho que estou pronta.
-Você tá linda!-Ela bateu palminhas de animação, sorri com o ato dela, Anahi está feliz por mim e pela maquiagem que ela fez.
-Obrigada, Anahi. Mas eu tenho que ir.-Digo olhando a hora no visor do celular, ele disse que será as sete horas.
Não é que eu tenha medo de homens, nada disso, mas nesse momento me veio a subta vontade de desistir de tudo e ir para a minha cama. Mas se eu o fizesse, Anahi me mataria ou me trancaria para fora do apartamento, então eu não vou seguir esse mal subto.
Um tempo depois
A vida é tentadoramente traiçoeira, me vejo perturbada diante dessa situação, eu li e reli aquela cláusula e não haveria nada que eu pudesse fazer para desistir agora. É um bom dinheiro, ele realmente está me oferecendo uma boa quantia, não haveria nenhum problema em fazer isso, até porque no contrato está dito, com clareza, que diante da situação a obra não seria vendida e nem mostrada para ninguém, mas eu me sinto extremamente ansiosa para o pior e isso é péssimo! É como uma foto tirada de um celular para o namorado, então ele divulga para a escola toda e você se vê perdida.
Ele não poderia quebrar esse trato oficializado, não mesmo, e é por esse motivo que algo me conforta a posar nua para Christopher.
Atualmente
Assim que desci do táxi, fui direto ao restaurante tailandês, no qual foi escolhido por ele. Respirei fundo e me direcionei para a hostess, a mesma abriu um sorriso e então iniciou um diálogo comigo.
-Olá, boa noite. Tens reserva?-Perguntou-me.
-Sim, é... é uma reserva feita pelo senhor Christopher Uckermann.-Eu disse a ela, então a mesma pareceu entender tudo.
-Oh! Sim, claro. A senhora é a Demetria?-Perguntou, mesmo já parecendo saber.
-Sou sim.-Minha voz acaba por sair falhada, me sinto constrangida por algum motivo desconhecido por mim, ela foi na frente e eu a segui, desde então eu sinto às minhas bochechas esquentaram a cada passo que damos em direção à mesa onde ele deve estar.
Logo pude ver o homem no qual eu conversei durante alguns minutos, sentado com um belo corte de cabelo e a barba feita. O mesmo veste uma camisa preta por baixo de seu blazer. Nada social.
Eu sabia que não precisava ir tão cordial a esse encontro...digo, a esse jantar. Christopher pareceu me avaliar e então levantar de sua cadeira, para então me receber.
-Obrigada.-Digo a mulher que logo se retirou, então olhei para ele, nesse momento com as bochechas coradas, com certeza.
-Boa noite, Dulce.-Ele se aproximou, então sem nenhuma pressa, tocou seus lábios sobre a minha bochecha. Momento qual me pareceu eterno, talvez pelo seu perfume tão gostoso que tenha perturbado as minhas ideias.
-Boa noite.-Soltei a respiração logo depois que ele se distanciou, mas dessa vez foi pior, pois o mesmo parou em minha frente e ficou olhando-me fixamente, com seus olhos tão intenso e brilhantes.
-Sente, por favor.-Christopher pediu, com sua voz tão rouca e tão próxima de mim. Ele puxou a cadeira para que eu possa sentar, um gesto tão nobre e raro a se fazer.
-Obrigada.-Digo em um tom baixo, logo sentando e o vendo sentar em seguida, alguns centímetros de distância por conta da mesa.
-Não posso negar que fiquei ansioso por sua presença.-E eu pensei em desistir milhares de vezes. -O que gostaria para beber? -Disse ele, pegando um tablet sobre a mesa e o ligando, pude perceber que o mesmo estava em uma página onde havia o cardápio.
-Vinho rosé, suave de preferência.-Digo, vendo-o por alguns segundos concentrado no que fazia.
-Pronto.-Disse ele, desligando o aparelho.-E então, Dulce,—Christopher olha em minha direção.-mora a quanto tempo aqui?
-Bom, eu sou daqui mesmo. -Digo, não parecendo surpreender ele, que então deu engate a outra pergunta.
-Tu tens o sotaque tão peculiar. -Ele disse.
-Eu morei por um bom tempo em Verona, na Itália.-Digo, não deixando de sorrir. Eu amo aquele lugar.-Acho que foi inevitável não absorver algo de lá. É tão bonito!-Digo admirada.
-Entendo. -Ele disse, então uma mulher se aproximou, com o uniforme da casa e colocou duas taças sobre a mesa, servindo primeiro a Christopher e logo após a mim. Sem mais delongas, ela se retirou.-Bom, eu gostaria de pedir mais uma vez as minhas sinceras desculpas.
-Não se preocupe.-Digo, dando um gole e podendo usufruir o gosto daquele vinho tão saboroso.
-E então, o que a levou até a minha exposição?
-Eu estive interessada, minha amiga falava tanto de suas obras. Fiquei interessada.-Mentira! Anahi me forçou a ir até lá com ela.
-Eu fico feliz, mais ainda por ter prestado tanta atenção em uma das obras mais importantes para mim.-Ele disse, o que me fez franzir a testa. Como seria a mais importante para ele, sendo que não soube, ou não quis, me contar sobre o que ela retratava para ele.
-Oh, sim...a mulher desiludida. -Digo, logo tomando mais um gole do vinho e por alguns segundos, foi como se os seus olhos cuidadassem cada movimento feito a partir do momento em que coloquei a taça sobre os lábios. De certa forma, me sinto constrangida, e ele com certeza notou pois quando coloquei a taça na mesa eu me encolhi, gesto feito inevitavelmente.
-Enfim, no que trabalha?-Perguntou, tentando desfazer o constrangimento deixado no ar.
-Eu sou fotógrafa.-Ele pareceu impressionado por sua expressão e logo por engatar outra pergunta referente a mesma.
-Olhe só! Se eu te conhecesse antes, iria contratar os teus serviços. Gostaria que tivesse fotografado a exposição.-Ele disse e não pude deixar de sentir um frio na barriga. Uma sensação de ansiedade, ele é tão conhecido e tão famoso...seria uma grande oportunidade para fotografar o seu trabalho, eu poderia ser mais conhecida por esse feito.
-Eu fico agradecida, realmente uma pena por não ter te conhecido antes e...-Ele me interrompeu assim que eu passei a falar rápido de mais.
-Ei, acalme-se.-Disse ele, tocando a minha mão e segurando-a, podendo sentir a humidade da mão pelo nervosismo. Então sorriu, mostrando seus dentes em um lindo e cativante sorriso.
Christopher deixou de sorrir, olhando no fundo dos meus olhos, ainda tocando a minha mão e podendo partilhar comigo uma energia avassaladora. Ele é um estranho para mim, não entendo como pode me fazer sentir tão hipnotizada, é como tudo se tornasse preto e branco e apenas ele, aqui na minha frente, tivesse cor.
Com seus olhos pretos e especialmente brilhantes, me encarando tão intensamente, não tinha o por que de não me sentir hipnotizada. Agora com toda a paciência, ele torna a falar.
-Minha irmã, ela está maluca por conta dos preparativos do casamento dela.-Ele disse, ainda tocando minha mão.-Inclusive, precisa de alguém para fotografar.
-Isso é um...-Novamente ele me interrompeu.
-Sim, isso é um convite.-Christopher falou, então eu não pude me conter. Demonstrei o meu entusiasmo através de um aperto na mão dele, o que me fez lembrar que Christopher ainda segura a minha mão.-Aceita?
-Céus!-Dei uma risada sutil, como se fosse óbvio que eu aceitaria.-É claro!
Christopher ergueu minha mão até a altura do seu rosto, trazendo a traseira para seus lábios e ali, deixando um beijo. Com seus olhos sobre os meus, ele me encarava, com seus olhos ainda mais brilhantes e escuro. Sádicos!
Ps: boas vindas aos novos leitores. Espero que estejam gostando.
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