$ Capítulo 8 $

Autora on.

— Eu quero comprar todas as propriedades da rua que Jimin mora. — Jeon falou.

— Todas, senhor? — Lisa não entendeu o motivo de seu chefe querer comprar todas as casas. — Até a propriedade do senhor Park?

— A casa dele eu só quero os documentos, preciso confirmar algo. — desconfiava que não era da mãe tóxica de Park. — Consiga o testamento dos avós paternos.

— Sim, senhor. — Lisa anotava tudo no iPad. — Por quanto quer comprar as propriedades?

— Pode oferecer trezentos mil. — a secretária se assustou.

— Mas elas não chegam valer cento e cinquenta, senhor. — tentou contestar.

— Eu sei, mas quanto mais rápido eu tirar aqueles abantesma¹ de lá, melhor será. — falou.

— Sim, senhor. — confirmou, já estava acostumada com Jeon usando xingamentos sem perder a pose. — Quando iremos comprar o carro? Preciso avisar a loja de sua chegada.

— Após a reunião. — falou. — E discrição total sobre a compra das propriedades.

— Sim, senhor Jeon, com licença. — saiu da sala após se curvar.

— O que foi Hoseok? — Jeon falou após atender seu sócio e amigo.

— Você me trata muito mal Jungkook, por que não posso ser tratado igual ao gatinho? — provocou.

— Quem disse que você pode chamar o Jimin de gatinho, só eu posso. — falou. — Diga logo, porque ligou.

— Quando você voltar de Paris eu irei junto, tenho assuntos para resolver em Seul. — Jeon quase chorou.

— Que assuntos? Eu mesmo resolvo para você. — se ofereceu para ajudar, Hoseok na cidade significava menos tempo com o gatinho.

— Assuntos pessoais, sobre meus pais. — o morador de Paris falou. — Não se preocupe, não ficarei na sua casa já comprei outro apartamento.

— Ótimo! — Jeon respirou até melhor. — Te vejo na segunda e não ouse ligar antes disso.

— Engraçado que o gatinho você quer ver, agora eu seu amigo de anos não posso fazer uma ligação. — fez drama.

— É, não pode. — falou. — Tchau! — desligou.

— Senhor Jeon? — Lisa bateu na porta, entrou em seguida. — O testamento que pediu.

— Já conseguiu? — Jeon perguntou, ela passou o iPad.

— Sim, e já fiz oferta das propriedades acredito que todos aceitaram. — falou.

— Obrigado pela eficiência. — valia a pena pagar quinze mil por mês para ela. — Como eu imaginei, entre em contato com o pai do Jimin preciso falar com ele, sem a presença da esposa.

[...] Jimin on.

Estou até nervoso para entrar no carro, destravei a porta, entrei sentindo cheiro de carro novo.

Fechei a porta, ainda tem todos os plásticos, a secretária não tirou.

Fui tirando tudo, agora está sem.

Eu tenho um carro!

O banco dele é vermelho e preto, é cinza-escuro por fora.

Liguei ele, coloquei o cinto, segurança em primeiro lugar.

Agora vou ir para a faculdade, ele nem faz barulho, talvez eu me acostume com essa vida de príncipe sendo bancado por um velho rico.

Mas é O velho rico, quem não quer um velho daquele.

Fui para a faculdade cantarolando uma música qualquer, em quinze minutos parei o carro.

Saí e fui jogar as coisas que tirei do carro, joguei no lixo mais próximo.

— Jimin. — olhei para trás, são as meninas.

— Oi! Você foi o primeiro a chegar, não veio com o Tae? — Kamila perguntou.

— Não vi ele após o intervalo, eu voltei de táxi para casa já que estava sem o cartão de estudante para pegar ônibus. — falei.

— Ele disse que está chegando. — olhamos para Jasmin.

— De quem será que é esse carrão? — Beatriz perguntou apontando meu carro.

— Deve ser de algum professor. — Kamila falou.

— Vou acabar virando professora se o salário dá para comprar um carro assim. — Jasmin falou.

— É né. — só concordei. — Em qual shopping nós vamos?

— Podemos ir naquele de rico ficar olhando as coisas caras, no final só tomar um sorvete, menos o Jimin que estava gripado. — Kamila falou.

— É, vamos nesse. — Beatriz concordou.

— O que vou comer se não posso tomar sorvete? — perguntei.

— Lá vemos algo que não piore sua saúde. — Beatriz falou.

— Olha o Tae ali. — Jasmin apontou para quem estava vindo.

Olhamos e ele vinha, passou olhando o carro.

— Oi! Desculpa a demora estava decidindo qual jaqueta usar. — falou, no final escolheu a de couro preta.

— Tudo bem, não faz muito tempo que chegamos. — Kamila falou. — Vamos? Temos que pegar ônibus.

— Na verdade, não temos. — falei, tirei a chave do carro do bolso. — Esse carro é meu.

— Seu safado, Jeon te deu? — Kamila perguntou, confirmei. — Deus, sou eu de novo.

— É lindo, parabéns Jimin. — Beatriz falou.

— Concordo, ele tem bom gosto. — Jasmin falou.

— Podem entrar. — destravei.

— Eu vou à frente. — Kamila correu na frente das meninas.

— Sem vergonha, Maria gasolina. — Beatriz falou.

— Nenhum amigo ele tem Jimin? Seu amigo aqui também precisa de dinheiro. — Tae falou.

— Não, até agora ele só falou do sócio. — falei.

Ele entrou do lado direito, Jasmin foi entrar do outro lado para ficar ao lado dele, Beatriz a colocou para trás ficando no meio.

Entrei e coloquei o cinto.

— Todos de cinto? — confirmaram. — Então vamos.

— Nossa, esse carro é de mais. — Kamila falou. — Tudo elétrico, Jimin logo consegue uma casa.

— Não duvido, Jeon já deu um MacBook, celular, roupas de marca, e um carro. — Beatriz falou, na hora que souberem do cartão Black sem limite. — Você foi no evento pensando em conseguir um rico Jimin?

— Não, eu estava namorando, ele que chegou em mim. — falei. — Só para deixar claro, eu terminei com a menina antes de entrar em um relacionamento com ele.

— Imaginei, você não tem cara de gente que destrói corações. — Beatriz falou.

— Eu senti a indireta viu? — Tae falou.

— Não foi indireta, é direta mesmo. — podem brigar, mas não destruam o carro.

— Pobres Jimin, não liga. — Kamila falou.

— Por que você terminou? Por querer Jeon ou outro motivo? — Beatriz perguntou.

— Outro motivo, ela encheu minha cabeça de chifres. — falei. — Terminei no dia seguinte após confirmar.

— Que puta! — Kamila falou. — Não que precise de um motivo, mas, porque ela te traiu?

— Devido ao meu jeito, disse que sou muito feminino, e achava esquisito eu ter um coelho de pelúcia. — tem mais coisa, mas eu nem lembro mais.

— Também disse que o Jimin era muito gay. — Tae falou, é isso.

— Tem gay de pouco? — Beatriz perguntou. — Menina doida.

— Na hora que ela colher isso, quero estar lá para ver. — Kamila falou.

— Eu também. — todos nós falamos.

Mais dez minutos de conversa e alfinetadas entre Tae, e Beatriz.

— Chegamos! — falei entrando no estacionamento, passei na cancela. — Kamila me fala quando ver uma vaga, está cheio.

— Tá! — começou procurar. — Ali, aquele carro está saindo.

Olhei para o lugar que ela está apontando, fui até lá esperando o carro sair, outro carro apareceu querendo a mesma vaga.

Iríamos ficar sem a vaga.

— Olha só que filho da puta. — Kamila falou, abriu a janela colocando a cabeça para fora. — Tenta tirar nossa vaga seu sem vergonha, vou te bater usando sua bengala.

— Depois ela pergunta porque não conseguiu um velho rico. — Beatriz falou.

Eu só sei rir, povo doido!

Conseguimos a vaga, estacionei e todos saíram.

— Vovô sem vergonha, nós vimos primeiro. — Kamila falou.

— Se fazer escândalo no shopping eu finjo que não te conheço. — Beatriz falou.

— Saio gritando seu nome, sabe que não ligo para isso. — Kamila falou.

— Escada rolante ou elevador? — falei olhando os dois.

— Jasmin não gosta de escada rolante. — Beatriz falou.

— Também não. — Tae falou, desde quando?

— É mesmo? — perguntei, ele confirmou. — Engraçado que até mês passado você não gostava de elevador.

— Tchau! Vamos de elevador. — Tae falou já levando Jasmin para o elevador.

— Tadinha, a queda vai ser feia. — Kamila falou.

— Nós avisamos, agora deixa ela se lascar. — Beatriz falou. — Vamos!

Subimos de escada rolante para o primeiro piso, andamos um pouco e já encontramos o casal ilusão.

— Que loja podemos ir primeiro? — perguntei.

— Dior. — Kamila falou empolgada apontando a loja.

— Então vamos. — falei, fomos nós três andando na frente e os dois bocós atrás.

Entramos na loja, só olhando as coisas.

— Nossa, que caro. — Kamila falou olhando o preço do perfume. — Será quem vem ouro junto?

— É caro pela marca e os impostos, já que não é uma marca coreana. — Beatriz explicou. — Ótimo o Jimin vir com esse casaco que compra uma casa, assim os vendedores não pensam que somos pobres e ficam encarando.

— Jimin será nosso amigo rico, sempre quis um, Beatriz e Jasmin não enriquecem logo para me bancar. — Kamila se lamentou.

— Mas eu não sou rico. — contestei.

— Shiu Jimin, sabemos que sua humildade é grande. — ela é doida.

Continuamos olhando as coisas, nem me pergunte sobre o casal, não entraram nessa loja.

— Que bolsa linda! Quando meu velho rico chegar, vou pedir isso. — Kamila falou olhando a bolsa. — Mas para uma bolsa desse tamanho você é bem cara né querida.

— Pare de falar com a bolsa Kamila. — Beatriz falou.

— Me deixa. — é, doida total.

— Pega ela. — falei.

— Para quê? Você quer pegar na mão? — tirou do lugar estendendo para eu pegar.

— Não, é para você. — Beatriz já entendeu e está reprovando a lerdeza da amiga.

— Ele vai te dar a bolsa Kamila, nasceu no dia dos lerdos não é possível. — falou.

— A tá! — agora entendeu. — Espera, você vai me dar ela? Não precisa Jimin, sério mesmo.

— Eu insisto, vamos lá pagar. — fui empurrando ela com a bolsa até o caixa, me sinto como ela quando Jeon me dá algo que eu queria, mas não quero aceitar por pensar que estou me aproveitando dele.

— Cartão ou dinheiro, senhor? — a moça perguntou.

— Cartão. — tirei do bolso, e do envelope.

— Crédito ou débito? — boa pergunta.

— Só um instante. — peguei meu celular.

Mandei mensagem para Jeon perguntando.

— Ele não disse quando te deu? — Beatriz perguntou, neguei. — Ricos né, será que ele sabe?

— Acredito que sim, é para saber né. — falei.

Vibrou o celular, abri a mensagem.

Jungkook - É débito gatinho, a senha é o dia e mês do seu aniversário.

Agradeci por responder.

— É débito. — falei com a moça do caixa entregando o cartão, cuidado moça.

— Insira a senha por gentileza. — coloquei. — Obrigada por comprar aqui e volte sempre.

Devolveu o cartão, já guardei de novo.

— Obrigado. — peguei a sacola e saímos. — É sua Kamila.

— Obrigada Jimin, nem sei onde vou usar. — abraçou meu pescoço, quase matou.

— Está sufocando ele, Kamila. — Beatriz a soltou. — Ela é muito expressiva às vezes.

— De nada Kamila, só tenta não me matar a próxima vez para eu continuar te dando presentes. — fiquei sem ar até.

— Pode deixar. — falou sorrindo.

— Vamos na Versace, mas fica no andar de cima. — Beatriz falou olhando a loja, o teto no meio é vidro por isso conseguimos ver as lojas, mas não pode andar em cima dele é só para as plantas.

— E o Tae com a Jasmin? — Kamila perguntou.

— Ela fez a escolha dela, vamos! Os dois estão bem. — subimos de escada rolante e fomos para a loja.

Ficamos olhando as coisas e comentando os preços, coisa que pobre ama fazer, falar que está caro.

— Esse não era o tênis que estava olhando esses dias, Beatriz? — Kamila apontou o tênis branco com detalhes dourado.

— É esse. — respondeu.

— Qual loja iremos após essa? — a mais falante perguntou.

— Balenciaga? — sugeri. — Vocês decidem.

— É, a nova coleção da Balenciaga saiu, espero que já esteja lá para eu ver de perto. — Kamila falou.

— Se for coisa de desfile é péssimo, tem roupa que parece saco de lixo. — Beatriz falou, concordo. — Já podemos ir?

— Não quer o tênis? — perguntei, é mais fácil presentear, não sei o que comprar para mim.

Chamei uma atendente.

— Não precisa, mas mesmo falando não você vai comprar, então obrigada! — falou. — Jasmin não vai ganhar presente por ficar beijando o coreano loiro.

Ela gostou de chamar o Tae assim.

— O que precisam senhores? — a atendente perguntou.

— Esse tênis. — ela olhou todos de cima a baixo.

— Vão pagar como? — até que demorou.

— Kamila você se segura. — Beatriz falou segurando a amiga.

— Com cartão. — respondi ignorando o olhar de desprezo dela, tirei do bolso mostrando.

— Não podemos aceitar seu cartão, se for roubado nossa loja ficará com o prejuízo. — Deus, me dê paciência se der força bato nela.

— Vamos para outra loja Jimin. — Beatriz falou.

— Não, eu não saio dessa loja até ter esse tênis e a demissão dela. — despertou o espírito de pobre barraqueiro que habita em mim.

Peguei meu celular, liguei para Jeon.

— Olá gatinho, eu estou em reunião, o que precisa? — falou.

— Desculpa atrapalhar, mas eu quero comprar um tênis na Versace e eles não querem aceitar o cartão, me acusaram até de roubo. — falei.

— É a loja do shopping? — confirmei. — Eu já estou indo, não saia daí e não fale mais nada.

— Tudo bem, estarei te esperando. — desliguei, não sou idiota e coloquei o celular para gravar tudo que eles falarem.

— Ligou para o parceiro de roubo. — moça irá se arrepender disso.

Eu, Beatriz e Kamila não falamos mais nada, sabemos como isso funciona, não estamos estudando direito a toa. Uma palavra se quer pode dizer que a atacamos, então o silêncio prevalece.

Kamila bate o pé no chão sem parar, eu de braços cruzados batucando a ponta dos dedos no meu próprio braço, Beatriz está plena olhando o celular.

A moça não calou a boca não, mas eu estou gravando tudo.

— Gatinho. — olhei para trás, Jeon com a secretária e mais três homens com uma mulher, não conheço, e todos não são coreanos. — É ela?

— Sim. — respondi.

— Jimin, esses são os meus advogados. — falou. — Alguns deles, a reunião era com eles então vieram.

— Obrigado. — agradeci.

— Olá senhor Park, sou a Laviolette. — estendeu a mão, apertei. — Senhor Jeon disse que estuda direito, então gravou?

— Sim, está aqui. — mostrei o celular, a atendente está ficando pálida, eu disse que iria se arrepender.

Passei para ela que começou ouvir.

— O que está acontecendo aqui? — olhamos para a voz. — Quem são eles Ha-yun?

— Eu sou Jeon Jungkook, e sua funcionária insinuou que meu namorado roubou um cartão e não quis aceitar. — deve ser o gerente.

— Nós pedimos desculpa por esse mal-entendido. — isso não basta querido.

— Não aceito suas desculpas, e saiba que isso vai para justiça. — agora os dois estão pálidos.

Isso Jungkook, acaba com eles!

— Não precisamos fazer isso, podemos resolver de uma maneira fácil, tem algo que possamos fazer? — está oferecendo dinheiro para encobrir uma situação.

— Isso que acabou de oferecer é crime pelas leis do seu país, sou a advogada que irá representar o senhor Park. — gostei dela. — Vamos processar por calúnia, difamação, e tentativa de suborno, espero vocês com os advogados no tribunal.

Passou-me o celular.

— Senhor Park, minha secretária irá entrar em contato com o senhor, ela irá pedir essa gravação, vamos mantendo contato. — falou comigo. — Continuamos nossa reunião amanhã senhor Jeon, até.

Saiu falando com o resto da equipe de advogados, nossa, que mulher é essa?

— Preciso ir gatinho. — Jeon falou comigo, beijou minha testa. — Até mais meninas. — acenou para minhas amigas e saiu com a secretária.

— Meu tênis agora. — falei com o gerente.

— Claro. — agora foi rapidinho.

— Te vejo no tribunal. — otário.

Saímos da loja.

— Mano, isso foi uma loucura. — Kamila falou.

— Nós só queríamos o tênis, nem era tão difícil, agora tem um processo em andamento. — Beatriz falou. — Jimin, armou o barraco e chamou Jeon para defender ele, esperto.

— Sou um gênio. — falei. — Seu tênis Beatriz.

— Obrigado Jimin, toda vez que eu usar vou lembrar o que fez para conseguir ele. — falou. — Não pensei que veria um barraco desse aqui.

— Aquela advogada é de tirar o fôlego, fiquei com a perna até bamba com ela falando com o gerente. — Kamila falou. — Quero ser igual ela quando for advogada.

— Eu e você seremos testemunhas, primeira vez em um tribunal não será para defender alguém. — Beatriz falou.

— É mesmo, não pensei nisso. — falei. — Querem ir comer?

— Sim, e cadê aqueles dois? — Kamila perguntou.

— Vou ligar para a Jasmin. — Beatriz falou, pegou o celular ligando. — Cadê você sem vergonha?

— Um lugar. — está no viva-voz.

— Jasmin, você não está no shopping? — perguntou. — E o Tae?

— Não estamos, nós não achamos vocês, então saímos. — ótima desculpa essa.

— Melhora a desculpa, essa não colou. — Beatriz falou. — Quer saber que se foda você e ele, nem sei porque ficamos preocupados, se vir chorar depois vai apanhar.

Desligou, eu vou falar com Tae.

— Vamos comer, esses dois estão bem. — fomos para a praça de alimentação. — Não vai comprar nada para você Jimin?

— Não, não sei o que comprar. — respondi.

— Até a hora de ir embora você achou algo. — Kamila falou. — Vamos ao McDonald's?

— Claro. — fomos até lá, Kamila ficou escolhendo uma mesa para nós, eu e Beatriz vamos pegar tudo.

— Você e Jeon estão namorando? — Beatriz perguntou. — É que ele te apresentou assim.

— Não estamos, ele só gosta de me apresentar assim. — falei. — É um relacionamento com troca de interesses, mas com exclusividade.

— É um namoro, você não namorou sem ser com a puta né? — neguei. — Jimin, namoros são troca de interesses, mas os seus interesses são físicos e não sentimentais, vai virar sentimentais sem você ver, pelo jeito já existem sentimentos.

— Que nada. — ri de nervoso, como ela sabe de tudo isso? Está me espionando?

— É o nosso. — falou, pegamos e procuramos a Kamila. — Ali a doida.

Acenou para nós, fomos até ela colocando tudo na mesa.

— E Jimin, se não tem sentimentos deveria disfarçar melhor a cara de apaixonado perto do Jeon. — engasguei com o refrigerante.

— Eu fico com cara de apaixonado perto dele? — perguntei.

— Muito, seus olhinhos ficam brilhando. — Kamila respondeu. — Uma gracinha, apesar que ele não é diferente. — falou antes de beber o refrigerante pensativa.

— Por que não quer admitir existir sentimento na relação de vocês? — Beatriz perguntou interessada.

— Bom, eu penso que ele vai acabar se cansando de mim e me largando, só espero que isso demore. — falei.

— Acredito que está errado, ele não parece ser alguém que faria isso. — falou. — Quantos anos ele tem?

— Trinta e quatro, mas falta duas semanas para o aniversário. — respondi.

— Você está se relacionando com um homem com a vida formada, próprias vivências, muita experiência em relacionamento, ele não é um menino Jimin, quem larga o parceiro após se cansar são moleques não homens. — queria que Tae estivesse aqui para ouvir isso. — Jeon saiu de uma reunião importante para vir te defender por um tênis que poderíamos comprar em outra loja, se fosse alguém com planos de te largar iria mandar você se virar, pense sobre isso.

Ela é realmente a sincera, me deixou pensativo.

— Ela tem esse dom Jimin, fala a verdade e deixa você todo pensativo. — Kamila falou. — Mas ela tem razão, Jeon não vai te largar.

Em nome de Cristo.

Terminamos de comer conversando, ainda passeamos por mais lojas acabei comprando uma jaqueta para Beatriz e um óculos escuros para Kamila da Louis Vuitton.

Para mim, comprei um coturno preto e um tênis preto da Louis Vuitton, prefiro não citar o preço para não arriscar de correr fazer devolução.

Descemos para o estacionamento.

— Na hora que a advogada saiu estava doida para falar "bem feito sua vaca" para a atendente. — Kamila falou e nós rimos. — Só não disse para não estragar o caso.

Abri o porta-malas para colocar as sacolas.

— Olha só quem resolveu dar as caras. — ouvi Beatriz falando, levantei a cabeça.

— Me passa as sacolas Kamila. — pedi, ela foi passando, guardei e já fechei.

— Vocês compraram coisas nas lojas? — Jasmin perguntou.

— Não, só pedimos as sacolas para levar embora, o que você acha Jasmin? — uma paciência de monge da Beatriz. — Jimin um amigo ótimo, deu presentes para Kamila e para mim.

— E nós? — Tae perguntou.

— Vamos ver quem saiu no lucro, vocês que estavam transando ou nós que ganhamos presentes? E de brinde assistimos Jeon trazer um batalhão para defender o Jimin. — Kamila falou.

— Vocês que quiseram sair, eu vou à frente. — Beatriz correu entrando na frente.

— E eu vou ir com eles? Isso é injusto. — entrou com bico no carro, Jasmin entrou.

— Fiz merda né? — Tae perguntou.

— Em casa conversamos. — entrei na frente colocando o cinto. — Todos de cinto?

— Espera, só um segundo. — Kamila falou enquanto se prendia. — Sim, agora pode ir.

Saí com o carro, Kamila e Beatriz conversando animadas, falando como amaram o passeio. Gostei de andar com elas, são engraçadas e doidas.

Já que meu melhor amigo me deixou para ir transar, outro problema que acontece quando ele está usando alguém para sexo, eu sou jogado de lado.

Estou acostumado.

Quinze minutos no trânsito, saímos do shopping no horário que muitos estão indo para casa após o trabalho, já é noite.

— É ali Jimin. — Beatriz apontou o prédio que elas moram, parei o carro na frente, desci para tirar as sacolas do porta-malas.

Abri, as duas vieram pegar o que era delas.

— Obrigada de novo Jimin, no seu casamento com Jeon te dou um presente bem bonito. — Kamila falou. — Até amanhã!

— Até. — falei.

— Obrigada Jimin, e pense no que falei. — não se preocupe, não parei de pensar nisso.

— Já estou pensando. — as duas se afastaram para entrar. — Jasmin.

— Sim? — se aproximou.

— Isso é para você. — entreguei a sacola. — Como não estava lá para dizer o que gostava, é um perfume espero que goste.

— Eu vou amar, obrigada Jimin. — me abraçou sufocando, deve ser algo dos brasileiros isso. — Tchau! Até amanhã!

— Tchau! — entrei no carro, Tae já está do meu lado.

Liguei o carro e dirigi para minha casa, o sem vergonha não falou nada.

Pode parecer que estou exagerando, mas como as pessoas ficam após ele as deixar é um estado grave, tem algumas que não pega ele no flagrante ficando com outra e já ouve da boca dele.

"Eu só me cansei de você, não é mais interessante como no início", isso é quando ele pega leve.

"Ficou exaustivo brincar com você, você não me dá prazer nem me excita mais", e aqui ele acaba com a pessoa.

Por isso estou tentando tirar Jasmin dessa, a bichinha não merece ouvir isso.

Com o controle abri o portão grande, entrei com o carro, após sair já fechei.

Tirei as sacolas do porta-malas, em uma mão segurei elas com a outra fechei o porta-malas e tranquei o carro, Tae abriu a porta.

Coloquei no chão para tirar meu tênis, calcei a pantufa já pegando minhas compras.

— Toma. — estendi a sacola da Gucci. — Merecia umas tapas, mas serei legal.

Ele pegou a sacola, abriu e tirou a bolsa que ele queria a um certo tempo.

— Sabia que não iria me deixar sem nada. — bem que merecia.

— Agora senta a bunda nesse sofá que você vai ouvir. — ele sentou, fui até o quarto colocando tudo na cama, guardei o cartão.

Fui para a cozinha, peguei um copo d'água e voltei para a sala, parei na frente da anta, dei uma tapa na testa dele.

— Tem merda na cabeça Kim Taehyung? — perguntei. — Se tivesse merda ainda estava bom, pelo jeito não tem nada.

— Em minha defesa... — começou falar.

— Calado, você não tem o direito de se defender, não estamos em um tribunal. — falei. — Eu só te pedi uma coisa, uma simples coisa "ficar longe das meninas" o que tem de tão difícil nisso? Mas não, Kim Taehyung não consegue manter a porra língua dentro da boca.

Hidrato bebendo um pouco de água.

— Você sabe melhor que ninguém como esse jogo termina, você não se apaixona, você não namora, você não tem respeito pelos sentimentos dos outros Taehyung. — isso estava entalado para falar há anos. — Está fazendo as pessoas se sentirem pior que se sentiu quando aquele idiota fez aquilo com você, está tratando elas como uma boneca para sexo, pare de descontar o que aconteceu com você em pessoas inocentes seu idiota.

Mais água, estava com a garganta doendo ontem mesmo, e esse puto me faz passar por isso.

— Você não tem sentimentos pela Jasmin, e a faz pensar que tem, você vai destruir mais um coração Taehyung como se não fosse nada. — é bom ficar quieto enquanto eu falo. — Você não é obrigado gostar dela, nem ter sentimentos por ela, mas não aja como um escroto a fazendo pensar que gosta.

A menina sai lá do Brasil para estudar, e vem o idiota quebrar o coração dela.

— Estou falando isso porque sou seu amigo, e me importo com Jasmin. — falei. — Se você pretende passar ter sentimentos por ela, vou apoiar seu relacionamento, se não termine o que nem era para começar quanto antes, caso você não passar gostar dela e nem terminar pode ter certeza que irei enfiar a mão na sua cara Kim Taehyung, você está passando dos limites.

— Você está certo. — sério? Não me diga. — Vou parar de ficar com ela.

Eu não falei, eu disse.

Kim Taehyung não ama!

Fui para a cozinha e bebi mais água, preciso do remédio para garganta logo.

— Eu já estou indo, até amanhã. — falou, apenas acenei bebendo água. — Obrigado pela bolsa.

Saiu da minha casa, Taehyung eu espero que você não esteja mentindo como da última vez.

[...]

Hoje amanheceu até mais frio, só pelo compromisso que tenho a noite. Fiquei até enjoado após acordar de ansiedade, tomei um chá para melhorar.

Ontem a noite após Tae ir embora e eu tomar banho passei um tempo conversando com Jeon por ligação, três horas para ser exato.

Falamos do ocorrido no shopping, ele perguntou se comprei algo para mim, eu mandei foto. Coisas sobre hoje também, ele mais falou eu só ouvia.

Estava nervoso de mais para falar algo, depois passamos conversar sobre outros assuntos.

E ele falou sobre chuca, perguntou se eu sabia o que era, respondi que sim.

Quem no século atual não sabe o que é chuca?

— Tae, o que é chuca? — perguntei para ele enquanto estamos indo para a faculdade no meu carro.

— Puta que pariu, Jimin. — falou tossindo. — Por que quer saber isso?

— Porque Jeon citou isso, e eu não sabia o que era, mas disse saber afinal o nome não parece uma coisa que irei gostar de ouvir a explicação vindo dele. — falei.

— Chuca, para ser bem direto é quando a pessoa irá ter relações sexuais usando o cu, chuca você faz para deixar ele limpo e pronto para isso. — é, eu não iria gostar de ouvir Jeon falando sobre isso. — Por que não perguntou no Google?

— Se eu tenho você que já transou com metade de Seul para perguntar, por que usaria o Google que nunca transou. — na minha cabeça isso faz sentido. — Como que faz isso?

— Você vai transar? — neguei. — Então, porque quer saber?

— O Google não transou, mas não faz tantas perguntas. — resmunguei.

— Hoje a tarde eu levo na sua casa, misterioso. — falou.

— Tá! — como assim levar? Por que precisa levar na minha casa essa chuca?

Fiquei curioso, mas não perguntei nada.

Estacionei no estacionamento da faculdade, saímos do carro, abri a porta de trás e peguei minha mochila. Entramos na faculdade, ele já foi para a sala.

Eu guardei a mochila tirando o Mac, um dos chumbos e partiu sala. As meninas já estavam lá, me sentei.

— Bom dia! — falei.

— Bom dia! — todas falaram.

— Não está notando algo diferente? — Beatriz cruzou a perna duas vezes.

— Você veio com o tênis. — falei rindo.

— Claro, após aquele barraco que você fez vou usar bastante para lembrar. — falou.

— Olha o meu look que fiz para combinar com a minha bolsinha da Dior. — Kamila falou se levantando mostrando a roupa e segurando a bolsa.

— Vocês são doidas. — nem posso falar nada, estou com o tênis que comprei.

— Jasmin deu uma única espirrada do perfume. — Kamila contou.

— Lógico, ele vai durar três anos ou mais, só usarei em ocasiões especiais. — falou. — Como casamento do Jimin com Jeon, velório da ex do Jimin, e por último, mas não menos importante enterro da minha dignidade.

— Muito especiais as ocasiões, a última não vai demorar muito. — Beatriz falou.

O professor entrou, começou a aula e eu prestando atenção fazendo minhas próprias anotações.

Passamos todas as aulas antes do intervalo na mesma sala, só os professores trocaram.

— Minha bunda está quadrada, e eu nem sou o Bob esponja. — Kamila reclamou.

— Ótima piada Kamila. — Beatriz falou, ganhou uma tapa da outra.

Fomos para o refeitório, comprei uma sanduíche muito conhecido como comida de rua aqui na Coréia, e um suco natural de laranja.

Kamila e Beatriz compraram coisas, Jasmin não pegou nada.

Sentamos em uma mesa disponível.

— Por que não vai comer? — perguntei para ela.

— Estou sem fome. — falou.

— É mentira, ela está fazendo dieta. — Kamila falou, comecei comer pensando no motivo para ela fazer dieta.

— Oi! — Tae falou ao chegar.

— Olá. — Kamila respondeu, Beatriz deu um aceno com meio sorriso, estou ocupado comendo licença.

— Podemos conversar? — perguntou para Jasmin.

— Claro. — os dois saíram.

— Você falou com ele? — Beatriz perguntou, confirmei. — E aí?

— Ele disse que iria parar de ficar com ela, mas algo me diz que tem algo de errado. — falei, ele aceitou muito fácil, Tae não aceita nada fácil.

— Na hora que eles voltarem eu te digo se está certo. — falou, Kamila está ocupada comendo o pedaço de pizza.

Voltei comer, terminei e fiquei só tomando o suco.

— Estão voltando. — Kamila falou, não demorou e Tae sentou ao meu lado, Jasmin ficou do outro lado.

— Você está certo Jimin. — Beatriz falou.

— Em quê? — Tae perguntou.

— Nada. — falei.

Ele não terminou, eu sei que não.

Voltamos para a sala, e após muitas horas de tortura finalmente estou indo para casa, sem o Tae ele disse que iria em algum lugar.

Hoje eu consegui almoçar tranquilamente, sem ficar pensando que logo teria que correr para o trabalho.

Após arrumar a cozinha, fui para o fundo da casa a bota e meu tênis estão secos, levei para dentro após colocar o produto dentro para não dar cheiro guardei.

Comecei arrumar minha mochila, passar o final de semana na casa de Jeon, meu Deus onde eu fui me enfiar?

Coloquei coisas suficientes para isso, até roupa para sair, no final precisei trocar para uma mala pequena, mochila ficou pequena para tudo que eu queria levar.

Deixei perto da porta do quarto, deitei na cama pegando meu celular, tem mensagem dele.

Jungkook - Vou passar te buscar às 20:00 horas, anjo.

Estarei te esperando.

Não esperei que ele respondesse, deve estar ocupado.

Ouvi a campainha, deixei o celular e saí do quarto indo abrir o portão, é um dos vizinhos fofoqueiros.

Tirei a pantufa trocando por um chinelo, saí de casa indo abrir o portão.

— O que deseja? — perguntei após abrir.

— Você vai vender sua casa? — como é.

— Não entendi. — falei.

— Todos da rua venderam a casa, você também vendeu? — ainda não entendi.

— Quem comprou as casas? Uma empresa? — isso está muito confuso.

— Todos falaram ser uma mulher falando, mas o nome do comprador é de homem. — comecei entender. — Vendeu sua casa?

— Não vendi e a casa não é minha, tenha um bom dia! — fechei o portão e corri para dentro.

Troquei de sapato de novo, corri para o quarto pegando meu celular e ligando para o comprador.

— Olá anjo. — ouvi sua voz.

— Por que comprou todas as casas da rua Jungkook?.........................









































































Abantesma 1.alma do outro mundo, fantasma, espectro; aparição terrificante.
2.FIGURADO (SENTIDO) •FIGURADAMENTE
indivíduo ou coisa que causa susto ou que, por seu aspecto, é desagradável ou mesmo repugnante.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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