$ Capítulo 42 $

Comentem bastante e eu volto antes do ano acabar.

Jimin on.

— Ele é casado e tem uma filha.

Lembrei de uma foto que vi no celular dele.

É a mesma que está aqui nessas fotos.

O que o pastor falou acabou de se cumprir.

"Você vai ter uma grande decepção".

Olha o tamanho dessa decepção.

O homem que eu amo é casado.

— Jim... — Tae entrou no quarto. — Por que está chorando?

— O... — não consigo.

Levantei e saí do quarto.

— Onde vai? — perguntou.

Desci correndo e saí.

— Jimin cuidado. — entrei no carro.

Eu fui para o hotel controlando as lágrimas, mas tive que parar três vezes porque não conseguia parar de chorar.

Ele não só escondeu coisas de mim, é a porra de uma família que ele tem com outra.

Por isso todo aquele medo em me contar.

Eu estacionei o carro, desci e entrei no hotel. Subi para o andar que fica a sala dele, entrei direto.

Não está aqui.

Fiquei esperando, enquanto tentava parar de chorar, mas não conseguia.

Talvez possa pensar "Ele já separou dela", mas o documento de casamento foi renovado enquanto eu e ele estávamos juntos.

Como não chegou, eu fui até a mesa, coloquei as fotos que recebi da esposa, escrevi um bilhete.

[...] Autora on.

Jeon entrou em sua sala, acabou de ter uma reunião exaustiva.

Sentiu o cheiro do perfume que Jimin usa, mas ele não está aqui.

Foi até sua mesa, olhou as fotos e um bilhete na tela do computador, tirou.

"Jeon, eu sei que você têm explicações para isso, mas eu não tô pronto para ouvir nenhuma hoje, espero que você respeite pelo menos isso"

Ass: Jimin.

— Droga.

Correu da sua sala e desceu, conseguiu ver Jimin entrando no carro.

Saiu do hotel, pegou seu carro e dirigiu para a casa do loiro, ele precisa se explicar.

Apertou a campainha, ouviu o portão destrancando, entrou e subiu até a casa.

— Cadê o Jimin? — Tae perguntou.

— Ele vai chegar. — não tem tanta certeza.

— Por que ele saiu daqui chorando? — quer respostas. — Tem a ver com o que você esconde, né? Ele descobriu pela boca de outra pessoa.

— Sim.

— Você está fudido!

Os dois esperaram por duas horas.

— Tô preocupado com ele, deixou o celular aqui.

O pai do Jimin chegou com Antonietta.

Esperaram por horas.

— Jimin mandou mensagem. — Tae falou. — Disse que precisa de um tempo.

— Onde ele está? — o pai perguntou.

— Só falou que saiu da cidade.

Jimin estava longe de Seul.

Olhava a chuva caindo, assim como as lágrimas que saíam de seus olhos, ele estava se sentindo acabado.

Sentia pena de si mesmo por amar tanto um homem que tem outra família, tem outra vida, da qual ele não fazia ideia.

Seu peito estava apertado.

— Eu amava te amar, Jungkook.

Deitou na cama e chorou até dormir.

Seu peito apertado, queria entender como Jungkook conseguiu esconder tudo isso dele.

Existe explicação, mas no momento ele tem muito medo de ouvir.

Os dias foram se passando, ele deixou o celular desligado na maioria do tempo, para Tae não ficar mandando mensagem.

Viu que Jin postou uma nota dizendo que ele não estava bem e precisava de um tempo.

Jimin só não sabe quanto tempo.

Dói saber que Jeon escondeu algo tão grande dele.

— Jimin, já passou uma semana. — ouviu a voz do Tae.

— Eu sei. — sua voz está baixa.

— Hora de voltar, não acha? — perguntou.

— Ainda não tô pronto.

— Tudo bem, eu entendo. — desistiu.

— Como ele está? — perguntou.

— Hoseok me disse que ele não saiu do apartamento desde que você fugiu dele, nem Antonietta e nem a Ana conseguiram fazer ele sair, não está comendo direito, e tendo episódios de fúria.

— O que é um episódio de fúria?

— Também não sei, Hobi não disse. — mentiu.

Jungkook destruiu a sala inteira e o próprio quarto.

— Jimin?

— Oi? — às vezes fica aéreo, longe de tudo.

— Seu pai quer falar com você.

— Passa para ele. — esperou.

— Oi, filho!

— Oi, pai! — virou na cama.

— Estou preocupado com você! — falou.

— Vou ficar bem, eu sempre fico. — não sabe como, mas ele fica.

— Quando vai voltar? — perguntou.

— Não sei pai. — respondeu.

— Se cuida, filho!

Desligou.

— Ele não está nada bem. — Ji-seok falou.

— Não mesmo, e agora que sabe como o Jungkook está, vai piorar.

Mais dias se passaram, Jimin pensando em Jeon, como ele deve estar agora?

Ele estava profundamente triste, com o sentimento de ter sido enganado, mas seu coração ficava martelando a mesma coisa noite e dia "Deixa ele se explicar".

Jimin ao mesmo tempo que quer voltar, tem medo de se ferir mais.

Pensou enquanto acabava com um pote de sorvete com kimchi.

Quando passou mais vinte dias que estava fora, decidiu voltar, não avisou Tae.

Juntou suas coisas e colocou no carro, entrou, colocou o cinto. Dirigiu comendo doces, seu coração estava acelerado.

Ao chegar em Seul a ansiedade estava a mil.

Foi para casa, um Tae saiu gritando, quando ouviu o portão da garagem.

Saiu do carro.

— Jimin. — foi abraçado. — Nunca mais faz isso, quase morremos de preocupação.

— Tá matando. — diminuiu o aperto. — Desculpa.

— Vem fofinho, todo mundo tá aqui. — entraram na casa.

— Pudim. — Kamila grudou em si.

— Oi doidinha! — quando a menor o soltou, foi abraçado por Jasmin. — Realmente sentiram minha falta.

— Como não sentir?

— Bea, feliz aniversário atrasado. — abraçou a amiga. — Desculpa, não comprei presente.

— Já é presente ver você. — falou.

Seu pai foi o último, abraçou, ganhou puxão de orelha por sumir.

— Tá pai, não vou fazer de novo. — massageou a orelha.

Sentaram todos, notou que Kamila não parava de mexer no celular.

— Então, como estão as coisas? — perguntou.

— Kamila está namorando. — Jasmin contou.

— Com a Caterina? — confirmaram.

— Yoongi lançou o álbum em sua homenagem.

— As músicas são como? — questionou.

— Uma boiolagem sem fim, mas são boas as músicas. — Kamila respondeu olhando o celular, e mostrou a Taehyung.

— Jimin, a Bea tem uma coisa para te falar.

A brasileira que lixava as unhas, parou e olhou o coreano.

— Tenho? — Kamila mostrou o celular.

— O que está acontecendo, gente?

— Então Jimin, temos uma má notícia. — Bea começou. — O Jungkook está internado há dois dias.

— Como? Por que?

— Os médicos não sabem, ele deu entrada com uma forte dor no peito e não saiu mais.

— Preciso ver ele.

— Nós te levamos.

Foi durante o caminho quase roendo as unhas, pensando ser sua culpa o italiano está internado.

Entraram pela parte privativa do hospital, de elevador ao andar que o mais velho está. Viu seus sogros no corredor.

— Jimin, que bom que voltou. — foi abraçado pela sogra.

— Desculpa Antonietta.

— Não se desculpe, isso não é culpa sua. — tentou acalmar o outro. — Pode entrar, mas ele está sedado.

— Por que?

— Não estava muito cooperativo.

Entrou sozinho no quarto, viu Jeon na cama, emagreceu.

Se aproximou, sentou na poltrona, pegou na mão do namorado.

— Você precisa ficar bem, Jungkook, como vou brigar se está inconsciente? Eu preciso ouvir sua explicação, saber o porquê ficou comigo estando casado. — falava chorando. — Mesmo se nós separarmos, eu preciso te ver bem, já me fez muito feliz, não consigo desejar o contrário. — beijou a testa do outro. — Saiba que eu te amo muito, e sempre vou amar, independente do que vai acontecer.

Sentiu sua mão ser apertada.

— Descansa, vou estar aqui quando acordar.

Jimin passou o dia ali, Tae trouxe uma bolsa com coisas essenciais. Tomou banho a noite, voltou a ficar ao lado do mais velho.

Acabou dormindo, estava cansado.

Quando acordou, não segurava mais a mão de Jeon, coçou os olhos. Olhou para a cama, viu que o par de olhos escuros estavam abertos, fixo nele.

— Você acordou. — falou. — Por que não chamou os médicos?

— Fiquei com medo que fosse embora de novo, quando eu mostrasse que tinha acordado. — confessou.

— Não vou embora. — chamou os médicos.

Ficou só observando eles examinarem o maior.

— Você não tem nada, senhor Jeon. Os exames não apontaram nenhuma doença ou alteração, só precisa se alimentar mais. — o médico falou. — Mas a dor no peito, não tem explicação.

— Pode ser psicológico? — perguntou.

— Sim, mas precisa passar com um psiquiatra para confirmar. — respondeu.

— Quando terei alta?

— Agora, não temos motivos para deixar o senhor aqui mais um dia. — Jimin ficou aliviado. — Vamos fazer a papelada, e em alguns minutos poderá ir para casa.

— Obrigado! — saíram do quarto.

— Você me deu um susto! — Jimin comentou. — Pensei que fosse te perder.

— Não vai. — segurou a mão pequena com cuidado. — Gatinho...

— Agora não, deixa eu cuidar de você primeiro, e aqui não é apropriado.

— Mas eu quero me explicar.

— Não Jungkook, eu posso não gostar da sua explicação, e eu quero cuidar de você. — tem medo da explicação o fazer ir embora.

O italiano entendeu.

— Tudo bem, mas quando quiser ouvir, me fala.

Jungkook se vestiu, os médicos voltaram com a sua alta.

Saíram do quarto, desceram de elevador até o estacionamento.

— Esse não é o caminho do meu apartamento.

— Estamos indo para a minha casa. — explicou.

Foram para a casa do loiro, estacionou o carro na garagem. Desceu primeiro e foi ajudar o mais velho.

— Gatinho, eu não estou tão ruim assim.

— Parece que está mais magro que eu. — no seu ponto de vista.

— Exagerado, não tem como, sou bem mais alto que você.

— Continua com o bullying que te levo para o seu apartamento e vai ficar sozinho. — ameaçou.

— Abandonando um doente. — rapidinho ele fica debilitado. — Que crueldade.

— Acredito que sua mãe organizou uma festa, só tô avisando porque você estava com dor no peito, levar um susto pode te fazer voltar ao hospital.

— Eu acho que não, minha mãe faz essas coisas para você que ela tem como caçula. — Jimin discorda.

Caminharam devagar até a porta da casa, Jimin abriu e eles entraram.

— BEM-VINDO! — Jimin se assustou por Jungkook.

— Você me avisa e se assusta, gatinho? — confirmou.

Foi recebido por todos que estavam ali.

— Fico feliz em te ver de novo. — Jin falou abraçando Jimin. — Pelo amor de Deus, não some mais.

— Não pretendo.

— Jungkook, proibido de ficar doente! — Namjoon falou com o amigo.

— Vamos comer, gente. — Antonietta chamando a atenção de todos.

Jimin olhou sua mesa, contou as cadeiras.

— Aumentaram minha mesa enquanto eu estava fora? — perguntou.

— Sua quantidade de amigos aumentou. — Kamila respondeu. — Mas não fui eu.

Se sentaram, Jimin pegou um prato e serviu bastante comida.

— Vai comer tudo isso? — Tae perguntou.

— Não. — colocou na frente do namorado. — Come sem contestar.

— Jungkook na coleira de novo. — Kamila brincou.

Jimin pegou para si, comeu só olhando o povo conversando, e conferindo se Jungkook estava comendo.

— Cadê meus gatos? — perguntou ao Tae.

— Dormindo em algum lugar.

Olhou embaixo da mesa.

— Para de dar pedaços de carne para eles, é para você comer. — brigou com Jeon.

— Eles pediram.

Pegou os gatos, e foi colocar a comida deles, com petisco.

— Papai sentiu falta de vocês. — beijou a cabeça dos gatos, miaram reclamando. — Se reclamar deixo sem petisco.

Voltou para a mesa, só esperando a sobremesa.

Seu pai e sua sogra recolheram toda comida da mesa e os pratos, colocaram bolo, torta de maracujá, e docinhos.

— O bolo eu fiz. — Ji-seok falou.

— A torta fui eu. — Antonietta.

— Fiz os doces que o Jimin gosta. — Bea falou.

— Obrigado! — agradeceu.

Se serviu com um pedaço de bolo e torta, com docinhos ao redor.

— Você ainda está passando mal, gatinho? — Jungkook perguntou olhando o prato humilde que o menor fez.

— Tô. — respondeu.

Levantou e foi comer na sala, bem mais tranquilo.

Quando terminou continuou ali, seus gatos vieram pedir carinho, estava só passando a mão neles.

Kamila e Taehyung sentaram perto.

— Já conversou com o Jungkook? — Taehyung perguntou.

— Ainda não. — respondeu. — Por que?

— Nada. — falaram juntos.

— Vocês sabem né? Ele contou para vocês? — negaram.

— Eu fiz o Hobi me contar. — Taehyung se explicou.

— Caterina me contou. — Kamila. — Babado fortíssimo.

— Fica suave, só nós dois sabemos. — Taehyung tranquilizou o outro. — Quer dizer, naquela mesa, tirando a Jasmin, a Bea e o seu pai, o restante tudo sabe já que conhecem o Jungkook há anos.

— E o que vocês acham? Eu vou terminar com ele?

— Vai ser mais emocionante você descobrir tudo por ele, acredita em mim. — Kamila falou. — Mas spoiler, não é como você pensa.

— Agora tô ansioso. — doido para perguntar.

Enquanto esperava as pessoas irem embora de sua casa, comeu mais torta e docinho.

— Se precisar de algo, me manda mensagem. — Tae falou antes de ir.

Seu pai já subiu para descansar.

— Vamos, Jungkook. — subiram.

— Você está mais lindo! — olhou o moreno enquanto entravam em seu quarto.

— Obrigado! — agradeceu. — Consegue tomar banho sozinho?

— Gatinho, eu não estou tão debilitado. — encarou.

— Então vou te levar para o seu apartamento.

— Tô sim, calma aí. — fez ele mudar de ideia.

— Vai precisar de ajuda?

— Não, obrigado gatinho.

— Pode ir, vou pegar roupa para você. — entrou no closet.

Respirou fundo.

— Você consegue Jimin. — está difícil não lembrar das fotos que o fez sumir.

Ouviu o chuveiro.

Pegou a roupa que o mais velho tinha em seu closet, levou para o banheiro, deixou em cima da pia.

Foi bom estar no banheiro, porque passou mal.

— Está tudo bem? — viu pela visão periférica que ele abriu o box, fez sinal positivo.

Deu descarga e foi escovar os dentes, ainda se sentindo enjoado.

Deitou na cama, pegou seu celular oficial na mesa de cabeceira.

Ligou o aparelho, fez uma selfie e postou no feed do Instagram com a legenda "Voltei".

Viu que tem doze milhões de seguidores.

Postou um meme no story, "Quem é esse povo todo aqui?".

— Avisando seus seguidores que voltou? — sentou na cama.

— Já tomou banho? — confirmou. — E sim, estava avisando. — olhou o cabelo molhado. — Eu vou secar seu cabelo, vem.

Fez o mais velho sentar na cama.

Pegou o secador no banheiro e voltou, ligou na tomada próximo a sua cama. Foi até o closet buscar protetor térmico, e reparador de pontas.

— Seu cabelo está grande. — comentou enquanto passava o protetor térmico.

— Eu não cortei nenhuma vez. — falou.

— Não cortou o cabelo, não comeu, não bebeu água, o que mais você não fez? — perguntou. — Você escovou os dentes?

— Escovei. — respondeu. — Como sabe que não bebi água direito?

— Sua pele está ressecada. — ligou o secador, fez com cuidado até o cabelo estar completamente seco, por último passou o reparador. — Vou buscar água para você.

Primeiro guardou o secador, então desceu.

Pegou uma garrafa, e vitaminas, seu pai sempre toma um dos potes.

Subiu, entrou no quarto os gatos estavam no colo de Jeon.

— Você vai tomar essas vitaminas. — colocou o pote na mesa de cabeceira. — Toma essa cápsula, e água.

— Mas...

— Bebe. — Jungkook bebeu. — Vou ir tomar banho.

Primeiro pegou um pijama, calça e blusa, foi para o banheiro. Relaxou em sua banheira, ouvindo música na televisão.

Secou seu corpo, passou creme e fez a limpeza dos piercings. Vestiu seu pijama, desodorante e hidratante labial.

Saiu do banheiro, deitou na cama.

— Por que está de pijama? — perguntou.

— Vou dormir, você também, está nítido que não tem dormido direito. — respondeu.

Entrou embaixo do edredom.

Jungkook também deitou.

— Começou a chover. — comentou.

Os dois ficaram quietos, cada um em sua mente que os enchia de insegurança e medo.

Viraram ficando frente a frente.

— Você é casado, Jungkook? — Jimin finalmente perguntou.

— Não, não sou casado com ninguém. — respondeu. — Aquele documento é forjado, você pode procurar em cartórios do mundo inteiro, eu não sou casado.

— Mas você foi?

— Por uma semana, o casamento foi anulado, como se eu nunca tivesse feito aquela loucura. — explicou.

— Quero saber do início. — entender tudo.

— Eu conheci ela há dois anos, em uma viagem de negócios que fui fazer na Espanha, no início ela era muito legal e simpática. — começou a contar. — Mas minha mãe a detestou na primeira visita dela à Coréia.

— O nome dela é Vega mesmo como está na certidão de casamento, ou é mentira também?

— Vega. — Jimin nem quis entender. — Como eu não estava com um bom relacionamento com a minha mãe, não liguei dela ir contra o relacionamento e fui adiante. Nós namoramos por um ano, pedi ela em casamento no aniversário.

O loiro só sentia raiva e muito ciúmes.

— Quando começou a dar errado, ela queria mandar nos hotéis, no Hoseok, outro que a odiava, perdi investidores por causa dela. — contou.

Jimin percebeu que estava chegando uma sorte sensível da história.

— Até que ela engravidou. — pensou no pior. — Mas a gestação não seguiu até o final, ela teve um aborto, me culpou e fez da minha vida um inferno.

Segurou a mão do mais velho.

— Um relacionamento tóxico nasceu, atacava coisas em mim, como prato, copo, garrafa, faca, fazia escândalos se eu negasse qualquer coisa, gritando que era culpa minha o bebê ter morrido e que eu devia ter morrido com o bebê.

— Se não quiser terminar de contar, tudo bem, já entendi que ela mentiu.

— Não, eu estou bem com essa história. — disse sincero. — Você viu fotos de uma menina, né?

— Sim, disse que era filha de vocês.

— Ela mentiu, não tive filhos com ela. — contou. — Há oito anos, no meu primeiro relacionamento, a mulher era mãe da menina que você viu, minha mãe nem chegou conhecer porque foi na França. — deu detalhes. — Nós não demos certos juntos, e eu voltei para a Coréia. Dois anos depois recebo a notícia que ela faleceu e a menina seria órfã.

Prestou atenção.

— Eu adotei, e criei ela, todos amavam ela. — essa parte não está totalmente curada. — Após o aborto, Vega começou tratar mal até ela.

Jimin está com medo do final.

— Tem certeza que quer terminar?

— Sim, gatinho, você precisa saber isso por mim. — respirou fundo antes de continuar. — Quando eu não aguentei mais, quis terminar, mas aí ela ameaçou minha filha, que se eu terminasse mataria a menina.

— Mas vocês não estão mais juntos.

— Após seis dias de casamento forçado, ela teve um surto.

— Não, não, não, ela não matou a menina. — está sentindo lágrimas em seus olhos.

— Hoje é dia 28 de novembro, faz um ano que minha bebê foi morta. — Jungkook teve que acalmar Jimin, chorava de soluçar.

— Ela matou uma criança inocente, isso não é justo.

Jimin preferia não saber dessa história, só saber que a mulher era mentirosa estava bom.

Estava profundamente triste em saber que a menina morreu porque uma louca não conseguiu o que queria.

— Já passou, gatinho. — fazia carinho em quem chorava em seu peito.

O barulho do choro se misturando com a chuva.

Demorou para Jimin parar de chorar, conseguir isso não foi fácil.

— Qual era o nome dela? — perguntou, ainda abraçado.

— Amélie. — respondeu. — Posso continuar?

— Tem mais? — não sabe se aguenta.

— Sim.

— Pode. — se for muito vai pedir para parar.

— Após ela matar a Amélie, fugiu e não apareceu até esse ano. — continuou. — Foi ela que forjou aquele acidente que você se machucou.

— Por que ela não está presa? — perguntou.

— Estou vendo que ela não te contou tudo. — pensou em como contar. — Gatinho, o que eu vou te contar agora, talvez te faça sentir medo de mim, ou pensar diferente ao meu respeito.

— É pior que ela matar uma criança? — negou. — Então conta.

— Você percebeu que eu tenho acesso fácil a armas, né? — confirmou. — E sempre quem fala mal de você, ou te prejudica morre? — confirmou também. — Também a fonte do dinheiro para abrir os hotéis é estranha, uma mala de dinheiro não faz sentido.

Jimin pensou, juntando cada coisa que Bea falou, e que ele viu.

— Você é criminoso. — sentou na cama olhando seu namorado. — Não, impossível.

— Está certo gatinho, mas o correto é mafioso, máfia Italiana. — abriu a boca em choque. — Os hotéis foram abertos para lavar dinheiro, como eu geri com inteligência se tornou um grande império de hotéis.

— Mafioso, nem sabia que ainda existia.

— Sempre existirá, gatinho, para sempre.

— Você que manda matar todos que fazem algo contra mim? — confirmou.

— Mas eu nunca faria mal a você, não tenha medo de mim, gatinho.

— Não tô com medo.

— Então por que está se afastando? — perguntou.

— Porque... — correu para o banheiro vomitar.

Voltou alguns minutos depois.

— Eu não passei mal por você ser mafioso, foi pelo cheiro que está nesse edredom. — tirou da cama, e pegou outro no closet. — Bem melhor.

— Como você está sobre a máfia?

— No fundo eu sabia que tinha algo assim, mas eu ainda estou digerindo, não é todo dia que se descobre que seu namorado faz parte da máfia italiana. — deitou devagar.

— Eu sou o líder, gatinho. — se engasgou com saliva.

— Só fazer parte não tava bom, tinha que ser a porra do líder. — resmungou. — Acredito que só estou assim, porque perto do que falou antes, isso é fichinha.

Ainda está assustado com o que a ex fez.

— Então ela não foi presa, porque você é da máfia e poderia te entregar? Ou querer acabar com a máfia? — tentou entender.

— Não, ela não foi presa porque eu queria a despedaçar. — Jimin nem imaginou, ou pode vomitar de novo. — Os pais dela já matei porque foram eles que fizeram aquele acidente, a mando dela.

— Vai devagar nas palavras, não tô acostumado com isso. — em breve surta. — E agora, o que vai fazer com ela?

— Já fiz. — olhou o moreno. — Ela fazer aquelas montagens com minha bebê, como se amasse, e nem tivesse sido ela que tirou a vida de uma criança, era o que faltava. — falou. — Ainda colocar você contra mim.

— Então você matou ela? — nem acredita que está falando essas palavras.

— Antes que ela encostasse no meu bem mais precioso, cansei das brincadeiras dela. — fez carinho no rosto do loiro. — Eu te amo muito, não queria perder outro tesouro para ela.

— Não vai me perder. — abraçou o namorado. — Nunca! Eu te amo!

Ficaram aproveitando a companhia e o calor um do outro.

— Amor, desculpa fugir de você.

— Está tudo bem, se eu tivesse recebido algo daquele jeito também teria fugido, ela sabia manipular muito bem, agora vai manipular o capeta.

— Amor, o bebê que morreu era seu? — a dúvida surgiu.

— Não, ela me traía muito, era do meu secretário. — respondeu. — Onde você ficou nesse tempo todo?

— Uma fazenda perto de Busan, lá é lindo, podemos ir juntos depois. — se lembrou do lugar. — Amor, é por ter perdido a Amélie que sua mãe quer um neto?

— Também, ela sentiu muito quando a Amélie faleceu, era apegada na avó. — pegou seu celular. — Vou te mostrar.

Abriu a pasta onde guarda todas as recordações da menina.

— Essa foi no último aniversário dela. — Jimin viu a foto. — Tenho um vídeo. — procurou. — Minha mãe brincando com ela na cama elástica.

— Era realmente apegada. — comentou. — E ela era linda!

— Sim, parecia uma princesa. — o mais novo percebeu o olhar do namorado para o vídeo, ouvir a risada da filha.

— É por causa dela que você não quer ser pai, né? — perguntou.

Jeon continuou assistindo ao vídeo.

— Sim, tenho medo de perder outro filho, ou causar um aborto.

— Amor, você não causou o aborto daquela maluca, ela mesma deve ter feito isso, pessoas narcisistas não conseguem ter filhos e se tem fica como quem me criou, faz da vida do filho um inferno. — tirou o pensamento de culpa que estava na cabeça do mais velho.

Jungkook se sentia mais leve em ter contado tudo.

— Você disse que quando eu contasse o motivo, diria se quer ter filhos. — lembrou o mais novo. — Então, gatinho?

— Sim, eu quero. — disse a verdade. — Sempre sonhei em ser pai, e dar uma vida diferente da minha para uma criança.

Jimin esperou alguma fala, comentário, qualquer resposta.

— Vai querer tentar ter uma família comigo? Filhos além dos gatos? — perguntou.

— Se eu falar que não, você vai embora?

— Vou ficar triste por um tempo, mas não. — respondeu. — Sua resposta é negativa?

— Não, aceito ter uma família com você. — Jeon viu Jimin sorrir grande a ponto de seus olhos fecharem. — Eu te amo tanto sorriso lindo!

— Eu te amo em dobro! — esperou uma reação.

— Gatinho, já falamos sobre isso, eu que te amo mais. — em algum momento seu namorado lerdo irá entender.

[...] Jimin on.

Acordei sozinho na cama.

Ontem passamos o dia inteiro deitados, à noite jantamos o que sobrou do almoço.

Eu dormi primeiro que ele.

Peguei meu celular, meus fãs tudo surtando que eu voltei. Resolvi postar fotos do lugar que eu fiquei, é só paisagem.

Não estava com muito ânimo para aparecer em uma foto.

Levantei e fui ao banheiro, fiz minha rotina normal. Saí do quarto para procurar o Jungkook, não achei em lugar nenhum.

Ele saiu?

Deve ter saído.

Preparei meu café da manhã, salada de frutas e granola com iogurte. Quando sentei para comer, ele entrou.

— Onde você foi, na chuva? — perguntei. — Sua imunidade não está das melhores.

— Calma gatinho, eu fui treinar. — a pé? — E comprar suplementos.

— Avisa na próxima vez. — eu preocupado e ele na academia.

— Eu avisei. — avisou nada. — Coloquei no lugar onde você mais tem usado.

Apontou a geladeira.

— Não prestei atenção. — estava com fome.

— Pois é. — sem vergonha. — Bom dia, gatinho!

— Bom dia, amor! — comecei a comer.

— Vou subir tomar banho e venho tomar café. — deixou as sacolas em cima da mesa.

Levantei e fui olhar todas, Whey alguma coisa, Creatina.

É para ficar criativo?

E mais um monte com nome estranho, coisa de gente que ama academia e vida fitness.

Fui fazer a torrada dele enquanto comia a granola.

— Bom dia, filho! — me assustei.

— Bom dia! — fantasma.

— Como Jungkook está? — perguntou.

— Melhor, já foi treinar hoje. — respondi. — O senhor sabe a história?

— Sim, Antonietta me contou. — a amizade. — Triste ele ter perdido a filha, ainda bem que a maluca morreu.

— É, ainda bem. — servi as torradas no prato e levei para a mesa.

Jungkook apareceu.

— Bom dia! — sentou perto de mim.

— Bom dia, Jungkook!

— Por que tem ovos mexidos na torrada, gatinho? — perguntou.

— Não tinha frango. — respondi. — Sua imunidade precisa aumentar, se quer crescer, tem que comer.

— Por que eu fui parar de comer? — resmungou pegando a torrada.

Exatamente, por quê?

Eu triste, vou devorar um boi.

Ele passa fome.

Sinceramente, é melhor o boi, mais sustância, proteína pura.

Mas não julgo, cada um enfrenta tristeza de um jeito, uns preferem comer doce, outros salgados, beber, apenas chorar e se isolar, ou só deitar esperando passar.

Peguei meu celular, postar foto da minha salada de frutas, tô saudável hoje.

Entrei no twitter, uma parte falando da minha volta, e outra parte falando sobre o estudo que comprova "Não viemos do macaco".

Geral perplexo.

Ainda mais que eu participei desse estudo.

Sim, eu estava lá!

Eles não tem noção de como isso está certo.

Só fiquei observando os comentários, gente fazendo meme, normal.

Melhor forma de reagir, fazendo piada.

Outros dizem que é mentira, também é normal, tem pessoas que acreditam que a Terra é plana.

Não duvido de nada.

Desliguei o celular, hora de focar no Jungkook.

Foquei tanto nele que aceitei ir caminhar com ele.

Mentiroso, era correr.

Correu sozinho, eu ficava caminhando atrás com os seguranças seguindo com o carro.

Ele lá na frente, aí voltava, caminhava um pouco comigo e corria de novo.

Não tenho porte físico para correr, apenas caminhar, e devagar para eu não cansar.

Como eu fui com ele, teve que fazer algo comigo, escolhi yoga, sofreu muito.

— Vai amor, uma perna só. — ele lutando contra a falta de equilíbrio no corpo.

— Isso não é de Deus. — falou.

— Verdade, é Buda.

Finalmente conseguiu, aí fomos para a próxima posição.

— Vira sua bunda para lá, gatinho, ou não vai terminar bem. — safado!

Mal se recuperou, pensando em sexo.

Todos os dias por duas semanas nós caminhamos/corremos, e fizemos yoga.

No décimo quinto dia eu já conseguia correr um minuto, apenas, mais que isso eu fico com falta de ar, coisa que não pode acontecer.

Então mais caminho, olhando ele correr.

Uma fã chegou a gravar.

"O Jimin não aguenta correr, então ele fica caminhando, o Jungkook corre na frente, depois volta para acompanhar o ritmo do namorado, são tão fofos!"

Achei ofensivo o "não aguenta", eu não posso, é diferente.

Cada coisa.

A forma que o Jungkook está recuperando tudo que perdeu me assusta, ele simplesmente dormiu magro e acordou com músculos.

Exagerei.

É que foi rápido demais.

Tomou bomba, certeza.

Mas não, teria outros sinais.

Deve ser o tipo de corpo dele, ou ter sido alfa, um desses.

Porque eu, ganhar músculo é um sofrimento, mas gordura, o carrinho de cachorro-quente passou do meu lado, engordo um quilo.

Mundo injusto!

Falta duas semanas para o Natal, Antonietta está a todo vapor se preparando, vamos para uma chácara.

Jungkook disse que meu presente já está comprado.

Pois eu não faço ideia de que presente dar.

— Amor, sua avó por parte de pai, vem no Natal? — perguntei.

— Não, graças a Deus. — queria conhecer ela. — Ela veio enquanto você estava fora, e só Jun-ho lidou com a velha.

— Não fala assim da sua avó. — tadinha.  — E ela vai ficar com quem no Natal?

— Sozinha, o irmão do meu pai vai viajar com a esposa e os filhos. — nossa.

— Seu pai não vai chamar ela? — perguntei.

— Ele não sabe, só eu e Jun-ho sabemos. — olha que netos terríveis ela tem.

— Pois se vocês fossem meus netos, também implicaria, dois atentados. — ele riu.

Ria mesmo, panaca.

— Ana te ligou. — informei. — Perguntou quando você volta para o apartamento e se ela já pode entrar de férias.

— Vou ligar para ela. — pegou o celular, fiquei prestando atenção.

Ela atendeu.

— Oi Ana! — conversou as coisas superficiais. — Após o ano novo eu volto.

Já?

— E pode ir curtir suas férias Ana, até o ano que vem!

Logo ele desligou.

— Falar para a Lisa depositar as férias da Ana. — mandou mensagem. — Amanhã eu vou no hotel ver as preparações para o Natal, primeira vez após tanto tempo, que o Hoseok não tenha transformado em um prostíbulo.

Eu ri e depois pensei, o que é prostíbulo?

— Cabaré, gatinho. — viu a confusão no meu rosto, ah. — Como você ri sem entender?

— A palavra foi engraçada. — ele negou.

Liguei a televisão, quero assistir um filme.

Estava passando um desenho, pulei o canal, comercial, assisti para ver do que se tratava.

Papel higiênico, a história me prendeu. Até que eu chorei por causa da história.

— Gatinho, está chorando? — perguntou.

— O senhor papel morreu, amor. — ele negou, mas me consolou.

— Você está mais emotivo ultimamente. — não, ele ainda não percebeu. — Certeza que não tem nada?

— Já disse que fui ao médico, não encontraram nenhum problema. — devagar demais.

Antonietta tem razão, ele é igual ao pai.

Lerdo!

— Mas você está vomitando menos. — por que será? — Deve estar melhorando, gatinho.

Meu Deus!

Tô perplexo com ele.

— Amor, você descobriu que estava sendo traído por causa da gravidez ou antes? — perguntei. — Afinal você já era operado.

— Ela disse que isso podia acontecer, mas eu já estava desconfiado das traições. — e realmente pode.

Eu evito ao máximo passar mal na frente de outras pessoas, para ninguém perceber antes do Jungkook.

Apenas o Jin, Tae, e meu pai.

O Jin porque não pode falar para ninguém, o Tae porque eu o mato se ele contar, e meu pai sabe guardar segredo.

Escondeu durante minha vida que é gay, esse segredo é mais fácil.

Finalmente achei um filme, e comecei a assistir, no meio eu dormi.

Cansado né? Fazer nada me cansou.

Como já era noite, eu só acordei no outro dia. Sei que tentaram me acordar para jantar, mas a cama estava tão gostosa que eu recusei.

Tive que levantar cedo, porque minha agenda estava cheia, gravações para o Natal.

Meu primeiro compromisso foi terapia, tenho feito sem falta, está me ajudando muito.

Ainda não mostrei sinais de lembrar a infância, mas estou achando bom, não quero ter uma crise.

Após a terapia eu fui para a empresa, gravar desejando "Feliz Natal" e "Boas festas", tudo para as redes sociais da empresa.

Depois eu fui gravar para as marcas que sou embaixador, devo ter feito uns cinco tipo de maquiagem hoje, vesti várias roupas.

— O que você tem usado para manter o loiro Jimin? — Jin perguntou.

— Vegano, tudo vegano, mas consegui achar algo não tóxico. — é muito caro, porém vale a pena.

Quando voltamos para casa, fiquei assistindo vídeos, blogueiras fazendo pegadinha com maridos ou namorados.

Vou fazer com o Jungkook, será que ele acredita?

Assim que cheguei em casa comecei a gravar.

— Ele está deitado na cama, provavelmente. — falei subindo as escadas.

Entrei no quarto.

— Oi, amor! — está assistindo.

— Oi, gatinho! Foi tudo bem? — confirmei.

— Pode desligar a televisão por uns minutos, tenho que gravar um vídeo. — ele desligou.

Fui até o closet.

— Eu vou montar uma caixa com produtos que já tenho e falar um preço exorbitante, mas duvido que ele acredite. — peguei uma caixa e coloquei alguns.

Voltei ao quarto, coloquei a caixa em cima da cama, fui buscar o tripé. Coloquei o celular, de um jeito que ele vai aparecer no fundo.

Está mexendo no celular.

— Oi anjinhos! Como eu prometi, hoje vim mostrar para vocês os produtos que usei no último vídeo de skin Care, e também falar os valores. — teve um vídeo, mas os produtos estavam todos na descrição.

Ele sabe? Não.

— Começando pelo hidratante. — mostrei. — Esse aqui custou mil dólares.

Nenhuma reação.

— Super recomendo. — ele pleno. — O próximo é uma máscara, dois mil dólares.

Vou ter que aumentar mais o preço.

— Agora esse aqui foi bem caro. — mostrei na tela. — Tá focando? — focou. — Cinco mil dólares.

Tá de brincadeira? Não vai falar nada?

— Então anjinhos, eu mesmo que paguei por esses produtos...

— Gatinho, por que não usou meu cartão? — finalmente.

— Amor, qual o problema?

— Você não precisa gastar seu dinheiro.

— Por que? Achou caro? — perguntei.

— Não, só não quero que gaste seu dinheiro, use o cartão que eu te dei, é para você guardar o seu e usar em algo mais importante. — obrigado por esse macho rico, Deus!

Comecei a rir.

— É brincadeira amor, não comprei esses produtos, era só para fazer pegadinha com você. — expliquei. — Os outros costumam surtar com o preço.

— Por que, está caro? — eu amo ele.

— Sim, amor, muito caro.

— Não achei. — rico com força.

— Te amo!

— Te amo, mais! — perfeito.

— Anjinhos, a pegadinha não funciona se seu namorado for o homem mais rico da Coréia.

Desliguei a câmera, postei no Instagram.

— Gatinho. — olhei para ele. — Você pode ir em um lugar comigo?

— Posso. — onde?

— Vou me trocar e nós vamos. — ele foi para o closet.

Eu fiquei curioso.

Após cinco minutos nós saímos de casa, ele dirigindo.

— Meu pai saiu com a sua mãe de novo? — perguntei.

— Sim, seu pai é o primeiro amigo que minha mãe tem, então onde ela for vai levar ele. — contou.

— É recíproco. — meu pai também não tinha amizade com ninguém.

No caminho paramos em uma floricultura, já imagino onde estamos indo.

Comprou rosas brancas, eu fiquei segurando.

E estava certo.

Pegou em minha mão, fomos caminhando, passando por várias lápides. Nós paramos em uma branquinha, ao lado de uma grande árvore, por conta do inverno, está sem folha nenhuma.

"Amélie Jeon", o nome, "Aqui descansa minha Princesse".

Ele colocou as flores próximas à lápide.

— Oi princesse! Hoje eu trouxe alguém que você deveria ter conhecido. — logo eu choro. — Ele é o homem que teria sido um excelente pai para você!

Uma lágrima escorreu, limpei.

— Posso? — confirmou, respirei muito fundo. — Oi Amélie! Eu sou o Jimin, namorado do seu pai, teria adorado te conhecer pequena. — segurando as lágrimas. — Prometo que vou cuidar bem do seu pai, e fazer ele muito feliz.

Abaixei para ficar mais perto.

— E você terá uma irmãzinha ou irmãozinho, mas não conta para ele. — sussurrei, sentindo que ela estava ouvindo. — Tchau, Amélie!

Joguei um beijo no ar.

Levantei.

— Te espero no carro amor. — deixei ele.

Indo para o carro as lágrimas rolaram, a vida não foi justa com ele e com a Amélie.

Fiquei dentro do carro esperando ele, estava apenas divagando sobre tudo.

Ele entrou no carro, colocou o cinto.

— Obrigado por me trazer aqui. — falei.

— Obrigado por ser perfeito! — pegou minha mão, beijou. — Eu te amo!

— Eu te amo duas vezes mais.

— Não gatinho, eu te amo mais. — desisto.

— Tá amor, você me ama mais.

Nós voltamos para casa, a primeira coisa que fiz foi tomar banho, estava congelando.

Vesti uma roupa bem quente, desci para ver o almoço.

Jungkook está tomando banho agora.

Olhei na geladeira, tá de brincadeira? Fui na dispensa.

Não.

Tem que fazer compra.

Tá um gelo lá fora.

Eu tive que colocar as caixas de areia aqui dentro, porque os gatos se recusam a sair.

Gato odeia frio e odeia calor.

Precisei comprar uma cama com aquecedor, e os dois passam o dia lá.

Menos.

— Meus filhos, até o petisco de vocês acabou. — miaram indignados. — Papai não viu.

— Que foi, gatinho? — perguntou.

— Preciso fazer compra, até o petisco dos gatos acabou. — ele olhou lá fora. — É, nesse frio.

Nós dois subimos para trocar de roupa.

Eu vesti meia calça grossa e calça branca de alfaiataria, blusa de lã gola alta, um sobretudo, tudo branco, assim como o sapato.

Luvas por último.

— Vamos anjo.

Mais uma vez saímos de casa, fiquei fazendo a lista dentro do carro.

Ele abriu a porta do carro quando chegamos no mercado, que frio!

Entramos rápido.

Duas horas para comprar tudo, eu com minha barriga doendo, tô com fome!

Fizemos uma parada, ele saiu sozinho, e voltou vinte minutos depois.

— Comprei comida, sua barriguinha não está parecendo que vai aguentar muito tempo. — não mesmo.

Então seguimos para casa, ajudei a levar as sacolas, não todas, porque ele não deixou.

Arrumei a mesa, tirei a comida da embalagem e coloquei em bowls maiores.

Sentamos, comer, enfim.

Ele serviu vinho para ele, e para mim.

De novo não, toda vez tenho que jogar na planta, as plantas do meu pai estão todas bêbadas.

Ele colocou três vasos na sala de jantar, eu jogo o vinho nelas.

Na hora que o Jungkook distrai eu jogo, mas aos poucos, porque uma vez foi tudo de uma vez, ele pensou que eu queria mais e encheu a taça de novo.

Nós almoçamos, comi duas vezes, a fome que estava, teria comido até três, mas não quero passar mal.

Coloquei a louça na máquina, não vou mexer com água hoje, tem água quente na torneira, mas eu me recuso.

Jeon me ajudou a guardar tudo, organizei como gosto.

Café e Chocolate apareceram, dei petisco puro para eles, até o final do inverno estão acima do peso.

Ainda mais que castrei os dois, foi engraçado eles procurando o que deixamos lá no veterinário, Café me ignorou por dois dias.

Chocolate é mais de boa, nem ligou.

Subimos para descansar, vesti roupa de ficar em casa e deitei.

Cansei!

Primeiro atualizei minhas redes sociais, postei os vídeos que gravei fazendo compra.

Li os comentários do vídeo da pegadinha, ri da maioria.

"O Jungkook preocupado que o Jimin tenha gastado do próprio dinheiro, não com o preço, e tem gente que aceita o marido gritando".

Eu vi esse vídeo, fiquei desconfortável, Jungkook nunca gritou comigo.

— O que está vendo, gatinho? — sentou do meu lado, embaixo da coberta.

— Os comentários da pegadinha que fiz com você. — li para ele.

— Então ninguém agiu como eu? — isso. — Que vídeo é esse que o marido grita?

Procurei e mostrei para ele.

— Nossa, e ela ri? — pois é. — E ele gritou por causa de cem dólares?

Talvez possa pensar, "Mas são pobres", não, ela tem dez milhões de seguidores, e mais dez no YouTube.

Pobre não é.

Um cara pobre eu entendo surtar com o valor, mas gritar, desnecessário.

— Logo ele está gritando em outras situações, e ela não vai mais achar engraçado. — concordo amor.

Nós dormimos juntos, nenhum quis ficar acordado, os gatos se juntaram, e completamente embaixo da coberta.

Estão com frio, tadinhos.

[...]

Estamos na semana do Natal, e com isso, é hora de ir para a Chácara.

— Amor, já colocou os gatos no carro? — perguntei.

— Só o Chocolate, o Café se recusa a colocar a coleira. — difícil viu.

Eu fui atrás dele, fiz armadilha, coloquei petisco e o besta foi comer. Pisou em cima dos dois buracos da coleira, consegui colocar nele.

— Te peguei fujão. — saí de casa e entreguei para o Jungkook.

— Não morde Café, foi seu outro pai que te colocou na coleira. — tranquei a casa.

Eu entrei no carro, Jungkook está colocando o Café no banco de trás com o Chocolate.

Chocolate é um anjo, está dormindo já, enquanto Café mia e tenta fugir.

— Cadê a erva de gato? — perguntou.

— Na bolsa deles. — ele pegou a bolinha e deu ao Café.

— Gato maconheiro. — finalmente ficou quieto.

Fechou a porta, entrou na frente, colocou o cinto e ligou o carro.

— Nós vamos chegar lá que horas? — questionei, tô pintando minhas unhas, vermelho e branco, bem natalino.

— Agora são oito? — confirmei. — Meio-dia se não pegar trânsito.

— Longe. — conectei minha playlist no carro, uma musiquinha. — O Hobi vai?

— Sim, os pais dele viajaram para a casa da irmã, ele poderia ter ido, mas não quis gastar, mão de vaca. — ah. — E o Tae também ficou, então.

— Os pais do Tae também viajaram com a caçula, vão ficar em Tokyo até o ano novo. — Tae preferiu não ir. — Ele disse que era bom os pais darem total atenção à menina, esse é o primeiro Natal normal na vida dela.

— Faz sentido. — sim. — As meninas vão?

— Sim, mas a Bea vai viajar dia 26, Maldivas.

— Com a Jennifer? — confirmei. — Jasmin não vai para o Brasil?

— Só no ano novo, ir apresentar seu irmão para a família dela. — a bichinha está surtando com medo da família assustar o namorado.

— Kamila vai?

— Não, disse que os pais dela virão para cá no ano novo. — cada uma deu seu jeito de ver a família.

Menos a Bea, ela não quer ver.

Mas também, ela dormiu com a noiva do irmão, o clima que ia ser.

Eu e o Jungkook fomos fofocando boa parte do caminho, a outra parte eu estava comendo.

Apenas uma parada para os gatos usarem o banheiro, e eu também.

Eu limpei eles com lenço umedecido para não sujar o carro.

— Que chácara enorme! — falei olhando.

— Casa de campo, gatinho. — ricos.

Ele estacionou no estacionamento coberto, coloquei minhas luvas antes de sair.

— Gatinho apressado, eu ia abrir a porta do carro. — difícil.

Entrei de novo, ele abriu a porta do carro e me deu a mão para descer.

— Obrigado, cavalheiro. — agradeci.

Eu peguei os gatos, e ele nossas malas.

Cada um com o que aguenta carregar.

Descemos até a casa, porque viemos pela frente, mas se for a outra entrada, terá que subir.

— Vocês chegaram. — Giordana, irmã da Antonietta. — Bom te rever, Jimin.

— Bom ver a senhora, também. — falei sorrindo.

Café e Chocolate acuados no meu colo, com medo.

— Vou levar vocês até o quarto que a Antonietta separou. — nós subimos, e ela falando comigo. — É aqui.

Abriu a porta, tem uma plaquinha, Jungkook e Jimin.

O quarto é enorme, Antonietta exagerou quase nada.

— Obrigado tia! — Jungkook agradeceu.

— Se precisarem de algo, estamos na cozinha. — fechou a porta.

— Sua mãe exagerou. — falei.

— Conta uma novidade. — quer mesmo uma fortíssima?

Coloquei os gatos na cama, amassaram pãozinho, dormiram.

Lindos!

Fui olhar as portas, têm dois banheiros no quarto, um ela separou para os bichinhos, as caixas de areia prontinha para serem usadas.

No outro é para eu e o Jungkook, têm duas duchas.

Tudo aqui é duplicado?

A terceira porta é um closet mediano.

— Amor, traz as malas, por favor. — me ajudou a organizar, fica mais fácil.

Resolvi tomar um banho para descansar da viagem, escovei meus dentes. Já trouxe a roupa, porque nessas duas últimas semanas, minha barriga deu sinal.

Então além de tudo, tenho que evitar o Jungkook me ver sem roupa.

Não fizeram sexo? Sim, com a luz apagada.

Calça jeans e blusa de lã vermelha, três números a mais, para não ficar colada.

Saí do banheiro, Jungkook está sentado na cama, com um conjunto moletom verde-escuro.

Passei creme nos pés antes de calçar a meia e chinelo.

— O almoço está pronto, amor? — perguntei.

— Sim, vamos? — confirmei. — Alimentei os dois dorminhocos.

Nem dormem direito os coitados.

Saímos do quarto, segurou minha mão, descemos até o primeiro andar.

Ele me levou para a sala de jantar.

A grande maioria já está sentado.

Que vergonha!

Meu pai já está aqui, ele veio com a Antonietta.

— Gatinho, esse é o meu tio que mora no Canadá, Giovanni. — um homem alto, de olhos claros.

— Prazer te conhecer, Jimin! Todos falam muito bem de você. — apertei sua mão.

— Prazer! — ele parece a Antonietta.

— E quem é ele, tio? — outro homem, é mais novo, um pouquinho maior que eu.

— Namorado do seu tio, acredita nisso? Ele estava o escondendo de nós. — Antonietta falou.

— Eu não estava escondendo, mas se já ia nos ver no Natal, por que eu viria antes? — perguntou. — Spencer, esse é o meu sobrinho mais velho Jeon Jungkook, e o namorado Park Jimin.

Sabe bastante de mim, mesmo.

— Meninos, esse é o meu namorado Spencer Wilkes. — nome de rico.

— Prazer, Giovanni falou muito de você Jungkook, e todos falam de você Jimin. — ser amado é difícil.

— O prazer é nosso. — falei.

Tô doidinho para perguntar a idade dele.

— Giovanni fez igual Jungkook e Caterina, direto no novinho. — isso, entreguem a idade dele.

— Mãe, eu tô aqui. — Caterina falou.

— Spencer não é tão mais novo.

— Só quinze anos. — eu e o Jungkook é catorze.

— Senta gatinho. — puxou a cadeira para mim, sentei e ele ao meu lado.

— Quantos anos seu tio tem? — sussurrei para o Jungkook.

— Se ele é mais novo que minha mãe. — fez as contas. — Tem cinquenta.

— Nossa, o que sua família toma para não parecer ser mais velho? — ele riu. — E você também está tomando, eu sei que está.

Nunca que eu iria pensar que ele tem cinquenta, quarenta no máximo.

— O Spencer tem sua idade, amor. — falei.

— É mesmo né. — percebeu agora.

Lerdo com força.

Toda minha lerdeza passou para ele.

— Kamila se perdeu na casa. — Caterina falou e levantou, procurar a namorada.

— Ela avisou para colocar rastreador nela, Caterina pensou que era piada. — Carmela comentou.

Voltou alguns minutos depois com a brasileira, que reclamava de ter a perdido.

— Aquele é meu tio Giovanni e o namorado, Spencer. — Caterina apresentou. — Minha namorada, Kamila.

— Prazer! — falou.

— Prazer! — os dois.

— Todos meus sobrinhos mais velhos tem bom gosto, porque antes.

— É mesmo né, Caterina já me apresentou uma que eu jurava "Perdeu aposta para quem filha", agora está com esse anjo que é a Kamila.

Kamilla está encolhendo de vergonha.

— Mãe.

— Que foi? Fica chamando e não fala nada.

— Graças a Deus, meus meninos escolheram bem com quem sossegar, muita oração, porque só Deus para colocar o Jimin na vida do Jungkook e a Jasmin na do Jun-ho. — também te amo sogra!

Ah, e a nona italiana está na ponta da mesa tricotando.

— Pois agora eu tô orando pela Carmela, menina que não sossega. — a citada se fazendo enquanto bebe vinho.

— Você não estava ficando com o Yoongi? — perguntei para ela.

— Estava, mas ele ainda não superou um certo alguém, e eu não fico com uma pessoa por muito tempo. — levou um peteleco da mãe.

— Pois deveria.

— Viu gatinho? Aquele branquelo aguado ainda não te superou. — Jungkook com ciúmes.

— Calma amor, eu só amo você. — vocês*.

— Giordana, cadê os clones? — quem?

Ela assobiou, dois meninos idênticos entraram na sala de jantar.

Pararam bem do meu lado.

— Oi Jimin! — eles falam juntos. — Tira uma foto com a gente?

— Claro. — tirei a foto com eles.

— Obrigado Jimin. — e correram até a mãe.

— Não sabia que sua tia tinha gêmeos. — comentei com o Jungkook.

— Ela tem, são terríveis. — parece mesmo.

— Pronto, todos dando as mãos. — agradecer pela comida.

A nona que agradeceu, não entendi nada.

— Não entendi. — resmunguei.

— Também não. — Spencer falou. — Você não fala italiano?

— Não, você também não? — negou.

Durante o almoço eu conversei com ele, muito legal.

E eu estava certo, ele é rico.

Herdeiro.

Quando serviram a sobremesa, eu só fiquei esperando pela torta, assim que eu vi, peguei um pedaço.

— Amor, posso ir para o quarto? — tô ficando enjoado.

— Quer que eu vá com você? — perguntou.

— Não, pode ficar e conversar. — deve fazer tempo que não reúne a família inteira.

— Licença. — levantei, e saí com meu pedaço de torta.

Estava na escada quando Kamila me alcançou.

— O Tae vai chegar quando? — perguntou.

— Pior que não sei, apenas que ele vem com o Hobi. — respondi.

— Você está bem? — confirmei.

— Por que?

— Está evitando respirar muito. — perfume doce.

— Tô não. — me olhou desconfiada.

— Sei, tô de olho mocinho. — desceu e eu terminei de subir.

Entrei no quarto, deixei o prato na mesa de cabeceira e fui para o banheiro.

Eu já estava enjoado, aí veio o perfume doce, acabou com tudo.

Ainda bem que já está acabando, falta pouquinho.

Dei descarga, escovei os dentes antes de voltar ao quarto.

Me sentei na cama, embaixo do edredom, liguei a televisão em um filme natalino. Agora posso comer a torta, bem confortável.

Passou meia hora de filme, o Jungkook entrou.

— Não quis conversar mais? — perguntei.

— Prefiro ficar com você. — me ama demais.

Foi para o banheiro escovar os dentes, voltou e sentou perto de mim.

Café e Chocolate estão na cama deles, improvisada, porque o Jungkook ainda não tirou do carro.

São dois travesseiros com a coberta térmica, e o chão tem aquecedor, não ficam com frio.

— Por que está comendo tão devagar, gatinho? — perguntou.

— Para não acabar rápido, tenho preguiça de descer para pegar mais. — é longe.

— Eu pego mais para você. — encerrei o pedaço em cinco minutos.

Ele foi pegar mais para mim, não demorou.

— Obrigado amor! — delícia.

— Por nada gatinho. — assisti enquanto terminava o pedaço de torta. — As meninas estão fazendo bonecos de neve. — comentou quando terminei.

— Tô fora, odeio sentir frio. — levantei e fui escovar os dentes, passei creme no rosto.

Nasceu uma espinha entre minha testa e cabelo, preciso lavar o cabelo.

Peguei os produtos.

— Amor, me ajuda aqui. — entrou no banheiro. — Lava meu cabelo?

— Lavo. — usou o chuveiro da banheira, eu estou sentado encostado nela, uma toalha nos ombros, e ele lavando enquanto eu fico tagarelando.

— Sabia que eu fui convidado para o desfile da CHANNEL? É em Paris.

— Quando você vai?

— Ainda não aceitei, e não sei se irei. — preguiça.

— Pensei que por você ser embaixador era obrigatório. — até parece.

— Não. — olhei minhas unhas, estão bonitas. — Você vai comigo?

— Quando é? — perguntou.

— Na próxima semana. — respondi. — Tinham me convidado para desfilar aqui na Coréia.

— Recusou?

— Sim, não sou modelo, eu sou blogueiro, Youtuber e cantor, mas modelo não. — cada um com seu trabalho. — E se eu aceito, tiro lugar de alguém que realmente sabe fazer aquilo.

— Verdade gatinho. — eu sei.

— Também me chamaram pelos números de seguidores que eu tenho, isso iria atrair as pessoas, puro interesse. — porque a marca está decaindo.

— Terminei gatinho. — ele me ajudou a levantar.

Saímos do banheiro, eu sentei na cama, ele tirou o excesso de água do meu cabelo, passou o secador após o protetor térmico. Eu mesmo passei chapinha, vai que ele queima minha testa.

Já tô com uma espinha, não preciso de uma marca de queimado.

Ao terminar passei mais dois produtos, sedoso e macio.

Coloquei um adesivo na espinha, para ela secar.

— Vem ver, gatinho. — ele está na sacada.

— Tá esfriando aqui, amor. — saí. — O quê?

— Olha ali. — para baixo.

As meninas com seus bonecos de neve, Kamila vestindo roupa no dela, Jasmin obrigando Jun-ho segurar a cabeça do boneco enquanto ela termina o corpo.

Bea já terminou o dela, está tirando foto do boneco.

— Nunca tinham visto neve, né? — Jungkook me perguntou.

— Onde elas moravam no Brasil não tem neve, só no sul. — respondi.

— Está explicado. — sim.

Os gêmeos se aproximaram delas, cada um pegou o braço do boneco, bem o da Kamila.

— Devolvam o braço do meu boneco, crianças encapetadas. — ela correndo atrás deles.

— Quantos anos eles têm?

— Treze.

— Kamila. — olhou para cima. — Eles têm treze anos.

— Não são crianças, que maravilha! — ela pegou dois copos de plástico, encheu de neve e atacou neles.

Caíram de cara na neve.

— Bem-feito! — ouvimos a mãe deles gritando.

— Dois terroristas. — Jungkook descreveu.

— Calúnia amor, são anjos. — ele riu. — Só não os de Deus.

Voltei para dentro do quarto, que frio!

Deitei na cama, coloquei minha luvas, bem melhor.

— Amor, fecha essa porta. — ele entrou e fechou. — Muito frio!

— Gatinho friorento. — sou. — Eu vou ir pegar o restante das coisas dos gatos.

— Boa sorte!

Trouxe a caminha deles, o comedouro automático e o bebedouro.

Colocou água mineral, ligou na tomada, gatos mimados.

— Vai dormir, gatinho? — neguei. — Tem certeza? Você está bocejando e os seus olhos estão menores.

— Então vou tirar a calça jeans. — coloquei uma calça de flanela branca, mais confortável, e não aperta a barriga.

Deitei na cama, Jungkook está sentado do meu lado, mexendo no MacBook.

— Trabalhando? — perguntei.

— Sim, Lisa me mandou uns documentos. — nem na semana do Natal ele para.

Apesar que ficou quase um mês sem trabalhar, com Hoseok e Jun-ho em seu lugar, porque ele se isolou, assim como eu.

— Bom trabalho para você. — me cobri todo.

— Bom sono gatinho friorento. — beijou minha testa.

Dormi rapidinho, nenhum sonho ou pesadelo, nada para atrapalhar um sono tranquilo.

Só acordei porque me acordaram.

Odeio isso.

— Jimin. — abri os olhos, quarto claro, cobri a cabeça. — Jimin.

— Ele vai te bater. — ouvi a voz da Kamila.

— Vai não. — coloquei a mão para fora e belisco o Tae.

Sem o que fazer.

— Isso doeu, pouca sombra. — tirei a coberta da cabeça, abri os olhos.

— O que fazem no meu quarto? — perguntei.

— Aproveitamos que o Jungkook saiu para vir encher seu saco. — nem notei. — E trazer seu jantar.

— Onde o Jungkook foi? — sentei na cama, passei a mão no cabelo.

— Jimin acorda bonito, incrível. — Kamila elogiando.

— Obrigado, Kami! — agradeci.

— Foi ele e o Jun-ho na cidade, sua sogra pediu algo, e o seu sogro fez que tava dormindo para não ir, os maridos das irmãs se enfiaram no celeiro fugindo. — meu Deus. — Sobrou os filhos de vítima.

— E o Hoseok? — perguntei.

— Está dormindo de verdade, ele cansou da viagem. — ah tá.

— O Giovanni?

— No celeiro com os cunhados, mas não vai durar, Spencer está atrás dele. — pai amado.

— Ele está sendo caçado, Spencer tá putasso. — Kamila sentou na cama. — Cansei de ficar em pé.

— O que ele fez? — peguei meu jantar.

— A ex do Giovanni estava aqui. — perdi barraco.

— Antonietta teve que ser segurada, ela ia bater na mulher Jimin. — tô chocado. — E até agora não se sabe quem chamou a ex.

— Olha, eu tenho uma suspeita. — falei.

— Quem? — perguntaram juntos.

— Os adolescentes terríveis.

— Não duvido daqueles dois. — Kamila falou. — Roubaram o braço do meu boneco de neve.

— Faz sentido, eles estavam rindo na hora do barraco. — Tae acrescentou. — Vou ir contar.

Eu vou junto.

Levantei, calcei o chinelo e nós saímos do quarto.

Vou assistir um barraco comendo, perfeito!

Descemos, as mulheres na sala, conversando sobre o ocorrido, os gêmeos jogando.

— Licença, desculpa interromper a conversa. — Tae começou. — Mas é fácil descobrir quem convidou, só olhar o celular de todo mundo.

— Excelente ideia, Tae. — Antonietta apoiou. — Kamila, recolhe os celulares.

Os homens que estavam escondidos, tiveram que voltar e entregar o celular.

— Não vai pegar nosso celular. — as duas feras negando.

— Ou entrega o celular, ou fica sem ele até os dezoito anos. — cinco anos sem celular, se eu fosse vocês entregava.

— Droga. — entregaram.

Tae ajudou Kamila a olhar os celulares dos gêmeos por último.

— Foi eles. — apontou os dois, Giordana olhou os celulares.

— Ragazzi, allontanatevi dalla mia vista o vi spacco quei cellulari in testa! Sai cosa, sto per rompermi. (Vocês sumam da minha frente ou eu quero esses celulares nas vossas cabeças! Quer saber, eu vou quebrar.) — ficou brava mesmo.

Não entendi nada, mas quebrou os celulares no meio.

Puta que pariu.

Ela grudou na orelha dos dois e subiu com eles.

— Sabia que tinha sido eles. — falei.

— Vão ficar de castigo até a próxima reencarnação, tia Giordana é brava. — Carmela falou.

Percebi quando ela partiu dois celulares.

— Ih tio, será que sobra para o senhor? — Caterina perguntou para o marido da tia.

— Com certeza, vou dormir com os cavalos hoje. — ele subiu.

— Viu que não fui eu que convidei ela? — Giovanni falando com o Spencer.

— Sorte sua, ou voltava para o Canadá solteiro. — te entendo.

— Apoio. — Antonietta, Fiorella, e Donatella do lado do Spencer.

— Vocês ficam do meu lado, e não contra mim. — elas discordam.

— Mãe, o que a senhora pediu. — Jun-ho entrou. — Cadê a Jasmin?

— Ajudando a Bea decorar a árvore. — Kamila respondeu.

— Cadê o Jungkook? — perguntei ao Jun-ho.

— Oh droga, você tá acordado. — ele saiu. — Jungkook seu gatinho está aqui na sala.

Qual o problema?

— Ele falou para você subir. — não movi um músculo. — Por favor Jimin, é em mim que ele vai descontar se não subir.

— Tô de olho nele. — subi contra a minha vontade.

Fiquei no quarto terminando de comer, assistindo desenho.

— Gatinho. — olhei para ele, fechou a porta.

— Por que me colocou para subir? — perguntei.

— Surpresa.

Chato!

Ele que levou meu prato, e eu fui tomar banho. Escovei os dentes, limpei os furos, um creme na pele para ficar bem hidratada e macia.

Saí todo vestido, está na cama.

— Você deu comida para os gatos? — confirmou.

Estão brincando com uma pena, onde eles acharam isso?

Deitei na cama, tomei banho e fiquei cansado.

— Você estava aqui quando aconteceu o barraco? — perguntei.

— Sim.

— Então me conta com detalhes. — quero saber tudo.

— Essa ex é maluca, perseguia meu tio, ameaçava se matar se ele terminasse, doida. — completa. — Ele só conseguiu acabar o relacionamento quando mudou escondido para o Canadá, deixando uma carta "Terminamos", ela enlouqueceu que foi parar no hospício.

Realmente não está bem.

— Faz três anos que eles terminaram, mas nesses três anos, ela ficava indo atrás das minhas tias para descobrir onde ele estava, minha mãe com a pouca paciência que tem, ameaçou ela, aí sumiu. — interessante. — Hoje ela apareceu, como se nada tivesse acontecido.

— Por que sua mãe quis bater nela?

— Porque ela chamou minha mãe de endemoniada, filha da puta, etc... — estressou a Antonietta. — Meu pai a segurou a tempo, se tivesse bobeado ela iria acabar com a maluca.

— Com razão, minha sogra não é endemoniada. — uma santa!

— E quem chamou ela?

— Você não vai acertar nunca. — dei uma chance e ele errou. — Seus priminhos.

— Tinha que ser os terroristas. — com certeza. — Minha tia fez o quê?

— Quebrou os celulares deles no meio, e subiu puxando os dois pela orelha.

— Certeza que vão ficar de castigo por um longo tempo. — não tenha dúvidas disso.

— Sua tia Donatella não tem filhos? — perguntei.

— Tem uma filha de dezoito anos. — respondeu. — Vai chegar amanhã, ela estuda na Austrália.

— Corajosa. — não piso lá nem se pagar.

Mais bicho que gente.

E venenosos.

— É para ser bióloga, gatinho. — agora fez mais sentido.

Bateram à porta, Jungkook falou para entrar.

Kamila só apontou a cabeça dentro do quarto.

— Viram o pompom? — olhei meus gatos.

Estão sentados, olhando o gato da Kamila dormindo na cama deles.

— Ali.

— Pompom sem vergonha, você tem cama. — entrou e pegou o gato. — Desculpa aí, está fazendo drama porque a Caterina não deixou ele morder ela.

— Tudo bem. — saiu do quarto. — Como ele entrou aqui?

— É gato, não tenta entender. — Jungkook nem se esforçou.

— Então ela só tem uma filha?

— Sim.

— E seu tio não tem? — negou. — Então quem são os sobrinhos que sua mãe não gosta?

— Filhos do meu tio por parte de pai. — ah. — Foram muito mimados, agora são insuportáveis.

Imagino.

Continuamos conversando até eu cair no sono.

Aí só fui acordar no dia seguinte, dias de neve me deixam com uma preguiça, não tenho vontade de fazer nada, apenas me fundir com a cama.

Mas desci, porque é chato eu vir aqui e ficar o dia inteiro deitado.

Tomamos café todos juntos.

Eu demorei mais, ainda comia meu pedaço de bolo quando uma moça bonita entrou acompanhada de outra menina.

— Buongiorno, famiglia! — falou.

É "bom dia", se não estou enganado.

— Essa aqui é minha amiga, Emily, ela estuda comigo. — finalmente inglês, cumprimentaram a amiga dela.

Amiga?

Mentir para mentiroso?

Foi automático, eu e meus amigos se olharem com aquela cara "Amigas nada".

— Oi! — falou tímida.

Sou desse jeito se não conheço as pessoas.

— Você é a Kamila, namorada da minha prima. — falou com a Kamila. — Prazer te conhecer.

— Eu mesma, prazer também.

— Jasmin, namorada do Jun-ho. — minha amiga parou de beber o suco para falar com ela. — Beatriz, a vidente.

— Não sou vidente. — ela é sim.

— Isso que um vidente falaria. — concordo. — Taehyung, namorado do Hoseok

— Só Tae, prazer! — apertou a mão dela.

— Pai do Jimin, Ji-seok. — ele mesmo.

— Ser pai de famoso é assim. — vida difícil a sua pai.

— E Jimin, sou sua fã. — a mão dela tá tremendo. — Nem acreditei quando minha mãe falou, que você estava namorando o Jungkook, tudo que você faz eu acompanho.

— Obrigado por isso, anjinho. — desmaiou.

— Pai amado, não me faça essa vergonha. — a mãe dela falou.

— Ela está bem? — perguntei a amiga.

— Sim, ela realmente é muito sua fã. — eu percebi.

Ajudou a amiga a acordar.

— Posso te abraçar?

— Você vai desmaiar de novo? — negou.

Levantei e ela me abraçou.

— Que sorte, seu ídolo fazer parte da família. — Kamila falou.

— Deus tem seus preferidos. — Tae concordou.

E quem disse que soltou.

— Filha, solta o Jimin. — aí ela me largou.

— Como você é cheiroso, Jungkook sortudo.

— E eu posso sempre abraçar ele, beijar também. — Jungkook você tem quantos anos?

— Tia, olha o Jungkook.

— Jungkook, para de se exibir. — terrível.

— Pode tirar uma foto comigo? — confirmei.

A amiga dela tirou nossa foto.

— Ainda não acredito.

Ela está olhando a foto.

Sentei, terminar meu bolo.

— Agora ele, ninguém mandou nada, quem é? — perguntou sobre o Spencer.

— É namorado do seu tio. — ela chocada.

— O tio corta para os dois lados, babado! — né?

— Filha. — Donatella.

— Mas ele corta, mãe. — não mentiu. — Prazer, sou a sobrinha mais comportada, Pérola Romano.

Jungkook, Jun-ho, Caterina e Carmela rindo.

— Se você é comportada, os gêmeos são enviados por Deus. — Carmela falou.

— Ei, nós estamos quietos. — se defenderam.

— Prazer Pérola, sou o Spencer.

Eu ajudei a enfeitarem a sala que está árvore de Natal, fica no último andar.

Mas só no chão, não subi em escada nenhuma.

Uma vez quase que eu precisei subir, mas Tae tomou a frente e subiu no meu lugar.

Fiquei exausto.

Comi bastante no almoço, para recuperar minhas forças.

O Jungkook percebeu que eu estava cansado, me chamou para subir.

— Quero ficar lá embaixo. — falei.

— Mas gatinho, você não consegue ficar de olho aberto, está com sono. — e muito. — Dorme, eu fico aqui com você.

— Mesmo? — confirmou.

Ele deitou comigo, eu dormi.

Não sabia que podia dormir tanto, pelo menos não passei mal nenhuma vez hoje.

Quando consegui despertar, o quarto estava todo escuro. Jungkook está abraçado comigo, corpo quente do cacete.

Estiquei o braço para pegar meu celular, vi a hora, misericórdia.

É uma hora da manhã.

— Amor. — chamei ele e a lanterna ligada, no rosto dele.

— Hum.

— Tô com fome. — abriu os olhos. — Vamos comigo lá embaixo comer?

— Que horas são? — sobre isso.

— Uma hora. — respondi.

— E você quer comer agora? — exatamente. — Certeza gatinho?

— Fica quieto um minuto, amor, e presta atenção. — fez o que eu disse.

— Vamos gatinho esfomeado.

Obrigado!

Minha barriga já está falando "Me alimenta agora, ou eu te desmaio".

Nós levantamos, escovamos os dentes antes de sair. Descemos, ele segurando minha mão.

— Por que passou segurar minha mão quando descemos uma escada, amor? — perguntei sussurrando.

— Não sei, só quero ter certeza que não vai cair. — e eu pensando que ele tinha percebido.

Nunca caí, me empurraram.

Minha vida em casa não foi fácil, na escola também não.

Como eu tô vivo?

Nós fomos para a cozinha, é enorme. As luzes do primeiro andar estão todas acesas.

— O que vai comer, gatinho? — perguntou encostando na ilha.

— Algo que eu achar. — olhei na geladeira. — Sua avó deixou comida para mim.

— Deixou? — tirei e mostrei.

— Ela me ama. — graças a Deus todo mundo da família gosta de mim.

Até os clones terroristas.

Postaram a foto comigo, a legenda foi a melhor "Tenha primos que namorem famosos".

— Por que não esquenta no microondas? — perguntou.

— Tem? — apontou. — Não tinha visto.

Fica escondido, a avó do Jungkook colocou roupa de tricô no microondas.

Aí complica para eu ver.

Tirei a roupa dele, coloquei minha lasagna para esquentar.

Enchi um copo com suco de maracujá.

— Por que não pega refrigerante? — faz mal.

— Suco é melhor para ajudar a dormir. — não menti.

— O que estão fazendo aqui uma hora dessa? — Kamila perguntou sussurrando.

— Ele acordou com fome. — Jungkook respondeu sussurrando também.

— Porque não jantou. — exatamente.

— E o que você veio fazer aqui? — perguntei.

— Beber água. — pegou no filtro e bebeu. — Vocês não sabem o que eu descobri.

— O que? — sou curioso.

— Tae vai ter um bebê. — hein?

— Como você descobriu isso? — perguntei.

— Eu vi ele procurando e comprando roupas de bebê, e a frase da roupinha era "Papai de primeira viagem". — explicou.

Merda.

Eu vou bater no Taehyung.

Fui eu que pedi para ele comprar, porque meu cartão é do Jungkook, se comprar coisa de bebê ele vai saber.

— Você vai ser tio, amor. — mente mesmo, depois fica narigudo, não reclama.

Ass: Eu mesmo.

— E você também. — claro.

— Mas é melhor não espalhar, ficar só entre nós. — falei.

Kamila disfarçou demais.

— Para quem tanto você contou, Kamila? — vamos ver quantas pessoas pensam que o Tae vai ter um bebê.

— Jasmin, Beatriz, Caterina, e a Antonietta, apenas. — ela pensou.

— Até amanhã a casa inteira está sabendo. — Jungkook falou e eu concordo. — Minha mãe não sabe guardar segredo.

— Quem não sabe guardar segredo? — Tae entrou na cozinha. — Que reunião é essa?

— Jimin veio comer, eu beber água, e o Jungkook acompanhou o gatinho dele. — exatamente.

— E a minha sogra não sabe guardar segredo. — respondi.

— Que segredo? — perguntou.

— Vai Kamila, fala o segredo. — pai amado.

— Que você vai ter um bebê. — ela sussurrou.

Ele engasgou com a saliva, tossiu.

— Eu? Até parece. — não mesmo. — O que te fez pensar isso?

— Te vi comprando uma roupinha de bebê escrito "Papai de primeira viagem". — contou.

— Uma amiga da faculdade pediu para eu comprar porque ela usa o cartão do marido e ele iria ver. — primeira vez que o Tae ser um manipulador nato, me trouxe benefícios.

Normalmente traz benefícios só para ele.

— Eu pai, essa foi boa. — ótima né?

Vamos rir.

— Cuido nem de mim direito, imagina outra vida. — verdade.

— Droga, pensei que logo teríamos um bebê para mimar. — Kamila chateada.

— Não espere isso de mim, Kami.

— O que tu veio fazer aqui? — peguei minha lasagna com um pano, está quente o prato, sentei no banquinho da ilha.

— Beber água. — filtro também.

— Agora a Kamila vai ter que falar para quem ela contou que o Tae não vai ter bebê nenhum. — né amor.

Ela errou o amigo.

Eu comi só observando Tae e Kamila discutirem igual duas crianças, motivo? Nenhum.

É sério, eles só ficaram sem o que fazer e Tae sugeriu discutir.

O que a falta do que fazer não faz.

— Seus amigos são doidos, gatinho. — percebeu agora?

— Coisa da sua cabeça.

Após terminar o suco, lavei o que sujei e nós subimos.

— Boa noite! — dissemos antes de entrar em seus devidos quartos.

Jungkook deitou, e eu fiquei sentado mexendo no celular, esperando a comida abaixar para eu tomar banho, comi muito.

Meu pai sempre falava, comer demais e ir tomar banho, vai sair comida pelos olhos.

Tenho medo até hoje.

— Gatinho? — olhei para ele. — Aquilo que o Tae falou era verdade? Ou ele está escondendo um bebê?

Está, não o dele.

— É verdade, eu saberia se ele tivesse mentido. — ele só mudou meu gênero.

— Agora eu acredito, tinha parecido mentira. — andou falando com a Bea?

Um dia que você passa com ela, sempre pensa que alguém está mentindo.

— Não foi. — o contexto é verdade. — Vou ir tomar banho.

Tomei um banho bem quentinho.

"Faz mal para a pele", tá menos 0° graus, eu não vou tomar banho na água morna.

Me recuso!

Escovei os dentes embaixo do chuveiro, para eu sair e conseguir vestir roupa mais rápido, na minha cabeça faz sentido.

Vesti um pijama, com moletom, passei desodorante e saí do banheiro.

Calcei meias, aí eu pude deitar embaixo da coberta.

— Você demorou. — falou me abraçando.

— A água estava boa. — desliguei o abajur.

— Imagino. — senti o cheiro do perfume dele.

— Por que passou perfume para dormir? — perguntei.

— Porque você gosta do meu perfume. — verdade. — Gatinho ciumento.

— Nem estava com ciúmes. — me caluniando de graça.

— Claro gatinho. — é sarcasmo. — Café e Chocolate estão nos nossos pés, cuidado.

— Bem que eu estava sentindo algo se esfregando no meu pé. — é os gatos.

— Estão com frio.

— Após Paris, vamos viajar para um lugar mais quente? Quero passar um tempo com você.

— Onde quer ir? — pensei.

— Seychelles. — é na África. — Depois podemos ir para o Brasil.

— Quanto tempo? — boa pergunta.

— Umas três semanas. — respondi. — Ou um mês.

— É muito tempo para eu ficar longe do hotel, ainda mais no início do ano, gatinho. — entendi.

— Então uma semana?

— Isso eu posso. — pouco.

Queria um mês.

Na hora que ele voltar totalmente ao hotel, sei que não vou ver ele direito, ficar enfiado lá direto.

Ainda mais que vai voltar à própria casa.

Nem vou pedir porque já passei quase um mês com ele, não quero atrapalhar o hotel.

— Gatinho?

— Sim? — não tô com sono.

— Só queria saber se não tinha dormido.

Passou a fazer carinho no meu cabelo, e ele que dormiu.

Eu só consegui dormir mais de quatro horas da manhã, fiquei assistindo filme.

Na véspera de Natal eu acordei mais de meio-dia.

Os gatos estavam dormindo na minha costela, não gostaram quando eu saí, nem pude arrumar a cama porque queriam dormir mais.

Fiz minha rotina matinal, troquei de roupa e saí do quarto. Tirei uma foto para postar, desci devagar, depois voltei a mexer no celular.

Na sala de estar tem pessoas comendo pizza.

Pizza?

Entrei na sala de jantar, as pizzas na mesa.

— Vem comer Jimin. — Antonietta me chamando.

Sentei ao lado do Jungkook.

— Por que não me acordou? — perguntei enquanto ele estava colocando um pedaço para mim.

— Você estava dormindo tão fofinho, não quis acordar. — é cada coisa. — Bom dia, gatinho!

— Bom dia, amor! — só tem refrigerante na mesa. — Antonietta, tem suco?

— Eu pego para você. — ela voltou com a jarra de suco, servi em um copo.

— Não gosta mais de refrigerante gatinho? — perguntou.

Meu pai e Tae só olhando, quietos aí!

— Eu gosto, só enjoei. — isso não é mentira.

Fico enjoado de verdade.

— Vou chamar quem está na sala para cá. — Antonietta foi chamar, aí a mesa encheu.

— Peço um minuto de atenção. — Kamila pediu, todos olhando para ela. — Pronto Tae, pode falar.

— Eu não, você que foi contar. — ele se negando.

— Chato! — estão esperando. — Quem aqui está sabendo sobre o bebê do Tae?

Todos levantaram a mão.

Viu? Como espalha rápido a notícia.

— Misericórdia. — é. — Então gente, não tem nenhum bebê, o Tae estava ajudando a amiga dele para o marido não descobrir.

— Ah, nada de bebezinho para nós? — o povo tudo chateado.

— Eu pensando que teria algum bebê, porque meus dois filhos estão super atrasados com isso. — Antonietta reclamando.

Peguei outro pedaço de pizza, apenas negando.

— Você está? — Bea perguntou baixo para mim.

— O que? — até que demorou.

— Grávido.

— Queria, mas não. — eu fui tão falso, quase eu caí nessa mentira cabeluda.

— Que pena! — né menina?

O Jungkook precisa ser o primeiro da família Jeon a saber.

Meu pai só sabe porque mora comigo, Tae também soube porque morava comigo.

O que contei a ele no dia em que fomos à igreja pela primeira vez, além do que o pastor tinha me falado, foi a desconfiança disso.

E não é que eu estava certo?

Eu queria que o Jungkook fosse o primeiro de todos? Sim, mas quando descobri ele ainda não queria ser pai, e eu tive medo de qual seria a reação, vai que ele me largasse.

Acabei adiando esse suposto término que só existiu na minha cabeça fértil.

O povo passou o almoço inteiro reclamando que não tem nenhum bebê.

Eu bem quieto comendo meus seis pedaços de pizza, sem ketchup, esse tanto de italiano na mesa, vou ser escorraçado.

— Né Jimin? — quê?

— Isso aí. — só concordei.

— Gatinho, você ouviu? — neguei.

— Jungkook tem que me dar um neto antes do fim do ano, né Jimin? — Antonietta repetiu.

— Retiro o que eu disse. — tenho que prestar atenção.

— Tá difícil ter neto desse jeito.

Complicado né?

Durante o dia as irmãs Romano tudo na cozinha com a mãe preparando o jantar, o resto da família em suas funções.

Minha função foi olhar os terroristas, não deixar que eles façam algo que a Giordana seja presa depois.

Graças a Deus eles ficaram entretidos com a televisão.

Café e Chocolate ganharam uma roupinha de tricô, coloquei neles, estão passeando pela casa mostrando a roupa que ganharam da bisavó.

Finalmente saíram do quarto.

Quando anoiteceu fui liberado de olhar os adolescentes. Subi para me arrumar, ainda tenho que ver se vou usar a roupa que pensei.

Coloquei as opções em cima da cama, postei no story e meus fãs escolheram.

Se fosse eu para decidir, chegava o ano novo, e eu ainda estaria aqui.

Tomei um banho, lavei o cabelo, quero ele bem sedoso. Limpei meus dentes antes de sair.

Jungkook estava esperando eu sair.

— Pode entrar. — falei.

— Não escolheram a que eu queria. — reclamou.

— Qual você queria, amor? — perguntei.

— A com boina, você fica mais perfeito quando usa. — tá bom.

— Eu coloco então, só a boina. — aí ele foi tomar banho.

Primeiro eu sequei meu cabelo, passei chapinha, os produtos que não deixam meu cabelo desfalecer.

Fiz uma maquiagem simples, só um brilho nos olhos, e gloss.

Agora vou me vestir.

Calça branca de alfaiataria, blusa de lã soltinha branca por dentro da calça, sobretudo branco, e a boina vermelha que o Jungkook quer.

Luvas vermelhas de couro fake.

Aquela bota que a Kamila me deu ficaria perfeita nesse look.

Mas eu não trouxe, então calcei um mocassim Tratorada branco off white.

Jungkook saiu do banheiro eu estava retocando o gloss.

— Então? — ele analisou.

— Perfeito! — eu sei. — Lindo gatinho.

— O que você vai usar? — perguntei.

— Calça jeans e suéter. — só?

— Posso escolher? — deixou.

Olhei o que ele trouxe, separei a roupa.

Me perfumei enquanto ele se vestia.

Sentei na cama, saiu do closet.

Calça social branca, camisa social branca e sobretudo vermelho.

Vai combinar comigo sim!

— Lindo amor!

Que graça tem ter namorado e não andar combinando?

— Vamos tirar fotos.

Tirei com ele no espelho, e ele tirou minha sozinho, na sacada.

Postei elas.

— Já vamos descer? — confirmou.

Descemos.

— Lindo Jimin! — a prima do Jungkook falou ao me ver.

— Obrigado! Você também é! — ela quase desmaiando.

Nos sentamos, tirei as luvas e coloquei no bolso, Jungkook pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos.

— Nosso primeiro Natal juntos. — falei.

— Primeiro de muitos. — me deu um selinho. — O que passou na boca?

— Gloss amor. — limpei a boca dele.  — Notei que os maridos das suas tias, e o seu pai, são bem unidos.

— São, dividem a mesma dor, uma Romano tem eles na coleira.

— Seu pai ama estar na coleira. — é completamente apaixonado pela Antonietta.

— Isso é verdade, todos eles na verdade. — sim.

— E você?

— Amo. — gosto assim.

Esse ano a cor escolhida para usar, foi vermelho e branco.

Então todos tem que estar de vermelho e branco, ou uma delas.

Jasmin e Kamila estão de vestido vermelho, Bea preferiu usar saia com blusa, as duas cores.

Tae está de calça jeans branca, blusa de gola alta branca e jaqueta de couro vermelha.

Nós tiramos fotos juntos, recordações.

A família Jeon também tira fotos, a avó sempre no meio, sentada.

Primeiro com os filhos, depois os casais, netos, netos e seus companheiros.

Até os gatos, os três no colo da avó.

Café é exibido, faz pose e bateu no Pompom que quis ficar na frente dele.

Eu não ensinei isso.

O jantar começou às 22:30.

Muita comida, Antonietta colocou plaquinha nas comidas que tinha algo com frutos-do-mar.

Eu me servi com um pouquinho de cada, para não ficar com vontade de comer nada.

Quando eu não passava o Natal com meus avós, era em casa, um inferno.

Bom estar em um lugar tranquilo após a morte dos meus avós.

A família é doida, mas não vou sair traumatizado daqui.

Não exagerei, porque quero comer todas as sobremesas.

No meu prato tinha de tudo, comi duas vezes das sobremesas.

Que banquete!

Subimos para a sala decorada perto da meia-noite, é hora da troca de presentes.

Foi sorteado quem vai começar, e eu fui o premiado. Levantei, peguei meu presente no meio de tantos outros.

— Quem vai receber esse presente, é uma pessoa que eu não esperava que fosse amar tanto.

— O Jungkook. — um dos terríveis.

Também.

— Essa pessoa me surpreendeu muito, porque na primeira vez que nos vimos ela quase passou mal, então eu tinha certeza que seria odiado eternamente. — continuei falando.

— Jimin, dá dica fácil. — mas tá fácil Tae.

— Eu sei. — Jungkook.

— Shiu amor. — você não vale, estava lá. — E agora essa pessoa me tem como filho.

— Antonietta. — falaram.

— Isso, minha mãe postiça. — ela levantou e veio receber o presente.

Me abraçou.

— Como assim passou mal quando viu o Jimin? — querem saber.

— Eu tinha acabado de descobrir que meu filho, até então hétero, estava namorando um homem, quase desmaiei. — contou abrindo o presente, eles estão rindo.

Eu quase faleci.

— Jungkook hétero, essa foi boa. — Jun-ho zoando o irmão.

— Jasmin você sabia?

— Jungkook como você é cobra. — não mexe com seu irmão criatura.

— Meu Deus! Eu amei! — é um disco autografado, um artista que ela amava quando adolescente. — Obrigada Jimin!

O trabalho que deu para achar, estava quase desistindo e dando de presente a notícia "Parabéns vovó".

— Como descobriu que eu ouvia ele?

— Ouvi a senhora resmungando uma música pouco conhecida dele, que só saberia se realmente fosse fã.

Sentei de novo, fiquei analisando quem poderia ter saído com meu nome.

Kamila tirou a sogra, deu um jogo de louças colecionáveis.

Não foi menos de duzentos mil.

Jasmin saiu com o sogro, deu um quadro dele mesmo, um artista famoso que pintou.

Ele amou, essa autoestima é única.

Tae que eu jurava que tinha ficado com meu nome, foi um dos terroristas.

Deu um carro de lego, eles gostam de lego.

Vão ficar ocupados por um tempo montando.

A Bea finalmente foi, será que ela me tirou?

— A pessoa que eu tirei é muito ciumenta. — não é eu.

Nem sinto essas coisas.

— É um pouco lerda, e isso fez ela apanhar da mãe.

É o Jungkook.

— E a palavra que ela mais fala é "Gatinho".

— Jungkook. — apontaram ele na hora.

Eu disse.

— Como assim você apanhou, Jungkook? — Hoseok perguntou.

— Foi merecido, não estava dando a devida atenção ao gatinho quando ele se acidentou.

— Uns tapas só. — Antonietta falou.

— Apanhou pouco então. — as tias.

— Tias, me amem menos.

Abriu o saco de presente, olhou para dentro, para a Bea.

— Não acredito. — no quê?

— Pode acreditar. — ele tirou, uma... Coleira?

— O que está escrito? — perguntaram.

— Au au do Gatinho. — e não é que ela deu mesmo a coleira.

— Tô brincando, aqui seu presente. — deu outro.

— Mas eu fico com a coleira. — abriu a caixa.

— O que é?

— O novo lançamento da Patek Philippe. — mostrou o relógio. — Como conseguiu, a fila de espera é enorme?

— Sorte, pura sorte, quase que coloco o Jimin em uma caixa de novo. — nada de caixa.

Jungkook ama relógio, e tudo um rim.

Quem que me tirou?

Jeon pegou uma caixa grande.

— A pessoa que eu tirei, é sempre alegre. — é eu. — Mas fica brava em um piscar de olhos.

Não sou eu, sou calmo.

— Ama ver os amigos felizes. — eu. — Tudo que faz é perfeito, e sempre procura o melhor para agradar.

Eu, com certeza eu.

— E ama falar "Jungkook, eu vou contar para a sua mãe!". — me apontaram.

Que calúnia!

Nem faço isso.

— Vem meu gatinho bravo. — e esse mentiroso teve a cara de pau de me olhar e jurar que não tinha sido ele que tirou meu nome.

Falso!

Levantei e fui até ele, deu a caixa, não é pesada.

— Obrigado amor! — dei um selinho nele.

Ele segurou para eu tirar o embrulho, abri e olhei para dentro.

Tiffany&Co

Um monte de caixinhas.

— Tenho que abrir tudo agora? — confirmou.

Meu Deus.

Eu sentei e fui abrindo as caixinhas, um monte de colares, pulseiras e broches.

Ganhei milhões em presente.

— Jungkook tem bom gosto para jóias. — mas é muita.

— Terminei. — ele me olhou estranhando.

— Certeza? — confirmei.

Ele pegou a caixa.

— Está faltando algo? — perguntei.

— Sim, mas depois eu vejo onde foi parar.

Okay.

— Incrível amor, obrigado! — ano que vem ele precisa tirar outra pessoa, ou me traz uma fábrica de jóias.

Após me dar tudo isso de presente, ele ainda sentou chateado porque uma das caixinhas se perdeu.

— Calma amor, isso foi mais que suficiente. — falei com ele.

— Não, tá faltando. — vou nem tentar.

Meu pai foi sorteado.

— Quem eu tirei, é extremamente fofoqueiro.

Tae.

— Me sinto velho quando olho para ele, porque o vi crescer. — com certeza o Tae. — Têm seus defeitos, mas foi quem tornou a vida do Jimin um pouco mais tranquila.

— Tae.

— Que defeitos, tio? Sou perfeito. — Kamila riu na hora.

— Posso mesmo falar? — meu pai perguntou.

— Abafa tio. — excelente escolha.

Ele ganhou uma boneca, ninguém entendeu.

Aos poucos minha memória mostrou.

A maluca ateou fogo nessa boneca quando ele levou ela em casa.

— Obrigado tio! — nem sabia que ainda vendia dessa boneca.

Geral ganhou presente, eu dei os presentes das meninas e do Tae.

Uma pulseira da amizade, eu que fiz.

Todo mundo se abraçando desejando "Feliz Natal".

Nunca pensei que eu estaria em uma família tão grande e amorosa.

— Cadê o meu presente, gatinho? — Jungkook perguntou quando sentamos.

— Tem não. — não consegui pensar em um presente.

— Que maldade, gatinho!

— Desculpa amor, eu não consegui pensar em nada, você tem tudo.

— Está tudo bem gatinho, só de ter você na minha vida, não preciso de presente. — amo ele!

— Te amo!

— Te amo mais! — beijou minha testa.

Misericórdia beijar na frente da família dele, eu desmaio.

Fiquei olhando Café e Chocolate no colo da bisa, o terrível expulsou o Pompom, está no colo da Fiorella.

Esse gato me mata de vergonha.

A bisa medindo eles para fazer outra roupa.

Que fofinho.

Tirei uma foto, apenas para guardar.

É quase três horas da manhã.

— Amor, eu tô com sono, você está?

— Não. — droga.

— Você tá sim!

— Eu tô. — exatamente.

Levantamos, os gatos não quiseram vir.

Descemos até o andar dos quartos, eu escovei os dentes e lavei meu rosto.

Saí do banheiro, Jungkook entrou, já trocou de roupa.

Eu também fiz o mesmo.

Esperei ele sair.

— Senta na poltrona, amor. — ele ficou desconfiado.

— Por que?

— Vou entregar seu presente.

— Na poltrona? — confirmei. — O que? Vai dançar para mim.

Sonha.

— Não safado. — achou ruim.

Sentou lá.

Peguei a caixinha.

— Fecha os olhos. — não é um teste de gravidez. — Estende a mão.

Tirei de dentro da caixinha e coloquei na mão dele.

Guardei a caixinha.

— Pode abrir. — abriu e olhou a mão.

— My Baby. — o que está escrito na pulseira. — Obrigado gatinho, mas você errou o tamanho.

Um pouco lerdo, Bea?

— Não é para você, amor. — falei.

— Ah, entendi. — mesmo? — É para o nosso futuro bebê.

Sua sorte é que eu te amo, tartaruga!

— Mas se é para o futuro bebê, por que me deu?

Começou a fazer as perguntas certas.

— Agora isso aqui. — entreguei uma polaroide.

— É uma ultrassom? — confirmei.

Ele olhou com cuidado.

— Desse mês? Paciente Jimin? — isso. — Você está...

— Seu presente é um bebê, parabéns papai Jungkook!...................
































































































































Um ótimo Natal!

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!

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