$ Capítulo 4 $
Jimin on
— Boa noite, em que posso aju... — minha fala morreu quando tirou o cardápio do rosto. — Jungkook?
— Boa noite, anjo. — ele veio mesmo, eu pensei que não viria. — Pensou que eu estivesse brincando quando disse que viria te buscar?
— Lógico. — olhei para trás meu chefe e Tae olhando nós dois e sussurrando como duas velhas fofoqueiras. — Ainda falta um pouco para eu sair, vai querer algo?
— O que você sugere? — voltou olhar o cardápio como se nada estivesse acontecendo.
— Gosta de torta de limão? — confirmou. — Café puro?
— Sim, sem açúcar. — igual eu.
— Tudo bem. — voltei para trás do balcão.
— Ele é seu amigo? — meu chefe perguntou.
— Amigo que quer comer o Jimin. — dei uma tapa na cabeça do Tae.
— Ah! Amizade colorida então. — meu chefe é bi, por isso Tae está falando isso.
— Tem nada colorido, Tae está inventando. — peguei o último pedaço da torta e coloquei no prato, servi o café na xícara. — Leva.
— Ele não quer eu, vai você. — revirei os olhos, coloquei na bandeja. — Já vou indo, boa sorte aí.
— Também vou. — isso, me abandonem aqui com a fera faminta.
Os dois saíram pela porta dos fundos, caminhei com a bandeja na mão coloquei na frente dele.
— Como está só eu aqui, você pode se sentar. — indicou o lugar ao lado dele, olhei ao redor e me sentei. — Quer? — se referiu a torta.
— Não gosto de coisas com limão. — recusei.
— Você não gosta e sugere para mim, como sabe ser boa? — me pegou no pulo.
— O Tae que fez, e as tortas dele são ótimas. — falei.
— Tem razão, a torta está boa. — se falar para ele, vai falar uma semana na minha cabeça. — Desculpa não mandar mais mensagens gatinho, meu sócio escondeu meu celular e só entregou faz meia hora.
— Tudo bem, estava ocupado não iria conseguir te responder. — gostei realmente do sócio dele. — Passou a tarde em reunião?
— Até às três horas sim, depois ele começou encher o saco falando sobre a vida amorosa dele que não sai do lugar. — falou com tédio, eles são amigos então. — Tem um papel transparecendo no seu bolso.
Apontou o bolso da blusa social que estou usando, papel? Tirei para saber o que era, amassei ao ver ser o número do rapaz sorridente.
— O que era? — perguntou.
— O número de um cliente que deu em cima de mim, Tae colocou aqui. — falei, resmungou só um "sei", isso é ciúme? Que fofinho!
Tirei as coisas que ele usou da mesa, levei para trás do balcão, enquanto lavava ele ficou do outro lado só me olhando.
Após secar coloquei no armário que guarda.
— Quanto é? — perguntou pegando a carteira, passei o preço e ele me deu uma nota muito grande.
— Você está acabando com o troco sem vergonha, tem cartão? — perguntei enquanto ele ri da minha reação, negou. — Meu chefe vai querer minha cabeça.
— Fez a conta aonde para me dar o troco? — perguntou após eu passar as notas para ele.
— Na cabeça. — respondi. — Pode checar.
— Vamos ver. — contou todas as notas. — Certinho.
— Sou ótimo com matemática. — fechei o caixa e tranquei, nem me preocupei dele ver o compartimento secreto que a chave fica, ele pode comprar esse café.
— Por que não cursou algo com mais matemática? — perguntou.
— Porque meu sonho é ser promotor, acho matemática muito óbvio. — falei indo trancar a porta, virei a placa "Fechado".
— Então não vai ser advogado? — veio me seguindo para os fundos.
— Só por uns três anos, aí posso ser promotor. — falei. — Mesmo sabendo que posso ser ótimo em defender os outros, prefiro acusar.
— A carinha pode enganar. — falou, peguei minha mochila e coloquei o boné dentro. — Você fica mais bonito de boné, gatinho.
— Gosta de ver com vergonha? — fechei o armário, após sairmos tranquei a porta.
— Sim, você fica fofo. — não sou fofo. — Vai levar a chave?
— Sim, meu chefe tem outra e Tae tem outra. — falei.
— Entendo, vem o carro está para lá. — pegou na minha mão de novo guiando para onde estacionou o carro, já é outro.
— Obrigado. — agradeci quando ele abriu a porta, entrei e coloquei o cinto.
Ele deu a volta e entrou, colocou o cinto deu partida para me levar para casa.
— Você mora sozinho, onde seus pais moram? — perguntou.
— Em uma fazenda de Daegu. — respondi. — Era do meu avô com minha avó, mas eles faleceram, meus pais foram morar lá para cuidar de tudo e eu preferi ficar.
— Sinto muito, faz muito tempo? — confirmei.
— Três anos, normalmente eu passo o final de ano com eles, mas não sei se vou ir esse ano. — não duvido da moça que minha mãe quer que eu conheça esteja lá.
— Por que não passaria com eles? — minha mãe homofóbica que está querendo enriquecer nas minhas custas.
— Digamos que eu tenha uma mãe doida para me ver casando com a filha de um fazendeiro rico, só uma suposição. — falei.
— Não serve dono de hotéis rico? — tô bem não, ele já está pensando em casamento.
— Não. — pensei no que falei. — Não estou dizendo que não serve para mim, minha mãe é homofóbica então para ela você não serve.
— Eu entendi anjo, então você se casaria com o dono de hotéis rico? — esse idiota me deixando com vergonha.
— Não foi isso que eu disse. — falei. — Ainda estamos no processo de se conhecer e você pulando para o "eu aceito Jeon Jungkook como esposo", apressado.
— Já respondeu minha pergunta. — falou sorrindo, olha o sorrisinho dele.
Balancei a cabeça olhando para a janela, mas é tão lindo, que homem bonito!
Parou o carro em frente minha casa quando chegamos, tirei o cinto para sair.
— Vai com cuidado para sua casa, tchau! — me despedi.
— Vou ir anjo, tchau! — olha o sorrisinho de canto idiota, odeio ele!
Saí do carro e fechei a porta, ele abaixou o vidro e pediu para eu me aproximar.
— Amanhã estarei lá no mesmo horário. — falou.
Não tive tempo para raciocinar ele se foi, estará onde? No meu trabalho?
Nem ferrando.
[...]
Olha só que engraçado, ele estava mesmo.
Todos os dias da semana ele me levou para casa, após comer algo e beber café, levou cartão porque ameacei bater nele se acabasse com meu troco de novo.
Temos conversado muito tanto pelo celular, como pessoalmente, e ele ri da maioria das coisas que eu falo. Perguntei se ele estava vendo uma bolota vermelha no meu nariz e ele riu mais, não existe mais respeito por mim.
Apesar que ele é bem mais velho, e recentemente bati nele com uma bandeja, não tenho culpa ele elogiou minha bunda quando vi a bandeja já estava na cabeça dele.
Eu que preciso respeitar ele, meu Deus.
Mas de toda nossa aproximação tem um problema.
— Vocês ainda não se beijaram? — Tae falou espantado, está sentado na minha cama enquanto reviso um trabalho do professor tagarela.
— Não. — falei. — Às vezes ele só não quer me beijar.
Esse trabalho fiz com as meninas que precisaram do meu livro, eu fiquei com a parte de revisar e adicionar observações feitas por mim.
— Duvido, você deveria ver como ele olha para sua boca. — girei a cadeira para o olhar.
— Você está enlouquecendo. — voltei minha atenção para o notebook, enviei para Jasmin fazer a parte dela. — Hoje é sexta-feira, significa que irei ver ele só na segunda-feira.
— Não entendi. — falou.
— Significa que terei tempo para pensar em uma forma de fazer isso acontecer. — levantei da cadeira e saí do quarto. — Amanhã preciso pintar aquela parede pequena que fizeram para colocar a campainha eletrônica.
— Boa sorte, chama ele para ajudar. — entramos na cozinha.
— Lógico, chamar o cara podre de rico para me ajudar pintar uma parede. — falei sendo irônico.
O portão ficou ótimo! Meu pai sem minha mãe saber também mandou colocar uma câmera para eu saber quem é antes de abrir o portão, posso liberar sem sair de casa.
Meu pai é de mais!
— Você sabe que para te ver ele pode aparecer. — não duvido. — Até quando vai enrolar ele?
— Enrolar no quê? Ele que está me enrolando. — cada coisa.
— Que eu saiba ele te fez uma proposta quase irrecusável e você está se fazendo de sonso quanto a isso. — ignorei ele assoviando cortando o filé de frango. — Não me ignora.
— E sua nova irmã, está se adaptando? — mudei totalmente de assunto.
— Sim, ela gostou da casa e do quarto que meus pais decoraram, mas ainda está tímida comigo, deve ser porque falo muito. — mesmo? Chocado. — Não muda de assunto, por que está enrolando ele?
— Eu não quero ser bancado Tae. — ele olhou para o fundo da minha alma. — Tudo bem eu quero, mas sabe como é difícil falar isso?
— Não sei, ainda não apareceu um rico na minha vida para me fazer essa proposta. — falou fazendo drama. — Aproveita seu besta, tem muitos sonhando com isso.
— O duro é falar em voz alta isso. — após eu e ele jantar, ele foi embora para fazer companhia para a nova irmã enquanto os pais foram socorrer a tia que caiu da escada.
Essa tia dele não bate bem da cabeça, doida total!
Lavei a louça e voltei para meu quarto, escovei o dente antes de deitar. Peguei meu celular tem mensagem do Jungkook, ficarei dois dias sem ver ele.
Que depressão!
Nem ouse dizer que estou apaixonado, é apenas uma amizade forte.
Jungkook - Anjo, posso te ligar?
Mandei que ele pode, menos de quinze segundos meu celular começou vibrar sem parar, atendi a ligação.
— Oi! — falei.
— Olá anjo. — por que estou sorrindo tanto? Desfiz o sorriso. — Estava fazendo algo?
— Só lavando a louça que eu e Tae sujamos. — respondi.
— Ele está aí? — perguntou.
— Não, já foi embora. — apaguei a luz. — Amanhã eu não trabalho.
— Eu sei. — virei de bruços, coloquei o celular ao lado após colocar no viva-voz.
— Como? — não lembro de ter falado que dia eu trabalho para ele.
— Sabendo, amanhã será difícil falar com você, passarei o dia em reunião com investidores. — vida cruel! — E a noite tem o evento parecido com o que você foi.
— Por que você vai? — minha voz saiu mais irritada que o planejado. — Quer dizer, você sempre vai?
— Sei que está com ciúme anjo. — falou rindo, isso, ria bastante panaca.
— Ciúme teu rabo, não estou com ciúme de nada. — o respeito pelo mais velho foi para a puta que pariu. — Desculpa, não devia falar isso para você.
— É seu jeito anjo, eu gosto de como é espontâneo em suas ações. — falou. — Como a vez que me bateu com uma bandeja.
— Está falando como se eu tivesse te espancado, foi uma única vez a pancada. — falei.
— Sim, gosto do seu jeito não precisa se desculpar por ser você. — ele gosta do meu jeito.
Chupa Eun-bi.
De qualquer jeito agora devo estar vermelho, pelo menos ele não está vendo.
— Ficou com vergonha né? — idiota.
— Fiquei. — confessei. — Vamos mudar de assunto para não piorar e eu desligar na sua cara.
— Não faria isso comigo. — eu faria sim.
— É lógico que não, eu desligar na sua cara? Nunca faria isso. — falei com certo tom de sarcasmo e deboche.
— Sarcástico. — falou.
— Eu? Nem sou. — calúnia contra mim.
Continuamos conversando até eu sentir sono, parabéns para mim que não desliguei na cara dele, mas eu dormi.
E Deus esteve comigo nessa noite irmãos, não tive nenhum sonho erótico que eu pudesse acordar desesperado pensando que ele ouviu algo.
Por que no resto da semana, capeta dormiu do meu ladinho me fazendo sonhar coisas que não gosto nem de citar.
Espreguiço-me na cama, a claridade da janela invadindo meu quarto, o idiota aqui esqueceu de fechar a cortina.
— Droga. — falei.
— Bom dia, anjo. — olá chão, como você está? — Você caiu?
— Eu estou bem. — levantei do chão voltando para a cama. — Bom dia!
— Desculpa te assustar. — na parte da manhã ele é macio.
— Tudo bem, não doeu. — falei. — Foi mal dormir na ligação, mas eu realmente estava com sono.
— Eu entendo, como ainda passei um tempo te ouvindo dormir sei que você não ronca. — ótimo! Ele me ouviu dormindo. — Mas costuma resmungar palavras desconexas, você falou sufocando, mãe, mentira, e balão.
— Poderia fingir que não ouviu isso. — ele riu. — Realmente não tem sentido as palavras, nem para dormir posso ser normal.
— Isso é normal, eu fazia quando criança e boa parte da adolescência, mas parei ao entrar no ensino médio. — se isso era para ser algum consolo, não deu certo.
— Exatamente, você parou ao entrar no ensino médio, eu estou no segundo semestre da faculdade fazendo isso. — me lamentei.
— Significa que está muito estressado, seu cérebro não está descansando, o que está te estressando anjo? — pensei um pouco.
Já sei, eu não saber como falar para ele que aceito a proposta.
— Ainda não sei. — menti. — Deve ser por um trabalho que eu estava fazendo, mas como hoje acabava a última parte, ficarei bem.
— Sei, já vou desligar anjo, tem um sócio batendo na porta do meu escritório sem parar. — falou.
— Tchau! Bom trabalho para você. — ele agradeceu e desligou.
Sócio chato!
Coloquei o celular para carregar que por um milagre dos céus não desligou. Levantei da cama e me arrastei para o banheiro, escovei o dente em seguida lavei o rosto.
Coloquei uma máscara de limpeza no rosto, voltei para o quarto e liguei no notebook o vídeo de exercício que eu faço. Todos são em inglês, o que mais sigo é da Chloe Thing.
Por que não sigo de homens? Não quero virar um portão de músculos, só manter o corpo em forma.
Fiquei quarenta e cinco minutos me matando ali, agora eu realmente me arrastei para o banheiro. Tomei banho sem molhar o rosto com a máscara, ao sair tirei ela e passei um creme.
Nossa eu me cuido muito mesmo, mas quem se importa.
Saí do banheiro enrolado na toalha, peguei roupa fresca para passar o dia em casa, bermuda e camiseta tudo azul-escuro.
Agora vou comer, fui para a cozinha e preparei meu café simples. Torrada e café com leite, não demorei para comer.
Coloquei música na televisão e comecei limpar a casa, como eu passo a maior parte do tempo fora não suja tanto, uma vez por semana basta para ficar limpa o resto da semana.
Lavei as roupas, com o sol que está logo vai estar seca. Agora eu vou pintar aquela parte que deixaram sem pintar.
Troquei de roupa para uma mais velha, peguei a tinta e o pincel, saí de casa indo para o portão. Abri a porta individual, o povo que poderia estar na rua está na igreja, ou no templo.
As idosas gostam de ir de manhã e voltar depois do almoço, então a rua está vazia, eu sou o único jovem dessa rua o restante são idosos.
Não sabia que iria me cansar tanto fazer isso, ficou uma parte pequena que não alcancei na parte de cima, amanhã eu faço.
Voltei para dentro fechando o portão, a cor que usei para pintar é branca só para avisar mesmo.
Levei a tinta e o pincel para os fundos, lavei o pincel e guardei a lata. A roupa já está seca, com esse sol até eu estou secando.
Coloquei no sexto de roupa limpa e levei para dentro, agora é dobrar.
Eu odeio essa parte!
Após acabar todo o serviço com as roupas fui tomar banho, estou cheirando tinta.
Jungkook falou que quando saio do trabalho fico com cheiro suave de café, e ele gosta de café.
Aproveitei para lavar o cabelo, saí e já fui procurar uma roupa, vesti dessa vez calça larga preta e blusa larga branca.
Tirei meu celular do carregador e fui para a cozinha fazer meu almoço, fiz assistindo um filme qualquer de comédia.
Sentei para comer, chegou mensagem das meninas falando para eu ligar pelo Skype três horas da tarde, mandei um "ok" e voltei comer.
Após comer e lavar a louça, guardei tudo para não deixar bagunça na cozinha. Fui para meu quarto, deixei o celular na cama, fiquei morgando até dar a hora de ligar.
— Oi! — apareceram todas na tela, acenei para elas.
— Oi! O que vocês precisam falar? — perguntei.
— Então tem algumas observações que você colocou que não achei a base. — Jasmin falou.
Peguei os dois livros que fiz a base da observação.
— Usei esses livros. — mostrei na tela.
— Por isso não achei, esses ainda não chegaram. — falou. — Manda o nome por mensagem que irei colocar.
— Tudo bem. — levantei e peguei o celular na cama, mandei para ela os nomes sentando na cadeira.
— É seu quarto? — Kamila perguntou, elas parecem estar em uma cozinha.
— Sim. — respondi.
— Deixa eu ver? — pediu.
— Claro. — saí da frente da câmera, e ajeitei o notebook. — Está vendo?
— Sim, ele tem um coelho de pelúcia. — falou. — Pode voltar.
— Kamila tem um coala de pelúcia. — Beatriz falou. — Eu tenho um gato, e Jasmin tem a arca de Noé completa.
— Eu gosto de pelúcia. — falou se defendendo.
— Também gosto, mas por enquanto só quero esse mesmo. — falei.
— Jimin, posso te fazer uma pergunta muito pessoal? Pessoal mesmo. — Kamila perguntou.
— Pode. — falei com receio.
— Você é gay? — perguntou, levou uma tapa da Beatriz e da Jasmim. — Que foi?
— Cuida da sua vida xereta. — Jasmin falou.
— Não sou xereta. — passou a mão no lugar que bateram. — Então Jimin?
— Eu... — ouvi minha campainha tocando. — Meninas preciso desligar, alguém está na porta.
— Tchau! — acenaram e desligaram.
Saí do quarto e fui para porta, a imagem na pequena tela está mostrando o Tae, liberei o portão, abri a porta.
— Por que demorou para abrir? — perguntou após passar pelo portão.
— Estava em vídeo chamada. — respondi.
— Com o Jungkook seu safado? — não passou pelo caminho de pedra, veio por cima da grama.
— Não era com ele, ele está ocupado hoje. — falei. — E pare de andar em cima do meu gramado sua anta.
— Não sou anta. — passou por mim, entrando, tirou o tênis e colocou a pantufa exclusiva dele. — Com o quê ele está ocupado?
— Hoje ele teria reunião com investidores e o evento da noite. — respondi, sentei no sofá com perninha de índio e ele sentou do meu lado.
— O sócio dele apareceu de novo? — perguntou.
— Eu até gostava dele, mas agora que ele fica atrapalhando eu falar com o Jungkook passei não gostar. — falei. — Ontem estava conversando com ele por ligação aí eu dormi, hoje quando acordei estava conversando até ele dizer precisar deligar porque o sócio sem o que fazer estava batendo sem parar na porta do escritório.
— Já descobriu se ele é coreano ou europeu? — questionou.
— Não, mas o coreano dele é perfeito e muito limpo, acho difícil ser de fora. — falei. — Você não vai ao evento de hoje?
— Estou com preguiça, meu velho rico pode esperar mais um pouco. — falou se esparramando no sofá. — Já sabe uma forma de fazer ele te beijar?
— Não, estou apreensivo. — sou todo confuso. — E se for muito cedo, porque só faz uma semana que eu conheço ele.
— Costumo beijar as pessoas após o "oi! Tudo bem?", você está é demorando. — falou.
— Eu não sou puta, essa é a diferença. — me olhou bravo. — Você é, nem adianta negar.
— Sou mesmo, deveria ser também já teria beijado ele naquele bar do cassino. — até parece. — Vocês claramente se gostam porque enrolar tanto?
— Quem disse que eu gosto dele? — perguntei. — Eu não falei nada disso em momento nenhum.
— Então não gosta dele? — perguntou.
— Não é da sua conta xereta. — falei.
— Você gosta Jimin, para de cu doce e beija ele idiota. — fácil assim.
— Se ele me rejeitar você vai ganhar dois socos na costela. — se isso acontecer será bem triste.
— Até parece que ele te rejeitaria, nem sei o motivo dele mesmo não tomar uma atitude. — falou pensativo.
— Como é beijar um menino? — perguntei.
— Nunca ficou com nenhum menino? — neguei. — Perguntou para a pessoa errada, eu só vejo bocas para mim não tem muita diferença.
— Puta. — resmunguei. — Você perdeu o bv com doze anos e foi com a estranha do parque, qual a diferença para o primeiro menino que beijou?
— Bom, com o menino foi bem melhor o primeiro beijo eu nem sabia o que fazer, mas quando beijei uma menina de novo já sabia o que fazer então foi melhor. — respondeu. — Você não vai beijar um menino, você vai beijar um homem e que homem!
— Não fala desse jeito dele. — bati no braço dele. — Ele é gostoso, mas não precisa enfatizar isso.
— Eu não enfatizei nada, você com seu ciúme está vendo coisa onde não tem. — não tô doido. — Tadinho do Jeon, você é bem ciumento.
— Não sou ciumento. — doido.
Passamos um tempo no sofá jogando conversa fora, até o celular dele tocar era a mãe pedindo para ele ir embora porque iriam jantar na casa de sua avó, apresentar a nova integrante da família.
Eu tomei um café puro de tarde olhando as coisas no site da escola, sou um estudante de direito que não tenho xícara personalizada, moletom, nada do tipo.
Não tenho dinheiro para ficar gastando com inutilidade, se eu conseguir falar com o Jeon talvez eu compre essas coisas bestas.
Fui para o quarto, sentei na cadeira e vou estudar um pouco.
O meu pouco foi quatro horas, estou todo dolorido de tanto ficar sentado. Fiz uns alongamentos quando levantei, agora é tomar um banho.
Terceiro banho do dia, estou gastando muita água.
Saí enrolado na toalha, vesti calça moletom cinza com regata branca, eu tenho muita blusa branca misericórdia.
Estou muito cansado, com preguiça de comer, eu vou é dormir que ganho mais.
Apaguei a luz olhei a cortina fechada, deitei na cama me cobrindo com o edredom geladinho, abracei meu coelho e apaguei.
[...]
Acordei me sentindo cansado, dessa vez eu tive um sonho erótico.
Fui direto tomar banho de água fria, que frio!
Saí tremendo de frio, vesti conjunto de moletom branco. Agora que estou quente, fui escovar meu dente.
Que fome!
Não jantei ontem, saí do quarto para procurar algo para comer, dois pães com queijo e café.
Lavei a minha caneca e voltei para o quarto, arrumei minha cama.
Abri a cortina e já notei o tempo fechado para chover, eu vou pintar aquela parte antes que desabe o céu.
Como pintor profissional terminei em vinte minutos, lavei o pincel e guardei a pouca tinta que sobrou. Entrei em casa, dessa vez não fiquei com cheiro de tinta.
Começou chover, aproveitar esse tempo para assistir filme. Fiz pipoca e chá, fui para meu quarto. Coloquei o balde de pipoca na cama, o chá na mesa de cabeceira.
Peguei o notebook, sentei apoiando a costa na cabeceira, me cobri. Usei um travesseiro para o notebook ficar em cima, coloquei um filme de comédia.
Estava na metade do filme quando meu celular vibrou na cama, após achar eu fui ver quem mandou mensagem, as meninas avisando que o trabalho está pronto e que eu faria apresentação.
É o quê?
Tentei dizer que era péssimo para falar, elas disseram que são piores.
Deus, por que me abandonaste?
Falei que tudo bem e para mandar os slides que eu iria explicar, elas mandaram.
Olhei a conversa com Jungkook, ele não mandou mais nada. Nenhum "bom dia, anjo", ele sempre manda. Me acostumou mal agora olha no que deu, péssimo isso.
Deixei o celular de canto e voltei assistir ao filme comendo a pipoca, peguei o chá para beber agora que está morno, não gosto de quente sempre queimo a língua.
Fiquei até três horas na cama assistindo filme, só saí porque estava com fome. Fui para cozinha fazer comida, hoje eu mereço comer miojo, um e meio com ovo frito, e kimchi.
Após comer lavei toda louça, fui para o quarto estudar o slide, antes escovei o dente.
Fiquei lendo em voz alta, buscando as palavras difíceis, ganha mais ponto.
Deu seis horas senti a necessidade de tomar banho, dessa vez quente.
Entrei no banheiro tirando a roupa, ouvi a campainha tocando? Deve ser o Tae.
Coloquei o roupão branco, quase não uso. Saí do quarto e fui ver, mas era o Jungkook que está na tela pequena.
Ainda bem que a chuva deu uma parada, se não ele estaria molhando.
— Oi? — usei o interfone para falar com ele.
— Olá anjo, você esqueceu algo no meu carro sexta-feira. — falou.
— Está aberto. — falei após liberar o portão, ele entrou.
Precisei respirar fundo, muito fundo mesmo, desde ontem sem falar comigo agora aparece como se nada tivesse acontecido.
Puto!
Me assustei com batidas na porta, contei até três mentalmente e abri.
— Seu boné anjo. — mostrou, e me entregou.
— Obrigado. — falei.
— Atrapalhei algo? — olhei para ele confuso. — Está de roupão anjo.
— É mesmo. — fiquei tão concentrado nele estar aqui, e esqueci o que estou usando. — Entra, eu iria tomar banho.
— Licença. — entrou, tirou o sapato.
— Pode usar a pantufa branca. — apontei, saí em direção ao quarto. — Fica aí no sofá, eu já volto.
Tranquei a porta do quarto após entrar, eu iria só tomar banho bem rápido, mas precisei lavar o cabelo amanhã cedo irei ficar com preguiça.
Saí e vesti calça moletom preta e camiseta da mesma cor, passei o desodorante sem cheiro e bem pouco de perfume na roupa, tomo banho de perfume para sair.
Voltei para a sala e ele está sentado com um quadro meu na mão, sentei-me com uma certa distância dele poderia ser no outro sofá, mas ainda quero ficar perto.
— Quantos anos você tinha aqui? — perguntou.
— Doze, uma apresentação da escola. — respondi.
— Parecia um bichinho assustado. — é porque eu estava assutado.
— Eu estava assustado, Tae me colocou na lista para cantar sem eu saber. — ainda tenho ódio daquele dia. — Só descobri no dia.
— Como você foi? — colocou no lugar novamente para me olhar.
— Bem, fiquei em primeiro lugar. — cheio de talentos eu.
— Então você canta muito bem, canta para mim? — pediu.
— Vai sonhando, pode esquecer. — falei negando. — Atualmente só canto no chuveiro.
— Está me chamando para te ver tomando banho, anjo? — olha como ele leva tudo para o outro lado.
— Eu não falei isso Jeon Jungkook. — ele riu, ele está me deixando de cabelo em pé.
— Sei que não, gosto de te ver com as bochechas vermelhas. — nem notei.
— Quer ver o resto da casa? — mudei o assunto, ele tem uma facilidade incrível em me deixar vermelho. — Vem. — peguei na mão dele ao levantar.
Ele veio comigo, nem se importando da minha mão estar segurando a dele.
— Ali é a cozinha, um dia eu faço comida para você. — falei.
— Estou ansioso por isso. — falou.
— Aqui é o quarto de hóspedes, mas o Tae que vive dormindo aí. — abri a porta mostrando, todo organizado e limpo, arrumei ontem.
— Você e o Tae são bem próximos né? — perguntou.
— Sim, como irmão. — enfatizei o irmão para ele não pensar que pode acontecer outra coisa entre minha pessoa e Tae. — Ali é o banheiro, você deve conhecer como lavabo.
— Eu nem sempre fui rico anjo. — grande coisa, com um dia de rico eu esqueço totalmente minha vida de pobre.
— É, agora meu quarto. — abri a porta. — Não repara na cama bagunçada, passei o dia nela assistindo filme.
— Você tem um coelho de pelúcia. — primeira coisa que observou.
Soltei a mão dele, fui até o notebook ao ver ele ligado em um dos slides, me curvei para tirar e desligar.
Ouvi ele xingando um "porra", virei para trás.
— Que foi? — perguntei.
— Nada, gostei do seu quarto parece com você. — falou. — Se fica aqui sozinho e passa o final do ano com seus pais em Daegu, porque não transformou o outro quarto em closet?
Pergunta isso para a minha mãe.
— Porque minha mãe não deixou, o argumento foi "e se um dia eu visitar você, onde irei dormir?" — ele riu de como imitei ela. — Mas desde que ela está lá nunca veio aqui, sempre eu vou, só o Tae que usa o outro quarto mesmo.
— A casa está no nome dela ou do seu pai? — perguntou se sentando na cadeira que fico para estudar, ainda estou olhando o notebook.
— Essa casa também era dos meus avós, passou ser do meu pai após a morte deles. — falei. — Ela gosta de mandar em coisas que não são dela.
Estava quase finalizando algo, ao sentir duas mãos na minha cintura me puxando para sentar, levei um susto ao sentir uma das pernas do Jeon.
— O que você está fazendo? — perguntei o olhando, nossa, estamos bem perto.
— Nada, continue o que fazia. — apontou a tela.
Mandão!
— Falou com ela recentemente? — perguntou.
— Não, após ela fazer a proposta de conhecer a filha do fazendeiro rico e eu negar dizendo que ela queria enriquecer na minha costa, ela não ligou nem mandou mensagem. — contei simples.
— Por que parece que está acostumando com isso? — perguntou parecendo preocupado com a minha relação filho e mãe.
— Porque estou, Jungkook todo ano ela aparece com isso pelo menos duas vezes, ela sempre volta falar como se nada tivesse acontecido. — finalizei o que fazia, desliguei o notebook e coloquei para carregar. — A diferença é que já é a quinta vez só esse ano.
— Não fica triste? Afinal ela está te usando. — é, eu sei.
— Antes eu ficava, mas não perco mais tempo com isso, tenho coisas mais importantes para me preocupar que ela fazendo birra. — falei. — Por que não mandou nenhuma mensagem hoje?
— Sentiu minha falta? — confirmei sem olhar para ele. — Desculpa por isso, mas estava desde cedo na casa dos meus pais, reunião de família.
— Como foi? Quase não fala deles. — já eu, pareço uma vitrola quebrada.
— Não falo deles porque são irrelevantes. — dá para notar a frieza na voz dele, meu velho rico é frio e calculista.
— Aconteceu algo? — insisti um pouco, sou curioso desculpa.
— Nada importante. — agora eu desisto, ele não quer falar.
— Você tem irmãos? Eu não tenho. — mudei um pouco o assunto, quero saber mais sobre a pessoa que vai pagar minhas contas.
— Um, é mais novo. — sobre isso parece estar aceitável falar. — É quatro anos mais velho que você.
— Ele trabalha com você? — perguntei.
— Não, estava fora do país estudando, voltou sexta-feira. — então esse é o motivo da reunião de família? Aos poucos eu descubro. — Por que está fazendo a cara de quem acabou de descobrir algo interessante?
— Não estou fazendo cara de nada. — falei, já anoiteceu.
— O que fazia no notebook? — perguntou.
— Só lendo o slide que irei apresentar na terça-feira, estava falando em voz alta antes de tomar banho. — será que vai estar chovendo na hora de ir para a faculdade? Pegar ônibus com chuva é péssimo.
— Quer que eu vá embora para continuar? — ficou doido?
— Não, eu já terminei. — falei.
— Já pensou na proposta que te fiz? — como é difícil respirar quando você engasga com a saliva, desceu pelo lugar errado. — Está tudo bem?
— Isso não pergunta do nada Jungkook, quase me mata. — bati no peito, tossi mais um pouco para voltar. — Pensei.
— E qual sua resposta anjo? — ai senhor por que eu sinto que irei me arrepender disso?
— Eu aceito. — continuei olhando a janela, gotas interessantes.
— Olha para mim Jimin. — virei devagar. — O que você aceita?
— Por que está complicando? — chato! — Tenho mesmo que falar tudo?
— Sim, os minutos estão passando. — falou.
— Eu aceito você... — coço a garganta. — Me bancar e em troca deixo. — que vergonha! — Você me dar prazer.
Morri!
— Nem doeu. — bati no peito dele. — Agora doeu.
— Se continuar me fazendo ficar com vergonha, vou usar seu dinheiro para desaparecer. — até parece que eu faço isso, não vou ter coragem de comprar uma bala imagina passagem para fora do país.
— Acredite gatinho, para onde você for agora eu te acho. — isso soou como uma ameaça.
— Está me assustando Jeon Jungkook. — falei e ele riu, tudo parece que estou contando piada.
— Fica tranquilo, não sou capaz de fazer mal a você. — a mim não, mas o resto do mundo então você pode? Ainda não sei se devo confiar.
— Isso não foi tão reconfortante. — resmunguei.
— Você parece muito um gato assustado. — que nada. — Levanta um pouco.
Levantei sem entender, ele levantou e sentou na minha cama, bateu na coxa.
— Venha. — vou nada.
— Sentar no seu colo? — confirmou. — Pode esquecer querido, em uma perna sua já foi muito.
— Gostei do "querido". — não entendi. — Acabou de me chamar "querido" não percebeu?
Chamei? Nem vi.
— Não, mas não vou sentar no seu colo. — me recuso.
— É mesmo? — confirmei. — O que você acabou de aceitar? Lembro de ouvir algo como "deixo você me dar prazer", venha.
— Você é muito mandão. — fui até ele, tirei a pantufa e sentei em suas pernas com uma perna de cada lado do seu corpo. — É mais legal estar no colo, que ser o colo.
— Nunca sentou no colo de ninguém? — neguei, é uma coisa normal de fazer e eu não sabia?
— Jungkook, você é o primeiro homem que irei me relacionar, só namorei uma vez como já sabe e fui corno. — falei. — Isso aqui vai ser um relacionamento ou só uma troca de interesses?
— Qual a diferença? — me desconcentrou um pouco quando pegou na minha cintura.
— Bom, a diferença é que se for uma troca de interesses você pode se relacionar com outras pessoas, eu até poderia, mas estou ocupado com a faculdade para pensar nisso. — expliquei uma parte. — E se for um relacionamento será exclusivo, no caso você não se relaciona com mais ninguém.
— Você escolhe, anjinho. — falou.
— Relacionamento. — não consigo ver ele com outras pessoas. — Como foi o evento ontem?
— Até que demorou para você perguntar sobre isso. — olha o sorrisinho de canto, como pode ser tão lindo? — O que você quer perguntar é "você ficou com alguém ontem?", a resposta é não ciumentinho.
— Não era isso que eu queria, e não sou ciumento. — mentira, queria saber sim.
— A tá! — que audácia.
Eu estou no colo dele, e ele ainda não demonstrou nenhum interesse em me beijar, está começando ficar complicado.
— No que você está pensando anjo? — voltei a atenção para ele.
— Por que você ainda não me beijou? — muito direto? Sim, mas foi necessário ele não me deixou mais opções.
Ele primeiro me encarou depois deu o bendito sorrisinho idiota, será que estou apaixonado? Meu pobre coraçãozinho, vai ser massacrado por ele.
— Você não me pediu. — é brincadeira né?
— Quer apanhar Jungkook? Você que toma atitude em tudo e eu que preciso pedir para ganhar um beijo? Não fale mais comigo. — cruzei os braços virando o rosto. — Hoje.
— Você é engraçado anjo. — falou rindo, ouvi isso mil vezes essa semana. — Então você quer me beijar?
— Queria, no passado. — que bicha dramática, misericórdia. — Tô brincando, eu quero.
— Precisa olhar para mim. — voltei olhar seu rosto, mais a boca dele, na verdade. — Depois disso não tem como você fugir mais.
Como se eu quisesse fugir dele, não estou louco.
— Demorou de mais. — eu mesmo beijei ele........................
Muito rápido significa o quê? Desgraça no final.
Tô brincando gente 😐
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top