$ Capítulo 22 $

Jimin on.

Após a roda gigante fomos para o carrossel, quer dizer eu fui, ele só ficou olhando eu brincar.

Na minha visão de adulto que não teve infância, foi incrível!

— Eu amei! — falei ao me encontrar com ele após sair.

— Você foi sete vezes, com certeza amou gatinho. — abracei seu pescoço e dei um selinho demorado nele.

— Obrigado por isso, você é o melhor quase namorado que eu poderia ter. — agradeci.

— Logo serei oficialmente namorado, você também é o melhor gatinho. — beijou minha testa, nem tanto.

— Espero que seja logo mesmo. — falei.

— Vai ser. — acredito em você. — Está com fome?

— Sim, mesmo que eu já tenha jantado. — Passou três horas, eu posso estar com fome.

— Venha, vamos comer. — tem um restaurante no parque, mas eu quis hotdog mesmo.

Eu comi dois e ele dois também, com refrigerante.

Antes de ir embora peguei sorvete, ele não quis, mas ficou pedindo do meu o caminho inteiro para casa, ele tomou do meu sorvete, sem vergonha.

Cheguei em casa já era mais de meia noite, mas muito feliz, fiz algo que gosto com a pessoa que eu amo.

A melhor parte do meu dia é quando estou com ele, e se não vejo ele, meu dia é péssimo.

— Está entregue. — falou.

— Queria ficar mais com você! — fui sincero, guardo muita coisa que sinto por medo e aí parece que eu não sinto nada. — Dorme aqui hoje, por favor? Prometo que vou me comportar e não te provocar em nada.

— Não posso gatinho, preciso terminar as últimas coisas para a viagem. — ah! Mas eu queria.

— Tudo bem, já te falei que todos os meus amigos vão? — negou. — Então, eles vão.

— Mais um motivo para eu ir para minha casa, você vai acordar cedo amanhã. — me expulsando, esse safado. — Boa noite! Durma bem.

— Está me expulsando, né? Ainda diz que gosta. — faço drama mesmo.

— Não estou te expulsando, estou fazendo o que vai ser melhor para você. — grande diferença.

— Vou entrar então, boa noite! — dei um selinho nele. — Tchau!

— Tchau! — saí do carro e fechei a porta, após entrar ele foi embora com seu carro que compra uma cidade dependendo do lugar.

Fui para dentro, subi para o meu quarto, tomei banho primeiro e escovei os dentes em seguida, depois fui vestir um pijama.

Estava na cama, Café na caminha dele com o meu coelho. Encarando o teto pensando que quero dormir com o Jungkook, mas ele não podia ficar aqui.

O homem ocupado que eu fui me apaixonar, cheio de trabalho para fazer, alguém de respeito.

Já sei!

[...]

— Café, se comporte que aqui não é a sua casa. — falei após colocar o café no chão.

Levei a caixa de areia dele para a lavanderia, o pote de ração e água ficou na cozinha, Jungkook não quer humanos como filho quem sabe um gato ele aceite.

— Agora preciso achar o Jungkook. — Café estava escalando o sofá, uma hora ele aprende a pular. — Só não deixa marcas, viu? Gatinho lindo.

Entrei no corredor do escritório, não bati e abri a porta, quase matei meu velhinho do coração.

— Que susto! Quer me matar do coração gatinho? — estava com a mão no peito.

— Desculpa! Surpresa! Você não podia dormir na minha casa, vim dormir na sua. — falei após entrar. — Eu posso?

— Você já está aqui gatinho, te conheço o suficiente para saber que trouxe mala. — me conhece tão bem. — Mas pode, deixou seu gato sozinho pai irresponsável?

— Não, ele está dormindo no seu sofá nesse momento, o que está fazendo? — fui para o lado dele da mesa, sentei em seu colo, lendo o que estava no computador. — Interessante, o que significa MPT?

— Nada que vá gostar gatinho. — sei. — Então, que tal dormir?

— Não tô com sono, prefiro ficar acordado. — falei. — Que horas vai ser a audiência?

— Três horas da tarde. — bom horário. — A advogada disse que quer se encontrar com você, Bea e Kamila antes de entrar.

— Vou avisar elas. — Bem tranquilo no colo dele, enquanto ele olha o computador.

Mandei mensagem no grupo, é mais fácil.

Então Bea e Kamila, a advogada quer nos encontrar antes da audiência hoje.

Kamila - Tô nervosa!

Bea - Estou tranquila! Ainda bem que o senhor Choi já contratou mais três pessoas para a cafeteria.

Tae - Não acredito que irei perder isso, que droga!

Jasmin - Nós já perdemos a cena ao vivo, a audiência é o nosso menor problema.

Kamila - Se vocês não estivessem transando teriam visto.

Exatamente Kamila.

Tae - Isso não vem ao caso.

Bea - Vem sim, safados!

Bea - Porque estamos acordados uma hora dessa sendo que tem aula cedo amanhã?

Estou na casa do Jungkook.

Kamila - Estava procurando pontos turísticos que iremos visitar em Paris e na Itália.

Jasmin - Estou fazendo minha mala.

Tae - Não estou em casa.

Bea - Estou pensando.

Bem lembrado Jasmin, preciso comprar uma mala porque só tenho pequena.

Dependendo do lugar eu não vou Kamila, você é doida, não confio nos lugares que você quer ir.

Onde você está Kim Taehyung?

Pensando em que Bea?

Jasmin - Até te emprestaria uma Jimin, se Kamila não tivesse jogado todas fora, também precisei comprar porque a bonita não queria lembrar do tempo de pobre, soberba.

Kamila - São lugares tranquilos, e eu não sou soberba sua chata!

Bea - Em nada de importante.

Não acredito nisso, tem algo acontecendo com a Bea, sei que tem.

Tae - Casa do Hoseok.

Você está no celular em um "encontro"?

Tae - Ele está tomando banho, se eu parar de responder é porque ele saiu do banheiro.

Bea - A noite do Tae vai ser agitada.

Kamila - Se quiser gravar e me mandar eu não ligo, é para o meu gato.

Jasmin - Nem disfarça, safada!

Kamila - Não é necessário disfarçar aqui, todos já sabem que gosto de assistir, e preciso ver isso.

Kamila - Faz parte da minha de coisas para fazer antes de morrer.

Que lista é essa?

Bea - Você não quer saber.

Quero sim, fala.

Kamila - Já que insiste tanto.

Kamila - 1: Beijar o Jimin, 2: Assistir Tae transando com alguém, 3: O mesmo para o Jimin com Jungkook, 4: Ir ao casamento do Jimin, 5: Ficar rica, 6: Esquecer que fui pobre, 7: Saber o que o Jungkook esconde do Jimin, 8: Ver a mãe do Jimin morrer, 9: Conhecer a Itália.

Kamila - Alguns dos itens já aconteceram, mas é assim minha lista.

— Olha a lista de coisas que Kamila quer fazer antes de morrer. — mostrei a tela ao Jungkook.

— O que eu escondo de você? — o que né menino?

— Se um dia for confiar em mim, para me contar, estarei esperando para ouvir. — falei. — Já terminou?

— Quase gatinho. — voltei ao celular.

Bem básica a sua lista.

O casamento pode esquecer, será eu, o Jungkook e um juiz.

Bea - Agora o Jimin fala do futuro inserindo o Jungkook com a certeza que ele vai estar, antes o Jungkook era o primeiro a ser retirado, perseguido pelo gatinho.

Nem era assim, calúnia!

— Eu fazia isso, amor? — colocar o apelido no final para ele lembrar o que falei.

Demorou um pouco para a expressão de apaixonado sair, fiquei olhando minhas unhas que já está saindo o esmalte, pedir para a Bea fazer no avião, quero chegar em Paris arrasando.

— O que gatinho? — mostrei. — Fazia, sempre tinha o "se", agora já está falando que vai casar comigo, não vejo a hora de colocar Jeon no seu nome.

Jeon, é mesmo, eu serei um Jeon.

— Park Jungkook é melhor. — falei só para provocar um pouquinho.

— Não, Park é da sua mãe, e eu não quero o nome da sua mãe. — chato! — Porque não foi registrado com o nome do seu pai?

— Também não sei, eles nem assinam o mesmo nome, ele é um "Wo". — contei. — Pensando sobre isso agora, totalmente estranho.

— Tudo que envolve sua mãe é estranho. — discordo.

— Eu vim dela, sou estranho? — cada coisa, assim fere meus sentimentos.

— Você se salva, anjo, mas também não é certeza que veio dela. — Que história é essa? — Já percebeu que não tem um traço da sua mãe? Nada, nenhuma pinta.

— Às vezes acontece. — não, mas finge que sim.

— Seus olhos e sua boca puxaram para seu pai, o restante não sabemos de quem você puxou, e eu já vi foto dos seus avós na sua casa, não é deles. — legal, sou órfão de mãe.

Após Antonietta me entregar a papelada serei órfão mesmo, mas oficialmente e biologicamente parece que eu nunca tive mãe.

Apesar que ela não é um exemplo para se seguir como mãe, o diabo acha ela terrível de tão ruim que aquela mulher é.

— No que está pensando gatinho? — perguntou.

— Que sou órfão de mãe, queria fazer teste de DNA para saber. — comentei.

— Se quiser eu posso colocar meu dedo na história, e arranjo o teste para você. — permite e ele pegou o celular.

— Não vai ligar para a Lisa a essa hora. — falei. — Se for para a Judy eu não ligo.

— Ela não trabalha mais para mim. — Que alegria! — Foi ela que me fez ter a crise de ciúme, falou umas coisas a mais e eu acreditei.

— O que ela falou? — perguntei e ele respondeu. — Fica tranquilo, não vou te trocar por alguém mais novo, ainda mais o Yoongi.

— Pareceu fazer sentido o que ela falou na hora que contou sobre a música que iriam gravar, aí tive uma crise de ciúme. — é, eu lembro bem. — Mas confio em você.

— E você? — me olhou tentando entender. — Vai me trocar por alguém da sua idade?

— Não, estou feliz com você! — e se um dia ele deixar de estar feliz?

— Certeza? — confirmou.

— Está com sono? — neguei esperando algo interessante. — Hoje na faculdade você vai acabar dormindo na aula.

— E eu pensando que iria fazer algo, é só para me dar bronca. — chato!

— Você está muito safado! — falou achando graça.

— E a culpa é de quem? — ficou quieto. — Pois é, toda sua!

Voltei a mexer no celular, ver se ainda estão acordados, o Tae sumiu então já dá para saber que a cobra está transando.

Bea - Fazia sim.

Kamila - Agora você só dá patadas nele de vez em quando, eu penso que não é muito saudável para um idoso ganhar patada, quebrar o quadril está em alta.

Bea - Kamila, cala os dedos.

Kamila - Não era para falar? Foi mal, ninguém me avisou sobre isso.

Como assim eu dou patada nele?

Kamila - É raro, mas acontece sempre.

Bea - Se não ficar quieta eu vou no seu quarto.

Bea - Digamos que a sua forma de responder umas coisas às vezes, bem raramente, é agressiva.

Bea - Mas se ele não reclamou então não deve ligar.

Jungkook não reclama de nada que eu faça, o dia que deixei ele triste no aniversário ficou quieto e não disse que minha atitude o deixou magoado.

Para me proteger ele se fere.

Olhei para ele, me olhou e sorriu, já voltando a se concentrar no computador.

Legal, agora estou triste comigo mesmo.

Kamila - Profundo, chorei!

Bea - Então se ele não falar, quem vai perguntar é você meu amigo pudim.

Bea - O relacionamento de vocês tem um futuro lindo, mas o diálogo é a base para permanecerem juntos, já vemos que ele aceita seus defeitos e você os deles, porém, alguns podem ser mudados.

Bea - Acredito que ele vai te pedir em namoro nessa viagem, quando tiver um tempo assista um canal de uma psicóloga, ela é focada em relacionamento, você vai saber o que perguntar exatamente.

Ela mandou o link do canal, irei ver após a audiência de amanhã, e após eu comprar uma mala maior.

Obrigado as duas.

Podem me contar em situações que fiz isso?

Bea - Não, se vai mudar não precisa saber.

Kamila - Exatamente.

Eu prefiro que me contem, para não se repetir em situações parecidas.

Kamila - Você que pediu.

As duas começaram a enviar várias situações que agi de forma grosseira sem ver. Porque eu não vejo quando faço isso?

— Quantas mensagens gatinho, o que estão conversando agora? — perguntou.

— Sobre a viagem. — menti.

Kamila - É isso. Mas você consegue ser mais gentil, pudim, acreditamos em você!

Bea - Pense mais antes de falar, reflita "eu gostaria de ouvir isso?" Assim o relacionamento de vocês e você vai evoluir mais, porque esse seu jeitinho levemente agressivo é seu sistema de proteção graças aquela coisa, mas já está na hora de baixar a guarda.

Obrigado por me avisar, farei meu máximo para melhorar.

Já fiz isso com vocês?

Kamila - Já!

Bea - Vai dormir Kamila, é um passo de cada vez.

Kamila - Minha mãe disse que mentir é feio, dessa boquinha só sai verdades, dedinhos também.

Legal, podemos trocar pudim para cavalo.

Desculpa fazer isso com vocês!

Kamila - Está tranquilo! Crescemos no Brasil, suas patadas não fazem cócegas, no Brasil as mães fazem isso, pais, irmãos, amigos, é um jeito de dizer que ama.

Bea - Nós sabemos lidar com isso, só Jungkook que não porque ele é italiano/coreano.

Bea - Faça devagar sua evolução, lentamente. Seus traumas foram construídos em vinte anos, não tente superá-los em um dia, com calma você vai superar tudo isso e se tornar melhor do que já é.

Kamila - Isso, estaremos com você!

Bea - Sempre, e boa noite! Eu preciso dormir.

Kamila - Não consigo dormir, tô muito ansiosa, mas vou ir ver mais lugares que irei visitar, bye bye!

Vocês são perfeitas! Obrigado de novo.

Boa noite! E tchau!

Estava olhando Jeon concentrado, não quero ficar tratando ele com grosseria sendo que ele me trata como um príncipe.

Quem diria que ter uma mãe como a minha traria traumas até para o meu relacionamento? Ninguém, quem falou mentiu.

Esse é o meu sistema de defesa que criei para não me machucar mais, mas isso está machucando quem eu amo, hora de desligar o sistema ou posso perder  Jeon, e eu não quero perder ele.

Não sei quando, mas em algum momento eu dormi, apaguei legal, do tipo entrar em coma e que nada consegue acordar.

E assim Jungkook não conseguiu me acordar, se é que ele tentou, acordei no susto na cama.

Olhei para o lado, ele ainda dorme, não tentou me acordar porque também apagou, o relógio na mesa de cabeceira diz ser onze horas.

Puta que pariu!

— Merda! Eu perdi a aula. — Sorte que não tenho nada importante hoje.

Deitei novamente, Jungkook me abraçou dormindo, e raspou o nariz levemente no meu pescoço, ele tem mania de fazer isso enquanto dorme, quando está comigo.

Eu dormi de novo porque sei que a governanta está aí, ela vai dar comida ao Café, ele não deixaria ela em paz até ganhar comida.

Dessa vez não foi por um tempo longo como entrar em coma, logo eu estava acordando por sentir beijos no meu pescoço.

— Me deixa dormir, Kook. — resmunguei.

— Mais gatinho? É quase uma hora. — grande coisa, tô com sono! — Hora de acordar, seu filho gato está te procurando pela casa.

— Nosso filho gato, amor. — Abri os olhos.

— Por me chamar assim, aceito o Café como filho. — ele é igual criança, a diferença é que preciso sustentar ele para sempre. — Vai levantar?

— Sim, você perdeu a hora? — confirmou.

— A Lisa veio aqui, mas a Ana não permitiu que ela nos acordasse, eu só perdi uma reunião com investidores nada de muito importante. — ri do sarcasmo dele. — Vai tomar banho?

— Pretendo, ache o café e faça ele ficar quieto, consigo ouvir daqui ele miando. — está fazendo drama.

Em uma casa dessa, com ração, água, caixa de areia limpinha, não tem motivo plausível para reclamar.

— Bom dia! Amor. — sentei na cama, beijei a bochecha dele.

— Bom dia! Gatinho, pode ir tomar banho que irei achar nosso filho gato. — Saiu da cama, levantei e fui para o banheiro.

Tomei um banho relaxante para despertar, só não lavei o cabelo porque não tem os produtos certos aqui, pode estragar meu cabelo loiro.

Escovei o dente antes de sair, com o roupão, entrei no closet e já vi a pequena mala que eu trouxe. Após passar creme no corpo fui me vestir, coloquei calça jeans e precisei sair do quarto para saber quantos graus está fazendo.

No relógio da cabeceira deu para ver, calor, está calor!

O apartamento todo tem ar-condicionado para o calor e aquecedor para o frio, não dá para saber que temperatura está fazendo lá fora.

Mas lembrei que irei daqui para a audiência, vou usar social, eu comprei recentemente e trouxe já pensando nisso.

Coloquei uma calça social preta e uma blusa preta gola em V, não é social, mas vai combinar. Após estar por dentro da calça coloquei o cinto, vou calçar o sapato.

É um creeper verniz preto, os sapatos sociais que o Jungkook usam eu não gostei no meu pé, esse faz mais meu estilo.

Levantei e peguei o terno, ele é lindo! Preto com brilho, coloquei e me olhei no espelho.

Eu sou lindo!

Busquei meu celular no quarto, tirei uma foto, deixei embaçado o fundo para não começarem as fofocas sobre eu já estar com outro, eu sempre estive.

Postei no Instagram, guardei o celular e fui terminar de me arrumar.

Passei o óleo no meu cabelo e o pente, ficou ótimo! E o perfume do Jungkook atrás da orelha, gosto de ficar com o cheiro dele.

Saí do quarto, e fui andando pelo corredor grande até estar na escada, desci ela devagar, a minha é um pouco menor então desço pulando degraus.

Café está brincando com uma bolinha de papel, e Jungkook sentado à mesa olhando ele brincar e o iPad na mão.

— Bom dia! Jimin. — levei um susto, olhei para o lado. — Perdão pelo susto.

— Tudo bem, bom dia! — falei. — Kook, como estou? É a primeira vez usando social, não sei se combina comigo.

Eu tô lindo, e é bom ele falar o mesmo ou irei provocar ele daqui até Paris.

Virou na cadeira, me olhou e se surpreendeu, dei uma volta.

— Então? — perguntei.

— Está mais lindo, gatinho! E qualquer coisa combina com você, até um saco de lixo. — exagerado.

Levantou e veio até mim, beijou minha testa.

— Mas está calor, se eu começar a derreter irei tirar tudo. — me olhou bravo.

— Nada de tirar tudo sem vergonha, vai continuar derretendo, mas de roupa. — chato!

— Você está sendo ruim comigo, Kook. — falei. — Eu posso desmaiar.

— Que nada! Você aguenta, sei que vai aguentar. — esse meu velhinho é cruel, posso nem andar pelado.

— Chato! — ouvi risadas, olhamos para a Ana.

— Vocês são fofos e engraçados juntos. — falou. — Dá para ver o amor que sentem um pelo outro, muito lindo.

Fiquei com vergonha!

— Sentem, já coloquei a comida na mesa. — fomos para a mesa.

— Não vai comer Ana? — Jungkook perguntou.

— Já comi, obrigada! — e foi para a lavanderia.

— Que bolinha é essa que Café está brincando? — perguntei.

— Um pedaço de contrato que não assinei, amassei e dei para ele brincar. — falou tranquilo, ele serviu comida para mim.

— Não tinha algo menos importante? — negou.

Comi conversando com ele sobre a audiência, estou tranquilo, e ele disse que a advogada processou a Versace não só a funcionária soberba, serão duas audiências.

O barraco jurídico vai ser perfeito!

Após comermos nós subimos, ele foi trocar de roupa porque só tomou banho, e eu escovar meus dentes, passei fio dental antes.

Jungkook entrou e eu já expulsei ele, há limite para tudo, não vai me ver passando fio dental.

— Gatinho, me deixa entrar? — não.

— Quando eu terminar isso, você entra, existem limites Kook que você precisa respeitar, me ver passando fio dental é um deles! — ver eu nu tudo bem, fazendo isso nem sonhando.

— Você é único anjo! — quando terminei abri a porta, aí escovei meu dente e ele entrou. — Quando casarmos também vai me impedir?

Engasguei com a espuma, desgraça!

— Isso não se fala do nada, quase morri. — lavei a boca enquanto ele ri. — E sim, também vou te impedir.

— Gatinho mandão. — Nem sou.

— É para levar só meus documentos né? — coloquei minha escova no lugar dela, ele confirmou.

Peguei a pasta na minha mala do closet, eu vim preparado para ficar, sou alguém precavido.

— Então, vamos? — perguntei quando ele saiu do banheiro.

— Falta a gravata. — entrou no closet e já saiu com ela na mão, fiz o nó para ele e nós saímos.

Está de terno azul-escuro e camisa social preta, com gravata azul-escuro também, cabelo sempre penteado para trás o deixando com ar de empresário sério e rígido.

— Vai babar gatinho. — bati no braço dele.

— Convencido! — descemos a escada. — Se comporte Café, nada de ficar miando pela casa. — falei com o gato.

Estava no sofá dormindo, levantou a cabeça me olhando, voltou a dormir.

Despedimos da Ana e saímos, na hora que o Jungkook estava chamando o elevador, aproveitei para passar o gloss que peguei, o elevador chegou e ele não viu por encarar minha boca.

— Vai babar amor. — Minha vingança.

— Engraçadinho. — Entramos no elevador, guardei o gloss no bolso da calça.

Ele não aguentou, precisou me beijar e eu um santo não iria negar assim a pasta foi para o chão, encostou meu corpo na parede do elevador enquanto me beijava.

Se está pensando que paramos rápido porque o elevador chegou, pensou errado, ele apertou um botão fazendo o elevador parar, é privado então não tem problema.

Uma de suas mãos parou em minha cintura, apertou e fez eu colar em seu corpo, senti a outra descendo para minha bunda e logo apertou forte, assim eu fico fraco.

Mordeu meu lábio, voltou a me beijar, ele levantou minha perna e apertou minha coxa, olha, vai devagar que eu posso desfalecer.

Gemi em sua boca, e senti ele sorrindo.

— Poderiam colocar em uma música você gemendo manhoso assim. — sussurrou no meu ouvido soltando minha perna devagar. — Um brat manhoso só eu tenho.

— Só você ouviria a música, senhor? — gosto de provocar.

— Vou ignorar o deboche, e não, o mundo pode saber o que causo em você. — filho da puta!

Te amo sogra!

— E o que eu causo? — me olhou sem entender, coloquei a mão sem vergonha nenhuma no que está marcando na calça. — Está bem visível amor, então? Também podem ver o que causei em você com um beijo?

— Você é terrível gatinho! — eu sei. — Mas eu gosto, e não ligaria.

— Safado! — apertei o botão e peguei minha pasta, o elevador chegou ao estacionamento. — Sabe que os seguranças do prédio viram isso, né?

— Sim, já vou mandar fazer uma cópia para mim, e apagarem, se contarem para alguém perdem o emprego. — segurando em minha mão até o carro que iremos.

— Porque quer uma cópia? — perguntei.

— Uso pessoal. — safado!

Abriu a porta e eu entrei, vamos com o carro de quinze milhões, me sinto um baby boy como diz o Tae andando nesse carro com o Jungkook.

Coloquei o cinto e ele entrou fez o mesmo, já ligou o carro.

Estava tentando ficar concentrado no celular, mas acabava encarando o que não devia, guardei o celular e coloquei a mão em cima o fazendo se assustar.

— Não, gatinho. — mas eu queria tanto.

— Só um pouquinho? — pedi.

— Vai me sujar de porra para ficar em um tribunal, posso ir preso, nem pensar gatinho safado. — se esse é o problema.

— Eu uso a boca. — me olhou assustado.

— Eu criei um monstro. — concordo. — Não, vai me provocar e nós já estamos atrasados.

Chato!

Voltei a olhar meu celular, meus amigos querendo saber porque não fui, simples, dormi mais que a cama.

Perto do fórum ele parou o carro, porque paramos?

— Você precisa continuar. — falei.

— Vai terminar de chegar com os seguranças, está cheio de fotógrafos e jornalistas na frente do fórum te esperando. — eu? — Se tornou público seu processo gatinho, chegar comigo vai ser muito suspeito.

— Tudo bem, te vejo lá! — tirei o cinto, dei um selinho nele antes de sair do carro.

Fui até o carro dos seguranças, Lipe já estava fora e abriu a porta de trás para mim, mas estava outro carro atrás deles.

— Oi! — falei.

— Olá Jimin! — os dois me cumprimentaram.

— De quem é o carro de trás? — perguntei quando ele continuou nos seguindo, Jungkook esperou nós sairmos.

— Os outros seguranças, senhor Jeon achou melhor aumentar após você ficar famoso e entrar em um escândalo, agora estamos em sete. — e ele nem me fala nada, sete pessoas me seguindo.

— A tá! Todos vocês estão armados? — perguntei de curiosidade. — Arma de fogo só, ou mais?

— Até o senhor Jeon anda armado com você. — Lipe respondeu, como é?

Como assim Jungkook anda armado? E o pior, eu não percebi, como posso ser tão sonso? Lerdo!

— Nós usamos arma de fogo, faca, e eu luto com Nunchaku. — Na-yeon respondeu.

— O que é Nunchaku? — Lipe tirou da cintura dela e mostrou os dois pedaços de madeira ligados por uma corrente. — Nossa, isso não é muito?

— Não, senhor Jeon não quer que nada aconteça a você, e se acontecer estamos ferrados. — imagino mesmo.

Quando chegamos, Na-yeon me deu um óculos escuro, coloquei sem entender, os dois saíram primeiro e logo a porta abriu.

Eu saí e começou a chuva de flash, alguém processando a Versace iria dar nisso mesmo, Na-yeon ficou na minha frente e o restante dos seguranças me fecharam.

— Jimin, porque você processou a Versace? — ouvi alguém perguntando.

— Você já sabia que o Agust D iria assumir o relacionamento e depois acabar com tudo? — e o que isso tem a ver com o processo?

— Fale o motivo para ser o único que o CEO Jeon Jungkook segue? — escondi o sorriso enquanto subia as escadas.

— Ele é meu fã. — a única que respondi.

Entramos no fórum onde eles não entram, graças a Deus!

Vi Jeon com a minha advogada, óbvio que Antonietta está aqui, Kamila e Bea sentadas perto olhando o celular.

— Obrigado Na-yeon. — Devolvi os óculos para ela.

— De nada. — fui para perto deles.

— Jimin, que bom que chegou. — Antonietta falou.

Cumprimentei a advogada, vi que tem mais dois homens com ela, fazem parte do time.

— Oi meninas! — falei com elas.

— Oi pudim, sentimos sua falta hoje. — Kamila levantou com Bea.

— É, não falte de novo. — Bea falou.

— Preciso conversar com vocês, a sala privada é por aqui. — nós fomos para uma sala. — Então, o processo é ganho, mas preciso avisar vocês de certas perguntas que eu prefiro que sejam sonsas.

— Quais perguntas? — Bea perguntou.

— A defesa da funcionária nem tanto, mas a defesa da Versace é forte, não mais que eu é lógico. — Kamila, você está babando no meu sapato!

Nem disfarça.

— Todos aqui falam inglês né? — confirmamos. — Os advogados vieram direto da sede na Itália, o julgamento será inteiro em inglês, primeira pergunta a ser evitada o envolvimento do senhor Jeon com o Jimin, eu fiz minhas pesquisas e eles andaram fazendo perguntas por aí sobre isso, falam que não sabem do relacionamento deles.

— Mas se mostrarem provas que sabemos? — Kamila perguntou.

— Nesse caso, você finge que tem memória ruim e não se lembrava, o senhor Jeon não quis entrar no processo, mas vão citar ele porque se apresentou no dia como namorado do Jimin e eles vão querer saber porque ele não se envolveu no processo. — até eu quero saber. — Nós temos provas, testemunhas incríveis e sãs, nenhuma delas podem ser refutadas, também não se envolvam com as perguntas sobre o escândalo que saiu recentemente, Jimin

— O que tem eu? — perguntei até com medo.

— Você sabe como agir? — confirmei. — Não fique nervoso, responda com calma, e de forma didática sem palavras difíceis para não se complicar, não se estresse com as perguntas da oposição, eles querem te ver descontrolado.

— Tudo bem, sei me controlar. — falei. — Porque não disse para elas ficarem calmas?

— Em cinco minutos já beberam três copos de chá calmante. — confirmaram. — Vão ao banheiro agora, depois não pode, será uma pausa de uma audiência para a outra de dez minutos.

Até eu fui ao banheiro, tô nervoso!

Passei pelo Jungkook antes de entrar, ele me devolveu minha pasta.

— Boa sorte! — sussurrou.

Entrei ao lado da advogada com a  equipe dela, as testemunhas não ficam aqui, vão sendo chamadas e depois podem sentar.

Quem é esse povo aqui?

Nós sentamos na frente do lado direito, o advogado da funcionária estava do outro lado, Jungkook e minha sogra ficaram do lado direto.

— Seus documentos? — passei a pasta, ela olhou e logo alguém veio pegar.

— Que horas vai começar? — perguntei.

— Agora. — anunciaram um juiz, eu esperava um senhor de idade, mas entrou um homem bem jovem até.

Nós colocamos em pé, a roupa típica de juiz, fez o sinal e nós sentamos.

Alguém leu o nome do processo e a causa dele, "calúnia e difamação", me acusaram de ser ladrão lógico que eu chamaria o Jungkook.

— Senhorita Laviolette, explique o processo. — perguntou.

— Meritíssimo, no dia 17 de agosto no shopping central às 14:50 meu cliente, Park Jimin, entrou em uma das lojas da Versace para comprar um tênis e a acusada duvidou da procedência do cartão, o acusou de roubo, direcionando várias ofensas relacionadas a condição financeira do meu cliente. — sua advogada é ótima, Jungkook. — Permissão para apresentar a primeira prova, senhor?

— Concedida. — um da equipe dela colocou na televisão que estava ali exatamente para isso.

— Senhor, o que vamos ouvir agora é tudo que foi dirigido ao senhor Park no dia da ocorrência. — ele falou e deu play.

Eu estou pleno, meus advogados são ótimos e defendem o Jungkook empresário, me defender é fácil.

Todos ouviram o que ela falou, sou chamado de ladrão, pobre sem vergonha, gente da minha laia nem deveria ser permitido entrar ali. Pode parecer simples, mas se você entende de lei sabe que isso dá um processo, e eu entendo.

— Senhor Kim, qual sua posição em defesa da sua cliente? — ótima pergunta juíz.

— Meritíssimo, não tinha como minha cliente saber que o senhor Park tinha dinheiro para pagar o tênis. — O belo advogado que ela arrumou.

— Protesto. — minha advogada levantou falando.

— Explique. — isso está interessante.

— O senhor Kim disse que não tinha como a cliente dele saber, mas o senhor Park apresentou um cartão com seu nome, e estava vestindo roupas que pagariam dez tênis. — bem lembrado. — Tenho provas, posso me aproximar?

— Sim. — ela levou uma pasta até ele, ele abriu e olhou.

— Essa calça custa seis mil dólares, a blusa dois mil dólares, o casaco custa doze mil dólares e o tênis que está calçando cinco mil dólares, ela como vendedora de roupas caras sabia que ele tinha dinheiro para pagar o tênis. — concordo.

— Pode voltar ao seu lugar, senhorita.  Senhor Kim, qual sua defesa sobre as provas? — juiz deve ver cada barraco.

— O áudio não é garantia de ser minha cliente, pode ser outra vendedora. — ela está ferrada com esse advogado.

— Senhorita Laviolette. — maceta ele.

— O áudio que o senhor Kim está duvidando da procedência passou por dois especialistas e eles confirmaram que ele não é modificado, e no dia em questão só estava a cliente dele vendendo. — nem eu vi isso. — O outro vendedor era um homem.

— Senhor Kim, até agora o senhor não apresentou nenhum argumento coerente, uma prova, nada a favor da sua cliente. — bem-feito. — Senhora Han, você acusou o senhor Park de roubo, o ofendeu de várias formas, deixe o julgamento para mim, porque fazer isso te colocou aqui com esse advogado que não poderia defender nenhum inseto.

Caraca, macetou.

— Causa ganha para o senhor Park Jimin. — bateu o martelo. — Qual valor foi especulado para pagar?

— Cinquenta mil won. — minha advogada respondeu, isso é pouco, ela vai tirar dinheiro é dos italianos.

— Minha cliente não pode pagar isso. — pensasse isso antes de acusar alguém.

— O senhor Park aceita parcelar o valor? — perguntou olhando para mim.

— Vai aceitar Jimin? — a advogada me perguntou baixo. — Doze parcelas? — confirmei. — Meu cliente aceita parcelar, doze parcelas.

— Se a senhora Han não pagar todas as parcelas será presa, audiência encerrada. — ele saiu primeiro.

Após o povo sair nós saímos, Antonietta nós  parabenizou e Jungkook também, o mais fácil ganhamos, só falta um.

— Não sabia que seria tão fácil, o advogado dela é péssimo. — Laviolette falou. — Ele poderia usar tantas coisas e deixou escapar, eu estava pronta para todas, mas com isso ele diminuiria o tanto que a cliente vai pagar.

É burro tadinho!

— Kamila e Beatriz nem precisei chamar, guardar elas para o próximo. — Sim.

— Aqui gatinho, tome isso. — Jungkook me deu um copo.

— É o quê? — perguntei.

— Chá de camomila, te conheço o suficiente para saber que pode ficar estressado com as perguntas que farão. — Bebi rapidinho.

— Obrigado! — agradeci.

Jungkook e Antonietta se afastaram de mim, fiquei esperando a próxima audiência com a advogada, porque os advogados italianos chegaram, são quatro homens e uma mulher loira.

— Quem é a loira? — perguntei para a minha advogada.

— Donatella Versace, a dona. — minha boca abriu. — Ela está na Coréia para um desfile que terá neste final de semana, aproveitou para vir aqui.

— Agora eu tô nervoso, a dona está aqui. — só um pouquinho.

— Fique calmo, eu conheço esses advogados, são ótimos! Mas estamos preparados para tudo. — eu espero mesmo.

Assim que deu a hora nós entramos em outro tribunal, maior e com mais gente, mas são pessoas que não vão espalhar algo que escutarem aqui.

Os advogados vieram e apertaram a mão da minha advogada, desejaram boa sorte.

Só estou calmo pelo chá que tomei, caso contrário poderia surtar.

O mesmo juiz entrou e nós levantamos, após o sinal sentamos.

Esse é totalmente em inglês, ainda bem que eu sei.

O início foi igual ao outro, expor o motivo do processo e tudo mais.

— Senhorita Laviolette, explique o processo? — enquanto estou como apenas o cliente está ótimo, falar lá na frente sob juramento que será complicado.

— Meritíssimo, o processo é para provar que se a oposição tivesse uma preparação para vendedores não estaríamos aqui hoje, eles estavam cientes do comportamento da vendedora que se comportou impropriamente diante uma situação simples, e que poderia ser deslindado sem alvoroço da parte dela. — palavras difíceis começaram a aparecer. — Meu cliente cumpre com os seus deveres para a sociedade, segue as leis, paga os impostos, o que ele queria ao entrar no estabelecimento da oposição era ser bem atendido e isso não aconteceu porque eles não fazem uma preparação adequada aos vendedores para que atendam com decência um cliente.

Fiquei com sede por ela, abri a garrafa e bebi água, fechei de novo deixando sobre a mesa.

— Defesa da oposição, apresente argumentos válidos. — O juiz realmente não gostou do outro advogado.

— Senhor juiz, esse processo é sem fundamentos e o azo é básico. — não era mais fácil falar "motivo"? Apesar que o "azo" é top. — Nós da defesa entendemos o processo, mas uma simples troca de palavras teria deslindado sem envolver um tribunal. — agora ela acaba com ele.

— Senhorita Laviolette. — sua vez.

— Então senhor, nós tentamos conversar, mas como os funcionários da oposição são sem preparo e incompetentes por culpa deles, o gerente da loja em questão ofereceu suborno, o que é crime nesse país. — verdade, eu estava lá.

Ri internamente, me divirto.

— É por isso que meu cliente abriu esse processo, pela melhora do atendimento a outros clientes, porque os dois citados no processo não foram demitidos após esse transtorno. — deixaram trabalhando para pagar meu processo.

Ele colocou eles para falar e ela sentou de novo.

— Acredito que você não vai precisar testemunhar. — Perfeito!

— Meritíssimo, meus contratantes não sabiam do comportamento da funcionária, ela nunca apresentou problemas. — outro advogado da defesa falou.

— Protesto. — concordo, só não entendi o motivo. — Tenho provas que mostram o contrário, senhor.

— Apresente. — melhor que novela mexicana.

Agora que eu vi, estão gravando, não gostei!

— Nessa pasta contém várias reclamações de colegas que trabalham com a funcionária, e isso é outros clientes que foram destratados por ela, mas não fizeram nada. — ele olhou as duas pastas. — Eles sabiam do comportamento dela e não fizeram nada sobre o assunto.

Voltou para o meu lado, acabou com o argumento do outro.

— Prova número três. — falou, um da equipe dela levantou e foi até a televisão. — Imagem da câmera de uma loja em frente no dia do ocorrido.

Mostrou em câmera lenta para ser fácil ver, eu prestei atenção mesmo sabendo o que acontece, o comportamento dela e tudo mais.

— Meritíssimo, permissão para chamar a primeira testemunha. — ele concedeu. — Psiquiatra consultora para o fórum.

Uma mulher entrou, sentou no lugar da testemunha, fez o juramento.

— Senhora Woo, por favor assista esse vídeo. — colocou para a psiquiatra, que antes colocou os óculos. — Próximo vídeo. — o outro advogado trocou. — Nesse ela destrata uma senhora de idade que só queria comprar uma bolsa. — mostrou cinco vídeos.

Minha advogada saiu do meu lado e foi lá para frente, para perto da testemunha, deve ter visto o aparelho auditivo no ouvido, vamos ajudar a psiquiatra.

— Senhora Yoo, não quero tomar seu tempo, com esses vídeos se fosse para dar um diagnóstico supositório para essa mulher, qual seria? — perguntou.

— Protesto. — calado! — Juíz isso não é pertinente para o processo.

— Negado, continue advogada. — otário!

— Que ela é instável, não tem muito controle em suas atitudes, e se for colocada sob estresse pode se tornar até perigosa. — olha o perigo que eu corri. — Como não sou psiquiatra dela posso dizer que ela tem traços de sociopatia, não deveria trabalhar com o público.

Minha advogada é de mais!

— Mais uma pergunta, se ela tivesse passado por um psicólogo ou psiquiatra antes de ser contratada, saberiam que ela não estava apta para o emprego? E também evitando essa situação desconfortável para o meu cliente. — mandou bem na pergunta.

— Sim, uma única consulta seria suficiente. — respondeu.

— Meritíssimo, o senhor percebe que por incompetência da oposição em colocar apenas um psicólogo isso não estaria acontecendo. — Kamila tem razão em babar, a mulher manda bem. — Sem mais perguntas.

Veio e sentou.

— Defesa da oposição, alguma pergunta para a testemunha? — o juiz perguntou.

— Sim, senhora Yoo. — começou a formular sua pergunta. — Respondeu tudo corretamente, e apontou um diagnóstico bem preciso apenas por ver vídeos.

— Tenho trinta anos de psiquiatria, é o meu trabalho. — nossa! Doeu em mim.

— Claro, então a senhora pode fazer uma análise do cliente da advogada Laviolette? — o que eu tenho a ver com isso?

— Posso. — lá vem.

— Protesto. — minha advogada se manifestou, toquei o braço dela.

— Deixa. — falei.

— Retiro o que disse, meu cliente não vê problema nisso. — sentou novamente ajeitando o terno branco, muito chique.

Ela falou algo com o juiz e eu não entendi.

— Senhor Park, se coloque de pé. — o juiz falou, levantei. — Obrigado!

Ela me olhou por inteiro, fez sinal que eu podia sentar, me sentei.

— O senhor Park é alguém que já sofreu muito pela sua forma de sentar, não digo com certeza, mas provavelmente a mãe causou isso. — me fingi de pleno. — O cabelo recém pintado de loiro indica que está se libertando, apesar de ser jovem tem mais experiência que muitos aqui, e é inteligente pelo jeito que cruza as pernas.

Quer falar minha cor favorita também?

— Sem mais perguntas meritíssimo. — sentou.

— Pode se retirar, senhora Yoo. — ela se curvou e saiu. — Chame a próxima testemunha.

— Beatriz da Silva Peres Santos. — o nome grande do cacete, quando ela falou a primeira vez fiquei surpreso.

Ela entrou, está de vestido rosa longo e um casaquinho branco, cabelo preso. Só tenho amigos que se vestem bem e bonitos.

— Você jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade? — jurou.

— Fale perto do microfone. — o Juíz a lembrou, ela se aproximou mais.

— Prefere que use qual dos sobrenomes? — minha advogada foi para perto de novo.

— Peres. — respondeu.

— Senhorita Peres, estava presente no dia do ocorrido? — Começou com o básico.

— Sim, estava. — simples.

— A senhorita pode contar o que aconteceu com as suas palavras. — Bea pensou.

— Eu, Park Jimin, e Kamila Silva decidimos ir à Versace ver o tênis que tinha lançado recentemente, fomos lá e o Jimin decidiu me dar ele de presente, uma vendedora se aproximou perguntando o que iríamos querer, respondemos que seria o tênis e ela perguntou como iríamos pagar. — vaca. — O Jimin respondeu que iria ser pago com o cartão, nisso ela disse que não iria aceitar o cartão porque poderia ser roubado.

Memória boa, não lembro nem o que eu comi ontem.

— Eu sugeri que fôssemos comprar em outra loja, mas Jimin insistiu para comprar nessa, ela ofendeu Jimin de várias formas em questão de dinheiro e ser um ladrão. — exatamente isso.

— Senhorita Peres, você pensa que esse transtorno poderia ser evitado? — confirmou. — De que forma?

— Colocando os vendedores antes de serem contratados para passar com um psicólogo. — isso amiga.

— Sem mais perguntas, meritíssimo. — veio e sentou.

— Alguma pergunta? — o advogado chefe da defesa foi para perto, Bea não se intimidou.

— Senhorita Peres, você pode nos dizer como viemos parar nesse tribunal? — de carro, que burro.

Parei!

— Park Jimin processou vocês. — essa também serve.

— No dia em questão seu amigo Park Jimin, ligou para alguém, quem foi? — lógico que ele vai falar do Jungkook, está ficando sem argumentos.

— Não sei, pergunte para ele quando ele for testemunha. — bem-feito.

— Senhorita Peres, você lembra a história inteira, mas não sabe para quem seu amigo ligou? — negou. — Se estiver mentindo é crime.

— O senhor sabe para quem seus amigos ligam quando estão em apuros? Eu não sei. — ela arrasa.

— Senhorita, pode dizer o azo para seu amigo abrir esse processo? Ele quer mais fama, porque seu amigo gosta de um escândalo. — Ei, eu não gosto.

— Protesto. — exatamente. — Esse escândalo não é coerente para o caso meritíssimo, ele não deve citar isso.

— Mantido,  senhorita Peres só responda a pergunta e ignore o comentário infundado do advogado. — falou.

— Sim, senhor. — ela amou. — O azo para ele abrir o processo foi por se sentir humilhado, sua vendedora causou isso, e ele sabe dos direitos que tem por estudar direito, o que aconteceu é crime.
Concordo.

— Senhorita Peres, parece íntima do senhor Park, pode dizer qual o envolvimento dele com o senhor Jeon sentado bem atrás do cliente da advogada Laviolette. — não está atrás, tem uma separação de madeira e ele está atrás dela.

— Meritíssimo, qual a pertinência disso para o processo? — toquei o braço dela.

— Assista. — falei baixo.

— Tudo bem, pode continuar advogado. — sentou.

— Sim, eu sou íntima dele. — pensou. — Meritíssimo, posso fazer umas perguntas ao advogado?

— Faça. — deve estar curioso.

— Advogado, você é amigo dos seus companheiros que estão sentados ali? — ele confirmou. — É íntimo deles?

— Sim, porque está perguntando isso? — já vai ver.

— Então o senhor sabe que o de gravata vermelha está tendo um caso com a sua esposa? — olhou para o outro que está vermelho. — E o de terno azul é apaixonado por você? Que tal isso, sabe que aquele de terno cinza está para ocupar seu lugar?

— Como sabe disso? — perguntou.

— É mais fácil saber de estranhos que de alguém íntimo, não sei qual relação meu amigo tem com o senhor Jeon, assim como não sabe o que acontece com seus amigos íntimos. — acabou com ele.

— Sem mais perguntas meritíssimo. — foi sentar.

Ela foi liberada e saiu, entrou mais duas testemunhas que uma delas era a Kamila, ela quase deixou o advogado da oposição louco, só respondia "não sei", "não tô sabendo", "ainda não fiquei sabendo".

Mas a última testemunha fez a minha advogada mudar de opinião, eu vou testemunhar infelizmente.

Sentei no lugar da testemunha, fiz o juramento.

Logo ela veio para me fazer perguntas, respirei fundo.

— Senhor Park, você sabe dos seus direitos? — confirmei. — Você abriu o processo, por quê?

— Era o meu direito, ser tratado daquela maneira em um estabelecimento tão conhecido e frequentado por pessoas de classe, esperava que fosse bem recebido. — falei.

Vi a porta lá no fundo abrindo, Kamila, Bea, Jasmim e Tae entraram, sentaram na última fileira do meu lado lógico.

— Sem mais perguntas meritíssimo. — ela só me colocou para testemunha por causa das perguntas que o advogado quer fazer.

— A defesa pode perguntar. — ele veio para perto.

— Senhor Park, porque sua advogada é advogada do senhor Jeon, o qual suas amigas não tem conhecimento do relacionamento de vocês? — você é chato!

— Porque ela é boa. — respondi.

— Diga, qual seu relacionamento com o senhor Jeon? — não confio em soltar para esse povo ouvir.

— Juíz, eu preciso responder para todos ouvirem? — perguntei baixo para ele.

— Não, apenas para o advogado e para mim, ouvir. — tudo bem. — Se aproxime advogado, e não comente o que ouvir.

— Acredito que essa aliança te responde, estamos envolvidos, mas a internet não pode saber até a poeira baixar do recente escândalo que me colocaram. — respondi baixo.

— Retome suas perguntas. — o juiz falou.

— Senhor Park, porque o senhor Jeon não está no processo com você? Ele também foi acusado de roubo, de ser seu parceiro no crime, sabe nos dizer o azo? — você já foi muito pisado.

— Eu sinceramente não sei. — não sei mesmo, ele não me falou.

— O senhor concorda com o que sua advogada disse? Que se nós colocássemos psicólogos nossos vendedores seriam melhores? — perguntou.

— Sim, para tudo você precisa estar preparado, o senhor antes de ser liberado para estar aqui passou por um psicólogo certo? — confirmou. — Uma posição tão importante como essa precisou de psicóloga, uma vendedora também precisa.

— Porque o senhor pensa dessa forma? — perguntou.

— Eu já trabalhei com o público, nunca julguei ninguém pela aparência, tenho cunho para expôr minha opinião e pensar assim. — falei. — Penso dessa forma porque todos merecem ser tratados com respeito, seja pobre ou rico.

— Sem mais perguntas meritíssimo. — foi sentar.

— Obrigado senhor Park, está liberado. — voltei ao meu lugar. — O tribunal entrou em recesso.

Nós saímos, já são quase seis horas da noite. Fui para perto dos meus amigos, tô ansioso!

— Que ódio! Cheguei no final. — Tae falou. — Sorte que tudo irá passar na televisão, lógico que editado porque Jungkook vai pagar para fazerem isso.

— Como foi? — Jasmin perguntou.

— Bea pisou no advogado, e Kamila deixou ele doido. — falei. — Mas foi tranquilo, minha advogada é ótima e soube deixar tudo bem calmo.

— Porque não chamaram para o primeiro? — Kamila perguntou.

— O advogado da funcionária era péssimo, foi fácil então nem precisou de testemunhas. — respondi. — Ganhei o processo dela, cinquenta mil parcelado em doze vezes.

— Pouco até. — Bea falou, confirmei. — Ela vai tirar dinheiro é da Versace, tô até vendo.

— O recesso acabou, vamos Jimin. — já?

— Boa sorte! — falaram.

— Obrigado! — agradeci.

Entrei com a advogada, sentamos.

— É bom quando é rápido assim? — perguntei.

— Não, normalmente não é. — Perdi, quer ver.

Fiquei ansioso, o juiz entrou e nós já levantamos.

— Senhor Park e sua advogada em pé. — Continuamos em pé e todos se sentaram. — Defesa em pé.

É agora, vou desmaiar!

— Senhor Park abriu um processo em dois milhões e meio contra a Versace, no dia dezoito de agosto, hoje dia doze de setembro aconteceu a audiência e o juiz decidiu. — uma mulher falou lendo um papel.

— Causa ganha para o senhor Park, mas eu mudo o valor do processo. — ele vai abaixar. — A Versace irá pagar seis milhões, sem direito de recorrer, audiência encerrada.

— Parabéns! — ela falou.

— Obrigado por ser minha advogada. — apertei a mão dela me curvando. — Sei que não ganharia se fosse outra pessoa, obrigado!

— Por nada, espero que não precise de mim, mas caso algo aconteça é só me ligar. — falou.

Apertei a mão dos outros advogados e agradeci, os advogados da oposição vieram e me cumprimentaram.

— Diga a sua amiga obrigado, que irei me divorciar e perdi dois advogados ótimos! — o advogado que está sendo traído me falou.

— Sinto muito por isso, mas vai achar alguém melhor. — como o advogado que é apaixonado por você.

— Já achei, parabéns! — agradeci, ele saiu com a sua maleta, o último a me cumprimentar foi o apaixonado.

— Parabéns! — falou sorrindo. — Onde comprou seu terno? — perguntou.

— Dior, e obrigado! — falei. — Pode investir no seu chefe, ele vai se divorciar.

— Como sua amiga descobriu? — perguntou.

— Ela é a que sempre sabe. — Olhei o pescoço dele. — Ah! Seu colar é a inicial do nome dele.

— Que bom que foi assim, pensei que ela fosse bruxa. — saiu em seguida.

Saí do tribunal, falei com meus amigos, Jungkook e minha sogra.

— No mesmo lugar te vejo lá. — Jungkook falou.

— Até! — coloquei os óculos que Na-yeon me passou, saí do fórum acompanhando minha advogada, muitos flash.

— Por favor, nos dê uma declaração sobre o julgamento? — minha advogada me olhou, confirmei.

— Senhor Park ganhou os dois processos, será indenizado pelo transtorno, a última audiência será transmitida na televisão às 21:00 horas. — falou. — Perguntas?

— Aqui, da TVN, Jimin porque decidiu processar a Versace? — uma moça perguntou, o microfone virou para mim.

— Para que melhorem seus funcionários, e ninguém mais passe pelo mesmo que passei. — respondi. — Sempre trabalhei dignamente, nunca roubei ninguém, e ser acusado disso sendo inocente é péssimo.

— JTBC, já sabia que iria vencer quando abriu o processo? Afinal é a Versace. — boa pergunta moço.

— Não, eu não sabia, mas estou feliz que a justiça foi feita. — falei.

— Sem mais perguntas. — ela falou.

Descemos as escadas com eles tirando fotos, Lipe abriu a porta e eu entrei após a advogada devolver meus documentos, rapidinho saímos de lá.

Eles me levaram até o ponto de encontro com o Jeon, agradeci antes de sair do carro.

Fui para o carro do Jungkook, entrei e ele me beijou, nem me deixou colocar o cinto.

— Parabéns! Gatinho. — Me deu um selinho.

— Quero mais parabéns. — falei e ele riu.

— Gatinho safado, vamos! — coloquei o cinto e ele seguiu, pegou em minha mão. — Bea acabou com o advogado, e Kamila estava testando a paciência dele.

— Sim, elas amaram fazer isso. — falei.

— Foi o melhor, ele iria dizer que eu te incentivei abrir um processo, que tinha meu dedo em tudo, e a verdade não é essa. — não mesmo. — Nunca vi advogado tão ruim como daquela funcionária, como deixaram ele se tornar advogado?

— Nem sei, mas agora ela precisa me pagar e pagar ele por algo que não fez direito, defender ela. — Que azar! — Sorte que o senhor Jeon liberou a advogada dele para me defender.

— Você deveria agradecer ao senhor Jeon não o provocando. — discordo.

— Não, essa é a minha forma de agradecer. — falei.

Fomos para o apartamento dele conversando sobre o julgamento, subimos de elevador até a cobertura, saímos e ele abriu a porta.

Ana sentada à mesa, só estava esperando nossa chegada para não deixar o Café sozinho, foi embora após saber que ganhei, me parabenizou.

— Já vai embora? — confirmei.

— Preciso comprar a minha mala, e nós nos veremos de madrugada. — grudinho.

— Ainda diz que gosta, vai me deixar sozinho aqui e ainda levar meu filho gato. — apontou café dormindo em cima da mesa, como ele subiu?

— Dramático! — falei rindo. — Me ajude a levar as coisas para o carro.

Ainda demorou para ele me liberar, mas consegui voltar para casa, fui tomar banho e deixar o café, dei comida a ele.

Com conjunto de moletom roxo eu saí, fui a uma loja que só vende malas, é próximo ao shopping. Escolhi duas, uma média e outra grande.

Voltei e fui jantar, comi algo rápido. Subi para o meu quarto para arrumar a mala, já limpei ela por dentro e por fora.

Liguei a televisão e no jornal só falam de mim, coloquei um filme, porque sei exatamente o que aconteceu e quero um resumo.

Minha mãe vai ver, ela vai me ligar logo, eu sei disso.

A mala está na minha cama, eu pego roupas no closet e coloco na mala, vários looks e totalmente pronto para quando Jeon me pedir em namoro, se fizer e eu estiver desarrumado vai fazer de novo.

Peguei os sacos que comprei, coloquei sapatos que irei levar, um all star preto, um coturno, o creeper verniz, uma bota, e um chinelo para ficar no hotel.

Organizei na mala, no banheiro peguei meus produtos e fiz três nécessaire, uma de produto para o cabelo, outra dos produtos para a pele, e a última pequena para escova, pasta, enxaguante bucal, e fio dental.

Estou colocando na mala grande, a média não iria dar, sou precavido demais para deixar certas coisas.

Coloquei meu secador, chapinha e escova, em outro saco e na mala.

Meu celular tocou, peguei e é a minha mãe.

— Jimin, filho querido. — Quanta falsidade.

— O que você quer? — perguntei, coloquei no viva-voz e voltei para a mala.

— Acabou de passar no jornal você no tribunal porque processou uma marca famosa, vai ganhar seis milhões. — está atrás de dinheiro.

— É, eu vou ganhar, você não verá um centavo. — cansei.

— Como fala isso para quem te criou? Eu sou a sua mãe, mereço pelo menos metade desse dinheiro. — ela é engraçada.

— Você me criou? Você fez tudo, menos isso. — mulher interesseira. — Lembra que me batia em todos os aniversários? E quando me deixou inconsciente de tanto bater? Ou do dia dos doces? Ou todas as vezes que me humilhou? Você não é minha mãe!

— Eu não lembro de nada disso. — Claro que não, eu que apanhei não esqueço. — Quem é esse senhor Jeon que citam no julgamento? Está de amizade com ele?

— Isso não te interessa, adeus! — falei.

— Me arrependendo de te deixar viver, você deveria ter morrido, eu odeio ter você como filho. — isso é leve perto do que já ouvi dela.

— Adeus! — desliguei.

Respirei fundo, meu pai precisa largar essa doida, não sei o motivo dele continuar com ela, eles não se amam, ela só mantém ele por perto por causa da fazenda, agora a razão dele eu gostaria de saber.

Ao terminar a mala deixei ela quieta perto da parede do closet, fui arrumar a bolsa de documentos, passaporte, identidade, essas coisas.

Olhei a carteira de vacinação, todas em dia, eu já fui muito doente e deixar de tomar vacina iria piorar.

Já combinei com a vizinha, café irá ficar com ela enquanto eu estiver fora, até iria pagar ela por isso, mas ela não aceitou e não quis nem que eu levasse ração.

Na televisão eu tirei do filme, entrei no YouTube, conferi no celular o nome do canal e coloquei na televisão, a psicóloga que Bea indicou.

Não é daqui, mas tem legenda em inglês então tranquilo, assisti cinco vídeos dela de vinte minutos, ela explicando como melhorar o diálogo no relacionamento, como mostrar algo que o outro faz e te incomoda, coisas bem importantes.

Eu peguei meu iPad e anotei tudo que pensei ser válido para o meu relacionamento com o Jungkook, se eu posso melhorar, porque não tentaria?

Não quero ser preso em uma personalidade criada para me defender dos ataques da minha progenitora, quero ser alguém melhor.

Assisti ela conversando com um psicólogo gay, isso também ajudou bastante, afinal um relacionamento entre dois homens e um hétero tem diferença, mulher sabe se comunicar mais que o homem, aí dois homens juntos imagina?

Por isso o gay também ajudou, porque ele sabe exatamente como é.

Fiquei revisando o que anotei depois guardei o iPad.

Hora de levar o Café, peguei ele e fui fazendo carinho no meu gatinho. Saí de casa, logo estava no portão, abri.

Fui para a casa da vizinha, apertei a campainha, ela apareceu em seguida.

— Olá! Boa noite! — falei.

— Boa noite! — passei o café para ela. — Qual é o nome dele?

— Café, segunda eu venho pegar ele. — é o dia que voltamos de lá.

— Tudo bem, esse é meu número, mande mensagem e eu mando o que esse pequeno estará fazendo enquanto seu dono está fora. — me deu um papel, o número e o nome ao lado.

— Obrigado! — voltei para a minha casa, subi para o meu quarto.

Sentei na cama, peguei meu celular e tem mensagens.

Jungkook - Gatinho, você vai buscar seus amigos?

Não, apenas o Tae que pediu, as meninas não falaram nada até agora.

Logo ele respondeu, já estava na conversa.

Jungkook - Tudo bem, é só isso.

Que horas preciso estar no aeroporto?

Jungkook - Duas horas da manhã o avião vai decolar, então meia hora antes.

Beleza.

Quem fez a sua mala?

Jungkook - Eu mesmo, sou independente agora.

Claro que é.

Manda foto da sua mala, só para ter certeza.

Jungkook - Não confia em mim?

Não.

Eu confio, mas manda mesmo assim.

Jungkook - Já mando.

Chegou três fotos, entrei analisando a mala e a nécessaire, não pedi, mas foi ótimo que ele mandou.

Amorzinho, você está esquecendo algo bem importante.

Jungkook - Eu chequei duas vezes, o quê?

Você pegou calça social, terno, mas e a camisa? Está com planos de andar sem camisa com o terno?

Acho bem conceito, um pouco sensual até, mas advogados, investidores, quem quer que seja que você vai encontrar não vão achar o mesmo que eu.

Jungkook - Então era isso que eu estava esquecendo, obrigado gatinho!

Jungkook - Então acha sensual eu andar com terno e sem camisa?

Preciso ir me arrumar, te vejo no aeroporto!

Safado!

Fiquei um tempo ainda olhando o Instagram e Twitter, estão comentando bastante sobre o julgamento, e eu ganhei mais seguidores com todas as notícias sobre mim. Eu nunca pensei em mostrar minha vida para a internet como algo profissional, sempre achei uma coisa tão supérflua.

Agora estou aqui, passei em todos os jornais, já saiu um julgamento que participei na televisão, e tenho quase um milhão de seguidores.

Quando eu falo quase, é quase mesmo, faltam duas pessoas.

Fui tomar banho enquanto o celular terminava de carregar, coloquei um filme na televisão enquanto fazia tudo, assisti "Legalmente Loira", me sinto como a protagonista desse filme agora, a patricinha do direito.

Logo estava saindo com uma máscara de hidratação no rosto, fui para o closet, escolhi uma roupa própria para chegar em Paris.

Coloquei calça preta justa, blusa preta gola alta e casaco de pelinhos branco, é, estou parecendo um baby boy mimado.

Sou os dois, mimado você culpa o Jungkook.

Vestir a blusa com máscara no rosto foi missão impossível, só após calçar coturno tirei do rosto, estou quase pronto.

Deixei meu cabelo úmido com a toalha, eu lavei porque estava começando a me incomodar, coloquei o óleo que uso na bolsa de ombro, quando secar eu passo.

Aliança ok, pulseira ok, e nada mais de acessórios.

Passei perfume, bem suave para não intoxicar no avião.

Coloquei a bolsa do iPad no puxador da mala, peguei meu celular e fones.

— Fechar a cortina, apagar a luz. — Com os dois feitos eu saí do quarto, coloquei o celular e o fone na bolsa, é da Louis Vuitton.

Puxando minha mala, na escada tirei ela do chão, desci até o primeiro andar.

Deixei a mala perto do sofá, precisei esvaziar a fonte do Café, e desligar. Fui até a geladeira, olhei e não tem nada para perder, fiquei mais tranquilo com isso.

Liguei o sistema de segurança da casa, e já saí ativando ele, caminhei puxando a mala. Abri o portão social, saí e fechei ativando outra parte do sistema.

Jungkook mandou instalar esse sistema, preocupado com a minha segurança.

— Entre Jimin. — Lipe falou apontando dentro do carro. — Eu  guardo a sua mala no porta-malas.

— Obrigado Lipe. — Passei a mala para ele, entrei no carro.

— Passar no seu amigo, né? — Na-yeon perguntou, confirmei colocando o cinto.

Quando Lipe entrou ela dirigiu, fiquei apenas olhando o caminho até a casa do Tae, assim que chegou o Lipe saiu para apertar a campainha, Tae apareceu todo chique.

— Quem é o bonitão? — perguntou entrando no carro.

— Meu segurança, e ele tem namorada seu sem vergonha. — cada coisa.

— É aquela moça linda? — confirmei. — Aceitam trisal?

— Para de ser safado, não vai dormir com quem está me protegendo, palhaço! — falei.

— Chato! — sou mesmo.

— Sabe quem ligou hoje? — negou.

— Espera, quem você insiste em chamar de mãe? — essa mesmo.

— É, você acredita que ela disse ter direito a metade do dinheiro que irei receber do processo? — aquela mal amada. — Quase mandei ela se foder, mas sou educado demais para isso.

— Eu mandava, sua mãe é o cão na terra. — sabemos.

— Jeon desconfia que ela não seja a minha mãe, e até que faz sentido, mas se ela não é minha mãe, quem é? — questionei.

— Qualquer pessoa é melhor que ela, literalmente qualquer pessoa. — concordo. — Faz o teste de DNA.

— Jungkook vai arrumar isso, aí serei órfão de mãe. — Sempre fui, mas agora é um fato.

— Sorte a sua, com uma mãe dessa é melhor não ter. — verdade.

Fomos o restante do caminho falando sobre o que estava falando sobre mim, na internet, ele viu que a Dispatch vai ficar na minha cola até descobrir com quem estou saindo.

— Pudim, tenho uma boa e uma má notícia para você. — Tae falou quando chegamos.

— Fala. — Tenho medo.

— A boa é que você está lindo com essa roupa, a má é que tem fotógrafos te esperando. — olhei a janela dele.

— Eles não estão me esperando, não sou famoso ao ponto deles me esperarem no aeroporto, algum cantor deve estar para viajar. — falei, doido! Até parece que eles viriam ao aeroporto essa hora só para me ver.

Na-yeon abriu a porta para mim, eu saí do carro, Lipe tirou as duas malas, passou a minha.

Tenho que passar duas ruas até estar no aeroporto, Tae parou ao meu lado, estão tirando fotos.

— Eu falei que estavam te esperando, sorria e acene. — ri por ele citar o desenho. — Ainda bem que estou chique o suficiente para estar do seu lado.

— Vamos Jimin. — Os seguranças nos cercaram, fomos passando as duas ruas.

Muitas fotos, misericórdia!

— Jimin, uma foto sorrindo. — ouvi uma voz feminina, parei.

— Dêem espaço, por favor. — pedi aos seguranças, abriram espaço.

Sorri e acenei para as câmeras, era eu mesmo que estavam esperando uma e meia da manhã, profissional que eu não queria ser, seguidor de famoso para fotografar, esses horários é difícil de mais.

Por isso estou ajudando, facilitando a vida deles.

— Boa viagem, Jimin! — alguém falou.

— Obrigado! — Entrei no aeroporto, alguns também entraram, mas agora de longe.

Kamila acenou de longe, fomos até elas.

— Cadê o Jungkook? — perguntei para elas, Bea em pé tomando café do Starbucks, bem menina de livro com um coque mal feito e conjunto de moletom Nike branco, e Jordan preto.

— No avião, nós vimos os fotógrafos chegando para te esperar, então ele foi para o avião para não causar problemas para você. — isso já está me dando dor de cabeça ter que esconder ele.

Yoongi você me paga!

— É, ele disse que não queria você em outro escândalo sobre namoro essa semana, iriam te chamar com alguns nomes nada legais, como "puto". — Jasmin falou, ela está sentada toda de couro a menina, calça e cropped com jaqueta, coque também, mas coturno como eu.

— Achei fofo ele te proteger da mídia. — Kamila falou antes de puxar a bebida dela pelo canudo, Starbucks também, está de vestido curto preto e casaco estilo colegial branco e preto, meia calça e bota de salto off white, a única de cabelo solto.

— É, mas isso já está enchendo o saco. — falei, olharam para mim.

— Seja mais específico, no momento estamos pensando que você está cheio dele. — Bea falou.

— Claro que não, estou cheio de ter que esconder ele. — estão aliviados. — Até parece que estou cheio dele, mais fácil ser o contrário.

— Isso não aconteceria nem em um pesadelo. — Bea comentou.

— Não precisamos passar as malas ali? — Tae perguntou onde passa as malas para saber o que tem dentro.

— Jungkook disse que não precisa. — Kamila falou. — Logo a Lisa veio nos buscar.

Foi falar que ela apareceu falando no celular com alguém, em francês, inteligente!

— Olá Jimin e Taehyung! Vamos? — acompanhamos ela.

— Pudim, o que os advogados estavam te falando após acabar a audiência? — Kamila me perguntou.

— O que foi traído pediu para agradecer a Bea, ele vai demitir dois advogados ótimos. — falei.

— Por nada. — ela falou.

— O apaixonado queria saber do meu terno, e como ela descobriu sobre, foi o colar né? — confirmou. — Ele pensou que você fosse bruxa.

— Quem dera, faria tantas coisas interessantes. — falou pensativa.

— O traído não vai pedir divórcio? — Jasmin perguntou.

— Vai, espero que ele fique com o outro advogado. — falei.

— Ele com certeza vai, já tinha uma quedinha pelo advogado que é apaixonado por ele, mas se sentia errado por estar casado. — a mulher traiu ele com um amigo, eu passo esse pano.

— Só às vezes a Bea me dá medo de tudo que ela sabe. — não precisa nem conversar com a pessoa que ela sabe.

— Sou um anjinho. — fez a auréola.

— Só se for os que caiu com Lúcifer. — Kamila sussurrou para mim, não posso rir.

— Eu te ouvi Kamila. — essa mexe com espíritos, certeza.

Descemos um corredor de vidro dos lados, após as malas serem levadas para guardar no bagageiro, duas comissárias de bordo já esperavam na porta.

— Olha o tamanho do avião. — Tae falou impressionado. — É alugado?

— Não, senhor Jeon comprou ele para facilitar nas viagens. — Lisa respondeu, eu amo ele.

— Vou casar com esse homem, um amor puro e sem interesse algum. — falei e eles riram.

— A cara nem treme. — Tae acusou, que nada!

Bea entrou primeiro cumprimentando as moças, Jasmin depois.

— Boa noite! Senhor Jeon, espero que tenha uma boa viagem. — Jeon? Não sou um Jeon.

Ainda!

— Boa noite! Obrigado. — entrei.

Jungkook sentado em uma das poltronas mexendo no MacBook, todas são espaçosas, tem como fechar uma parte para ter privacidade, e eu vi cama no fundo.

— Oi Amor. — É fácil chamar a atenção dele.

— Oi gatinho. — olhou para mim sorrindo. — Sentado do meu lado.

Sentei-me, meus amigos foram escolhendo seus  lugares, logo estavam todos acomodados.

— Com quem deixou nosso filho? — perguntou fechando o MacBook, deixei a bolsa do iPad na parte de trás da outra poltrona.

— Com a vizinha, ela ama gatos. — respondi. — Em Paris não terá fotógrafos, né?

— Eles sabem para onde está indo? — não sei.

— Pudim, você literalmente postou uma foto no Instagram com a legenda "Indo conhecer Paris". — Kamila virou a tela do celular. — Aliás, bela foto.

— Então vai ter, meu quase namorado é famoso. — Jungkook falou.

— Não sou tão famoso, é mais na Coréia mesmo. — falei. — Não digam ser mentira, quero acreditar nisso.

— Após a música lançar, já era, aí é oficialmente famoso ao redor do mundo. — Jasmin falou. — Entre os fãs do Yoongi todos já sabem quem você é pelo escândalo, vai lançar quando.

— Não posso falar, assinei um contrato que me faz ficar de bico fechado. — infelizmente.

— Droga! — Kamila falou. — Pelo menos meu amigo é alguém que tem uma música com um rapper que eu amo.

— Seu rapper amado se eu pudesse matava ele. — idiota! — Se ele não tivesse aparecido eu já poderia assumir o Jungkook, ou o contrário.

— Mas ele precisava aparecer, não para te namorar lógico, isso que fez seu nome ser soprado para os quatro ventos. — Tae comentou.

— E agora que você venceu um processo contra a Versace, meu amigo se prepara, logo vai estar nas capas de revista. — Bea falou.

— O plano do Jungkook de namorar um não famoso para conseguir ter paz, não deu certo. — Kamila falou pensativa. — Porque ele é um dos homens mais ricos da Ásia e Europa, já chama a atenção, namorando um blogueiro/cantor vai chamar muita atenção.

— Já vejo as notícias "CEO Jeon Jungkook, dono da maior rede hotéis da Ásia e Europa, J.K. Swan, assume relacionamento com o blogueiro e cantor Park Jimin, o jovem blogueiro foi flagrado no estacionamento do prédio que o empresário é dono". — Jasmin foi longe nessa.

— Vai ser exatamente assim. — Bea falou.

Pronto, se ela falou, vai acontecer.

— Na Dispatch vão soltar assim "Jeon Jungkook, empresário e o homem mais rico da Coréia do Sul é visto em encontro com o blogueiro Park Jimin, os dois têm saído desde a revelação que o jovem não estava mais envolvido com o rapper Agust D, esperamos posicionamento da parte deles sobre o relacionamento". — Tae falou.

— Não ri Kook. — isso é sério cara.

— Mas é engraçado gatinho, será exatamente assim. — esse é meu medo. — Sua mãe ainda não pode saber? Ainda não me contou algo sobre ela?

— Eu não te contei muita coisa sobre ela, mas ela já sabe que estou com "amizade" com você. — falei. — Não vejo problema dela saber, mas isso não era ruim para você? Tipo investidores homofóbicos deixarem de investir porque você está em um relacionamento gay?

— Não será ruim para mim, eu tenho investidor gay gatinho, fica tranquilo que quando isso sair na mídia não causará nenhum problema. — fico mais tranquilo.

— Jungkook, como que você confirmaria o relacionamento com o Jimin? — Kamila perguntou curiosa. — No caso disso sair na mídia antes do Pudim colocar ou postar no Instagram, o que faria para confirmar?

— Ótima pergunta, o que faria Kook? — perguntei, todos esperando uma resposta dele.

— Pediria para a Lisa soltar uma nota confirmando o relacionamento. — bem a cara dele.

— Sabiá! — Bea falou.

— Mas eu namoro um blogueiro, postaria a primeira foto no Instagram com o gatinho. — é, ele ainda não postou uma foto no Instagram, só tem a foto do perfil que foi a que o Tae tirou, ele tem para acompanhar o que estou postando.

Meu fã!

— Porque você não segue mais ninguém? — Jasmin perguntou. — Tipo, nós, não postamos nada de mais.

— No momento se eu seguir qualquer um de vocês vão confirmar que estou me relacionando com o Jimin. — gatinho! — Mas após confirmar tudo, eu sigo vocês. — um amorzinho.

— PUDIM. — meu ouvido, Kamila. — Você foi verificado no Instagram e no Twitter.

— Está mentindo! — falei.

— Ela não está. — Bea falou olhando o celular.

— Famoso! — Tae falou. — Meu melhor amigo é famoso, já me sinto subcelebridade.

— Também. — Kamila falou.

Pediram para desligar os aparelhos, coloquei no modo avião meu celular e iPad, a câmera do celular não tem problema então usei para tirar foto com o Jungkook.

— Porque a foto Gatinho? — perguntou.

— É a nossa primeira viagem, precisa registrar. — respondi. — Agora uma sozinho, primeira vez no avião.

— É a sua primeira vez no avião? — confirmei. — Não está com medo?

— Nenhum pouco, eu sempre quis voar então está sendo bem legal. — falei olhando a nossa foto.

— Que bom que está sendo comigo. — Sim.

— Ei, e nós aqui. — Kamila falou.

— E vocês Kamila, melhor assim? — confirmou.

Após liberarem eu fui direto olhar o Instagram, eu fui verificado mesmo, me belisca que estou sonhando.

— Viu pudim? — confirmei. — Como se sente? Exponha sua opinião para o jornal dos melhores amigos. — Kamila fez o celular de microfone.

— Sinto que estou crescendo em algo que não pensei em fazer, mas é uma coisa só minha, eu gosto de postar fotos, story, e saber que tem gente que se interessa em acompanhar é muito bom. — respondi.

— Legal, e isso foi o Jimin respondendo — virou o celular para ela. — Postado com sucesso.

— Estava gravando sua sem vergonha? — confirmou.

— Claro, seus seguidores precisam saber que você é humilde e não esses blogueiros chatos que só vêem os seguidores como números. — verdade.

— Parabéns! Pudim. — Bea entendeu a mão, apertei sem entender.

— Meus sinceros parabéns! — Tae, depois Jasmin, Kamila, até Jeon.

— Parabéns! Mas não sei o motivo. — Lisa falou de longe.

— Nem eu. — falei.

— Você chegou a um milhão de seguidores. — Entrei para ver, já tirei print da tela.

— E o que eu faço? — perguntei.

Gente, tô perplexo.

— Quando chegarmos em Paris, e depois que amanhecer vamos comprar um bolo, balões e velas, você tira foto e posta agradecendo, nós te ajudamos a comer o bolo. — Kamila respondeu.

— Vou fazer isso. — concordei.

— Jimin, porque faltou ontem? — Jasmin perguntou.

— Eu fui dormir tarde e acabei apagando completamente, Jungkook também, perdemos a horas. — respondi.

— Fazendo o que safadinho? — Kamila a curiosa.

— Eu estava falando com vocês. — a lembrei desse fato. — Quem estava fazendo safadezas era o Tae, não eu.

— Como assim eu? — sonso.

— Você não dormiu com o Hoseok? — perguntei.

— Exatamente, eu dormi com ele, só dormi. — todas as bocas abriram. — Fechem a boca, é primeira vez que divido a cama com alguém e não transo com ela, me sinto um ser evoluído.

— Vai sonhando, o que Hoseok fez que você não transou com ele? — Beatriz perguntou. — No dia que você aparecer namorando alguém, sem interesse pelo dinheiro, e amando de verdade, aí você evolui.

— Grossa! — sincera, você no momento não ama. — Voltando, como posso explicar isso? Jungkook tampa os ouvidos.

— Eu sou adulto, tá? — às vezes parece um neném carente.

— Não é por isso, pode se sentir desconfortável com o que irei falar do seu amigo. — vindo do Tae, tampe os ouvidos.

— Eu vou aguentar, fale. — Hoseok, arrume outro amigo, esse perde o amigo, mas não perde a fofoca.

— Ele não queria que eu fodesse ele, ele queria me fuder. Não querido, já tem a vida para fazer isso. — O que eu falo para uma criatura dessa?

— Então o homem que você saiu é ativo como você? — Kamila perguntou.

— Eu sou versátil, mas nesse caso eu quero fuder e não ser fudido. — já dá para parar de usar essa palavra. — E ele tem mais cara de passivo.

— Se você não ceder ele vai para outro, porque Hoseok é dominador e ativo, não vai querer ser fudido como você disse. — Jungkook falou.

— Mas eu queria tanto. — nada é como queremos meu amigo.

— Ainda não acredito que ele só dormiu com o Hoseok. — Jasmin resmungou. — Mas vocês se beijaram?

— Ficamos apenas nas preliminares, na hora do enfim, descobri que seria eu a comida, palhaçada com a minha cara. — quem vê assim pensa que não gosta.

— Usando as palavras claras, você deu a bunda com quinze anos, para de palhaçada e cede logo ou irá ficar sem sua transa. — Nunca falei tanta besteira em uma frase, impuro!

— Quinze anos? Puta que pariu. — Bea chocada, literalmente puta.

— Eu sempre fui meio solto para essas coisas, diferente do Jimin, até incentivei, mas ele sempre mais focado em estudar. — eu não tinha autoestima para me olhar no espelho, imagina ficar nu na frente de outra pessoa.

— Sentia atração por meninos, e minha mãe dizia que me mataria se eu fosse gay, preferi focar em outra coisa para não morrer. — contei a verdade.

— Ai, isso doeu! Que triste! — Kamila falou. — Não poder viver seus ciclos porque está preso a uma ameaça deve ser horrível.

Com certeza foi.

— Sabia que você já tinha a desconfiança em ser gay. — Bea falou. — Seus avós nunca pensaram em te criar?

— Sim, mas quando isso iria acontecer eles morreram. — Falando em voz alta agora, isso é definitivamente, muito suspeito!

— Legal, a coisa além de psicopata, narcisista compulsão é assassina. — Bea comentou. — Só está melhorando o histórico da sua mãe.

— Pior que isso não fica. — Kamila falou.

— Fica. — eu e Tae falamos juntos.

— Se sua mãe sumir do nada, não fui eu. — Claro Jungkook, acredito muito.

— Você, nada de mandar alguém matar ela, não quero que faça isso por minha causa, sei que você é rico e pode fazer isso sem chamar a atenção de ninguém, mas eu prefiro que não faça. — falei. — Não mate ninguém por mim.

— Tarde demais. — olhamos para a Bea que olhava o celular. — Tô mandando áudio. — falou.

— Jeon, o que você esconde do pudim que a Bea descobriu? — Kamila perguntou, olhamos para ele esperando respostas.

— Senhor Jeon, ligação de Paris. — Lisa parou ao nosso lado, passou o celular para ele.

— Qu'est-ce qui te fait m'appeler à l'aube ? Je ne t'ai donné aucune raison de perturber mon vol. (O que te faz me ligar de madrugada? Não te dei motivo para atrapalhar meu voo). — ah! Ele fala francês fluente, poliglota.

— Vai babar pudim. — Tae falou.

— Cuida da sua vida. — enxerido.

Eu já sabia, mas ouvir ele falando assim do meu lado, fiquei arrepiado.

— Que série devo assistir, Big Bang The Theory ou Dois Homens e meio? — Bea perguntou.

— Primeira opção. — respondi, todos votaram nessa.

— Legal, pretendo ficar acordada porque quando chegarmos lá será madrugada. — lá é horas atrás da Coréia.

— Vou assistir a saga de Crepúsculo, beijinhos! — Kamila colocou fones.

— Eu vou assistir Harry Potter. — Jasmin.

— Vou dormir. — Tae colocou fones e faixa para os olhos, ninguém precisa ver ele dormindo de olhos abertos.

— Non, si ce n'est pas ma façon de faire, je demanderai à quelqu'un de t'achever, fais-le à ma façon. (Não, se não for do meu jeito eu mando alguém dar um fim em você, faça do meu jeito). — e desligou, devolveu o celular para Lisa. — Não aceite mais ligações, quero um voo tranquilo.

— Sim, senhor. — e foi para o lugar dela, se a Judy fosse assim ainda teria o emprego, mas foi gostar do meu futuro marido rico.

— Fala francês gatinho? — neguei e ele ficou aliviado.

— Só inglês fora o coreano, mas quero aprender italiano por causa da sua família. — falei.

— Fofinho, posso te ensinar. — sei disso.

— Como que fala "adoro provocar meu dominador"? — me olhou desacreditado.

— Adoro prendere in giro il mio dominatore. — isso parece difícil. — Vamos devagar gatinho provocador.

Foi falando cada palavra e o sotaque, assim.

— Adoro prendere in giro il mio dominatore. — falei. — Certo? Consegui?

— Sim, você conseguiu gatinho. — sorri para ele. — Não sabe mais nenhum idioma mesmo?

— Eu comecei a aprender japonês quando meu avô estava doido para me levar para o Japão, queria conhecer a Disney, mas minha progenitora estragou tudo, sei bem pouquinho de japonês. — contei.

— O que ela fez para atrapalhar? — perguntou.

— Só me trancou no quarto no dia da viagem, fiquei lá o dia inteiro. — falei simples sem dar importância.

— Só? Como assim só? E comida, o que você comeu nesse dia? — está interessado na resposta.

— Por ela eu ficaria com fome, como ela dizia "bom que você emagrece", mas meu pai levou comida escondida para mim. — respondi.

— Se ela sumir, fui eu. — acalmei ele, não quero ele mandando matar ela e ficar como mandante de assassinato por minha causa, e isso é errado, deixa a justiça cuidar dela. — Eu já vi foto sua criança porque Tae postou uma com você, mas você não era gordinho, qual dos problemas com a sua mãe te fez engordar?

— Acredito que todos, eu descontava o que sentia comendo, a comida deixa o hormônio da felicidade alegre, e nada na minha adolescência morando com ela me deixava feliz, por isso comecei a comer muito. — eu engordei dessa forma. — A ansiedade ajudou.

— O que te fez parar de comer doce? — isso eu já não te conto.

— Isso não importa. — não quero lembrar disso.

— Tudo bem, quando estiver confortável para me contar estarei aqui. — beijou minha bochecha.

— Obrigado! — falei. — Deixa eu ir na janela?

— Claro gatinho. — soltamos o cinto, eu levantei e ele passou para a minha poltrona, sentei na dele. — Como emagreceu tão rápido?

— Passando fome. — Tae respondeu, bati na cabeça dele.

— Dorme, cobra. — boca aberta. — Mas ele está certo, achei uma dieta de comer uma vez na semana e fazer exercícios.

— Você não comia nada? — neguei. — Como está vivo?

— Tae me fez parar de fazer isso quando parei no hospital e ele descobrir o que estava acontecendo, aí ele morou comigo por dois meses para garantir que eu estava comendo todas as refeições do dia. — contei. — Eu precisei tomar vitaminas, e bastante remédio de novo, fiquei internado por uma semana no hospital.

— Pior semana da vida. — Tae falou.

— Eu não conseguiria te ver em uma cama de hospital. — por isso nós nos conhecemos depois.

Agora Tae colocou fone, não vai mais ouvir minha conversa com o Jungkook.

— Você iria se aproximar de mim, no hotel se eu fosse gordinho? — surgiu a dúvida.

— Não.......................























































































































































Roupa que o nosso blogueiro favorito usou na audiência.

Advogada do Jimin.

Aviso: Não julgue o personagem se não estamos nem na metade da história (Jimin), "ah, mas a evolução não é gravar uma música", a evolução citada não é o ato de gravar a música e sim, ele decidir fazer algo com as próprias pernas sem envolver a mãe.

Jimin sofreu na mão da mãe dele a vida inteira, e você quer que ele mude do dia para a noite, ele tem defeitos como qualquer pessoa e é sim, um pouco grosso às vezes, mas não vai durar a história inteira.

Evoluir leva tempo!

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!

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