𝟎𝟒.
RUBY ANDAVA DE UM lado para o outro em seu quarto temporário na Fortaleza Vermelha. Ela estava agitava e não conseguia se conter em emoções, seus irmãos falaram um monte em sua cabeça enquanto estavam a levando para seus aposentos. Eles não ficaram satisfeitos com a ideia do Príncipe Aegon saber que iriam sair mais tarde, que segundo os dois, por ele ser filho do rei, poderia acabar contando para o mesmo e os Stark's podiam ser desconvidados da celebração ou até acontecer coisa pior.
Isso ficou na cabeça de Ruby e agora, não conseguia sequer se sentar na cama. Havia dispensado as três criadas, querendo ficar sozinha para refletir. Ela tinha que parar de falar tudo para todo mundo; a sua inocência as vezes a irritava e culpava sua família por isso. Se não fossem protetores ao extremo e deixassem ela conhecer o pouco do mundo, com toda certeza, Ruby não seria assim e seria mais esperta.
Contudo, não era apenas a ideia de Aegon saber o próximo paradeiro dela e de seus irmãos que estava deixando-a do jeito que se encontrava. Ruby não conseguia tirar os olhos violetas de Aemond de sua mente e nem de seus toques gentis no meio da dança.
O príncipe havia a tirado para dançar e desde então passaram a noite juntos. A conversa entre eles aconteceu de forma natural e espontânea, claro, por um momento havia se sentido intimidada, mas depois, tanto ela quanto ele se conectaram de alguma forma.
Ruby fechava seus olhos e via a intensidade do olhar de Aemond a encarando, deixando-a ruborizada.
Ela estava ficando louca.
Sentia seu corpo formigar pelos toques dele e soltava sorrisos bobos ao lembrar. A nortenha nunca se sentiu desse jeito, não sabia se era pelo fato do príncipe ser seu primeiro amigo homem ou se poderia ser outra coisa, afinal, não se sentira assim com Aegon.
Ruby estava abobalhada e seus pensamentos anuviados.
No entanto, com uma batida um tanto quanto bruta em sua porta a fez afastar esses pensamentos. No primeiro momento pensara que poderiam ser Karlon e Osrik, mas a batida não condizia com eles.
Príncipe Aegon veio em sua cabeça rapidamente, voltando a ficar nervosa no mesmo instante.
Era agora que ela seria escoltada até o rei.
Então, respirando fundo e tomando coragem, segue até a porta, abrindo-a com um certo medo.
Ruby fica confusa ao encontrar um cavalheiro da guarda real em sua porta com uma feição tediosa. Ele era alto e levemente musculoso em baixo da armadura, possuía cabelos e barbas castanhas.
Ele respeitosamente faz uma reverência e estica a mão, entregando uma bolsa suja no qual Ruby pega rapidamente.
— Do príncipe Aegon — diz se virando para fechar a porta e sair do local.
Se antes a Stark estava confusa, agora ela não conseguia pensar em nada plausível. Ela se vira e caminha em direção a sua cama para se sentar enquanto abria a bolsa. Enrugando as sobrancelhas, Ruby vira o objeto fazendo todo o conteúdo cair na cama.
Eram roupas masculinas de aparência envelhecida, mas adequadas para seu tamanho, juntamente com uma capa preta.
— O que? — indaga ao notar um pedaço de papel caído ao lado.
Cuidadosamente e com uma imensa curiosidade, a garota o desdobra encontrando um desenho de todo o quarto em que estava, um círculo e uma seta indicava um ponto específico de seus aposentos.
A Stark se levanta da cama em um pulo e começa a ir até o local, tateando as paredes rapidamente em buscar de algum vácuo, como mostrava o papel. Ruby quase cai ao encontrar uma passagem secreta com uma escada dando acesso ao nível inferior.
Um enorme sorriso aparece nos lábios da ruiva e na mesma hora, ela volta ao quarto, trocando de roupa em uma velocidade que surpreendeu até a si mesma. Finaliza com o capuz da capa em sua cabeça, tampando seus fios avermelhados que depois desse dia, todos com certeza saberiam quem é Ruby Stark.
A única loba dos cabelos e olhos de fogo.
Ela descia as escadas de pedra euforicamente enquanto se segurava pelas paredes para não cair pelo o escuro. A empolgação percorria em suas veias juntamente com a felicidade de não ser dedurada pelo príncipe.
Ao passar em frente ao crânio de Balerion, automaticamente estanca no lugar para admirar a beleza e magnitude de tamanho poder que os Targaryen's já tiveram em mãos. Ruby nunca havia visto um dragão de perto, a não ser os que voaram pela manhã, porém, ainda assim, nunca ficou cara a cara com um — e nem pretendia —, então ver o que um dia havia sido o maior dragão existente a deixou fascinada.
Abrindo um pequeno sorriso e deixando esses pensamentos de lado, Ruby volta a correr em direção a claridade que começava a se formar.
Ela correu até encontrar uma escadaria, que no final dela, três figuras encapuzadas conversando entre si se faziam presente. A ruiva abre um sorriso ao notar que o príncipe Aegon havia se juntado para a pequena aventura, fazendo-a soltar o ar em alívio.
Ele não havia a dedurado, afinal.
O barulho dos passos de Ruby despertou os três que a olharam, ambos com sorrisos nos rostos.
— Devo admitir que sua beleza não diminuiu nenhum um pouco vestida como um mendigo — Aegon quebra o silêncio com um elogio fazendo Karlon revirar os olhos.
— Poderia por favor não dar em cima da minha irmã, príncipe? — indaga ao platinado que apenas abre um sorriso e levanta os ombros, dizendo como se fosse tentar.
— Você está feia — Osrik brinca com a sua irmã que revira os olhos, entrelaçando seus dedos no da mais nova.
— Podem me chamar apenas de Aegon — o príncipe pede fazendo os três Stark's afirmarem com a cabeça.
— Então, vamos? — Ruby pergunta de forma animada indo para perto de Karlon para também entrelaçar sua outra mão na dele.
Aegon abre um pequeno sorriso ao ver a interação dos três; desde o jantar havia notado o quão unidos os Stark's eram e isso causou uma pitada de ciúmes em seu interior.
Sem falar mais nada, o príncipe se vira e começa a caminhar sendo rapidamente seguido por eles. Ruby esboçava animação em cada canto que passava fazendo Aegon e seus irmãos soltarem pequenas risadas, ela perguntava o que era cada coisa e o platinado respondia todas calmamente.
Os quatro chegam a praça da cidade tumultuada onde no meio dela um palco improvisado estava exposto, Ruby encontra um banco bem a frente e se senta, chamando seus irmãos e seu mais novo amigo, Aegon, para se sentarem.
Eles estavam em uma parte bastante privilegiada e aos poucos mais cidadãos chegavam para marcar seus lugares.
Poucos minutos antes da peça começar, Aegon e Karlon se levantam para comprarem vinhos, deixando Osrik e Ruby guardando os lugares.
— O que está achando? — seu irmão pergunta ganhando um grande sorriso da ruiva.
— Estou amando cada momento — responde sincera e alegre.
Osrik não se contem e abre um enorme sorriso.
Não sabiam dizer se era pela fato dela ser a única garota no meio de cinco irmãos mais velhos e um pai super protetor ou se era o fato dela ser a caçula, mas todos compartilhavam um único pensamento: ver Ruby feliz, independente de como.
E saber que sua irmã estava alegre, estava sendo um dos melhores momentos da viagem.
Osrik sentia falta dos sorrisos sinceros que ela esbanjava e agora, ela soltava a cada minuto.
Rapidamente, Karlon e Aegon voltam e se sentam no banco, entregando um copo de vinho para os dois que ficaram.
Os quatro esperam ansiosamente a peça começar enquanto os dois mais velhos voltavam a conversar e Ruby a observar as pessoas ao redor.
Logo a atenção deles é voltada para cima do palco que fora montado as pressas, com um homem anunciando o início do espetáculo.
A peça em si não era muito elaborada mas tinha bastante envolvimento e como nenhum dos quatro ouviram uma história parecida com aquela, estava sendo a melhor experiência até agora para eles.
Até mesmo Aegon se empolgou no decorrer que as cenas e os personagens apareciam.
A história era de um reino muito distante no qual apenas o rei e sua pequena filha moravam no enorme castelo, no entanto, seu querido pai começou a ficar solitário e rapidamente se casou novamente, achando que seria bom tanto para ele quanto para sua filha. No entanto, a nova rainha era muito má, além de bonita, e não gostava da filha do rei, pois cada vez que crescia mais bonita e charmosa ficava. Essa rainha má tinha um espelho mágico no qual perguntava todos os dias se tinha alguém mais bonita que ela e ele sempre respondia que não, contudo, em uma manhã qualquer, o espelho responde que a mais bela agora era a filha do rei, seu marido. Enfurecida, a rainha ordenou que levassem a criança para uma floresta onde a matassem e levassem o coração da pobre garota até ela como prova; mas um de seus assassinos teve pena e não a matou, apenas deixou-a na floresta e matou um animal qualquer para pegar o coração e levar a rainha malvada. Na floresta, a garota conheceu alguns animais, os quais se tornaram seus amigos, também encontrou uma pequenina casa e bateu a sua porta; como ninguém respondeu e a porta não estava fechada à chave, entrou. Era uma casa muito pequena, que tinha sete caminhas, todas eram muito pequeninas, assim como as cadeiras, a mesa e tudo o mais que se encontrava na casa. Também estava muito suja e desarrumada, e a garota decidiu arrumá-la. No fim, como estava muito cansada, deitou-se nas pequenas camas, que colocou todas juntas, e adormeceu. A casa era dos sete anões que viviam na floresta e, durante o dia, trabalhavam numa mina e ao anoitecer, os sete anões voltaram à sua casinha, quando deram com garota, adormecida nas suas caminhas. Com tanta euforia dos anões, ela acordou, espantada e rapidamente se apresentou, assim como os sete anões: Atchim, Dengoso, Dunga, Feliz, Mestre, Soneca e Zangado. No fim, a rainha má descobriu que a garota estava viva e se vestiu de uma velhinha que carregava um cesto de maçãs com uma delas envenenada, a garota rapidamente encontrou a senhora perdida e a ajudou e como boa fé, a mesma entregou uma das maçãs para a garota, que na inocência, mordeu, entrando em um sono profundo em seguida. Os anões a colocaram em um espécie de altar rodeada por flores, no entanto, surgiu um príncipe no meio da floresta cavalgando em cima de um cavalo branco e de imediato, ele se apaixonou pela garota que estava dormindo; no impulso, ele a beijou fazendo-a acordar para no fim, viverem juntos para sempre.
A peça em si durou mais ou menos umas duas horas e os quatro não desviaram o olhar um segundo se quer dos atores, todos tinham adorado cada minuto.
O Targaryen havia sido um dos muitos que se levantaram para aplaudir.
— Uou — o platinado exclama — Nunca ouvi uma história assim — comenta para os três que apenas confirmam, fazendo-os entrar rapidamente em uma conversa paralela sobre a peça.
Enquanto caminhavam, eles passavam por vários lugares e barracas no qual Ruby para em uma delas que vendia alguns pães de origem duvidosa. Ruby passa a mão em sua barriga e percebe que estava com fome.
O Targaryen para ao lado da garota e pega um pão, fazendo a Stark segui seu exemplo.
— Quer sentir um pouco de aventura nas veias? — pergunta a olhando que rapidamente afirma com a cabeça.
— Como? — indaga curiosa.
Ele abre um sorriso e olha para o lado, verificando se seus irmãos não estavam por perto, vendo-os na barraca um pouco distante onde vendiam adagas.
— Corre — sussurra e Ruby o encara confusa, ele aponta para sua mão que estava o pão e depois aponta para o beco a alguns metros atrás dela — Um pouco de aventura como queria, corre com o pão até lá.
A Stark arregala os olhos.
— Eu estarei roubando — sussurra de volta um pouco apreensiva.
Aegon nega com a cabeça.
— Não vai, eu lhe garanto — a assegura e ela abre um sorriso meio duvidosa.
Respira fundo e olha uma última vez para o platinado que a encorajava com o olhar, rapidamente Ruby se prepara e sai correndo, seguindo as instruções dele.
— Hey garoto — o negociante grita enfurecido tentando ir atrás da Stark.
Antes dele sair correndo, Aegon coloca um saquinho de moedas em cima do balcão do homem que se aquieta com um sorriso no rosto. O Targaryen começa a caminhar em direção que a garota fora, assobiando para os outros Stark's quando passou perto deles, movendo sua cabeça indicando para olharem para frente.
Karlon e Osrik fazem e veem Ruby correndo com um pão na mão enquanto ria, os dois rapidamente se entreolham e correm atrás dela, largando as adagas que estavam vendo. Aegon caminhava tranquilamente indo para um outro beco cortando caminho.
Já Ruby corria sentindo seu coração acelerar e a adrenalina percorrer em suas veias. Ela havia roubado pela primeira vez, não se orgulhava de fato, mas era uma emoção e tanto.
Ela entra no beco que o Targaryen lhe instruiu e rapidamente se choca com um corpo, sentindo mãos fortes e másculas segurarem sua cintura.
A Stark olha para cima e fica surpresa com o que via.
— Príncipe Aemond? — pergunta observando o intenso olhar dele
Aegon vinha caminhando atrás de si calmamente com um sorriso no rosto, para segundos depois, Karlon e Osrik aparecem correndo euforicamente.
— O que aprontou, Lady Stark? — Aemond indaga de forma brincalhona fazendo com que suas bochechas ficassem avermelhadas em vergonha.
O recém chegado ainda a segurava em seu quadril firmemente enquanto as pequenas mãos de Ruby estavam em seus ombros, lhe causando um certo formigamento gostoso no local.
— Ruby, o que deu em você? — Karlon pergunta assim que chega ao encontro dos Targaryen's e sua irmã, que estava levemente envergonhada.
Ela solta um sorriso sem graça e olha para Aegon discretamente que a olhava de forma risonha.
— Para onde vamos agora? — a ruiva solta ignorando a pergunta de seu irmão enquanto olhava para os quatro.
Ela não havia saído de lado de Aemond que inconscientemente chega mais perto de Ruby.
— Qualquer lugar sem ser bordeis, por favor — Osrik pede enquanto apontava sutilmente para a irmã ao lado do príncipe mais novo.
Aegon solta uma risada e abaixa a cabeça.
De fato, bordel seria sua primeira escolha e se não tivessem falado, ele certamente iria os levar até lá. Porém, pela primeira vez em sua vida, ele gostou daquelas três pessoas a sua frente. Eles conversaram a noite toda sobre tudo e nada ao mesmo tempo, deixando o Targaryen feliz por se encaixar em um grupo e não queria perder a amizade deles e claro, em respeito a única garota do recinto que despertou o interesse de seu irmão mais novo, não iria profaná-la. Sem contar que, eles o matariam.
— Tem uma taverna a alguns metros daqui, eles servem os melhores vinhos e a música toca até o amanhecer — o príncipe dá a ideia fazendo os três irmãos se entreolharem e discutirem de forma silenciosa, Karlon olha para frente e acena com a cabeça, concordando.
Aegon abre um sorriso e pisca para seu irmão que observava tudo quieto para começar a andar com os Stark's o seguindo.
Aemond fora obrigado a segui seu irmão também, se não quisesse ser deixado para trás.
O Targaryen mais novo em seu quarto andava de um lado para o outro ao mesmo tempo que se praguejava por ter sido tão fraco.
Ele não queria ter dado o gostinho para sua mãe ao achar alguma garota interessante naquele jantar incrivelmente tedioso, no entanto, havia sido em vão.
Quando colocou seus olhos em Ruby Stark, algo nele mudou e uma ansiedade começou a consumi-lo.
E apesar de lutar com todos os seus demônios interiores para não se levantar e ir até a ruiva mais bela que já vira em toda a sua vida; ele não conseguiu se conter ao observá-la de longe com Aegon.
Ver seu irmão se divertindo e rindo com ela o deixou levemente enfurecido e vê-lo tocar em sua pele de porcelana enquanto dançavam, fez o seu sangue esquentar e por pouco, Aemond não se levantou para distribuir socos em seu rosto.
Então, em algum momento da noite e sem conseguir mais resistir, ele se levanta e caminha até os dois. Aegon não pensou duas vezes ao entregá-la a ele, fazendo-o constatar que seu irmão estava apenas ao lado de Ruby como um protetor para ninguém chegar perto dela.
Isso fez o seu pequeno rancor por seu irmão diminuir.
Aemond e Ruby dançaram quase a noite toda juntos ao mesmo tempo em que conversavam.
A Nortenha era tudo o que as outras garotas não eram, porém o que mais lhe chamou a atenção com certeza foram a delicadeza, inocência e claro, seus lindos olhos avermelhados.
Mais uma vez ele suspira desde que entrara em seu quarto.
No entanto, seu momento de devaneios se encerrou ao ouvir um barulho oco no fundo de seu quarto.
— Aí! — uma exclamação de dor é escutada fazendo-o revirar o olho.
— O que faz aqui, Aegon? — pergunta enquanto se virava para encontrar seu irmão caído no chão com cara de dor.
— Porque colocou essa cadeira aqui? — Aegon pergunta com voz sofrida — Sabe que uso essa passagem para chegar ao seu quarto.
Aemond levanta a sobrancelha o encarando.
— Justamente por isso que coloquei essa pequena armadilha, para você não ficar vindo ao meu quarto — responde como se fosse óbvio, fazendo agora, Aegon revirar os olhos enquanto se levantava.
Ele ajeita suas vestes fazendo Aemond o observar.
Aegon estava vestido como um mendigo, o que significava que ele iria sair do castelo.
— Só vim comentar algo que descobri — o platinado mais velho fala se aproximando como quem não quer nada enquanto abria um sorriso.
— E eu não quero saber — o mais novo responde enquanto procurava alguma roupa para dormir.
Aegon solta um risada.
— Nem se for sobre a adorável Ruby Stark? — indaga se sentando na cadeira próxima a lareira.
Por um momento, Aemond para tudo o que estava fazendo e respira fundo, voltando rapidamente ao seus afazeres.
Ele não fala nada mas seus ombros ficam tensos.
— Fiquei sabendo que uma certa ruiva e dois irmãos mais velhos vão as ruas de King's Landing — faz uma pausa para dar um pequeno suspense — Agora — comenta enquanto mexia em seu capuz olhando para o irmão que respira fundo.
— E o que eles fariam lá? — Aemond indaga sem se conter e com um leve medo da resposta do irmão.
— Os garotos vão levá-la para ver uma peça na praça da cidade — responde e se levanta — A essa hora Sor Arryk já deve ter entregado as vestes para os três, então, estou indo meu irmão — passa por ele dando uns tapinhas em seu ombro.
Aegon não dá a oportunidade de seu irmão responder e rapidamente passa pela mesma passagem que entrara, caminhando pelos corredores escondidos que tanto conhecia.
Aemond respira fundo e continua com seus afazeres de separar uma boa roupa para deixá-lo confortável. Ele tenta não pensar na pulga que seu irmão colocou atrás de sua orelha, mas o Targaryen conhecia como ninguém as ruas de King's Landing e sabia o quanto elas podiam ser perigosas, ainda mais para um garota como Ruby.
No entanto, ela estará com Aegon que conhece cada canto daquelas ruas, então, ela estaria relativamente segura.
Mas e se ele a levasse para algum bordel? É uma probabilidade, vindo do seu irmão.
O Targaryen respira fundo.
Ruby tinha seus irmãos, óbvio que eles iriam a proteger.
Mas Aemond não os conhece e se eles forem atrás de alguma prostituta e deixá-la sozinha?
Rapidamente o Targaryen nega com a cabeça afastando esses pensamentos enquanto apertava suas têmporas.
"Não era problema dele", repetia incansavelmente na sua mente.
Com um soco em sua estante, Aemond se vira rapidamente indo para o esconderijo onde mantinha suas vestes de mendigo, igual ao de Aegon, para poder sair disfarçadamente pelas ruas de Porto Real sem ser perturbado.
Ele não sabia o porquê iria atrás dela, mas sabia que se não fosse, iria se arrepender.
O Targaryen apenas a achou interessante, nada demais.
Ele tentava se convencer disso.
Então, em passos largos ele caminhava por entre a multidão de pessoas que se encontrava aquela hora da noite até o ponto principal da praça onde ocorria a peça, que já estava no fim e sem querer ser descoberto, entra em um beco qualquer a fim de esperar os quatro.
Enquanto andava lentamente e observando tudo ao redor, seu corpo se com outro pequeno que exalava um cheiro gostoso de florais.
Apesar de conhecê-la hoje, o Targaryen reconheceu seu aroma.
Rapidamente seu olho violeta capta o olhar avermelhado e assustado de Ruby.
Aemond lutou com toda a sua força para não abrir um sorriso.
Os Deuses estavam o ajudando?
Ele não sabia.
Só sabia que agora, ele se encontrava em uma mesa de uma taberna um tanto quanto bonita com seu irmão e os três Stark's em volta, onde todos estavam rindo e contando sobre suas infâncias, até mesmo Aemond estava participando da conversa.
Aegon soltava altas gargalhadas com cada história contada por Karlon e sua época de pegadinhas para seus irmãos mais velhos. O Targaryen mais novo ria sutilmente, diferentemente de seu irmão, ao mesmo tempo que vez ou outra observava a garota que estava tomando a sua mente.
Ela ria moderadamente das histórias que já sabia de cor e ee não conseguia se conter em não parar de observá-la.
De fato, Ruby Stark era a mulher mais linda que havia conhecido em todo os seus anos de vida.
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&. Olá seguimores, tudo bem com vocês? Espero que sim.
&. O que acharam desse capítulo?
&. Aos poucos Ruby e Aemond estão se aproximando e mal posso esperar para começar a desenvolvê-los.
&. Aemond está em um dilema que só existe na cabeça dele; ele não quer de jeito nenhum ceder aos desejos de sua mãe sobre matrimônio ao mesmo tempo em que está interessado em uma garota.
&. Outra coisa, Ruby nunca conheceu outros garotos a não ser seus irmãos então ela conhecer Aemond e não saber lidar com os desejos de seu corpo é "normal". Ela o achou bonito, então é normal se interessar mas ela ainda não sabe lidar com isso.
&. Desculpem o meu surto de colocar a história da Branca de Neve, enfim, eu gostei bastante.
&. Capítulo não revisado, qualquer erro podem me falar para eu consertar.
META:
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